sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Parede de revistas

Algumas pessoas têm mania de fazer coleção de tudo, desde tampinha de garrafa a conchas do mar. Mas chega um momento em que é necessário deixar a energia fluir e se desfazer dessas quinquilharias. Mas o que fazer com estes objetos que já foram tão queridos? Se forem revistas – muitas delas –, aqui vai uma ideia do escritório de arquitetura sueco Elding Oscarson. Em um de seus projetos, uma agência de design gráfico em Estocolmo, foi criada uma parede cheia de revistas. O interessante é que o foco está na lombada e no calhamaço de folhas, dando um efeito de edições empilhadas. Abaixo, alguns ângulos do ambiente.













fonte: revista casa e jardim online

Lindas casinhas para pássaros feitas de papelão

Casas ecológicas para passarinhos são feitas com material reciclado e tinta biodegradável
Quem não gosta de acordar com o canto dos passarinhos do lado de fora da janela? Para isso, é preciso atrair os bichinhos para perto de casa. Instalar uma casinha para eles no jardim pode ser um bom começo. Melhor ainda se a peça for amiga da natureza. A marca norte-americana Greenbird House é especializada no assunto e vende casinhas feitas com papel reciclado e decoradas com tinta biodegradável, produzida à base de soja. Para que o objeto não se deteriore com o tempo, ele recebe um tratamento que o deixa resistente à água das chuvas.
fonte: Casa e Jardim Online

Vasos de PVC

Os tradicionais canos de PVC usados nas construções ganharam utilidade decorativa. O plástico rígido serviu de matéria-prima para vasos de flores. A coleção, que leva o nome de Pretty Vases Colection, é fruto de uma parceria das empresas francesas FX Balléry e Domeau&Pérè. Os acessórios, com várias opções de cores, dão um visual descontraído para ambientes residenciais. A proposta também pode ser uma boa ideia para quem está montando a casa nova e não pretende gastar muito.

fonte: revista casa e jardim online

Pisca-pisca com garrafas PET e caixas de ovos

Que tal dar uma renovada no seu pisca-pisca antes de expor o enfeite na janela?
A loja online The Green Hub dá duas ideias interessantes e sustentáveis. Em uma delas, cada ponto de luz é envolto em pedaços de garrafas PET recortadas como pétalas e moldadas.


Na outra, foi utilizada caixa de ovo.

fonte: reivsta casa e jardim online

Parede de PET

Escritório no Japão usou garrafas para criar paredes recicladas.
Ser sustentável não é só economizar energia elétrica ou separar o lixo. É ter ideias criativas para reutilizar materiais que iriam para o lixo e transformá-los em obras de arte. Este foi o pensamento dos donos da Danone Waters, no Japão, implementado pelo Klein Dytham arquitetura. As paredes do escritório da empresa são feitas de garrafa PET empilhadas da própria marca, proporcionando uma boa qualidade na iluminação do ambiente e baixíssimo custo na mão-de-obra.




fonte: http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI120838-16938,00-PAREDE%20DE%20PET.html

Luz consciente: luminária feita com PETs

Olhando assim, nem parece que essa luminária de mesa foi feita apenas com dez garrafas PET e papelão reciclado. O trabalho é da designer britânica Sarah Turner. Ela recortou o fundo das embalagens e dobrou as tiras para trás, deixando o plástico em um formato parecido com o de uma flor. No centro, uma lâmpada ilumina a peça inteira. A parte interna da base foi construída com papelão. Cada abajur sai por 280 libras, sem contar os custos de transporte e entrega, que variam de acordo com a localidade. Sarah também faz luminárias de tamanho grande, usando embalagens maiores de refrigerante. O modelo pode ser encomendado para mesa (340 libras) ou para o chão (360 libras).

fonte: http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI108398-16802,00-LUZ%20CONSCIENTE%20LUMINARIA%20FEITA%20COM%20PETS.html

Banco revestido com teclas

O que mais dá para fazer com teclas de um computador, além de digitar? Revestir um banco, por exemplo. O designer canadense Nolan Herbut criou um móvel de madeira e revestiu toda a peça com cerca de 2 mil teclas. Os botões podem ser pressionados de verdade, afundando e fazendo o barulho de digitação. “O efeito tátil permite uma interação com o banco porque você se relaciona com ele de um jeito muito próximo e íntimo enquanto pressiona as teclas”, diz o designer.

Garrafas PET

Garrafas PET podem ser reaproveitadas de muitas maneiras, mas dá para pensar que elas seriam o material principal na construção de uma casa? A residência sustentável, batizada de La casa de botellas, foi criada pela família Santa Cruz e fica em Puerto Iguazú, na Argentina. Paredes, móveis, colunas, varanda... Tudo é feito de material reutilizado. Apesar de não serem profissionais da arquitetura, os membros da família criaram uma forma de estruturar as garrafas, sem perder a simetria. Além disso, Alfredo Santa Cruz, o chefe da família, construiu uma casa parecida, mas em versão menor, para sua filha brincar na área externa.
No projeto, foram utilizadas 1200 garrafas de plástico para as paredes, outras 120 para os sofás e mais 200 para as camas. A família também reaproveitou 1300 caixinhas tipo Tetra Pack para o teto e 140 capas de CDs para as portas e janelas. Como se tudo isso não fosse suficiente, os Santa Cruz ainda oferecem cursos para famílias pobres, ensinando as mesmas técnicas de construção.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Golfinhos

Nossos lindos golfinhos....

http://www.dailymail.co.uk/news/article-1251711/Every-dolphins-gone-surfin-Stunning-pictures-hundreds-glide-monster-waves.html

"O educador ambiental ensina por suas atitudes", por Rita Mendonça

Divulgadora no Brasil de uma nova metodologia de educação ambiental, a bióloga e socióloga Rita Mendonça acredita que o professor deve explorar a natureza com os alunos e compartilhar com eles suas impressões

Para resolver os problemas ambientais, é necessário mais do que separar o lixo para reciclagem ou fechar a torneira enquanto se escova os dentes. Refletir sobre o nosso comportamento e as relações que temos com a natureza e com as pessoas também é parte fundamental desse processo na opinião de Rita Mendonça. Bióloga e socióloga, ela é co-fundadora do Instituto Romã, entidade sediada em São Paulo que representa no Brasil a Sharing Nature Foundation - organização não-governamental americana dedicada à educação ao ar livre. Rita abrasileirou a metodologia de ensino da Sharing, baseada em dinâmicas e jogos seqüenciais. O objetivo é levar os participantes a concentrar a atenção, a aguçar a percepção e a ter um contato mais profundo com a natureza, já que a experiência é essencial para a mudança de comportamento em relação ao mundo. Educadores estão sendo formados pelo Instituto Romã para trabalhar com essa perspectiva em um programa que une teoria e muita prática, em viagens a campo. "O professor já sabe muita coisa sobre o tema, mas precisa experimentar o que ensina", diz Rita. Nesta entrevista concedida a NOVA ESCOLA, ela explica esse novo conceito de educação ambiental.

NOVA ESCOLA: Como nasceu a educação ambiental?
Rita Mendonça: Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente realizada em Estocolmo, na Suécia, em 1972, a sociedade tomou conhecimento dos problemas ambientais e os governos definiram que a saída para mudar o mundo seria a educação. Foi necessário criar o termo educação ambiental porque nos afastamos da natureza. Os processos educativos ficaram racionais e a escola descuidou dos sentimentos, das sensações e das relações em sala de aula, esquecendo o ar, a água, o corpo, o bairro, a cidade, o planeta. Ora, se a educação ambiental pretende resolver os problemas ambientais pela formação das pessoas, é preciso usar ferramentas transformadoras. Uma delas é o aprendizado seqüencial.

O que é o aprendizado seqüencial em educação ambiental?
É uma pedagogia que desenvolve a percepção de alunos e professores. A proposta consiste em uma seqüência de atividades, em quatro fases, que deve ser aplicada em espaços naturais - na praça, no parque, na praia, na montanha, no mangue e até mesmo no jardim da escola.

Como se dá, na prática, esse aprendizado?
A primeira fase, Despertar Entusiasmo, é formada por jogos que servem para criar interação e harmonia no grupo. Uma das dinâmicas é realizada em uma área com diferentes espécies de árvore. O professor escolhe uma que tenha uma aparência atraente - um salgueiro ou um pinheiro, por exemplo - e imita a forma dela com seu corpo. Observando o professor, as crianças tentam reconhecer qual é a árvore escolhida. A segunda, Concentrar a Atenção, é o foco da metodologia: visa promover a concentração da turma e acalmar a mente. Os exercícios despertam o interesse em ouvir os sons da natureza e perceber diferentes temperaturas e cheiros. A terceira, Experiência Direta, desenvolve a percepção das diferenças entre os elementos da natureza. Em uma das brincadeiras, os alunos, de olhos vendados, sentem uma árvore pela textura, pela forma e pelo cheiro. Depois, de olhos abertos, eles têm que reconhecer, na mata, qual é aquela árvore. Essa interação aguça a intuição e a percepção. Na última fase, Compartilhar, os estudantes dividem suas impressões sobre o que fizeram durante essas aulas contando histórias, fazendo desenhos, poesias coletivas e individuais e haicais.

Como é o trabalho do educador no aprendizado seqüencial?
Ao explorar a natureza com as crianças, ele aplica cinco regras da educação ao ar livre. A primeira é ensinar menos e compartilhar mais. Isso torna qualquer visita mais agradável, porque a criança se cansa de ficar apenas ouvindo. A segunda é ser receptivo, perceber o que os alunos estão pedindo e humanizar as relações. A terceira é se concentrar, porque não dá para fazer nada se a turma não estiver atenta. A quarta regra é experimentar primeiro e falar depois. Nem tudo precisa ser explicado. É importante dar ao professor e às crianças tempo para encantar-se com detalhes que ainda ninguém viu e compartilhar o que todos estão sentindo. Por fim, criar um ambiente leve, alegre e receptivo, onde todos se sintam bem. O trabalho visa fazer alunos e professores perceberem o que estão sentindo, pois o sentimento influencia a maneira de compreender e pensar. É mais fácil discordar de uma idéia se você está irritado. Quando está feliz, tende a ser mais receptivo.

Professores de todas as disciplinas podem ser educadores ambientais?
Sim. O professor de Ciências tem muita informação sobre a natureza e acaba fazendo um trabalho mais explicativo. Mas o fundamental para qualquer professor é educar principalmente pelo que ele é, por suas atitudes, e não apenas pelo conhecimento que tem da matéria. As crianças aprendem muito pela imitação. O bom professor diz aquilo em que de fato acredita. Ele refletiu sobre o conteúdo que leciona e fala do assunto com convicção, fazendo uma confissão por meio da Física, da Matemática, da Língua Portuguesa.

O professor está preparado para ser um educador ambiental?
Especialmente preparado, porque é um educador. Mas, se ele quer se engajar na questão ambiental, deve começar pensando na sua vida, no seu comportamento e na sua relação com o próprio corpo e com a natureza. O contato mais direto que temos com ela é pela alimentação. Então, ele deve analisar a relação entre o que come, o ambiente e o modo como monta seu cardápio, por exemplo. Uma maneira de fazer isso é pensar sobre o ciclo que aquele alimento percorreu, desde sua origem até chegar à mesa. É importante também refletir sobre o que consome e como se relaciona com o mundo à sua volta. O professor pode ainda perceber como se sente na frente de uma vitrine. Tem vontade de comprar? Fica frustrado se não pode? Analisa por que necessita daquilo? Esse exercício dá uma grande bagagem, equivalente à que ele acumularia em vários cursos. É só aprender a usá-la.

Qual o benefício de a escola proporcionar uma vivência na natureza?
Em contato com a natureza percebemos que temos uma existência em comum. Quanto mais unificamos as relações entre nós e o ambiente, mais harmônica é nossa vida. Na nossa proposta pedagógica, o professor não ensina o que é natureza e não a descreve, mas relaciona-se com ela e compartilha com os alunos o que para ele faz sentido nessa experiência. O encantamento dos estudantes pelo tema vem dessa troca com o professor, que motiva a turma a querer aprender. O relacionamento entre eles se torna mais intenso e sincero, as mentes se acalmam e a concentração de todos melhora.

A questão ambiental tem caráter filosófico?
O problema ambiental é resultado de uma crise de percepção. Se queremos resolver essa crise, temos de melhorar nosso entendimento sobre o mundo. Assim, criamos um território fértil para encontrar soluções, e a escola pode ajudar nisso. Durante as aulas, promovemos momentos de diálogo - o que é muito diferente do debate -, em que os estudantes conversam, analisando o que pensam sobre aquele assunto e procurando entender o que está acontecendo em nosso planeta. Esse é um exercício de observação de nossa forma de pensar e das dificuldades de aceitar opiniões diferentes.

Qual é a origem dos problemas ambientais?
Os biólogos chilenos Humberto Maturana e Francisco Valera e a historiadora austríaca Riane Eisler sustentam a idéia de que os problemas ambientais surgiram há 7 mil anos, com o fim das culturas "matrísticas" - o termo vem da palavra matriz e se refere à mulher - e o surgimento das culturas patriarcais. Na cultura matrística, a relação com a natureza e com as pessoas da comunidade e de outros povos era estabelecida por limites e de forma harmônica. Os povos se viam como parte do ambiente e a complexidade estava nas relações e não nas questões materiais. A cultura patriarcal surgiu na Mesopotâmia, quando o homem começou a desejar dominar o meio e outros povos. Hoje, temos o mesmo conflito: aceitar os limites impostos pela natureza sabendo que somos 6 bilhões e que vivemos em um planeta só ou atender ao desejo de ter uma vida confortável e consumir cada vez mais?

Por que a tecnologia e a ciência não conseguiram resolver esses problemas?
Albert Einstein dizia que nós não conseguimos solucionar um problema permanecendo no mesmo nível de consciência em que ele foi criado. Veja o exemplo do lixo: começamos a criar substâncias artificiais que a natureza não reconhece. Daí, desenvolvemos tecnologias de reciclagem que imitam com muita limitação o ciclo da natureza, mas não resolvem a questão. A confiança na tecnologia faz as pessoas consumirem sem compromisso. Hoje, o volume de produção de lixo é desproporcional ao que é possível reciclar. Então, a reciclagem nunca solucionará a questão, porque a indústria vai criar novas substâncias e as pessoas vão consumir cada vez mais achando que tudo pode ser reciclado.

BIBLIOGRAFIA
• À sombra das árvores - transdisciplinaridade e educação ambientela em atividades extraclasse, Rita Mendonça e Zysman Neiman, 167 págs., Ed. Chronos, tel. (11) 3081-8429, 26 reais
• Conservar e criar - natureza, cultura e complexidade, Rita Mendonça, 256 págs, Ed. Senac, tel. (11) 2187-4450, 42 reais





terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Participe de abaixo-assinado pela criação de área protegida em Bertioga

O WWF-Brasil acaba de lançar um abaixo-assinado para coleta de assinaturas pedindo a criação de uma área protegida com 8.025 hectares, em Bertioga (SP), no mais conservado trecho de Mata Atlântica no litoral paulista. A área de planície, que faz conexão com o Parque Estadual da Serra do Mar, abriga rica diversidade de ambientes – dunas, praias, rios, florestas, mangues e uma variada vegetação de restinga – nos quais vivem animais raros e ameaçados de extinção. O objetivo da ação na internet é obter o maior número de assinaturas em apoio à criação da unidade de conservação. O documento com as assinaturas será entregue ao governador do Estado de São Paulo, José Serra, e ao secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano. A proteção da área em Bertioga vai contribuir efetivamente para que o Brasil cumpra a meta firmada na Convenção da Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas, garantindo a proteção de 10% da área original do bioma até 2010. Conheça mais sobre a importância desta área e participe do
 
abaixo-assinado no link http://www.wwf.org.br/?24040/WWF-Brasil-lanca-abaixo-assinado-por-unidade-de-conservacao

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

projeto Pomar

O Pomar Urbano, criado como Projeto Pomar, em 1999, tem como objetivos a recuperação ambiental e a revegetação das margens do Rio Pinheiros, na Capital paulista, e o resgate da cidadania de trabalhadores desempregados, aos quais proporciona ocupação, renda e qualificação profissional, por meio do Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego – Frentes de Trabalho, criado pelo Governo do Estado.
Desde o início, o Pomar Urbano tem estimulado o processo de resgate da relação de respeito e estima que a população já teve em relação aos rios urbanos e de reinserção dos mesmos na paisagem da cidade. Ao longo dos últimos anos muito se tem falado sobre a reurbanização das áreas da cidade onde se localiza o Rio Pinheiros.
Algumas propostas são bastante abrangentes e, por vezes, parecem viáveis somente a longo prazo, pois apontam para verdadeiras revoluções urbanas, exigindo profundas alterações do sistema viário e remoção das linhas de transmissão de energia e utilização das águas e das margens para atividades de lazer, com a construção de marinas, espaços de uso público, restaurantes etc.
Ao propor o Pomar Urbano a Secretaria de Estado do Meio Ambiente optou por soluções compatíveis com a realidade existente, sendo passíveis de imediata implantação sem demandar grandes investimentos. Para viabilizar o projeto foi desenvolvida uma estratégia de execução envolvendo a participação do Poder Público, da iniciativa privada e da sociedade civil, mostrando, pelo sucesso alcançado, que um processo pode ser tão importante quanto o produto dele resultante.
As empresas que participam do projeto, demonstrando consciência ambiental e responsabilidade social, contribuem de forma efetiva para a recuperação de uma área degradada de grande significado para a cidade de São Paulo.
Por outro lado, ao associar o Pomar Urbano ao Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego – Frentes de Trabalho, desenvolvido pela Secretaria Estadual das Relações de Trabalho, foi possível alocar a mão-de-obra representada por trabalhadores desempregados, oferecendo-lhes, além de um salário e outros benefícios, também a oportunidade de se capacitarem como jardineiros, encanadores, pedreiros, padeiros e em outras profissões.
Até abril de 2008, quase 1.500 trabalhadores desempregados participaram do Pomar Urbano, abrindo-lhes a possibilidade de re-inclusão social e alterando significativamente suas perspectivas para o futuro.
 
Histórico da Implantação – Parcerias e Frentes de Trabalho

Desde o início, o Pomar Urbano baseou-se em parcerias com empresas públicas e privadas interessadas em contribuir para reverter a degradação das margens do Rio Pinheiros.
Para demonstrar a viabilidade do projeto, a Secretaria do Meio Ambiente iniciou a recuperação de um trecho de um quilômetro de extensão, na margem esquerda do Rio Pinheiros, situado entre as pontes do Morumbi e João Dias. Nessa área, denominada Trecho-Piloto, os trabalhos se estenderam de dezembro de 1999 a março de 2000, mostrando o acerto das técnicas de cultivo e de manejo adotadas.
Com o apoio do “Jornal da Tarde”, a Secretaria do Meio Ambiente realizou uma reunião com representantes de várias empresas, para apresentação da proposta para obter apoio para a continuidade das intervenções. Da apresentação pública do projeto resultou a adesão de onze empresas: Companhia Auxiliar de Viação e Obras – CAVO, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA, Credicard S.A. Administradora de Cartões de Crédito, Eletropaulo, Empresa Metropolitana de Águas e Energia – EMAE, Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica – EPTE, Fibra S.A., Johnson & Johnson Indústria e Comércio, Natura Cosméticos e Universidade Paulista – UNIP.
A margem esquerda do Rio Pinheiros foi subdividida em trechos que foram “adotados” pelas empresas parceiras, que se responsabilizaram pelas intervenções em suas respectivas áreas, providenciando a contratação dos serviços e aquisição das mudas, sementes e insumos necessários e arcando com os custos de implantação e manutenção. O contrato não prevê nenhum repasse financeiro para o Estado.
A implantação do Pomar Urbano começou na margem esquerda do rio porque, na margem direita, a CPTM estava definindo os locais das novas estações. Além disso, a SMA considerou o projeto prioritário e desejava a sua imediata execução, sem a interferência com outros serviços desenvolvidos na área que pudesse levar à posterior remoção da vegetação.
A equipe técnica da SMA elaborou os projetos e os termos de referência para a implantação do Pomar nos diferentes trechos assumidos pelas empresas parceiras, definindo medidas para recuperação do solo e espécies a serem utilizadas, incluindo quantidade e porte das mudas, além dos tratos culturais a serem executados.
Os trabalhos de recuperação da cobertura vegetal nos trechos dos parceiros, ao longo de cerca de 14,5 km de extensão na margem esquerda do rio, foram iniciados entre abril e maio de 2000. Alguns trechos demandaram mais tempo, mas o último lote foi concluído em outubro daquele ano.
Posteriormente ocorreram outras adesões e atualmente somam-se 16 km na margem esquerda e 6 na margem direita, com a parceria das seguintes empresas: Bioplan, Braskem, Bunge Fertilizantes - Adubos Manah, CAVO – Companhia Auxiliar de Viação e Obras, CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, COSIPA – Companhia Siderúrgica Paulista, CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, Credicard Citi, CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, DT Engenharia, Eletropaulo, EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia, Johnson & Johnson Indústria e Comercio, Jornal da Tarde, Mantecorp – Indústria Química e Farmacêutica, Mapfre Seguros, Natura Cosméticos, Pazetto Events Consulting, Pinheiro Neto Advogados, Rádio Eldorado, Rede Globo, Suzano Papel e Celulose S.A. e Tok & Stok.
Em outras fases do Pomar Urbano, ao longo do últimos oito anos, participaram ainda: Deutsche Bank, Fibra, Microsoft Informática, Preservam e Sansuy.

fonte: http://www.ambiente.sp.gov.br/pomarurbano/historicodeimplantacao.php

Verde e pragmática

Enquanto parte do governo continua às turras com o agronegócio — a última investida veio do ministro Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos —, a ONG americana TNC mostra que a parceria com os produtores é o melhor caminho para preservar a natureza

 
Uma sina curiosa vem perseguindo o agronegócio brasileiro nos últimos anos. Quanto mais dá mostras de sua competência lá fora, mais ele apanha aqui dentro — das ONGs, de políticos, do próprio governo. A mais recente investida ocorreu com a divulgação da nova versão do Programa Nacional de Direitos Humanos, de autoria do ministro Paulo Vannuchi. No meio de um festival de barbaridades, ficamos sabendo que o plano dá respaldo às invasões de terras, dificultando a obtenção de mandados de reintegração de posse na Justiça. Esqueça a lei. Se prevalecer o que Vannuchi propôs, as invasões serão avaliadas por audiências públicas — e só se essas audiências aprovarem é que a Justiça entrará em ação para defender os proprietários. Felizmente, nem todos acham que os males do Brasil são a excelência na produção de comida.

Até mesmo ONGs ambientalistas, famosas pela virulência de sua militância, compreenderam que o agronegócio pode ser parceiro não apenas na hora de gerar riquezas mas também — pasme — de proteger a natureza.
O melhor exemplo tem sido dado pela americana The Nature Conservancy (TNC), a maior organização civil do planeta voltada para o meio ambiente, hoje presente em 32 países. A TNC é responsável pelo mais bem-sucedido modelo de combate ao desmatamento do país, o de Lucas do Rio Verde, no interior de Mato Grosso — conseguido exatamente por meio de parceria com o agronegócio. A ideia é obter a preservação combinando imagens de satellite — que permitem mapear as terras e detectar a derrubada de árvores — com incentivos econômicos, como linhas de crédito e cursos de educação ambiental para fazendeiros que se mostram dispostos a regularizar suas atividades. Agora o programa de Lucas do Rio Verde começa a ganhar escala nacional. Inspirado nele, o governo federal lançou o programa Mais Ambiente com o objetivo de regularizar sobretudo propriedades rurais com problemas de desmatamento ilegal e que não estão registradas devidamente. O governo fixou prazo de três anos para a adesão dos proprietários ao programa. A medida vale para todo o país, mas tem por alvo especialmente as áreas mais críticas da Amazônia.

Paralelamente, o governo de Mato Grosso adota a mesma abordagem para legalizar a situação fundiária no estado. O governador Blairo Maggi lançou em 2009 o programa Mato Grosso Legal para cadastrar 50 000 propriedades até o fim deste ano. No âmbito federal, ainda não se sabe quantos produtores serão atingidos.
Fonte inspiradora dessas iniciativas, a TNC é um exemplo de pragmatismo que contrasta com o estereótipo da militância irada e inconsequente de muitas ONGs. Em Lucas do Rio Verde, município que é um dos maiores produtores de soja do país, a TNC teceu em 2007 uma parceria entre a prefeitura e as empresas Sadia, Syngenta e Fiagril. Nos últimos três anos, o agrônomo Giovanni Mallmann, chefe da equipe da TNC na cidade, rodou 20 000 quilômetros visitando as 820 fazendas da região. “No começo, parte dos proprietários nos via com desconfiança”, diz Mallmann. “Agora eles sabem que esse é o único caminho capaz de garantir a preservação das terras e a existência de compradores para seus produtos.” Batizado de Lucas do Rio Verde Legal, o programa fez um diagnóstico com imagens de satélite e deu prazo de dez anos para os fazendeiros recuperarem as matas.
Eles também ganham mudas e assistência técnica no replantio. Hoje, o cadastramento das terras de Lucas do Rio Verde está pronto e a base de dados gerada vai ser transferida para o governo de Mato Grosso desenvolver seu programa.

É verdade que a ideia de usar satelite para esquadrinhar as propriedades rurais já existia em repartições federais e estaduais desde os anos 90. Mas o plano oficial era um fiasco em estratégia e gestão. “As normas ditavam que o proprietário em situação irregular levasse sua documentação ao poder público”, diz a bióloga Ana Cristina Barros, representante da TNC no Brasil. “Mas, ao chegar lá, ele seria autuado em flagrante.” Como era de prever, a iniciativa governamental fracassou. Em Lucas, a TNC mudou a tática. Em vez de os produtores irem a uma repartição, a ONG e representantes da prefeitura visitam os fazendeiros para obter sua adesão. Uma das metas da TNC em 2010 é o cadastramento de terras em 12 municípios do Pará e de Mato Grosso, no chamado arco do desmatamento, para legalizar a cadeia produtiva da madeira, da pecuária e da soja. A verba disponível é de 16 milhões de reais do Fundo Amazônia, uma carteira administrada pelo BNDES com recursos doados pela Noruega. No projeto, que tem uma contrapartida de 3,2 milhões de reais da própria TNC, a organização trabalhará em parceria com as prefeituras locais. “Contamos com o conhecimento da TNC para iniciar a regularização fundiária na região”, diz o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. “Ela provou ter um método bem-sucedido para os produtores se adequarem às normas ambientais.” Falta convencer outros companheiros do governo de que o tiroteio sobre os proprietários não ajuda — mas pode atrapalhar muito.

MADRINHA DA NATUREZA
Presente em 32 países, a The Nature Conservancy é a maior organização não governamental de defesa ambiental do planeta

NO MUNDO
Fundação: 1951, nos Estados Unidos
Missão: A TNC trabalha com governos e empresas para proteger desde os recifes de corais da Austrália até os elefantes de Zâmbia
Orçamento em 2009: 962 milhões
Número de especialistas: 3000

NO BRASIL
Início de operação: 1994
Orçamento em 2009: 37 milhões
Número de especialistas: 50
Áreas: Amazônia, cerrado, mata Atlântica, caatinga e Pantanal
Principais empresas parceiras: Disney, Dow, Gerdau, Syngenta e Vale

PRINCIPAIS PROJETOS
Lucas do Rio Verde Legal: Programa que realizou um diagnóstico pioneiro das áreas degradadas do município produtor de soja em Mato Grosso. A próxima etapa engloba o refl orestamento e a regularização fundiária e trabalhista de 820 propriedades
Santarém: Em parceria com a Cargill, trabalha na regularização ambiental de 300 propriedades produtoras de grãos, que são comprados pela empresa e exportados para países da Europa e da Ásia
Mata Atlântica: Por meio de doações, a TNC pretende plantar 1 bilhão de árvores.
Fonte: TNC Brasil
Fonte: Angela Pimenta, revista exame, 10-fev-2010

Celebrando as Árvores

As árvores e a natureza são fonte inesgotável de inspiração e estímulos, evoluindo constantemente na busca por um modelo de funcionamento e existência equilibrado, adaptável e sustentável. Desde os primórdios, as pessoas buscam referência e ensinamentos a partir de todas essas soluções naturais que se constituíram através de uma inteligência primordial. Podemos nos presentear permitindo sentir e admirar essa riqueza...
O formato único das folhas – miúdas, grandiosas, pontudas, arredondadas, leves ou pesadas
A textura que estimula o toque - lisa, pilosa, áspera, com nervuras bem marcadas, sensação de ser emborrachada ou até mesmo suave como uma pluma
A incrível variedade de tonalidades verdes – brilhante ou opaca, um verde em cada face, aquelas que já caíram, outras mutantes que amarelam, avermelham ou ficam esbranquiçadas antes de se desprender
Esta riqueza é infinita e através do contato sensível, podemos abrir espaços em nossa mente e espírito que levam ao bem estar. Antes de qualquer outro benefício, a nossa vida está completamente interligada e é dependente da existência e manutenção da natureza.

Mais recentemente, cerca de 2 anos atrás, uma matéria no suplemento Equilíbrio da Folha de S. Paulo (23 de outubro de 2008), contava sobre uma pesquisa científica desenvolvida para avaliar o impacto positivo que a presença de uma única árvore poderia causar no conforto térmico das pessoas. Foram feitos levantamentos com 4 espécies de árvores diferentes: mangueira, jambolão, jacarandá e ipê. Observando-se também seus estados diferentes em cada estação (com folhas, flores ou menos folhas), e comprovou-se que mesmo a 50 metros de distância destas árvores isoladas, as pessoas se beneficiavam do conforto térmico promovido através da transpiração.
As árvores são como fábricas inteiras e auto-sustentáveis, realizam o processamento de matérias-primas no desenvolvimento de seu próprio alimento. Promovem a reciclagem do ar e do solo através de suas folhas, devolvendo oxigênio, água e composto orgânico. Além de armazenarem o alimento para crescer, e um dia no futuro ser o seu banco, mesa, porta, piso, cama, lápis....
Para encerrar esse primeiro artigo, uma lembrança especial da tribo indígena Ticuna, que têm como morada a floresta amazônica: “A floresta é a coberta da terra. Uma árvore é diferente da outra. E cada árvore tem sua importância, seu valor. Essa variedade é que faz a floresta tão rica.”

fonte: trecho do Livro das Árvores

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Petrobras anuncia nova descoberta de petróleo na Bacia de Campos

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 11-fev-2010, nova descoberta de petróleo na bacia de Campos, após fim de perfuração do poço 4-PM-53. Segundo a empresa, o volume de óleo estimado é de 25 milhões de barris.
Como a área já conta infraestrutura instalada, a produção será iniciada já em 2010, informa a Petrobras.
“Devido às ótimas características de porosidade e permeabilidade e à espessura do reservatório, estima-se que a vazão de óleo do poço será de cerca de três mil barris por dia”, diz a empresa em nota.
A Petrobras diz ainda que estuda fazer uma interligação do poço com a plataforma PPM-1 ou a P-7.
fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/economia/conteudo.asp?ID=263654

Carta do Chefe Indígena Seattle

A CARTA

O Presidente, em Washington, informa que deseja comprar nossa terra. Mas como é possível comprar ou vender o céu, a terra? A idéia nos é estranha. Se não possuímos o frescor do ar e a vivacidada da água, como vocês poderão comprá-los?
Cada parte desta terra é sagrada para meu povo. Cada arbusto brilhante do pinheiro, cada porção de praia, cada bruma na floresta escura, cada campina, cada inseto que zune. Todos são sagrados na memória e na experiência do meu povo.
Conhecemos a seiva que circula nas árvores, como conhecemos o sangue que circula em nossas veias. Somos parte da terra, e ela é parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs. O urso, o gamo, e a grande águia são nossos irmãos. O topo das montanhas, o húmus das campinas, o calor do corpo do pônei, e o homem, pertencem à mesma família.
A água brilhante que move nos rios e riachos não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se lhes vendermos a nossa terra, vocês deverão lembrar-se que ela é sagrada.
Cada reflexo espectral nas claras águas dos lagos fala de eventos e memórias na vida do meu povo. O murmúrio da água é a voz do pai do meu pai.

Os rios são nossos irmãos. Eles saciam a nossa sede, conduzem nossas canoas e alimentam nossos filhos. Assim, é preciso dedicar aos rios a mesma bondade que se dedicaria a um irmão.
Se lhes vendermos nossa terra, lembrem-se de que o ar é precioso para nós; o ar partilha o seu espírito com toda a vida que ampara.
O vento, que deu ao nosso avô o seu primeiro alento, também recebe seu último suspiro. O vento também dá às nossas crianças o espírito da vida.
Assim, se lhes vendermos nossa terra, vocês deverão mantê-la à parte e sagrada, como um lugar onde o homem possa ir apreciar o vento, adocicado pelas flores da campina.
Ensinarão vocês às suas crianças o que ensinamos às nossas? Que a terra é nossa mãe? O que acontece à terra acontece a todos os filhos da terra.
O que sabemos é isto: a terra não pertence ao homem,o homem pertence à terra. Todas as coisas estão ligadas, assim como o sangue nos une a todos. O Homem não teceu a rede da vida, é apenas um dos fios delas. O quer que ele faça à rede, fará a si mesmo.
Uma coisa sabemos: nosso Deus é também o seu Deus. A terra é preciosa para ele e magoá-la é acumular contrariedades sobre o seu criador.
O destino de vocês é um mistério para nós. O que acontecerá quando os búfalos forem todos sacrificados?
Os cavalos selvagens,todos domados? O que acontecerá quando os cantos secretos da floresta forem ocupados pelo odor de muitos homens e a vista dos montes floridos for bloqueada pelos fios que falam?
Onde estarão as matas? Sumiram!
Onde estará a águia?
Desapareceu! E o que será dizer adeus ao pônei arisco e à caça. Será o fim da vida e o início da sobrevivência.
Quando o último pele-vermelha desaparecer, junto com a sua vastidão selvagem, e a sua memória for apenas a sombra de uma nuvem se movendo sobre a planície ... ... estas praias e estas florestas ainda estarão aí? Alguma coisa do espírito do meu povo ainda restará?

Amamos esta terra como o recém-nascido ama as batidas do coração da mãe.
Assim, se lhes vendermos nossa terra, amem-na como a temos amado. Cuidem dela como temos cuidado.
Gravem em suas mentes a memória da terra tal como estiver quando a receberem.
Preservem a terra para todas as crianças e amem-na, como Deus nos ama a todos. Assim como somos parte da terra, vocês também são parte da terra.
Esta terra é preciosa para nós, também é preciosa para vocês.
Uma coisa sabemos: existe apenas um Deus.
Nenhum homem, vermelho ou branco, pode sobreviver à parte. Afinal, somos irmãos.

Chefe Seattle

fonte fotos:

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Educação Ambiental e a Gestão dos Recursos Humanos na Gestão Ambiental

A Educação Ambiental e a Gestão dos Recursos Humanos na Gestão Ambiental

Embora seja lugar comum dizer que a abordagem ambiental deva ser holística e que devemos pensar globalmente e agir localmente, o que percebemos muitas vezes é uma práxis que reforça o ambientalmente incorreto dito popular que diz que em casa de ferreiro o espeto é de pau.
O tema meio ambiente entrou definitivamente na pauta de discussão da nossa sociedade. É verdade que os meios de comunicação, a produção literária - científica e pedagógica, as iniciativas públicas e privadas, as ONG's e as pessoas de uma forma em geral, pressionados pela anunciada catástrofe ambiental a que estamos submetendo o planeta através de práticas danosas cometidas por todos nós, indivíduos e coletividade, ou seja, você e eu, também colaboram para que o assunto tenha tamanha repercussão. Seja através de discussões técnicas e científicas ou de posturas ideológicas e apaixonadas pela causa, o fato é que a temática ambiental vai, pouco a pouco, sendo inserida e incorporada pela nossa sociedade como um divisor de água na busca de uma melhor qualidade de vida.
Pesquisas realizadas com diferentes públicos - professores universitários e de ensino fundamental, alunos universitários e empregados de grandes empresas brasileiras revelam que a maioria dos entrevistados considera meio ambiente importante. A maioria também se interessa pelo tema e considera que a qualidade ambiental é fundamental para a sobrevivência – nossa e do planeta, concluindo ser possível conciliar meio ambiente com desenvolvimento.
Embora seja lugar comum dizer que a abordagem ambiental deva ser holística e que devemos pensar globalmente e agir localmente, o que percebemos muitas vezes é uma práxis que reforça o ambientalmente incorreto dito popular que diz que em casa de ferreiro o espeto é de pau. Apesar dos avanços, a gestão ambiental continua, ainda hoje, centrada, na maioria das vezes, na aquisição de equipamentos de controle ambiental, não levando em consideração aspectos importantes relacionados à cultura das pessoas.
De fato a degradação ambiental põe em risco a saúde do planeta e de seus habitantes. As medidas mitigadoras colocadas em práticas não resolvem de todo a questão, apenas – como o próprio nome anuncia, atenuam um quadro ascendente de problemas socioambientais.
As práticas de controle ambiental são recentes e ainda não foram totalmente incorporadas pelas empresas, seja pelo seu alto custo ou pela falta de conscientização. Existe toda uma cultura que precisa ser estimulada para uma nova concepção na relação do homem com o meio ambiente. Percebe-se que pouco adiantarão tecnologias de controle ambiental de última geração se as pessoas não refletirem sobre o seu comportamento no que se refere ao consumo e ao uso insustentável dos recursos naturais.
Este cenário coloca à mesa uma discussão que passa pela revisão de conceitos e será necessário que cada indivíduo compreenda a importância de estar comprometido com a qualidade ambiental da sua cidade, do seu bairro, da sua casa e do seu posto de trabalho. Parafraseando o imperador romano, não basta apenas estarmos comprometidos, temos que demonstrar este comprometimento colocando em prática os princípios básicos de sustentabilidade.
No entanto, existe uma cultura arraigada em pressupostos que acredita de fato que em casa de ferreiro o espeto é de pau, quando na verdade deveria ser estimulada a refletir e perceber que em casa de ferreiro na maioria das vezes o que temos é sucata de sobra e que cada um de nós é na verdade um ferreiro a produzir diariamente uma quantidade enorme de sucatas.
As pessoas de um modo em geral não percebem que a degradação ambiental é resultado do modelo que escolhemos para sobreviver, não reconhecendo nas suas relações com o meio os impactos produzidos por este modelo. De fato é pouco usual a conjugação do verbo poluir na 1a pessoa. Quando o sujeito não é indefinido (alguém polui), se encontra na 3a pessoa do plural: eles poluem.
Ações de controle ambiental são fundamentais na busca de uma melhor qualidade de vida, pensar globalmente e agir localmente também. No entanto, atuamos muitas vezes desconsiderando fatores fundamentais relacionados à cultura das pessoas e das instituições que as abrigam.
Nem sempre estabelecemos afinidades com o público alvo de nossas ações ambientais. Informamos ao invés de nos comunicar. De uma hora para outra meio ambiente passa a ser uma coisa importante e todos devem zelar por ele. No entanto, pode ocorrer das pessoas sequer saberem o que é meio ambiente e neste caso, incorremos no velho modus operandi de controle ambiental no final da linha, quando na verdade deveríamos estar atuando na causa e não somente na conseqüência. A formação de uma consciência crítica em relação a este processo é fundamental para a busca de soluções que não sejam somente mitigadoras, passando a ter um caráter mais preventivo e educativo.
No entanto, para que uma gestão ambiental seja bem sucedida é necessário que ocorram mudanças nas atitudes, nos padrões de comportamento e na própria cultura das instituições.
Para alcançar o compromisso das pessoas com a melhoria da qualidade ambiental é preciso, em primeiro lugar, que elas se percebam como parte integrante deste processo, tendo acesso a conhecimentos básicos sobre meio ambiente que as auxiliem na identificação das principais fontes geradoras de impactos ambientais.
Ao motivar e capacitar as pessoas para a adoção de ações preventivas a Educação ambiental tem-se revelado um importante instrumento da Gestão ambiental, permitindo que as pessoas conheçam, compreendam e participem das atividades de gestão ambiental, assumindo postura pró-ativa em relação à problemática ambiental.
Dentro da perspectiva de otimizar seus investimentos e de se manter dentro dos padrões ambientais exigidos pela sociedade e pelo mercado, algumas empresas estão implantando programas de Educação ambiental como instrumentos do seu Sistema de Gestão ambiental.
Para que as empresas obtenham o compromisso dos empregados com a gestão ambiental é necessário que ela disponibilize, além de recursos e equipamentos de controle ambiental, conhecimentos básicos sobre meio ambiente e gestão ambiental, auxiliando-os na identificação e controle das principais fontes geradoras de impactos ambientais da sua atividade.
Neste sentido, para que a Educação ambiental se transforme em um instrumento eficiente da gestão ambiental é necessário que as atividades propostas estejam sintonizadas com a cultura da empresa e potencializem os aspectos positivos desta cultura.
Concebidos desta forma, esses programas permitem às empresas alcançar bons resultados, pois incentivam os empregados a agir de forma preventiva, identificando, controlando e minimizando os impactos ambientais da sua atividade.

José Lindomar Alves Lima é Prof. do Curso de Educação Ambiental para Gestores do Meio Ambiente do NIEAD/UFRJ

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