sexta-feira, 29 de julho de 2011

Reserva de água da Amazônia brasileira vale US$ 1,9 quatrilhões

Enviado por Camila Nobrega -11.07.2011 | 

Escondida sob a  floresta amazônica há uma riqueza de nada menos de US$ 1,9 quatrilhões. Esse é o valor estimado para a reserva subterrânea que o país possui do mais básico recurso necessário para a sobrevivência humana: a água. Além disso, a Amazônia tem reservas de petróleo, ferro, alumínio e manganês que valem, juntas, em torno de US$ 12 trilhões. E uma capacidade de sequestrar carbono estimada em US$ 379 bilhões. Isso tudo, claro, se a floresta permanecer de pé. É o que aponta um estudo inédito do coordenador de sustentabilidade ambiental do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Aroudo Mota. Tivemos acesso à pesquisa, que será apresentada pela primeira vez hoje no Seminário da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. De lá, o estudo seguirá para a presidente Dilma Rousseff, que poderá usar os dados para negociações internacionais sobre o valor da biodiversidade brasileira.
A necessidade de se calcular o valor dos serviços ecossistêmicos é uma tecla em que a Organização das Nações Unidas (ONU) tem batido frequentemente. A instituição possui, desde 2010, um projeto chamado Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), liderado por Pavan Sukhdev, que chefia a iniciativa "Economia Verde" do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA). E vários países têm estimadas suas riquezas. Mas o Brasil ainda não tinha os cálculos. Por isso, o economista e especialista em sustentabilidade José Aroudo Mota iniciou a pesquisa no Ipea, que recebeu o nome de "Valoração dos Serviços Ecossistêmicos", após um encontro com Pavan Sukhdev, que esteve no Brasil no início do ano:
_ Temos que conhecer o valor das nossas riquezas, até para poder falar de igual para igual em negociações internacionais. O Brasil não conhece a riqueza econômica da floresta. Quando o representante da ONU veio ao Brasil, esteve no Ministério do Meio Ambiente, no Ipea, e comecei a calcular nossas estimativas _ disse José Aroudo.
Segundo o pesquisador, havia estimativas, nas quais ele se baseava, de que a biodiversidade brasileira valia em torno de US$ 4 trilhões. Mas, apenas levando em conta dados do IBGE de que há, na Amazônia ,1.344. 201, 7 quilômetros quadrados de aquíferos porosos (dado de junho de 2011), a riqueza já atinge a casa dos quatrilhões. Trata-se de um potencial econômico que ainda não pode ser medido em sua totalidade. Mas, tendo em vista os dados levantados por Mota, já é possível afirmar que a floresta de pé pode se tornar o principal ativo econômico do país, se for preservado.
Isso vale também para as espécies animais. Sozinha, uma arara azul vale US$ 60 mil no mercado internacional oficial. Um mico leão dourado vale US$ 20 mil, uma jaguatirica, US$ 10 mil (foto). E apenas um grama do veneno retirado da aranha marrom para produzir medicamentos é estimado em US$ 24 mil. Mas, enquanto não se ampliam estratégias de proteção para a biodiversidade, todas essas espécimes são alvo da biopirataria internacional e do tráfico ilegal de animais, que movimenta mais de US$ 1 bilhão por ano.
_ Os números querem dizer: não derrube a floresta. Isso não é inteligente. Se derrubar, lá se vão alguns quatrilhões de dólares, somando a água, o estoque de carbono e etc. Se não há árvores, a água não fica estocada no subsolo e o carbono não é sequestrado. Perde-se muito a cada espécime retirado sem precaução.
O Razão Social teve acesso aos números, que serão divulgados hoje. O pesquisador trabalhou no cruzamento de dados oficiais de órgãos como IBGE, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Departamento Nacional de Produção Mineral e com valores negociados no mercado internacional de carbono e água por m3. A pesquisa será disponibilizada na íntegra pelo Ipea somente em meados de setembro.

Créditos das fotos: Arquivo do caderno Boa Viagem e Custódio Coimbra

fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/razaosocial/posts/2011/07/11/reserva-de-agua-da-amazonia-brasileira-vale-us-1-9-quatrilhoes-390961.asp

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Palestra: “No Fluir Das Águas"

2011/7/25 SVMA - Inscrições UMAPAZ <inscricoesumapaz@prefeitura.sp.gov.br>

CONSELHO DAS TREZE AVÓS NATIVAS”
Palestra: “No Fluir Das Águas"

Dia 04 de agosto, quinta-feira, às 19h30, na UMAPAZ
No dia 04 de agosto, quinta-feira, às 19h30, Maria Alice Campos Freire, membro do Conselho Internacional das Treze Avós Nativas e co-sintonizadora do sistema de essências Florais da Amazônia, volta à UMAPAZ para compartilhar palavras de luz e amor pela natureza e um pouco de suas experiências pelo mundo em peregrinação de paz.

Maria Alice nasceu no Rio de Janeiro, em 1953. Trabalhou na Guiné-Bissau de 1977 a 79 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), utilizando conhecimentos de educadora a serviço da saúde. No Rio de Janeiro, realizou projetos de educação-saúde nas favelas Morro São João e Morro do Encontro, criando farmácias vivas (jardins medicinais) e cartilhas sobre a saúde do povo, entre outros. Desde 1989 vive em uma pequena comunidade no interior da Floresta Amazônica, dedicando-se ao Centro de Medicina da Floresta, instituição de pesquisa das plantas medicinais da floresta e seus diversos usos tradicionais, para o cultivo da saúde dos povos da floresta e à educação de crianças e jovens no sentido da perpetuação desse conhecimento.

O Conselho Internacional das Treze Avós Nativas é um Fórum Mundial formado por avós de várias tradições espirituais de diversos pontos do globo (da Floresta Amazônica, do Círculo Ártico da América do Norte, das Grandes Florestas do Noroeste Americano, das Vastas Planícies da América do Norte, das Terras Altas da América Central, das Colinas Negras do Dakota do Sul, das Montanhas de Oaxaca, do deserto do Sudoeste Americano, das Montanhas do Tibet e da Floresta da África Ocidental), que se reuniu pela primeira vez no Estado de Nova York no ano 2004, em torno de uma visão comum, para formar uma aliança global de preces e educação a benefício da cura do planeta Terra e todos os seus habitantes, especialmente as crianças e as gerações vindouras. Acreditando que as medicinas tradicionais e a preservação de seus modos ancestrais de rezar e cultivar a paz e a saúde é hoje uma necessidade vital, as avós assumiram um compromisso de peregrinar pelo mundo e plantar uma semente de ação pelo despertar da consciência da paz. Desde a sua constituição, o Conselho vem peregrinando pelo planeta, realizando encontros nos países natais de cada uma das avós.

SERVIÇO: CONSELHO DAS TREZE AVÓS NATIVAS
PALESTRA: “No Fluir das Águas" - Com Maria Alice Campos Freire
Data: 04 de agosto, quinta-feira, às 19h30
Local: UMAPAZ – Av. IV Centenário, 1268 – Portão 7-A – Parque do Ibirapuera
Não é preciso se inscrever. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência.

A água potável é um dos bens mais preciosos e a Prata (uma reserva enorme de águas minerais) corre o risco de ver destruídas e contaminadas suas reservas.

Olá meus amigos,
Pra quem não conhece, a cidade de Águas da Prata é uma Estância Hidromineral localizada no Estado de São Paulo, divisa com Minas Gerais. Tornou-se conhecida pela sua diversidade de Águas minerais e medicinais. Mas esse paraíso está sendo ameaçado. A multinacional ABENGOA arrendou diversas fazendas da região e está iniciando a plantação de cana para produção de etanol de forma indiscriminada. Além da Cana prejudicar o solo, atrapalhando a certificação de diversos produtores de orgânicos da região, ainda pode contaminar (pelo excesso de veneno utilizado no plantio) os mananciais da cidade e de toda a região. Pois a zona de recarga do aquífero daquela região, é em solo pratense.
Os fazendeiros de bem, os amantes da natureza e a população em geral estão em luta contra a Abengoa.
E mesmo aqueles que não tem vínculos com a Prata, mas amam a natureza, peço que assinem o manifesto contra a Abengoa. 
No link abaixo:
http://www.manifestolivre.com.br/ml/exibir.aspx?manifesto=pratarainha

Nos ajude! Assine!
Abraço,


Kátia Visentainer

Empório das Idéias Marketing e Comunicação
Fones: 11.3531.2695 - 3578.1583 - 8922.9496

Governo federal destrava exploração de recursos da biodiversidade do País

Por que não vendem o Brasil de vez? É incrivel!
Fico indignada com a postura do Brasil frente ao seus recursos naturais, há leis, mas nunca são aplicadas... até quando os brasileiros aceitarão isso de braços cruzados?

Eliane Sena
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Desde sua criação, há 9 anos, Conselho de Gestão do Patrimônio Genético aprovou apenas 25 contratos, gerando críticas de empresas e cientistas; Natura, cujos pedidos foram liberados, recebeu multa de R$ 21 milhões por uso de materiais sem autorização

25 de julho de 2011 | 0h 00,
Marta Salomon - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Alvo de multas de R$ 21 milhões por uso de recursos genéticos sem autorização, a fabricante de cosméticos Natura teve dois pedidos de exploração econômica de plantas aprovados pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético após quatro anos de espera. A decisão é comemorada no governo como demostração de que a análise dos processos ganhará agilidade, antes mesmo de uma nova lei sobre uso do patrimônio genético.
Wilson Pedrosa/AE
Wilson Pedrosa/AE
Cuidado. Esforço para regularizar pesquisa não é 'liberou geral', afirma Bráulio Dias

Desde que foi criado, há nove anos, o conselho (CGEN) aprovou apenas 25 contratos de uso da biodiversidade com repartição de benefícios da exploração de recursos genéticos e de conhecimento tradicional. "É muito pouco para o Brasil, País com a maior biodiversidade do planeta", admite Bráulio Dias, secretário de Biodiversidade e ministro interino do Meio Ambiente.
O esforço para regularizar pesquisas para fins econômicos e produtos não significa, porém, um "liberou geral", insiste Dias. No mesmo dia em que autorizou os pedidos da Natura, o conselho manteve o veto à exportação de 15 toneladas de raspas de pau-pereira, apreendidas no Ceará em 2005. O entendimento do CGEN é que a empresa Natural Source, com sede nos EUA, deve buscar um parceiro brasileiro ou abrir uma subsidiária no País para explorar a biodiversidade.
"Estávamos dificultando a vida de pesquisadores e de empresas interessados na biodiversidade e sem fazer a repartição de benefícios. A orientação é fazermos um balanço entre estimular e controlar", resume Dias.
Dificuldades. O caso dos pedidos da Natura é um exemplo das dificuldades do processo de regularização do acesso ao patrimônio genético. A Natura foi multada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 21 milhões em 2010. O valor representa mais de 20% das multas aplicadas a empresas e instituições de pesquisa pelo uso de recursos da biodiversidade sem autorização.
"Muitas instituições nem buscam o CGEN, houve quem achasse que a legislação não ia pegar, e o próprio conselho não sabia como lidar com quase 300 processos de bioprospecção e desenvolvimento tecnológico, por falta de regras claras", afirma Dias.
No final de abril, a ministra Izabella Teixeira baixou resolução para regularizar o acesso a recursos genéticos para fins de pesquisa científica, prospecção de produtos e desenvolvimento tecnológico. A nova norma também trata de casos em que a exploração econômica de produto foi feita sem autorização prévia. Essa resolução começou a ser posta em prática na reunião do conselho da última terça-feira.

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Famoso caso de biopirataria inspirou regras - 25 de julho de 2011 | 0h 00

Marta Salomon - O Estado de S.Paulo

Um caso famoso de biopirataria inspirou as regras que tratam do acesso a recursos genético da fauna e flora do País.
Em 2000, uma entidade sem fins lucrativos que recebia dinheiro do governo, a BioAmazônia, negociou com o laboratório Novartis Pharma direitos de exploração de material genético colhido na floresta. O governo tentou barrar o negócio na Justiça, em vão.
Em 2001, o então presidente Fernando Henrique Cardoso baixou uma medida provisória com regras duras para proteger o patrimônio genético. "A MP mirou a biopirataria, mas não cuidou das necessidades da academia e indústria, usuários da biodiversidade", diz o secretário Bráulio Dias. O ministério defende a necessidade de uma nova lei. Por ora, anuncia o credenciamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para autorizar projetos de desenvolvimento de produtos.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Descarte de Remedios Vencidos

É nosso dever como cidadã(o)s descartar de forma correta os remédios vencidos em nossas residências.

 Jamais descartá-los:

  • em vasos sanitários - Compromete seriamente a rede hídrica. Recentes estudos na Europa comprovaram que em algumas regiões as águas dos rios estão contaminadas devido a este descarte indevido;
  • lixo comum - além da contaminação do solo em alguns lixões (“de acordo com o IBGE, apenas 12,5% dos municípios brasileiros têm aterro sanitário. O restante tem os chamados lixões, o que é muito mais perigoso para a população”), adultos/crianças podem fazer uso dos mesmos.

Em São Paulo e em algumas cidades do país, há rede de farmácias que recebem tanto o remédio como sua respectiva embalagem, você os deposita diretamente nos respectivos recipientes.  

·         Em São Paulo: A Drogaria São Paulo passou recolher medicamentos vencidos ou sem uso - como comprimidos, drágeas e xaropes - nas 183 lojas da capital paulista. Somente os remédios controlados não serão recebidos - estes devem ser entregues diretamente nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/drogaria-sao-paulo-passa-a-recolher-remedios-vencidos-ou-sem-uso);

·         Demais cidades: entre em contato com a Vigilancia Sanitária que os orientará para dar o destino adequado ao resíduo ou indicar alguma rede de farmácia.

Façamos a nossa parte e  teremos um lugar mais seguro e acollhedor a todos.
Bjs, Eli
Eliane Sena – Educadora e Gestora Ambiental

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Para evitar contaminação, remédios não devem ser jogados no lixo doméstico
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2011/05/08/interna_ciencia_saude,251289/para-evitar-contaminacao-remedios-nao-devem-ser-jogados-no-lixo-domestico.shtml

Reportagem de Luiz Carlos da Fonseca e Silva, médico e especialista em Vigilância Sanitária da Anvisa
http://saude.hagah.com.br/especial/rs/qualidade-de-vida-rs/19,0,2921806,O-que-fazer-com-remedios-vencidos-ou-que-nao-sao-mais-utilizados-.html

Video – Home - em ingles
http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU&feature=watch-now-button&wide=1


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Feliz Dia do Amigo !!!!!!



Amigos são anjos que nos ajudam a voar quando não conseguimos abrir as asas,
são aquelas pessoas que nos ajudam a voar quando temos as asas machucadas,
são aquelas pessoas que nos ajudam a encontrar o nosso caminho para o amor,
felicidade e compreensão.
São Anjos que viajam diariamente conosco e nos ajudam a ir mais além daquilo que
vemos, que nos, apoiam nas nossas quedas em pleno voo, que nos
dão a sua asa para podermos continuar nosso caminho.
São verdadeiros Anjos que lutam connosco para vencermos a injustiça e a indiferença
expressa no mundo, são os nossos fiéis companheiros de viagem que vão conosco até
aos confins do mundo e nos ajudam a trazer esperança, fé e amor.
Tiago Viegas

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Primeiro Contato de uma Tribo

Esse video mostra a tribo Toulambi tendo o primeiro contato com um homem branco! Simplesmente impressionante e no final nas contas nem notei que o video tinha 15 minutos.


http://www.danosse.com/o-primeiro-contato-de-uma-tribo/

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A rodovia Transoceânica


Nassif & Amigos, a ligação do Brasil com o Pacífico, via Peru, está próxima de virar realidade com a conclusão da Rodovia Transoceânica, ao custo de 1,8 bilhão de dólares. O trajeto atual será reduzido em cerca de 6 mil quilômetros e parte de Rio Branco, no Acre, passando pela Floresta Amazônica e os Andes. Abs.

João Francisco Salomão

18 November 2010

Novos passos na integração com Peru
João Francisco Salomão*
Considerando a iminente conclusão das obras da Rodovia Transoceânica, ligando o Brasil, por meio do Acre, aos portos do Oceano Pacífico, no Peru, é fundamental solucionarem-se os entraves fronteiriços, para que a grande estrada possa propiciar de modo pleno todos os benefícios socioeconômicos que dela se esperam.
Avanços nesse sentido verificaram-se em dezembro último, quando os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alan Garcia, durante visita de uma delegação brasileira ao país vizinho, regulamentaram os voos entre Cuzco/Porto Maldonado/Rio Branco e Pucalpa/Cruzeiro do Sul e criaram a Zona de Integração Fronteiriça Peru-Brasil (ZIF).
A meta no entorno geográfico abrangido é estabelecer a livre passagem na fronteira de moradores das cidades vizinhas e os transportes fluviais nos rios amazônicos que ligam as regiões peruanas ao Acre e Rondônia.
Espera-se também o livre trânsito de veículos turísticos entre os dois países, bem como a simplificação de procedimentos administrativos, de modo a incrementar o comercio bilateral e o turismo.
Para a concretização prática de todos esses avanços, será realizada, em 22 de dezembro, na cidade de Cuzco, no país vizinho, reunião da comissão binacional encarregada de implantar as medidas necessárias à implementação da ZIF Peru-Brasil.
Antes, porém, acontecerá encontro preparatório em Rio Branco, em meados de novembro. Com a iminente conclusão da obra, é importante que a opinião pública nacional e os setores produtivos tenham maior clareza sobre a importância da rodovia. Ela abre uma nova rota comercial para o Brasil, via Oceano Pacífico, com inegável impacto no processo logístico do comércio internacional, principalmente nas exportações à Ásia, o mercado externo mais dinâmico atualmente.
A indústria acreana, por meio de sua entidade de classe, a Fieac, vem defendendo há alguns anos a adoção de medidas capazes de mitigar a burocracia na fronteira e facilitar a integração.
Além das providências já encaminhadas, entendemos que deveria ser estabelecido regime cambial direto para o comércio, sem a necessidade de conversão ao dólar das moedas brasileira e peruana.
Todas essas medidas são fundamentais para potencializar a operacionalização da Rodovia Transoceânica, empreendimento de US$ 1,8 bilhão, com investimentos realizados pelos governos brasileiro e peruano e a iniciativa privada. Trata-se de uma estrada de 2,6 mil quilômetros ao longo da Floresta Amazônica e da Cordilheira dos Andes, estabelecendo estratégica ligação do Brasil com o Oceano Pacífico. Seu traçado parte de Rio Branco e segue por 344 quilômetros em território brasileiro. Cruza a fronteira com o Peru, percorrendo mais 2.256 quilômetros, cortando a Floresta Amazônica e os Andes, até chegar a três portos do país vizinho: Ilo, Matarani e San Juan de Marcona.
A rodovia reduz em 6 mil quilômetros a distância da rota comercial do Brasil com a Ásia, via Oceano Pacífico, com positivo impacto no processo logístico do comércio internacional, principalmente nas exportações àquele continente.
Além desse grande benefício econômico para todo o nosso País, a rodovia representará inegável fator de desenvolvimento regional, não apenas no Acre, onde começa, como nos estados vizinhos e vasta área do território do Peru.
Estudo da FIEAC (Federação das Indústrias do Estado Acre) mostra que o vasto mercado a ser aberto pela estrada envolve sete milhões de consumidores em Madre de Dios, Cusco, Puno, Arequipa, Apurímac, Ayacucho, Ica, Tacna, Moquegua, Loreto, San Martin, Ucayali, Huanuco e adjacências.
Ademais, a integração econômica entre os dois países suscita excelentes oportunidades de negócios, em especial no setor hidrelétrico.
O gás natural é outro item importante, considerando ter o Peru a única fonte sustentável desse combustível na costa do Pacífico Sul-Americano.
Há, do mesmo modo, oportunidades de investimento no setor de mineração, em especial na produção de prata, na qual o Peru é o líder mundial. Na América Latina, é o primeiro produtor de ouro, zinco, estanho e chumbo e o segundo de cobre e molibdênio.
A Rodovia Transoceânica, portanto, agrega numerosos ganhos e é um novo marco no desenvolvimento acreano e amazônico. Será o eixo de um novo pólo de fomento comercial e de intercâmbio na América do Sul, com impactos positivos na indústria, comércio, hotelaria e turismo em geral.
*Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre — FIEAC (salomao@fieac.org.br).

fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-rodovia-transoceanica

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