quinta-feira, 25 de março de 2010

Como ser uma Mãe Ecológica?

Por Mônica de Oliveira Costa

Todo “eco” só será “lógico”, quando ressoar em todos os ambientes possíveis da nossa sociedade. Quando for pauta para as nossas disciplinas de formação. Quando somar instrução à gestação, ao pré-primário dos nossos próximos hábitos e cultura - Flávio Basset

Dias atrás, li num site americano as dicas de Kathreen Ricketson, para mães de primeira viagem no caminho do “ecologicamente correto”: criar seu bebê ou filho, ao mesmo tempo respeitando o meio ambiente. Algo como educação ECO-SUSTENTÁVEL.

Logo pensei em traduzi-lo e postá-lo aqui na Revista Kids. Ao longo do texto pude perceber como ainda faltam produtos sustentáveis nessa área no Brasil. Mas, tudo é possível e seguem as dicas e as observações que fiz.
Antes de qualquer coisa, Kathreen acalma as mães, dizendo que o mercado oferece muitas coisas, mas não é prudente se empolgar e fazer compras num frenesi descontrolado. Vá se informando, conversando, aproximando, acostumando, sentindo...

Dica 1) Fraldas: Kathreen discorre sobre os tipos de fraldas descartáveis e recicláveis existentes nos EUA. Apesar de haver muitas opções, ela não deixa de mencionar as fraldas de algodão, lembrando que os alfinetes são coisas do passado. Agora se usa velcro para prender as pontas.
Pesquisar a respeito de fraldas descartáveis e recicláveis no Brasil e encontrei as Fraldas Reutilizáveis Bebês Ecológicos. http://www.fraldasecologicas.blogspot.com/Vale à pena dar uma conferida em toda a linha delas!
A minha dica intermediária: que tal usar fraldas de pano durante o dia, em casa e usar a descartável quando o bebê tiver que sair de casa? Já é uma forma de restringir o uso de material não reciclável, o lixo do planeta. A fralda de pano deve ser de puro algodão e a higienização deve ser feita com sabão neutro. Não se esqueça de passar a fralda antes da utilização.

Dica 2) Amamentação: Peito ou mamadeira? Não há dúvidas que o aleitamento materno, pelo menos até os 6 meses, é o melhor para o bebê e para a mãe. Este tema é uma constante aqui na Revista Kids, porque os benefícios são inúmeros. O leite materno é gratuito, está na temperatura ideal, está conservado no peito da mãe, portanto menor risco de infecções, não provoca impactos ambientais e é uma experiência preciosa de ligação amorosa entre mãe e filho.
Mamadeira? Bem, já existe um consenso em não usar mamadeiras depois que a criança sai do peito da mãe. Dê na colher ou no copo, não na mamadeira! Tudo de material fácil de higienizar, nada de plástico ou sintético, certo? Se você quer que seu bebê cresça, e ainda de forma sustentável, mostre isso a ele desde cedo. Dando uma colherzinha pequena de cada vez. Sim, porque é de colher em colher que se aprende a comer. Ele vai adorar e jamais irá confundir alimento com borracha e plástico.

Dica 3) Alimentação sólida, a partir dos 6 meses de idade. Nada de potinhos de comida infantil. Concordo plenamente com a Kathreen. Nada como preparar a comida do bebê em casa. O ato de preparar o alimento é uma alquimia! Que delícia que é elaborar os primeiros alimentos do bebê, que está ávido por novidades e descobertas. Quando você prepara a sua comidinha, sabe exatamente o que foi colocado. Caso a criança rejeite fica mais fácil de fazer trocas de ingredientes. Feito em casa é possível o uso de alimentos integrais, frescos, maduros, orgânicos.

Dica 4) As roupas do bebê devem ser de material natural e orgânico, como o algodão, hemp ou bambu, além da lã. Como não temos toda essa fartura no Brasil, o importante é evitar material sintético, com fitas ou botões que possam ser arrancados pelo bebê e causar acidentes. Fica aí mais uma dica de produto ecologicamente correto: macacões infantis de puro algodão organicamente cultivado.

Dica 5) Cremes, loções e talcos infantis. Ela nos fala para dar preferência aos produtos orgânicos, que são mais suaves e sem fragrância. Algumas empresas no Brasil já fabricam produtos para bebês com ingredientes da natureza, como mel, extratos de calêndula, lavanda, camomila, que são bem interessantes. Na minha pesquisa, porém, não encontrei nenhuma empresa que dissesse que os produtos são elaborados com substâncias orgânicas.

Dica 6) O excesso de limpeza no quarto do bebê pode ser prejudicial, porque evita que seu organismo reaja e desenvolva anticorpos. A autora dá a dica de usar produtos neutros para a lavagem das roupas e roupas de cama do bebê. Para a limpeza do ambiente, ela sugere o uso de limão e bicarbonato de sódio. Os óleos essenciais de lavanda e limão também são ótimos agentes de limpeza do ambiente: móveis e ar. No mais, ventilação, solarização e bom astral.

Dica 7) Brinquedos: Dê preferência àqueles com material reciclado ou mesmo de segunda mão em boas condições. Ela cita a importância de se estabelecer um vínculo entre a criança e a natureza, usando folhas, gravetos, algodão, madeira para criar brinquedos e brincadeiras. Aproveito para lembrar às mães de doarem os brinquedos que não chamam mais a atenção de seus filhos. Escolas, creches, orfanatos, igrejas, hospitais pediátricos adoram receber esse tipo de doação.

Dica 8) Móveis de material resistente, reciclável, com baixo teor de toxicidade e de preferência feito de maneira sustentável, isto é, com respeito ao meio ambiente.

Dica 9) Kathreen fala da importância de se evitar que o bebê freqüente locais com fumantes, onde haja o cheiro forte de químicos sintéticos, como tintas, carpete, pesticidas etc., tudo para proteger as suas delicadas e sensíveis vias respiratórias. Adiciono aqui mais um comentário com relação ao ruído. Muitos pais levam seus bebês a shopping centers, supermercados, festas, locais com música alta ou grande concentração de pessoas e decibéis. Os bebês não são adultos pequenos e você pode estar causando danos sérios no frágil sistema auditivo da criança. Reflita: lá na frente vai chegar a hora em que eles vão gostar desse tipo de passeio.

Mônica de Oliveira Costa é a nova parceira do Doce Limão, co-responsável pelas edições da Revista Especial Kids. Ela é nutricionista formada pela FSP/USP, docente na Escola Técnica de Nutrição Carlos de Campos/SP, acupunturista, estudante de Florais de Bach e atualmente se considera uma pessoa encantada com os benefícios da alimentação crua viva - monka@uol.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mutirão do Lixo Eletrônico – Recicle.

Projeto “e-lixo maps”, parceria entre SMA e Instituto Sérgio Motta, ajuda cidadão a encontrar local mais próximo para levar pilhas, celulares e outros Você tem pilhas, baterias, celulares, carregadores lotando suas gavetas? Sabe que esse “e-lixo” não deve ser jogado no lixo comum, mas também não sabe o que fazer com ele? A partir de 02-março, com o projeto “e-lixo maps”, uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o Instituto Sérgio Motta, o acesso das pessoas aos locais que coletam e/ou reciclam o “e-lixo” fica muito mais fácil.

No sitehttp://www.e-lixo.org/ inserindo o CEP e o tipo de “e-lixo” que você precisa descartar, é possível encontrar todos os locais mais próximos de sua casa que recebem e reciclam esse tipo de resíduo. O projeto associa a plataforma do Google Maps com um Banco de Dados dos postos de coleta de “e-lixo” em São Paulo. Dessa forma, a informação fica disponível e pode ser visualizada de forma mais funcional e lúdica. Além dessa prestação de serviço, o projeto prevê, também, o cadastramento de mais pontos de coleta.

A idéia para o projeto “e-lixo maps” surgiu após a realização, por parte da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, da campanha “Mutirão do Lixo Eletrônico – Recicle. Não descarte essa idéia”. A ação, que aconteceu no dia 30 de outubro de 2008, teve como objetivo arrecadar pilhas, baterias, celulares e carregadores em centenas de pontos de coleta espalhados pela Capital e em 372 municípios.

A participação da população no mutirão superou as expectativas e mais de 50 toneladas foram arrecadadas, mostrando que muitas pessoas não possuíam um lugar adequado para levar esse tipo de lixo. Com o “e-lixo maps” ficará mais fácil para a população encontrar uma destinação correta e ecológica para seu lixo eletrônico

segunda-feira, 22 de março de 2010

22 de março - Dia Mundial da Água, por Celia WADA

Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se estabeleceu em locais próximos aos rios e mares, para garantir seu sustento através da agricultura assim como o suprimento de suas necessidades vitais.
A história do Egito faz uma excelente demonstração desse fato, quando os homens, às margens do rio Nilo, fizeram os primeiros aglomerados humanos e construíram as primeiras cidades do mundo. Com essa observação, independente de qualquer outra conotação, já notamos o quanto o homem era e é dependente da água.
Com o passar dos anos, a evolução da humanidade, o aumento populacional e a falta da real compreensão sobre ao uso indiscriminado da água ou ainda, a falta de percepção de que essa água poderia ser finita, a água passou a ser tratada sem mais cuidados, sendo poluída e desperdiçada.
Por esses motivos, perante a notória visibilidade sobre sua futura escassez, a ONU – Organização das Nações Unidas criou, em 22 de março de 1992, o Dia Mundial da Água, para promover discussões acerca da consciência do homem em relação à mesma, promovendo e divulgando cuidados e procedimentos para cuidar desse bem, necessário e finito.
Em dez de dezembro de 2002, o senado brasileiro aprovou o dia nacional da água através do projeto de lei do deputado Sérgio Novais (PSB-CE). O texto destaca que esse deverá “oferecer à sociedade brasileira a oportunidade e o estímulo para o debate dos problemas e a busca de soluções relacionadas ao uso e à conservação dos recursos hídricos.”
A preocupação surgiu através dos grandes índices de poluição ambiental do planeta, envolvendo a qualidade da água que consumimos.
ONU elaborou um documento com medidas cautelosas a favor desse bem natural, trazendo também informações para garantir a cultura de preservação ambiental, a consciência ecológica em relação à água.
Na Declaração Universal dos Direitos da Água, criada pela ONU, dentre as principais abordagens estão:
- Que devemos ser responsáveis com a economia de água, pois essa é condição essencial de vida;
- Que a mesma é um patrimônio mundial e que todos nós somos responsáveis pela sua conservação;
- Que a água potável deve ser utilizada com economia, pois os recursos de tratamento são ainda lentos e escassos;
- Que o equilíbrio do planeta depende da preservação dos rios, mares e oceanos, bem como dos ciclos naturais da água;
- Que devemos ser responsáveis com as gerações futuras;
- Que precisamos utilizá-la tendo consciência de que não devemos poluí-la ou envenená-la;
- Que o homem deve ser solidário, evitando o seu desperdício e lutando pelo seu equilíbrio na natureza.
Com esse documento, a Organização das Nações Unidas tornou obrigatório que todos os homens sejam responsáveis pela qualidade da água, bem como pela sua manutenção, tendo assim, formas de garantir a melhoria de vida no planeta.

Por que economizar água
A água constitui um elemento essencial à vida, devendo chegar com qualidade e quantidade adequadas para atender às suas necessidades.
O homem, além de utilizar a água para o desempenho de suas atividades enquanto ser vivo – higiene pessoal e ambiental, lavagem de utensílios, cocção, entre outros – faz uso da água especialmente como elemento de desenvolvimento econômico (em, por exemplo, processos industriais de transformação e fabricação, como veículo de transporte, solvente, refrigerante e insumo incorporado).
De acordo com dados do International Hydrological Programme da UNESCO sobre recursos hídricos, o volume total de água no planeta é calculado em torno de 1,4 bilhões km³. Porém, 97,5% dessa água é salgada, e está basicamente nos mares e oceanos. A água doce, que só representa 2,5% do total, está em sua maior parte nas calotas polares, estando apenas 0,3% desta disponível e de fácil acesso em lagos, rios e lençóis subterrâneos pouco profundos.
O crescimento populacional constante e o desenvolvimento das atividades humanas, com distribuições quase sempre não homogêneas espacialmente, e a disposição de água também irregular, contribuem para o aumento de pressão sobre os mananciais existentes.
Desta forma, a escassez de água no planeta torna-se evidente como uma preocupação mundial. Hoje, está ficando cada vez mais difícil encontrar água de qualidade. Isso devido à poluição de rios, represas e do solo, decorrente da própria ocupação e atividade humana.

Água elemento vital da humanidade
Embora a água seja a substância mais abundante do nosso planeta, especialistas e autoridades internacionais alertam para um possível colapso das reservas de água doce, a qual está se tornando uma raridade em diversos países. A matemática é simples: a quantidade de água no mundo tem permanecido constante nos últimos 500 milhões de anos, enquanto cada vez mais pessoas utilizam água da mesma fonte.
A procura aumenta, mas a oferta permanece inalterada.
Em 24 anos, 1/3 da população da Terra poderá ficar sem água, se não forem tomadas medidas urgentes.
A água é a fonte da vida, porém....é limitada e finita.
É o princípio e o fim de todas as coisas.
É o elemento essencial como componente bioquímico dos seres vivos, como ambiente de vida de várias espécies animais e vegetais, como valor referencial de classes sociais e culturais e como insumo de produção de inúmeros produtos agrícolas e industriais.
No corpo humano, a água representa, em média, 60% de sua composição física. No coração, cérebro e sangue, esse valor atinge 80%.
O ser humano pode passar até cerca de 30 dias sem comer; porém, sem água provavelmente, dependendo do local onde estiver, não resistirá mais que 48 horas.
A água tem uma íntima associação com o simbolismo do batismo, que representa a morte e a sepultura, a vida e a ressurreição, como foi exposto por São João Crisóstomo. A imersão nas águas tem significado o retorno ao pré-formal, com seu duplo sentido de morte e dissolução, e também de renascimento e nova circulação, pois a imersão multiplica o potencial das vidas.
Hoje, a água está longe de ser considerada pela maioria da população como elemento sagrado, vital. Gradativamente, a água foi perdendo sua conotação religiosa.
Atualmente, é vista como fonte de energia, ou de abastecimento.
Ao abrir a torneira, quase ninguém se lembra de que aquela água, aparentemente obtida com facilidade, seja um dos elementos essenciais da vida e que merece respeito no seu trato.
Durante milênios, a humanidade considerou a água como algo que não se modificaria, não seria escasso e estaria sempre limpa para consumo.
Talvez, nem mesmo se imaginasse a possibilidade de seu fim.
Nesses tempos longínquos, a água não estava relacionada aos circuitos econômicos e alimentava as populações, a custo muito baixo. Hoje, para atender às suas necessidades básicas – higiene pessoal, comida, lavagem de louça e roupa, limpeza da casa e para beber –, uma pessoa consome, em média, cerca de 200 litros de água por dia.
O consumo mundial de água cresceu seis vezes, entre 1900 e 1995, o que representa mais do que o dobro do crescimento populacional no período. A população da Terra é, atualmente, avaliada em cerca de 5,4 bilhões de pessoas e estima-se que atinja os 8,5 bilhões, até 2025.
O mundo cresce à razão de 90 milhões de pessoas – o equivalente a um novo país do tamanho do México – a cada ano. De acordo com projeções, a população mundial poderá vir a se estabilizar em 11 bilhões de pessoas, por volta de 2100. (Secretaria do meio ambiente, 1998)
Enquanto a população mundial cresce desordenadamente, a quantidade de água no mundo tem permanecido quase constante nos últimos 500 milhões de anos.
O seu volume em circulação depende do ciclo hidrológico, que se caracteriza por: precipitação (chuvas), escoamento (rios) fluxo de águas subterrâneas (recarregado através da umidade do solo)
A quantidade de água doce produzida pelo ciclo hídrico é hoje basicamente a mesma que em 1950 e que deverá ser em 2050.
O consumo mundial de água cresce de modo acelerado, mas as fontes de recursos hídricos são limitadas.
Essas fontes estão mal distribuídas em algumas regiões. Basta dizer que quase metade deles se encontra na América do Sul. E, desses, mais da metade está no Brasil. Porém, a utilização indiscriminada tem provocado o esgotamento das reservas superficiais, com a conseqüente exploração dos aqüíferos subterrâneos.
O Brasil faz parte majoritariamente do maior aqüífero, reservatório de água doce, do mundo chamado atualmente de Sistema Aqüífero Guarani;
O Sistema Aqüífero Guarani acumula um volume de água estimado em 45 mil quilômetros cúbicos. A extensão de tal aqüífero é da ordem de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo 840 mil km2 no Brasil (70%), 225 mil km2 na Argentina (19%), 71 mil km2 no Paraguai (6%) e 58 mil km2 no Uruguai (5%). Além da dimensão gigantesca, contém águas que podem ser consumidas sem necessidade de tratamento prévio, devido aos mecanismos de filtração e autodepuração biogeoquímica que ocorrem no solo, (Guardia, 2002).
Levantamentos realizados pela Organização Meteorológica Mundial da Organização das Nações Unidas (OMM/ONU) mostram que 1/3 da população mundial consome 20% a mais do que suas disponibilidades hídricas.
Estudos dessa mesma organização demonstram que a situação das reservas hídricas mundiais tende a piorar nos próximos trinta anos.
O consumo industrial deverá dobrar até 2025, se as tendências de crescimento mantiverem-se. O consumo agrícola de água, responsável pela utilização de 70% da água produzida, deverá crescer substancialmente, com procura mundial de alimentos nos próximos vinte e cinco anos. A situação é bem pior nos países em desenvolvimento, com o aumento da poluição dos mananciais de água potável, em razão da concentração populacional intensa em determinadas regiões (Alem, 2001).
Em vinte e cinco anos, 1/3 da população da Terra poderá ficar sem água, se não forem tomadas medidas urgente.
Isto passa por políticas imediatas, envolvendo esforços de todas as nações. Passa, também, pela educação das novas gerações e pela sensibilização para o problema.
A água é um recurso natural, porém finito e vulnerável. Além disso, há de se preocupar com os seus usos múltiplos (abastecimento humano, abastecimento industrial, irrigação agrícola, geração de energia elétrica, lazer e turismo, entre outros). Essa multiplicidade tem sido a causa principal dos conflitos pelo uso da água.
nosso planeta, pelo menos vinte países já sofrem com a escassez de água. Entre eles, estão Egito, Kuwait, Arábia Saudita, Israel, Argélia e Bélgica. No Brasil, o sinal de alerta já chegou a alguns Estados, como Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e, mais recentemente, a grande São Paulo.
Conscientização Sobre a Falta D’Água no Planeta
Há quem diga que, nos próximos cinqüenta anos, eclodirão guerras pelo controle da água mundo afora, assim como no século XX (e ainda neste), ocorreram guerras pelo domínio do petróleo.
A água potável poderá se tornar o principal motivo de disputa entre as nações do século XXI. Para isso, autoridades e lideranças conscientes começam a se mobilizar para colocar a água na agenda política dos países do mundo (Brasil nuclear, 2002).
A ONU preocupa-se com a água desde 1972. Firmado em uma Conferência das Nações, em 1972, o Protocolo de Estocolmo foi um dos primeiros a abordar a necessidade de preservação dos recursos hídricos. Desde então, vários encontros entre países voltaram a tratar desse tema, divulgando dados e tentando definir metas.
O objetivo de prover segurança da água no século XXI, está refletido no processo, sem precedentes, de larga participação e discussão por peritos, lideranças políticas (civis e militares), representantes de governo, organizações não-governamentais e a própria sociedade civil, em muitas regiões do mundo. Esse processo tem aproveitado importantes contribuições do Conselho Mundial da Água, o qual lançou o processo da "Visão Mundial da Água", no 1º. Fórum Mundial da Água, em Marrakech, a partir da formação da Comissão Mundial sobre a Água no Século XXI, e do desenvolvimento da Estrutura para Ação, pela Parceria Global da Água. Numa Conferência das Américas, realizada em 94, em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia), os chefes de Estado americanos também discutiram os recursos hídricos.
Todos devem ter um compromisso comum, que é prover a segurança e garantia da qualidade da água no século XXI. Discussões e ações são tratadas nos diversos encontros, simpósios, congressos, etc, realizados pelo mundo. Essas reuniões internacionais têm produzido inúmeros acordos e princípios, que são a base a partir da qual estão e devem ser construídas outras futuras declarações. Isto quer dizer: assegurar que os recursos hídricos que integram os ecossistemas conexos sejam protegidos, em quantidade e qualidade suficientes para uso das gerações atuais e futuras.

Diante disso, algumas providências já foram tomadas em nosso país, como:

. Agência Nacional da Água (ANA)
Em julho de 2000, o presidente Fernando Henrique Cardoso sanciona a lei que cria a Agência Nacional das Águas (ANA).
Essa agência é a instância governamental responsável por colocar em prática e monitorar as ações políticas na área dos recursos hídricos. Entre outras questões, ela deverá classificar as águas dos rios e das represas, definindo o que deve ser destinado ao consumo.
. Água gerada por esgoto tratado pode ser aproveitada
São Caetano do Sul é a primeira cidade da região metropolitana de São Paulo a aderir ao projeto da água de reuso, gerada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), por meio do tratamento de esgoto.
A prefeitura de São Caetano utilizará a água de reuso para limpar as áreas públicas da cidade, tarefa que consome 1000 metros cúbicos de água por mês.
Esse projeto já abastece algumas empresas. É o caso da Coats Corrente, fabricante das linhas correntes, que economiza 30 milhões de litros de água potável por mês. Toda a água utilizada em processos industriais, como tingimento e tratamento químico, vem do esgoto tratado pela Sabesp. Também há empresas, como a Ford e a General Motors do Brasil (GM), que implantaram seus próprios sistemas de tratamento e de reutilização de água.

Aqüífero Guarani
Estima-se que existam mais de dois mil poços perfurados no aqüífero Guarani, com profundidades entre 100 e 300 metros, e algumas centenas de outros em seus domínios confinados, com profundidades entre 500 e 2 mil metros.
Nos últimos anos, começou-se a discutir a necessidade da ordenação do uso desses recursos hídricos, tendo em vista sua importância estratégica, social e econômica para os quatro países de seu domínio. Para evitar a possibilidade da ocorrência de superexploração de contaminação e ou poluição de suas águas, os governos dos países detentores da reserva lançaram as bases para o desenvolvimento conjunto de um projeto de Proteção Ambiental e Gestão Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani – aprovado pelo Global Enviromental Facility (GEF) –, que contará com a verba de US$14 milhões, a ser repassada pelo Banco Mundial (BIRD). O projeto deverá ser tecnicamente gerido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e por órgãos de governo de cada país. No Brasil, a coordenação nacional do projeto está a cargo da Ana - Agência Nacional de Águas. (GUARIA, 2002).
Alguns artigos interessantes:

Do mar para as torneiras
No Brasil, a dessalinização começa a ser objeto de estudo por parte de órgãos de governo. A região Nordeste tem sido apontada como uma área com grande potencial para a implantação de projeto de dessalinização. Segundo Benedito Braga, diretor da ANA, "está sendo montada uma plataforma de estudos junto com o Ministério de Ciência e Tecnologia" (Dantas, 2002).
Despoluição dos rios
A Agência Nacional de Água (ANA) está firmando convênios de despoluição com os governos estaduais e municipais, que incluem a transferência de recursos federais para a construção de estações de tratamento de esgoto e investimento em projetos de recuperação ambiental.
Desafios
De acordo com o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos da Água, (ONU, 1992), "a água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos". Diante disso, precisamos enfrentar certos desafios – medidas para assegurar o suprimento da água. Documentos lançados pela Comissão Mundial sobre a Água no século XXI, propõem como desafios (Alem et al., 2001):
.Determinar as necessidades básicas: reconhecer que o acesso seguro e suficiente à água e saneamento é necessidade básica e essencial para a saúde e bem-estar; e capacitar o povo, por meio de um processo participativo de gestão da água;
.Proteger os ecossistemas: assegurar a integridade dos ecossistemas por intermédio da gestão dos recursos hídricos integrada à gestão ambiental;
.Compartilhar os recursos hídricos: fomentar a cooperação pacífica e o desenvolvimento de energias entre os diferentes usos da água em todos os níveis, quando possível;
.Gerenciar riscos: prover segurança contra enchentes, secas, poluição das águas, doenças de veiculação hídricas e outros riscos associados à água;
.Valorizar a água: gerenciar a água, recurso natural escasso, de modo a refletir os valores econômicos, sociais, ambientais e culturais dos seus múltiplos usos;
.Governar a água com sabedoria: assegurar governabilidade eficiente e eficaz, com planejamento e gestão dos recursos hídricos e o do uso do solo.
.Economizando água em casa: medidas simples podem ser adotadas por todos, visando à economia de água.
Conselhos úteis:
.No banheiro – ao escovar os dentes e fazer a barba, deixe a torneira fechada. O banho não deve ultrapassar cinco minutos e, se possível, deve-se fechar o registro enquanto se ensaboa;
.Na cozinha – limpe os restos dos alimentos de pratos e panela, antes de lavá-los. Tampe o ralo e encha a pia com água para deixar a louça de molho e soltar a sujeira. Só use água corrente na hora de enxaguar. Para lavar verduras, frutas, e legumes, coloque os alimentos de molho em uma vasilha com gotas de vinagre ou solução de hipoclorito. Depois, passe-os em água corrente para terminar de limpá-los. Se tiver máquina de lavar pratos, só a ligue quando estiver com toda a sua capacidade preenchida;
.Na lavanderia – deixe as roupas de molho antes de lavá-las e use a mesma água para esfregar as roupas com sabão. Só abra a torneira na hora de enxaguá-las. Se tiver máquina de lavar, use-a sempre com a carga máxima. Tome cuidado com o excesso de sabão, para evitar enxágües desnecessários. Se for comprar uma máquina nova de lavar roupas, dê preferência àquelas de abertura frontal, que são mais econômicas que as de abertura superior;
.No jardim – Regue as plantas à noite ou de manhã, evitando as perdas de evaporação nas horas mais quentes: molhe a base da planta, o solo e não desperdice água na folhagem. A água de chuva pode ser armazenada para esse uso;
.No quintal – evite lavar o carro, mas se for fazê-lo, prefira um balde à mangueira. Reaproveite essa água, desde que isenta de sabão ou outros produtos químicos, para regar as plantas do jardim. Ao limpar a calçada ou áreas impermeabilizadas, use a vassoura para varrer a sujeira e somente água;
.Vazamentos – verifique vazamentos no vaso sanitário, jogando cinzas no fundo. Se houver movimento, é porque existe vazamento. Para isso, também vale usar o hidrômetro. Feche as torneiras, desligue os aparelhos que consomem água e deixe abertos os registros nas paredes, os quais alimentam a saída d’água. Anote o numero do hidrômetro depois de algumas horas, para ver se houve alteração. Se houve mudança sem se consumir água, há vazamento;
.Reaproveitando a água – a que você usou no enxágüe da louça, pode ser reutilizada para dar descarga nos vasos sanitários ou para lavar o quintal. A de lavagem do carro, utilizando-se balde, serve ou para o jardim ou o quintal. Prefira também as caixas de descarga acopladas nos vasos sanitários a válvulas, pois economizam até 50% de água em cada descarga. Para regar o jardim, a mangueira com esguicho, tipo revólver, é a mais econômica.
Indústria: como pode colaborar?
Gerenciando corretamente seu uso.
Com relação à economia de água, uma primeira providência é proceder à completa revisão das instalações hidráulicas de seus complexos industriais, substituindo os aparelhos tradicionais por outros de tecnologia avançada, com controle de acionamento eletrônico ou mecânico, os quais proporcionam substancial economia de água.
Com relação ao tratamento dos efluentes industriais, é extremamente importante e urgente que se tornem os Programas Governamentais, estabelecidos em parceria com as indústrias, objetivando não só a instalação de sistemas de tratamento de seus efluentes, mas também o reuso da água utilizada em processos industriais não consultivos.
Setor agrícola: o que pode fazer?
A substituição de processos tradicionais de irrigação por outros que utilizem equipamentos modernos, mais econômicos, e, principalmente, a implantação de programas de capacitação e treinamento de agricultores, são medidas que se impõem.
Conclusão final:
Segundo a ONU, em menos de cinqüenta anos, mais de quatro bilhões de pessoas, ou 45% da população mundial, estarão sofrendo com a falta de água. Esse alerta foi dado em um relatório apresentado na 7a. Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, realizada no final de 2001, em Marrocos. Afirma, ainda, que antes mesmo de chegarmos à metade do século, muitos países não atingirão os cinqüenta litros de água por dia, necessários para atender às necessidades humanas. Os países que correm maior risco são aqueles em desenvolvimento, uma vez que a quase totalidade do crescimento populacional, previsto para os próximos cinqüenta anos, acontecerá nessas regiões.

A entidade aponta a poluição, o desperdício e os desmatamentos, que fragilizam o ecossistema nas regiões dos mananciais e impedem que a água fique retida nas bacias – principais motivos para a causa da escassez da água.
Falar em escassez em um planeta que tem 70% de sua superfície coberta por água pode parecer um contra-senso. No entanto, a maior parte desse volume (97,5%) encontra-se nos mares e oceanos. Trata-se, portanto, de água salgada, imprópria para o consumo humano e para a produção de alimentos. E os 2,5% restantes de água doce também não estão inteiramente disponíveis para o uso: a maior parte dela (68,9%) encontra-se nas calotas polares e geleiras, 29,9% constituem as águas subterrâneas e 0,9% são relativas à umidade dos solos e pântanos. A água dos rios e lagos representa apenas 0,3% do total de água doce do planeta. Mesmo pequena, essa parcela de água doce seria mais que suficiente para atender à necessidade da população terrestre, se estivesse distribuída de forma homogênea em todas as regiões. (Brasil Nuclear, 2002).
Nos últimos anos, a conscientização para a questão da água vem crescendo nas discussões internacionais em torno da preservação ambiental e do combate à fome e à mortalidade infantil.
Embora no Brasil se concentre 14% da água doce do planeta, a escassez já se apresenta em algumas regiões, tais como o desenvolvido Sudeste do país.
A cidade de São Paulo, a segunda maior da América Latina e uma das maiores do mundo, é um exemplo disso. Períodos de racionamento já se apresentam desde a década de 80.
Em 2000, mais de 3 milhões de pessoas foram atingidas pela suspensão temporária do abastecimento
No Brasil, ainda é um grande problema o desperdício de água, dado por vazamentos e ligações clandestinas. Esse tipo de desperdício atinge cerca de 45% da água tratada no país, ou seja, cerca de 4,16 bilhões de m3 de água por ano.
Essa quantidade seria suficiente para abastecer 35 milhões de habitantes nesse mesmo período. Em lugares como Fortaleza (CE), essa situação atinge 70% de perda por vazamentos antes da água tratada chegar às torneiras. Nas nações desenvolvidas, esses números chegam, no máximo, a 20%. Por isso, o Brasil é considerado um dos campeões no desperdício de água no mundo.
Apesar de vivermos em um cenário encorajador, onde temos água à vontade para beber, tomar demorados banhos, lavar calçadas, encher piscinas, além de gastar na geração de energia e nos processos industriais, devemos tomar ciência dessa fragilidade e, realmente, partirmos para o que consideramos primordial em todas as atividades: O CONSUMO CONSCIENTE.
Desde os tempos dos assírios e persas, a história do mundo tem-nos mostrado o que acontece, quando povos e nações que dispõem de recursos e riquezas, não sabem usá-los convenientemente, nem estão preparados para defendê-los adequadamente.
Antes que seja tarde demais, está na hora de começarmos a enfrentar esse desafio, para que, em vez de virmos a ser adiante parte do problema, possamos emergir como parte decisiva da solução. (Brasil nuclear, 2002)
Mais ainda do que promovermos o CONSUMO CONSCIENTE, devemos promover a NATALIDADE CONSCIENTE pois, se não observarmos e contorlarmos esse aumento progressivo populacional, mesmo com todas as ferramentas para controle da água e das reservas naturais, em breve, não termos mais água, alimento e espaço físico para tantos serem humanos sobre a nossa terra.
DO CONTROLE POPULACIONAL CONSCIENTE DEPENDE A SUSTENTABILIDADE DE NOSSO PLANETA
Célia Wada
Referências Bibliográficas

Alem, F.A.R; Silva,A. P. Água e meio ambiente: disponibilidade e demanda dos recursos hídricos – Revista de cultura-IMAE. Ano 2, vol. 2, nº 4, abr./maio/jun., 2001. São Paulo.
Corrêa, D.S; Alvim, Z.M.F. A Água no olhar da história. Secretaria do Meio Ambiente. Secretaria do Meio Ambiente. 2. ed. São Paulo, 2000.
Dantas, V. Água: sabendo usar não vai faltar. Brasil nuclear. Ano 9, nº 24, jan-mar, 2002.
Dantas, V. Do mar para as torneiras. Brasil nuclear. Ano 9, nº. 24, jan-mar, 2002.
Dantas, V. A "grande hidrovia". Brasil nuclear. Ano 9, nº. 24, jan-mar, 2002.
Guardia, E. – Um mar subterrâneo. Brasil nuclear. Ano 9, nº 24, jan-mar, 2002.
Guardia, E. Radiação torna a água mais limpa. Brasil nuclear. Ano 9., nº 24, jan-mar, 2002.
Meio Ambiente.: Produção e tecnologias limpas – Informativo da Fundação Carlos Alberto Vazolini. Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica – USP. Ano IX, no. 42, mar.-abr., 2000.
Secretaria do meio ambiente. Consumo sustentável. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Jan. 1998.
Secretaria do meio ambiente – Olho d’água – Governo do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Edição especial. Jun. 2001
Site do Projeto Sistema Aqüífero Guarani: www.sg-guarani.org

22 de março dia Mundial da Água

Uma pequena aventura advinda de Uma pequena e límpida garrafa de água cristalina espalhou-se entre pessoas de todo o mundo, criando Um movimento crescente. Corações foram abertos, e o amor, gratidão, e um desejo pela paz espalhou-se, abrindo o caminho para uma nova experiência.
Desde sua chegada à terra até a vasta área que ela atravessou antes de adentrar o mar, a água abraça todos os conhecimentos e experiências que ela adquiriu. Tal qual um fenômeno, ela pode ser vista, a água carrega sua própria história, assim como nós carregamos a nossa. Ela carrega segredos,também.
Em The Secret Life of Water, o autor do bestseller, Masaru Emoto nos guia ao longo de viagens inesquecíveis da água através de nosso planeta e continua seu trabalho para revelar os segredos da vida da água para a humanidade. Ele mostra como nós podemos aplicar sua sabedoria para nossas próprias vidas, e como, aprendendo a respeitar e apreciar a água, nós podemos melhor nos confrontar com as mudanças que se apresentam no século vinte-e-um - e rejuvenescer com o planeta.
A água tem uma memória e carrega com ela nossos pensamentos e orações. Assim, como se você fosse a água, não importa aonde você esteja, suas orações serão carreadas para o resto do mundo.
fonte: http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_47233.html


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Cristais de Água Conscientes - O Poder da Oração Made Visible

A imagem acima mostra um cristal congelado de água pura -hexágono, brilhante radiosa. Mas em resposta ao pensamento humano e emoção, os cristais de água podem assumir muitas formas. . .

Como aprendemos nesta edição do Spirit of Ma'at, A evidência é clara de que realmente pode curar a nossa Mãe Terra, através da intenção, do amor e da ação da oração científica. Porém, um outro ingrediente é crucialmente importante. Esse ingrediente é a crença.
E desde que uma imagem vale muito mais do que qualquer número de palavras, procuramos mostrar-lhe as imagens mais simples e mais convincentes de que nós poderíamos encontrar, demonstrando como os nossos pensamentos, palavras e sentimentos afetam os chamados física objetos, até ao nível molecular. [- Ed.]
As imagens e discussão neste artigo representam o brilhante trabalho do Japão, Masaru Emoto. As fotos foram publicadas em um livro maravilhoso chamado As Mensagens da Água (ver Livros). Se você ainda dúvida que o seu impacto pensamentos do mundo à sua volta, vendo o trabalho de Emoto apagará essa dúvida para sempre.
As quatro primeiras fotos são cortesia de Rebeca no DolphinSwim, http://www.seaswim.com/. O resto foram capturados diretamente do livro de Emoto.

 Emoto tem conduzido uma pesquisa mundial sobre o efeito de idéias, palavras, música e sobre as moléculas de água, e as descrições abaixo são tomadas a partir do livro com os resultados publicados.

A foto à esquerda é de uma amostra de água de um lago congelado na Represa Fujiwara, no Japão. Como você pode ver, a estrutura da água é escura e amorfa, sem formações cristalinas.


Depois da amostra de água acima tivessem sido tomadas, o reverendo  Kato Hoki, sumo sacerdote do Templo Jyuhouin, fez uma prática de uma hora de oração ao lado da barragem. Depois disso, novas amostras de água foram congeladas e fotografadas. Como você pode ver (à direita), a mudança é impressionante - o blob feio da amostra antiga tornou-se uma clara e brilhante cristal branco hexagonal dentro de um cristal.

A terceira foto mostrada aqui, também de águas retiradas Represa Fujiwara depois do tratamento oração, revela uma forma que nunca teve, antes dessa época, foi visto por Masaru Emoto em seus mais de 10.000 experimentos de amostra de água. Como você pode ver, é um heptágono, ou 7-verso de cristal.

 Rebeca DolphinSwim diz-nos: "O reverendo Kato explicou que durante a sua hora-longa vigília de oração foi chamar os espíritos dos Benzaiten Sete: a Deusa da Fortuna. Você vai notar também que esta foto mostra a cor do ouro, não brancos".

À esquerda, para fins de comparação, a fotografia é um representante da "água" tratada destilada. Diferentes amostras de água destilada mostrou as diferentes formações, mas nenhum deles estava cristalizada. Então, esta água foi tratada por gravar palavras ou nomes das pessoas para as garrafas, tocar música para eles, ou expondo-os a essências florais. Um resultado interessante foi que havia uma diferença de linguagem. Por exemplo, "Obrigado" em Inglês evocados formações de cristal diferente do que o mesmo sentimento em japonês. Aqui estão alguns outros efeitos que Emoto afirma ter encontrado em sua pesquisa:

  • Água da montanha claras nascentes e riachos foi bem formado estruturas cristalinas, enquanto os cristais de água poluída ou estagnada são deformadas e distorcidas.
  • A água destilada exposta à música erudita leva delicado, simétrico formas cristalinas.
  • Quando as palavras "obrigado" foram gravadas com uma garrafa de água destilada, os cristais congelados tinha uma forma similar à formada por cristais de água que haviam sido expostos a Bach "Variações Goldberg" (à direita) - música composta por gratidão para o homem que foi nomeado para.
  • Quando Elvis Presley, "Heartbreak Hotel" foi jogado à água, os cristais resultantes congelados foram divididos em dois.
  • Quando as amostras de água são bombardeados com música heavy metal ou rotulada com palavras negativas, ou quando os pensamentos e emoções negativas estão focadas intencionalmente em cima delas, a água não formar cristais de todo e apresenta caótico, estruturas fragmentadas.
  • Quando a água é tratada com óleos aromáticos florais, os cristais de água tendem a imitar a forma da flor inicial. À esquerda, os cristais de água foram expostos a essência aromática de camomila.

De grande interesse para a cura e apenas um dia-a-dia bem-estar é o efeito extremo sobre cristais de água de palavras e idéias negativas. Quando as palavras "Adolf Hitler" foram gravadas de uma garrafa de água destilada, os resultados da visita à esquerda foram obtidas.

 Aqui, você pode ver os resultados da gravação das palavras "You Fool" para um recipiente de água destilada. Curiosamente, o padrão feito por "You Fool" era quase idêntico ao modelo que surgiu quando a música heavy metal foi jogado. Masaru Emoto maravilhas em seu livro, talvez, se os músicos de heavy metal olhar as pessoas como idiotas.
 Outro conjunto instrutivo de fotos mostravam a diferença incrível entre os padrões cristalinos evocados pelas palavras "Let's do it" e os padrões produzidos por "Do it!" O "Let's do it" cristais eram como flocos de neve bonito. O "Do it!" água não cristalizar em tudo.
 Algumas vezes, quando não podemos ver os resultados imediatos de nossas orações e afirmações, pensamos que temos falhado. Mas, como aprendemos através de fotografias surpreendentes Masaru Emoto, que o pensamento de fracasso se torna representados nos objetos físicos que nos rodeiam. Agora que nós temos visto isso, talvez nós podemos começar a perceber que, mesmo quando os resultados imediatos são invisíveis a olho nu humano, eles estão lá. Quando amamos nossos próprios corpos, eles respondem. Quando enviamos o nosso amor à Terra, ela responde.
 Para o nosso próprio corpo no nascimento é 70 por cento de água, bem como a percentagem de água no nosso corpo mantém-se elevado ao longo da vida (dependendo do peso e tipo de corpo). Além disso, a superfície da terra é de 70 por cento de água. E agora vimos diante de nossos olhos a prova de que a água está longe de ser inanimado, mas na verdade está viva e sensível de nosso pensamento e emoção. Talvez, depois de ter visto isto, podemos começar a compreender realmente o incrível poder que possuímos, através da escolha de nossos pensamentos e intenções, para nos curar e da terra. Se somente nós acreditamos.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Zurique é modelo em reciclagem de lixo

Facilitar o acesso a pontos de coleta seletiva é uma das grandes armas para incentivar a reciclagem. E o governo de Zurique ainda investe em ações de reuso e redução de resíduos porque, lá, o lixo é assunto sério
Nos últimos seis anos Zurique tem aparecido repetidamente como primeira colocada no ranking de cidade com a melhor qualidade de vida do mundo. Foi a vencedora novamente em 2007/2008, segundo pesquisa realizada pela Consultoria Mercer. A preocupação com o meio ambiente - incluindo esforços para reduzir a poluição do ar, garantir recursos hídricos e respeitar a biodiversidade são apenas alguns dos benefícios proporcionados ao morador da cidade.
Existem duas plantas de incineração de lixo na região de Zurique, que fazem a queima de resíduos, transformados então em energia e aquecimento. “70% do aquecimento da cidade é gerado pelo lixo”, revela Leta Filli, diretora de comunicação do ERZ Entsorgung + Recycling Zürich (Departamento de coleta e reciclagem de lixo).
Mas esse modelo de sucesso depende de um estreito elo de comprometimento entre governo, indústria e população. Exemplo claro disso vem do sistema de coleta de lixo e reciclagem local. Trezentas e setenta mil pessoas vivem em Zurique e, só em 2007, elas tornaram possível a reciclagem de 53 mil toneladas de lixo. Os suíços reciclam cerca de 80% das garrafas PET, enquanto que a média européia varia entre 20% e 40%.
Para chegar a esses números, o governo municipal estabeleceu a política dos 3 R’s: reduzir, reutilizar e reciclar. Para reduzir a produção do lixo, o primeiro passo foi mexer com o bolso do cidadão. Anualmente, cada casa paga cerca de R$130 como taxa de lixo. Esse dinheiro é utilizado para custear a infra-estrutura de coleta, incineração dos resíduos e reciclagem. Mas não é só. O lixo de cada casa só é recolhido se estiver dentro do saco plástico oficial da cidade: no caso de Zurique, o saco é branco e tem o logotipo do ERZ. Os sacos variam de cor, dependendo da cidade ou cantão suíço e são caros!! Cada unidade, com capacidade para 35 litros, custa R$ 3, e de 110 litros, R$ 9,60. “Quanto mais você recicla, menos sacos você precisa comprar”, afirma Leta. Se o lixo estiver em outro tipo de saco, simplesmente não é coletado.
O sistema de coleta é extremamente organizado. No começo do ano, é distribuído um calendário, com as datas semanais e mensais de recolhimento de material e resíduos, para os próximos 12 meses. O lixo orgânico e tudo que não pode ser reaproveitado, é coletado semanalmente. Já o esquema para o material reciclável é diferente. Papel (revistas, jornais, envelopes, etc) e karton (caixas e embalagens feitas de cartão grosso) são recolhidos separadamente, também nas residências e prédios, e devem ser arrumados em pilha, enrolados com barbante. Sim, o governo suíço exige mais esse cuidado. “Nós somos os profissionais do assunto e para darmos um destino útil a esse material, a população tem que nos ajudar preparando as pilhas corretamente”, diz a diretora de comunicação do ERZ. A coleta de papel é realizada quinzenalmente e a de karton, uma vez por mês. Com mais um detalhe: os lixeiros não levam o que é deixado na frente das casas sem, antes, examiná-lo. Se alguém – até por engano - coloca outro tipo de material no mesmo pacote, eles retiram e deixam no local.
Garrafas, vidros, metal e alumínio podem ser jogados nos latões de lixo específicos para isso. Existem vários espalhados por toda a cidade. Em alguns bairros, há mais de um ponto de entrega desse material. Vidros têm três latões diferentes: um para os de cor branca (transparente), outro para marrom e o último para o vidro verde.
Novamente o alerta: o cidadão que for pego jogando algum outro tipo de lixo nesses locais pode ser denunciado ou, então, flagrado por câmeras escondidas e será multado.
Há ainda o cargo tram, que são bondes de carga que passam, mensalmente, em várias estações da cidade para recolher grandes volumes como móveis, brinquedos, colchões e outras coisas velhas e sem utilidade.

LOGÍSTICA REVERSA
E qual é o papel da indústria e do comércio na reciclagem de Zurique? Para começar, o recolhimento das garrafas PET, de pilhas e baterias fica por conta dos supermercados. Por isso, antes de fazer as compras, a maioria dos suíços sempre se desfaz das garrafas PET nas máquinas de coleta disponíveis nesses locais.
Outra importante ajuda da indústria é informar - nas próprias embalagens - o que pode ser reciclado e o que deve ser jogado fora. Um símbolo de um saco de lixo estampado no produto indica ao consumidor que aquele item não pode ser reaproveitado.
Por último, as lojas que vendem artigos eletrônicos e eletrodomésticos são obrigadas a receber de volta os produtos velhos ou quebrados. Quando o cliente compra uma nova televisão, por exemplo, ele já está pagando uma taxa embutida no valor da TV, que garante a devolução do antigo eletrônico ao estabelecimento.

O ENTUSIASMO DOS ESTRANGEIROS
Para o estrangeiro que muda para a Suíça, o sistema de reciclagem de lixo do país parece complexo, mas acaba se tornando fácil com a prática diária.
A nutricionista Suzana Mantovani, por exemplo, mora na região de Zurique há quase dois anos e é uma entusiasta da reciclagem. “Eu separo tudo: embalagens, óleo de cozinha, resíduos químicos, medicamentos vencidos e até roupas, que aqui são encaminhadas para instituições de caridade de outros países”, diz. “Passei a prestar mais atenção na hora de fazer compras. Dou preferência aos produtos com embalagens menores, recicláveis ou que possam usar refil”.
A holandesa Kim De Keijzer conta que, desde criança, está acostumada com a reciclagem, mas admite que o preço do saco oficial de lixo de Zurique estimula as pessoas a reciclarem mais. Assim como Kim, muitas das pessoas que aderem ao sistema de separação do lixo são pais. Pensam nos filhos antes de jogar qualquer coisa fora. “Fico imaginando o futuro de minhas filhas e do planeta, por isso é tão importante fazer o melhor possível nesse sentido”, revela.
MESMO SEM CONSENSO...
Apesar da eficiência do sistema suíço, ele não é uma unanimidade. Alguns criticam a extrema complexidade da separação dos diferentes resíduos. “Seria mais fácil se você pudesse se desfazer do lixo em qualquer dia, a qualquer hora”, reclama o engenheiro suíço Phillip Moebus. Obviamente é difícil ter consenso sobre qualquer assunto, mas é fato que, aqui, a reciclagem funciona.
Quando se joga uma garrafa PET fora, no lixo normal, é preciso ter consciência do que esse simples ato implica. “Amo e respeito a natureza. Lamento a situação de devastação do planeta, assim como a triste vida das populações que não tem acesso sequer a aquilo que jogamos fora”. A lição vem da brasileira Suzana, mãe do pequeno Eric, de um ano e meio. Se tudo der certo, ele vai viver num planeta um pouco menos poluído, também graças às ações praticadas pela mãe.

fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_467362.shtml

Projeto Metamorphose: reciclagem criativa

Pesquisadores do Institute for Research and Creation in Media Arts, no Canadá, criaram o Projeto Metamorphose, em que designers do mundo todo propõem, on line, alternativas de uso para objetos que iriam para o lixo

Rafael Tonon - Revista Vida Simples – 12/2009

Para evitar que produtos descartáveis se acumulem em aterros sanitários, pesquisadores canadenses do Institute for Research and Creation in Media Arts (Hexagram) montaram o projeto Metamorphose, em que alunos das universidades de Concordia e Montreal dão nova vida a diversos produtos. No site, propõe-se que designers do mundo todo deem soluções a objetos que perdem utilidade – 130 produtos já foram reinventados com o mínimo possível de adaptações.
É o caso do relógio feito de canetas e da fita VHS que vira dispenser de fitaadesiva, criados por portugueses. Pedaços de resíduos também são transformados, como a língua de uma bota de esqui antiga que vira apoio para muleta. “Visamos encorajar as pessoas a transformar peças inutilizadas ou quebradas em objetos atraentes e úteis em vez de jogá-las no lixo”, diz Martin Racine, da Concordia University. Celulares, escovas de dente e óculos de natação também estão entre as peças recriadas.

fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/projeto-metamorphose-reciclagem-canada-526091.shtml

site: http://www.meta-morphose.ca/pages_eng/home.htm

sexta-feira, 5 de março de 2010

WWF - a hora do planeta 2010

WWF - a hora do planeta 2010
27 de março, às 20:30 (horário Brasil)

"Não é com críticas que mudaremos a situação. É com ações! E ações construtivas e em forma de celebração. Uma celebração por um Planeta Vivo!"

 
Participe! nossa linda GAIA agradece..

ou

Eliane Sena
Educadora e Gestora Ambiental

processo Havaiano: Sinto muito, me perdoa, te amo, sou grata.
http://hooponopono.forumativo.com

quarta-feira, 3 de março de 2010

AMAMENTAR é um ATO ECOLÓGICO

Você já deve ter percebido pelo meu orkut o meu envolvimento com o tema, que acho super importante para saúde física e mental do bebê. Dei muito suporte sobre amamentação na internet e defendo muito essa causa.

O planeta e as nossas crianças agradecem...rsrsrs.
Beijão,
Beth
e:mail: bethalves@prestonet.com.br
http://aleitamento.com/a_artigos.asp?id=1&id_artigo=1510&id_subcategoria=1

Terremoto do Chile pode ter deixado dia mais curtos na Terra

Grandes deslocamentos de massa alteram eixo do planeta, afirma Nasa; mudança é mínima, mas permanente

GREENBELT - O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o Chile na madrugada do sábado pode ter alterado o eixo de rotação da Terra e ter deixado os dias mais curtos, informaram nesta terça-feira, 2, cientistas da Agência Espacial dos EUA (Nasa), segundo o canal de notícias CNN.
A mudança é mínima e praticamente imperceptível, mas permanente. Cada dia durará 1,26 microssegundos a menos, segundo cálculos preliminares. Um microssegundo equivale a um milionésimo de segundo.
Um terremoto forte como o que atingiu o Chile desloca grandes porções de terra e rochas e altera a distribuição de massa no planeta. Quando esse balanço sofre mudanças, também é alterada a velocidade de rotação da Terra, que mede o começo e o fim de um dia quando o planeta dá a volta em torno de si mesmo.
"Qualquer evento mundial que envolva o movimento da massa terrestre afeta a rotação da Terra", disse Benjamin Fong Chao, do Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa em Greenbelt, no Estado de Maryland, explicando o fenômeno.
Os cientistas usam o exemplo de um patinador para esclarecer o fato. Quando o atleta coloca os braços junto ao corpo, ele gira mais rápido. Isso ocorre porque a distribuição de massa do seu corpo é alterada, o que afeta sua velocidade de rotação.
O geofísico Richard Gross, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, na Califórnia, usou um programa de computador para determinar como o terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o Chile no sábado pode afetar o planeta. Segundo Gross, o eixo da Terra se deslocou oito centímetros, o suficiente para alterar, mesmo que minimamente, a duração dos dias terrestres.
Tais mudanças já foram constatadas em outros tremores anteriores. Em 2004, o terremoto de magnitude 9,1 que gerou o tsunami no Oceano Índico reduziu o dia terrestre em 6,8 microssegundos.
Há, porém a possibilidade de que o tempo de duração dos dias aumentar. Se as Três Gargantas da China, local onde os asiáticos constroem a maior usina hidrelétrica do mundo, fossem preenchidas com água, o que daria cerca de 40 quilômetros cúbicos, o peso seria suficiente para alongar o dia em 0,06 microssegundos, segundo os especialistas da Nasa.

fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,terremoto-do-chile-pode-ter-deixado-dia-mais-curtos-na-terra,518288,0.htm

terça-feira, 2 de março de 2010

Educação Ambiental em tempos de Mudanças Climáticas

Conheça texto-base que será utilizado para formulação de documento referencia na abordagem da Educação Ambiental em relação às Mudanças Climáticas. Este texto foi produzido no encontro realizado pelo Instituto Ecoar e a WWF Brasil em Brasília na data de 25 de junho de 2009 , encontro que reuniu 25 educadores ambientais, representando todas as regiões do país, para discutir o papel dos educadores ambietais frente ao desafio do Aquecimento Global.

1. Introdução
O aquecimento global, provocado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, causa profundas mudanças no sistema climático comprometendo e ameaçando a qualidade de vida no Planeta. O enfrentamento desta questão se apresenta como um dos desafios mais importantes que a humanidade já enfrentou.
 O cenário das Mudanças do Clima é complexo, multidisciplinar e abrangente e, de uma forma ou de outra, em maior ou menor escala, suas conseqüências afetarão a todos em todos os lugares.
O cenário climático atual exige a constituição de novas escolhas no estilo de vida de nossa sociedade, mudanças de atitudes individuais e coletivas na relação com o meio natural, rupturas paradigmáticas, mudanças de valores no uso e apropriação dos recursos e fontes energéticas e a experimentação de diferentes encontros-subjetividades no cotidiano.
O WWF-Brasil e o Instituto Ecoar, juntamente com membros de Universidades, das Redes de Educação Ambiental e de organizações não governamentais, entendem que a Educação Ambiental brasileira, em sua missão transformadora, pode desempenhar um papel essencial na promoção de uma profunda reflexão sobre o paradigma vigente.
Pode atuar no estímulo ao engajamento da sociedade, na disponibilização de aporte teórico aos educadores e agentes sociais para que atuem qualificadamente no combate ao aquecimento global, tanto no plano educativo como na implementação de agendas ambientais e projetos práticos (conservação de florestas, redução da pegada ecológica, energia, construções verdes, consumo sustentável, reciclagem, agricultura sustentável), na redução de nosso impacto no meio ambiente e na influência de políticas públicas que contribuam com a construção de sociedades sustentáveis.
Assim, as duas instituições promoveram no dia 25 de junho de 2009, em Brasília, um encontro com educadores e educadoras ambientais das diversas regiões do país com o intuito de contribuir para um grande debate nacional sobre a interface Educação Ambiental /Mudanças Climáticas.
O resultado deste encontro está refletido no documento base, que passamos a apresentar e que está ancorado em princípios e diretrizes do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (1992) e no Eixo Temático IV (Educação e Cidadania Ambiental) do documento aprovado na III Conferência Nacional de Meio Ambiente (2008).

2. A Educação Ambiental perante as mudanças climáticas
Uma relativa inércia da sociedade frente à questão das mudanças climáticas decorre tanto do desconhecimento do fenômeno quanto do afastamento generalizado da vida política.
A não percepção das conexões existentes entre nossas opções cotidianas de locomoção, a emissão de gases de efeito estufa e o conseqüente aumento da temperatura da Terra; entre o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica e a desertificação em partes do sul do país; a quantidade de resíduos produzidos e o aumento do nível dos oceanos; o assoreamento dos rios, a impermeabilização de solos e as enchentes; o consumo desenfreado e o esgotamento dos recursos naturais demonstram, de forma inequívoca, a necessidade da Educação Ambiental se voltar para este tema de forma critica e transformadora.
A Educação Ambiental pode lançar um novo olhar sobre as Mudanças Climáticas que não seja apenas pautado por alternativas mercadológicas e tecnológicas, mas que aponte para transformações sociais que permitam enfrentar e minimizar as causas da degradação socioambiental, que tem no aquecimento global a sua mais explícita tradução.
À EA cabe aprofundar o debate junto à sociedade e governos sobre o aquecimento da Terra e as mudanças socioambientais globais promovendo questionamentos sobre a manutenção da Vida e os nossos destinos enquanto humanos e humanidade apresentando propostas articuladoras que agreguem conhecimento local às novas tecnologias.
A EA pode ser o campo do conhecimento que explicita a complexidade da crise civilizatória e coloca este paradigma na reconstrução das práticas pedagógicas e sociais, um instrumento que promova uma ampla reflexão sobre a problemática da governança planetária; pode fazer a mediação entre a base da sociedade, os governos e organismos internacionais, apresentando propostas articuladoras que agreguem conhecimento científico, saberes locais e tecnologias de informação e comunicação, e estimulando ainda o acompanhamento das ações de gestores e parlamentares.
É essencial que o educador e a educadora ambiental estejam atentos para a complexidade da crise ambiental cuja compreensão é fundamental para a manutenção da vida no Planeta.
Dessa forma propomos a busca de diferentes caminhos, de elaborar e disseminar informações e processos de construção de conhecimentos, requisitos essenciais ao enfrentamento dos desafios do nosso tempo.
Para tanto, precisamos, com rapidez, “traduzir” nossas leituras sobre os cenários atuais – aquecimento global e mudanças socioambientais globais, visando objetivamente instrumentalizar os sujeitos de todas as localidades, de todos os extratos sociais, de todas as tendências políticas, de todas as religiões e culturas a constituir uma macro-visão sobre o tema, de forma a exercermos nossa cidadania planetária e a justiça social.

3. A capilarização do conhecimento sobre o fenômeno do aquecimento global e suas relações com as práticas e atitudes cotidianas
Diante da compreensão de que as mudanças climáticas são complexas e requerem visões múltiplas acreditamos que é necessário que os educadores e educadoras tenham acesso a materiais educativos de qualidade que tratem das raízes sócio-históricas culturais da questão, sejam voltados às ações locais, tendo o sabor, a cara, a linguagem e a cor local. Simples, apesar de estar embasados em conhecimento científico; complexos, porém de fácil utilização; ofereçam exemplos, experiências e possibilidades de releituras a partir do dia a dia das pessoas e comunidades e contemplem as realidades das comunidades urbana, rural, periurbana e da floresta.
No que tange ao conteúdo, sugerimos que tratem da problemática global, mas estejam em consonância com os problemas locais, regionais, que considerem a história dos grupos, a dimensão individual e coletiva, a conexão local/global, as relações de produção, consumo e descarte dos resíduos do modelo capitalista estabelecendo as conexões com as questões climáticas. Sugere-se ainda que contemplem a relação produção/consumo, norte/sul, justiça social/justiça ambiental, rural/urbano e que sejam perpassados por valores éticos e políticos.

4. A contribuição da EA na formulação de projetos práticos e políticas públicas transformadoras
 Ao longo das ultimas décadas a Educação Ambiental tem promovido no Brasil milhares de projetos e ações locais que na maioria das vezes, são, de per si, mitigadores da emissão de gases de Efeito Estufa, uma vez que estão imbuídos de princípios, critérios e diretrizes ambientais e ecológicas.
No entanto, em uma visualização inicial, podemos identificar que não temos no campo da EA, indicadores e resultados que apontem especificamente para a redução de emissões e tampouco para a adaptação de comunidades vulneráveis aos efeitos do cenário climático que já se apresenta.
O esforço requerido é o de estabelecer os vínculos entre as experiências desenvolvidas, o aquecimento global e suas conseqüências, formulando metodologias para o planejamento e gestão participativos de projetos locais, práticos, mensuráveis e de inspiração transformadora.
Os dados, gráficos e mapas de vulnerabilidade existentes ou em elaboração das diversas regiões do país, disponibilizados pelo IPCC e outras instituições precisam ser apresentados às populações que estão sendo ou serão afetadas pelo fenômeno climático, acompanhados de análises e interpretações, causalidade, reflexão e propostas de ação. Os educadores e educadoras ambientais brasileiros têm habilidade e conhecimento para assumir este papel protagônico.
Como os ciclos da natureza são elementos cruciais na história dos povos tradicionais e na medida em que estes ciclos vêm sendo alterados pelo aquecimento global, gerando insegurança e instabilidade às comunidades, a atuação dos educadores ambientais nesta área precisa ser redimensionada à luz da nova realidade, não descartando o conhecimento tecnológico e a troca e diálogo de saberes. 
A necessidade urgente de mudanças no estilo de vida e nos hábitos de consumo, de revisão do modelo econômico de produção, de transporte e locomoção, das práticas de descarte, dentre outros, exigem ações de grande abrangência. O diálogo e a relação com a mídia podem propiciar conquistas na disseminação de projetos voltados à sustentabilidade e à mudança de paradigma.

5. Conclusão e encaminhamentos
No encontro de Brasília foram estabelecidas 03 linhas de ação prioritárias da Educação Ambiental em relação às Mudanças Climáticas:
  1. Mapeamento de ações, projetos e programas de EA no país e o estabelecimento de conexões entre seus resultados e a mitigação do aquecimento global;
  2. Formação de formadores;
  3. Inserção da EA em documentos, programas, fóruns e negociações que definem as políticas públicas de Mudanças Climáticas nos âmbitos nacional, estadual e municipal, como no eixo 06 do documento Base da Conferencia Nacional de Educação – CONAE.
Este documento será apresentado, para discussão e ampliação, no VI Fórum de Educação Ambiental no Rio de Janeiro e no Congresso Ibero Americano; será circulado nas redes de Educação Ambiental e fará parte do documento crítico do Observatório do Clima sobre o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. 

6. Relação dos participantes do encontro de Brasília 
  • Antonio Fernando Guerra – Universidade do Vale do Itajaí, Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental - REASUL
  • Bruno Reis - WWF – Brasil - DF
  • Efraim Neto– Rede de Jornalistas Ambientais - BA
  • Fabio Cascino – Instituto Paulo Freire - IPF - SP
  • Fabio Deboni – Educador - DF
  • Franklin de Paula Junior – Secretaria de Recursos Hídricos - MMA – DF
  • Heitor Medeiros – Universidade Estadual do Mato Grosso e Rede Matogrossense de Educação Ambiental - REMTEA – MT
  • Irineu Tamaio – WWF- Brasil - DF
  • José Luciano Araújo – Instituto Ecoar para a Cidadania – SP
  • Maria Alice Cintra (Lilite) – Grupo Ambientalista da Bahia - Gambá - BA
  • Luiz Ferraro - Universidade Estadual de Feira de Santana – BA
  • Marcos Sorrentino – ESALQ-USP – Piracicaba – SP
  • Maria Inês Gasparetto Higuchi – Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas - INPA - AM
  • Mariana Valente – WWF – Brasil - DF
  • Miriam Duailibi – Instituto Ecoar para a Cidadania – SP
  • Moema Viezzer – Instituto Comunicação Solidária - Comsol - PR
  • Rangel Mohedano – Coordenadoria Geral de Educação Ambiental - MEC – DF
  • Ricardo Burg – MMA - DF
  • Vângela Maria Nascimento – Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura de Rio Branco - AC

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