sexta-feira, 21 de setembro de 2012

árvores


Minhas arvores queridas



Amanhã é comemorado o "dia da arvore" , 
apesar de eu comemora-lo todos os dias... 

Minhas arvores queridas, simbolo da vida, do amor e da paz. 

Nelas encontramos tantos mini-eco-sistemas, a nutrição da terra, a proteção do solo, o equilíbrio do ar/temperatura, o controle da chuva, a dadiva das flores, dos frutos, da sombra... há tanto o que falar....... 

Amo estes seres. 
Adoro abraça-las, sentir o cheiro, o abrigo da sombra.... 



          Elas transmitem o trabalho incessante de revigorar a terra sem alarde.

Suas raízes profundas nos mostram que a força de sustentação é ir 
cada vez mais fundo em nossa verdade...

É abrigar / acolher sem olhar a quem ou quando. 
Faz isso com tanta maestria promovendo o continuo ritmo da vida de pássaros, insetos, macacos, coalas, cobras, felinos, ...
nossa.... nem me lembro de tudo.. 

É expandir seus galhos, para os lados e avançar a copa ao céu , rumo ao infinito.. 
Individualmente fazem milagres e em conjunto então tudo é + perfeito.


Minha eterna gratidão a mãe Gaia.

Eliane Sena

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

21 de setembro - dia da arvore



No dia 21 de setembro comemora-se o dia da árvore. Essa data foi escolhida em razão da chegada da primavera. Mas antes da escolha dessa data, acontecia no país, na última semana de março, a festa Anual das Árvores, instituída pelo presidente Castelo Branco, em 1965.

Mais adiante, a árvore ganhou um dia especial em virtude de sua importância para a vida humana e também com a chegada da primavera, onde ganham nova vida e abrem lindas flores que dão origem a novas árvores.

Com a chegada da primavera podemos ver as cidades mais alegres, pois essas se enchem de flores de todas as cores.

Muitos pensam que a árvore que simboliza o Brasil é o pau-brasil, em razão do nome, mas esse título cabe ao ipê-amarelo, uma das cores que representam o nosso país. O pau-brasil encontra-se em extinção, pois foi muito contrabandeado por ser uma madeira de cor avermelhada e de aparência nobre. Além dessa, o jacarandá, o mogno e o pinheiro também se encontram nas mesmas condições de extinção.

As árvores são plantas que possuem um caule lenhoso e são constituídas por raiz, caule, folha, flor, fruto e sementes. São elas que nos fornecem o ar que respiramos, além das frutas e outros tipos de alimentos; a madeira para construção de móveis, casas, objetos decorativos, cercas; também fornecem remédios; e a celulose, matéria-prima para a fabricação de papel.

Em face das necessidades dos homens em construir novas moradias e melhorar suas condições de vida, as árvores acabaram sendo alvo de destruição, pois grandes áreas foram desmatadas para a construção das cidades.

O contrabando de madeiras também fez com que grandes áreas fossem destruídas, principalmente na floresta amazônica, onde o acesso a outros países é mais fácil e próximo. Os prejuízos seriam menores se fossem plantadas novas árvores nos lugares das devastações, mas o tempo que levam para crescer é muito grande.

O homem precisa ter consciência de que as plantas também são seres vivos e que levam tempo para se desenvolverem. Uma árvore leva longos anos para ficar bem desenvolvida e algumas são tão velhas que são tombadas como patrimônio histórico, devendo ser preservadas.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

Caminho de jardim - folhas



 
É verdade que o simples é muito mais belo do que o sofisticado. Ele pode até ser mais vantajoso, mais o belo mesmo é feito com carinho. Da mesma forma que este pequeno caminho foi feito para este simples jardim.

A ideia é genial. Transferir toda a arte que é um folha de árvore em textura no concreto foi de uma delicadeza estonteante. O cimento que não é lá nada de bonito (principalmente se for feito de forma irregular) acabou de ganhar toda a arquitetura que a mãe natureza desenvolveu por séculos. De forma simples e sem degradar nada, o jardim ganhou um artefato que ajuda a não acabar com a grama e de uma outra forma acabaou de ganhar um caminho com um “q” de beleza ecológica.

Não podemos dizer que é lá ecológico, pois o processo de fazer cimento não é nada ecológico, mas a ideia é bem legal e podemos adaptá-la para a argila ou para o barro vermelho. Só não podemos é destruir as pedreiras para tira o pedra para fazer piso. Há centenas de milhares de pedras lindas nos rios, que podem fazer também um belo jardim para você. É só você escolher e reutilizá-las.

O passo a passo para este aqui é simples, basta um pouco de cimento, areia e uma folha de uma certa árvore. Aí você é que escolhe. Mas se for tão bonita quanto esta vale muito a pena. Após arrumar os materiais e só colocar o cimento fresco na folha e esperar secar um pouco e depois é só colocá-las no jardim

fonte: www.dicasverdes.com.br
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ah.. quando eu era criança a professora de "educação artistica"  nos deu a ideia tambem de aproveitar as folhas e mamona ou mamão para fazer peças em gesto..... foi uma festa.. sai fazendo folhas de tudo quanto era arvore... risosss...
 
beijos, Eli

domingo, 9 de setembro de 2012

Humanidade ultrapassa "orçamento natural" para 2012


nossa pegada ecologica está cada vez pior

por Jeremy Hance, do Mongabay

A quarta-feira, 22 de agosto, marcou o momento em que consumimos nossa cota em recursos naturais para este ano. A informação é da Global Footprint Network, que monitora o consumo global relacionado com a disponibilidade e sustentabilidade de recursos naturais. A organização acompanha dados diversos, como cardumes, florestas, produção agrícola, mineração e emissão de gases do efeito estufa.

Desde 1970, a humanidade vem consumindo recursos mais rapidamente do que os ecossistemas conseguem repor, levando a um déficit ecológico que cresce a cada ano.

“Vemos o endividamento das nações justamente por causa do aumento dos custos dos recursos naturais. Nossas economias estão confrontando a realidade de anos gastando mais do que poderíamos”, afirmou Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network.

“Se quisermos manter sociedades estáveis e vidas produtivas, precisamos parar de extrapolar o que a natureza é capaz de fornecer para manter nossa infraestrutura, economia e modo de vida.”

Atualmente estamos consumindo 150% da produção ecológica da Terra todos os anos. Algumas nações, é claro, consomem mais do que outras. Por exemplo, se todos consumissem como o norte-americano padrão, seriam necessárias cinco Terras para sermos sustentáveis.

“Agora é a hora de criar maneiras para garantir que nossas economias continuem a funcionar no futuro”, disse Wackernagel, relacionando a atual crise financeira com a grande crise ecológica que é amplamente ignorada. “Uma recuperação só vai acontecer com a redução sistemática de nossa demanda por recursos e serviços ecossistêmicos.”

* Traduzido por Fabiano Ávila

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

5 de setembro: Dia da Amazônia

Com sete milhões de quilômetros quadrados, sendo cinco milhões e meio de florestas, a Amazônia é hoje um dos patrimônios naturais mais valiosos de toda a humanidade.



Este domínio biogeográfico ocupa 60% do território brasileiro e possui uma área que abrange oito países e um território da América do Sul (Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Bovialí, Guiana, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa). Estima-se que no Brasil 30 milhões de pessoas vivem na Amazônia.

Embora tenha uma importância ambiental incalculável para o planeta – como lar de uma infinidade de espécies animais, vegetais e arbóreas conhecidas e desconhecidas; como regulador no equilíbrio climático global; e como fonte de matérias primas alimentares, florestais, medicinais e minerais -, a Amazônia é ameaçada por inúmeras atividades predatórias, como a extração de madeira, a mineração, obras de infra-estrutura e a conversão da floresta em áreas para pasto e agricultura.

Neste 5 de setembro, data em que se comemora o Dia Mundial da Amazônia, o WWF-Brasil apresenta a você uma série de materiais cujo objetivo é mostrar a importância de conciliar a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento sustentável da região.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS: ALTERNATIVAS TÉCNICAS E EDUCACIONAIS PARA MELHOR USO DA ÁGUA


por:

Isabel Cristina Lopes Dia - Bióloga, Médica Veterinária, Pós-Graduanda em Saúde e Ambiente, Universidade Federal do Maranhão – MA, Brasil. E-mail: ilopesdias@gmail.com

José Ronilmar de Andrade - Biólogo, Pós-Graduando em Sustentabilidade de Ecossistemas, Universidade Federal do Maranhão – MA, Brasil. E-mail: ronilmar_andrade@hotmail.com

Rosângela Borges Almeida - Bióloga, Pós-Graduanda em Engenharia Ambiental – Centro Universitário do Maranhão – MA, Brasil. E-mail: almeida_rb@hotmail.com

Conceição de Maria Carvalho - Geógrafa, Pós-Graduanda em Engenharia Ambiental – Centro Universitário do Maranhão – MA, Brasil. E-mail: con_shmg@hotmail.com



Resumo

A limitação de reservas de água doce no planeta, o aumento da demanda de água para atender, principalmente, o consumo humano, agrícola e industrial, a prioridade de utilização dos recursos hídricos disponíveis para abastecimento público e as restrições que vêm sendo impostas em relação ao lançamento de efluentes no meio ambiente, torna necessária a adoção de estratégias que visem racionalizar a utilização dos recursos hídricos e mitigar os impactos negativos relativos à geração de efluentes. Nesse sentido, a busca de alternativas e atitudes que visem à minimização da geração de efluentes devem ser constantes e, uma vez implementadas, devem ser contínuas e duradouras. No emprego de alternativas e atitudes que minimizem a geração de efluentes e, consequentemente, preservem o meio, além das questões tecnológicas existem as questões comportamentais. Há a urgente necessidade de conscientização da população, para que uma responsabilidade integral e contínua com o meio ambiente seja externalizada quando do uso da água e de outros recursos. Deste cenário, surge a necessidade imediata e urgente de iniciarmos um processo de educação ambiental voltado para o uso responsável e para a sustentabilidade no manejo dos recursos hídricos.

Introdução

A ocupação urbana e o adensamento populacional desordenado tem intensificado a demanda e a poluição dos recursos hídricos disponíveis. Uma das principais preocupações nos grandes centros urbanos está relacionada aos efluentes domésticos que na maioria das cidades brasileiras não são tratados da maneira adequada.

Dados sobre o acesso da população brasileira ao saneamento básico mostram que em 2008, 58,9% da população das cidades tinha acesso à rede coletora de esgoto e que apenas 28,5% dos municípios brasileiros trataram de seus efluentes (IBGE, 2010). Essas informações alarmantes revelam a vulnerabilidade da maioria da população brasileira e a falta de empenho de muitos governantes com a promoção da saúde, pois as condições de moradia e do meio ambiente determinam nossa qualidade de saúde.

O processo acelerado de deterioração do ambiente possui uma série de implicações na disponibilidade de recursos naturais. A disposição do esgoto doméstico sanitário sem o devido tratamento pode provocar a proliferação de organismos patogênicos e doenças, devido à poluição do solo e dos corpos de água; o excesso de substância como o fósforo (P) e o nitrogênio (N) podem provocar o processo de eutrofização dos recursos hídricos ao impactar, de maneira direta, nos parâmetros físicos, químicos e biológicos das águas, impossibilitando seu uso para consumo e lazer (PHILIPPI JR., 2005). 

A atividade humana tem provocado alterações nos recursos ambientais e a gravidade dessa situação ressalta a necessidade de que o homem modifique sua forma de agir, procurando compatibilizar as alterações provocadas com a capacidade de recuperação da natureza (BRAGA et al., 2002).

Do exposto, torna-se, portanto, evidente a importância de se estudar o papel dos esgotos sanitários na transmissão de diversos organismos patogênicos, via contaminação de águas utilizadas para recreação, fontes de abastecimentos para o consumo humano, irrigação, etc, ressaltando os diversos tipos de tratamento e formas de melhor uso da água através das novas tecnologias e conceitos de Educação Ambiental.

Importância do tratamento de efluentes domésticos

A água possui diversas utilizações das quais uma média de 80% resulta em esgoto (DIAS et al., 1999), seja ele de origem doméstica, hospitalar ou industrial. O esgoto doméstico ou efluente sanitário contém cerca de 99,9% de água e 0,1% de sólidos orgânicos e inorgânicos, sendo comum a presença de microrganismos patogênicos, responsáveis por algumas doenças de veiculação hídrica.

A poluição dos recursos hídricos pelo lançamento de esgoto doméstico pode impactar os indicadores de agravo ao bem estar humano, aumentando a demanda por serviços de saúde e absentismo da força de trabalho, os custos dos sistemas de tratamento de águas para o abastecimento com fins residenciais e industriais, e ainda, conforme o grau de poluição, inviabiliza o uso para fins de agricultura e processos industriais, com reflexos negativos para o desenvolvimento da região (PHILIPPI JR, 2005).

A qualidade e o acesso aos serviços de saneamento estão diretamente relacionados à saúde publica; a água encanada e tratada é considerada um grande benefício para as comunidades, mas se esse serviço não vier acompanhado de um sistema de tratamento de esgoto adequado poderá não acabar com os problemas de saúde relacionados à veiculação hídrica. A Fundação Nacional de Saúde destaca que, a cada R$ 1,00 investido no setor de saneamento, cerca de R$ 4,00 é economizado com a saúde (FUNASA, 1994).

A disposição adequada dos efluentes deve atender aos objetivos sanitário, estético e socioeconômico, sendo indispensável para a melhoria da saúde da população e redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças; impacta ainda na diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento (que seriam ocasionados pela poluição dos mananciais), eliminação da poluição estética/visual e desenvolvimento do turismo, e na conservação ambiental.

Alternativas técnicas para o tratamento de efluentes domésticos e melhor uso da água

O tratamento de despejos é constituído de três etapas: físico, para eliminação dos sólidos grosseiros; químico, para correção do pH e eliminação de agentes patogênicos; e biológico. A função de um processo de tratamento biológico é remover a matéria orgânica do efluente industrial, através do metabolismo de oxidação e de síntese de células (VON SPERLING, 2002). Este tipo de tratamento é normalmente usado em virtude da grande quantidade de matéria orgânica biodegradável presente em sua composição. 

Os métodos para tratamento de efluentes geralmente envolvem custos altos, o que dificulta a instalação em municípios com baixa renda. Dentre as alternativas técnicas para o tratamento de efluentes estão as fossas sépticas, os sumidouros, as lagoas de estabilização e o tratamento por lodos ativados.

Fossas Sépticas

É uma alternativa biológica sanitária a ser utilizada em áreas desprovidas de serviço público de coleta de esgotos. Essas estruturas podem estar associadas a outras instalações complementares, devendo ser, no entanto, consideradas como uma solução provisória. A utilização do adubo gerado deve obedecer a um período de maturação que garanta segurança para a saúde.

Sumidouros

São unidades capazes de receber a parte líquida proveniente das fossas sépticas e têm a função de permitir sua infiltração no solo. A norma regulamentadora NB-41/81 determina as condições de construção dos sumidouros de forma a evitar a contaminação das águas superficiais e subterrâneas e a ocorrência de efluentes correndo a céu aberto.

Lagoas de Estabilização

As lagoas de estabilização são bacias terrestres utilizadas para tratar águas residuárias brutas ou efluentes pré-tratados. (MIDDLEBROOKS, 1987). Os resíduos são submetidos à degradação biológica natural, envolvendo principalmente bactérias e algas (SILVA e MARA, 1979). Esses sistemas são considerados entre os métodos de tratamento de águas residuárias e industriais como sendo mais fáceis, econômicos e eficientes (MORENO et al., 1988; MENDONÇA, 1990). São bastante indicadas para as condições brasileiras em razão dos aspectos de disponibilidade de área, clima favorável, fácil operação e manutenção, necessidade de pouco ou nenhum equipamento (VON SPERLING, 1996).

Tratamento por Lodos Ativados

No processo biológico por lodos ativados o esgoto afluente e o lodo ativado são intimamente misturados, agitados e aerados, para se separarem em decantadores (RICH, 1980). Esse processo pode ser associado a outros métodos de tratamento, como as lagoas anaeróbias.

Utilização eficiente da água: otimização de procedimentos e oportunidades

Dentre as principais medidas que visam à utilização eficiente da água destinada aos usos urbanos, incluem-se aquelas dos sistemas públicos e prediais de abastecimento, dos dispositivos em instalações residenciais - coletivas e similares, e usos exteriores. Algumas podem também ser utilizadas ao nível industrial. A aplicação de determinadas medidas requer a investigação e desenvolvimento tecnológico para melhorar a aplicabilidade, eficácia ou viabilidade.

Para desenvolver tais intervenções são necessários dados e informações obtidas através de atividades de medição e registro de consumos de água e de monitorização da sua qualidade, ao nível do abastecimento global ou ao nível dos consumos parciais em cada processo. Estes dados podem servir para fomentar o planejamento do uso mais racional da água e também para avaliar a eficácia das medidas de economia adotadas.

Estratégias para redução do consumo de água podem envolver soluções tecnológicas como a melhoria de equipamentos e de instalações atuais ou a substituição por novos equipamentos; no entanto, uma revisão de práticas diárias no domicílio ou dos procedimentos operacionais, no caso de empresas, tanto de limpeza e higienização como de produção, podem representar ganhos e benefícios significativos (MIERZWA, 2005).

A medição confiável do consumo de água no âmbito industrial precisa ser implementada de forma efetiva e consolidada. Deve-se medir o consumo total e o consumo em alguns pontos do processo onde o uso de água é significativo. Mierzwa (2005) mostra como tal medição é influenciada por aspectos de seleção e aquisição de medidores adequados e de boa qualidade, instalação correta, garantia de aferição periódica dos medidores por entidades capacitadas e reconhecidas, rotina efetiva de leitura e registro e análise dos dados de consumo de água gerados pelos medidores.

Redução de pressões no sistema público de abastecimento

A pressão hidráulica existente nos sistemas públicos de abastecimento de água influencia positivamente o consumo e as perdas de água. Em termos de uso eficiente da água é, portanto, conveniente que tais pressões não sejam excessivas limitando-se a valores que permitam uma utilização confortável. Esta medida consiste num controle, pelas entidades gestoras de sistemas públicos de abastecimento de água, das pressões nos sistemas de distribuição, o que passa por aspectos não só de concepção do sistema, mas também da operação corrente. Esse controle deve permitir garantir a permanência de pressões acima dos mínimos regulamentares, mas evitar valores excessivos e desnecessários que contribuem para um maior consumo quer quando da utilização de qualquer dispositivo, quer através de rupturas existentes no sistema.

Utilização de sistema tarifário adequado

A utilização do mecanismo tarifário pelas entidades gestoras de sistemas públicos condiciona a procura de água pelos consumidores. Através da aplicação de custos reais e de escalões progressivos, em que os maiores consumidores pagam sensivelmente mais por cada metro cúbico de água, é possível sensibilizá-los a reduzirem os consumos de forma a caírem nos escalões inferiores.

Utilização de águas residuais urbanas tratadas

Utilizar as águas residuais urbanas tratadas provenientes de estações de tratamento de águas residuais urbanas resulta em benefícios potenciais essencialmente pela redução da água captada, apresentando também impacto positivo na gestão das águas residuais e, se aplicada em irrigação, obtém-se ainda alguma recuperação de nutrientes. Os usos que se consideram mais viáveis atualmente são os associados a atividades ligadas à agricultura – irrigação de produtos que não são consumidos crus e a de espaços verdes, sendo também utilizadas para regar espaços de lazer e ajardinados, indústria e recarga de aquíferos.

Redução de perdas de água no sistema público de abastecimento

Para se reduzir as perdas de água no sistema público de abastecimento faz-se necessária a implementação pelas entidades gestoras de programas de detecção, localização e eliminação de perdas resultantes de fugas, rupturas e extravasamentos do sistema, nomeadamente ao nível das tubagens e das respectivas juntas que constituem a rede pública de distribuição.

Isolamento térmico do sistema de distribuição de água quente

O isolamento térmico das tubagens da rede de distribuição de água quente quando se adotarem materiais metálicos, bons condutores de temperatura, resultam na redução do desperdício de água corrente enquanto os utilizadores esperam que a temperatura seja adequada ao uso em questão (duchas, banhos, lavagens de louça, entre outros). Nas instalações prediais em que se utilize a recirculação de água quente, para garantir em permanência da temperatura desejada no dispositivo de utilização, o isolamento térmico é essencial. A aplicação desta medida deve ser preferencialmente feita nas fases de construção ou renovação das construções.

Reutilização ou uso de água de qualidade inferior

O reuso da água pra fins não-potáveis tem sido impulsionado em todo o mundo em razão da crescente dificuldade de atendimento a uma demanda cada vez maior de água para o abastecimento público doméstico e da escassez cada vez maior de mananciais próximos ou de qualidade adequada para abastecimento após o tratamento convencional da água (PHILIPPI JR et al., 2004).

No Brasil, o reuso tem sido incentivado como forma de minimizar a escassez de água potável e a degradação de mananciais causada pelo despejo direto de esgotos e resíduos (Bertoncini, 2008).

A utilização de água não proveniente da rede pública de abastecimento, como as águas cinzentas, provenientes de banheiras, chuveiros ou lavatórios, e o aproveitamento de água da chuva são as fontes mais comuns da reutilização/uso de água de qualidade inferior; essas águas são alternativas viáveis para descargas, lavagem de pátios e carros, e jardins. Em geral, é necessário tratamento adequado (filtração e desinfecção) consistente com a qualidade da água e o uso a que se destina.

Adequação da utilização, substituição ou adaptação de torneiras, chuveiros e descargas

Buscando cada vez mais a redução do consumo e descarga de água, torna-se cada vez mais importante sensibilizar a população para a alteração dos hábitos de uso através da adaptação ou substituição de equipamentos convencionais por outros com volume de descarga inferior. Os potenciais beneficiários são os próprios consumidores, dentre os quais se incluem os proprietários de instalações residenciais, coletivas ou industriais, e os inquilinos de instalações.

Propostas para minimização dos efluentes gerados e conservação ambiental

O gerenciamento do uso da água, a partir da medição efetiva e rotineira das quantidades consumidas de efluentes líquidos gerados (efluentes brutos) e de efluentes finais emitidos, é importante para a minimização dos efluentes gerados e preservação ambiental; considerando-se ainda o reuso da água.

Sob a ótica do meio ambiente, o reuso de água contribui para a preservação dos recursos hídricos, favorecendo o desenvolvimento sustentável; quanto à questão social, provoca um aumento da disponibilidade hídrica à população por meio da redução das captações de água dos mananciais, e ainda, no aspecto econômico, reduz os custos com energia e produtos químicos - no caso de indústrias, além de racionalizar custos operacionais e de manutenção (FIESP, 2004).

É importante que se tenha informações precisas sobre as concentrações dos principais parâmetros que caracterizam os efluentes para monitorar e avaliar as várias cargas de poluentes geradas e emitidas, principalmente, a nível industrial.

Algumas outras medidas podem ser utilizadas como forma de conservação do meio, tanto a nível domiciliar como industrial, dentre elas a construção de drenagem de águas pluviais, a reutilização de materiais e resíduos, o gerenciamento integrado dos recursos hídricos, a recuperação e preservação de nascentes e pequenos cursos de água.

Outra forma de preservar o ambiente é gerenciar os efluentes gerados através de métodos menos onerosos que visem não somente o tratamento como também a própria reutilização, sendo necessário para isso o investimento em pesquisa e tecnologia adequada. Um mecanismo que vem sendo alvo de estudos é a utilização de algas, comumente encontradas em lagoas de maturação, como uma alternativa financeiramente viável para o tratamento dos despejos de pequenos municípios; essa técnica vem sendo testada e tem revelado bons resultados com o efluente de suinocultura (OLIVEIRA et al. 1993). Com a utilização de algas tem-se conseguido atingir taxas de remoção na faixa de 70% para os principais causadores da eutrofização em corpos de água. Outro aspecto positivo é o baixo índice de produção de lodo, um grande problema enfrentado nas estações de tratamento de esgotos convencionais. Estas pesquisas possibilitam o uso de algas como mecanismo depurador de efluentes domésticos de pequenas comunidades.

Em se tratando de reutilização de efluentes, a atividade florestal, por suas peculiaridades, apresenta-se como uma alternativa promissora, principalmente por não envolver produção de alimentos para consumo humano e nem riscos à saúde (CROMER, 1980). Além disto, é realizada em larga escala e tem a potencialidade de consumir um grande volume de efluentes.

O lodo de esgoto ou biossólido, embora ainda não tenha sido amplamente testado no Brasil, já apresenta alguns resultados promissores, seja na fase de produção de mudas de espécies florestais (MORAIS et al., 1997) ou de implantação de reflorestamento (GONÇALVES et al., 2000; POGGIANI et al., 2000). Esses estudos já estão avançados em outros países, inclusive com aplicações comerciais em empresas florestais (COLE et al., 1986; HARRISON et al., 1993; HENRY et al., 1994). 

Outra técnica que pode ser adotada para a minimização de efluentes e conservação ambiental, além da possibilidade de reutilização da água, consiste na utilização de plantas macrófitas - enraizadas em ambiente aquático – que constituem, em sua grande maioria, vegetais superiores, com grande capacidade de adaptação a diferentes tipos de ambientes aquáticos. Essas espécies requerem altas concentrações de nutrientes, e podem ser utilizadas na despoluição de lagos e rios, através da remoção de macronutrientes como o nitrogênio e o fósforo, provenientes de despejo industrial e doméstico, utilizando-se do substrato e de biofilmes de bactérias. 

O conjunto forma um sistema físico-biológico com uma intensa vida microbiana na rizosfera (região ao redor das raízes) e nos rizomas da planta (NAIME; GARCIA, 2005).

No emprego de alternativas e atitudes que minimizem a geração de efluentes e, consequentemente, preservem o meio, além das questões tecnológicas existem as questões comportamentais. Há a urgente necessidade de conscientização da população, para que uma responsabilidade integral e contínua com o meio ambiente seja externalizada quando do uso da água e de outros recursos.

Alternativas educacionais

As atividades de educação ambiental relacionadas à geração de efluentes domésticos e seu tratamento devem ser melhoradas em qualidade, mas também em quantidade de informações. A socialização das informações precisa ser mais vasta, para que um maior número de pessoas seja atingido.

O foco deve ser a população como um todo, no entanto, alguns grupos particulares como as crianças, jovens, agricultores e empresários de todos os ramos devem ser trabalhados de modo mais intenso.

Ainda há desafios a serem vencidos para que formas de gestão participativas e compartilhadas consigam estabelecer-se, mas esse caminho levará a uma nova qualidade de cidadania. E para que seja alcançada a participação dos diversos atores nas políticas é necessária a utilização de instrumentos educacionais e pedagógicos (RIBEIRO, 2009).

Reigota (1998) aponta que a educação e áreas afins das ciências relacionadas com a ecologia e recursos naturais, elaboram os fundamentos básicos da proposta pedagógica que se convencionou chamar de Educação Ambiental, que são: conscientização, mudanças de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação. As práticas pedagógicas voltadas a uma educação ambiental devem incentivar não somente a conscientização teórica, mas promover visitas a campo e trabalhos dinâmicos que busquem trabalhar parâmetros para uma nova conduta como cidadãos.

Faz-se necessário superar a concepção de ambiente como mera externalidade onde comparecem apenas florestas, rios, solo e diversidade biológica, e venha a se conceber ambiente como espaço que é igualmente processo e no qual atuam relações de poder, ou seja, onde tudo isso tem implicações sociais, econômicas, culturais, simbólicas e ecológicas. Em outras palavras, ambiente assim concebido, não é redutível ao mero nível ecológico, embora este último seja um aspecto importante do primeiro (AYRES e FILHO, 2007). Assevera-se que a Educação Ambiental também requer atitudes éticas com relação à nossa inserção no mundo em que vivemos.

Considerações finais

As experiências positivas mais recentes apontam que os problemas ambientais só serão sanados ou amenizados mediante a articulação do coletivo. Os problemas relacionados aos efluentes não fogem a essa concepção, sendo necessário ser bem definido ou encarado com mais responsabilidade o papel Estado, sociedade, empresários e outros envolvidos.

Nesse cenário, os investimentos no tratamento de efluentes são socialmente indispensáveis e ambientalmente necessários, assim como uma política de gerenciamento de efluentes e a conscientização ambiental se fazem imprescindíveis na busca por opções para preservar, minimizar os impactos e usar os recursos de forma sustentada.

fonte: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1339&class=02

planetinha




dicas muito legais para as crianças....

http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/natureza/

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Novo Código Florestal: Brasil perde com a aprovação de Medida Provisória


“Bilhete da Dilma para as ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) sugere veto total do Código Florestal”, diz Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica

 A comissão mista que analisa a Medida Provisória do Código Florestal aprovou na quarta-feira (29) o texto proposto pelo relator e senador Luiz Henrique. O acordo liderado pela bancada ruralista mais uma vez impôs mudanças que incentivam novos desmatamentos e ampliam as anistias para Áreas de Proteção Permanente (APPs) desmatadas.

A presidente Dilma Rousseff, em bilhete para as ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), demonstrou estar desconfortável com as notícias de jornal que falam do acordo feito pelo governo com os ruralistas. Para Mario Mantovani, se é verdade que a presidente ficou incomodada com as afirmações de acordo – e não fez apenas um jogo de cena – ela deveria vetar completamente o texto.

 Até agora, o governo tem sido no mínimo omisso. Entregou o meio ambiente de bandeja e cedeu em questões fundamentais, permitindo um grave retrocesso na legislação ambiental brasileira.

 E, enquanto o mundo busca um novo modelo de produção com base no desenvolvimento sustentável, alguns colocam o Brasil na vanguarda do atraso.

O texto aprovado retomou a emenda que diminui de 20 metros para 15 metros o limite mínimo para recuperação de APP nas margens de rios com até 10 metros de largura para propriedades com mais de 15 módulos rurais. Pela nova redação, todos, inclusive os pequenos e os médios produtores, sairão prejudicados. O agronegócio do Congresso conseguiu ainda transformar as obrigações de recomposição florestal destas áreas para plantio de monocultura de espécies exóticas, até mesmo de árvores frutíferas, entre outras espécies.

Sem nenhum espaço e condição de influência, ambientalistas não participaram desta negociação que dilacerou a legislação ambiental brasileira. Esse é um Código que de ambiental não tem nada – foi feito para resolver dívidas de produtores, e deveria ser chamado de Código Agrícola.

A Fundação SOS Mata Atlântica lamenta a aprovação do texto da Medida Provisória e convida a sociedade a se mobilizar contra os que defendem o desmatamento. É hora de buscar políticos comprometidos com o meio ambiente e com a qualidade de vida da população.

Confira pelo link http://www.sosma.org.br/projeto/plataforma-ambiental/plataforma-ambiental-para-o-brasil/adesoes-de-candidatos-a-plataforma/ os candidatos que assinaram a declaração de compromisso com a Agenda Socioambiental do Brasil.

 O texto tem que seguir para votação no plenário da Câmara dos Deputados e do Senado Federal até o dia 8 de outubro, quando a Medida Provisória, se não for aprovada, perde a validade. Caso o prazo não seja cumprido, passa a valer o Código Florestal aprovado no fim do ano passado, com os vetos da presidente Dilma Rousseff.

fonte: http://www.sosma.org.br/11062/codigo-florestal-o-brasil-perde-so-alguns-ganham/

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