O recurso será usado para projeto de modernização e ampliação dos 800 km do trecho paulista
(menos caminhoes nas ruas de São Paulo)
O governador Geraldo
Alckmin e a presidenta da República Dilma Rousseff assinaram nesta terça-feira,
13-set-11, em Araçatuba, o Protocolo de Intenções para investimentos em obras na
hidrovia Tietê-Paraná, administrada pelo Departamento Hidroviário do Estado de São
Paulo (DH). O documento representa a liberação de mais de R$ 1,5 bilhão para a
implantação de programa para realização de melhorias na hidrovia.
Do montante total, R$
900 milhões são provenientes do PAC 2 e R$ 600 milhões do governo estadual. O
recurso será usado para projeto de modernização e ampliação dos 800 km da
Tietê-Paraná no trecho paulista, de um total de mais de 2.400 km em toda a
hidrovia, que transportou, em 2010, 5.776 milhões de toneladas de cargas como
milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo.
"O investimento
será destinado para eliminar os gargalos, as pontes estreitas, para abrir o
canal, garantir três metros de profundidade em toda a hidrovia, os atracadouros
de espera nas eclusas e melhora das eclusas e, pela primeira vez, a rodovia vai
andar. Ela vai crescer 55 km, chegando a Piracicaba, a Artemis, onde encontra
com a ferrovia e, numa segunda etapa, Salto, com mais 200 km", declarou
Alckmin.
O investimento,
previsto para o período de 2011 a 2014, destina-se a obras com objetivo de
eliminar gargalos, como ampliação de vãos de pontes, melhoria nas eclusas e
retificação e dragagem de canais. Estas ações permitirão a atração de cerca de
11,5 milhões de toneladas de cargas para a hidrovia, o que representa o dobro
da movimentação de hoje.
O plano contempla a
extensão da navegação nos rios Tietê e Piracicaba e implantação de terminais na
hidrovia. Além disso, estão previstas construção da barragem de Santa Maria da
Serra, que permitirá ampliar a navegação em 55 km até o distrito de Artemis, em
Piracicaba, e extensão de 200 km entre Anhembi até Salto. Neste trecho está
prevista ainda a construção de barragem no município de Anhembi, que
possibilitará a passagem das embarcações, principalmente no período de
estiagem, até Conchas.
Quatro pontes terão os
vãos ampliados, o que permitirá o tráfego de composições de até quatro
barcaças. São elas: SP-333 (Cafelândia, Novo Horizonte); SP-425 (Penápolis e
José Bonifácio); Ferrovia Ayrosa Galvão (Pederneiras) e SP-595 (Ilha Solteira,
Pereira Barreto). Esta ação diminuirá a viagem em até duas horas por ponte, e
reduzirá em cerca de 20% os custos de transportes.
O montante contempla
ainda a modernização dos terminais hidroviários de Araçatuba, que permitirá a
intermodalidade com a SP-463, e de Rubinéia, com a SP-320 e a Estrada de Ferro
- EF 364. Serão realizadas ainda obras para a substituição das pontes
existentes na SP-191 sobre o Rio Tietê e Piracicaba por pontes estaiadas e
serviços de dragagem e retificação dos canais de Conchas, Anhembi, Botucatu,
Igaraçu do Tietê, Ibitinga e Promissão, além de melhorias na infraestrutura das
eclusas de Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava e Três Irmãos.
Meio ambiente
A implantação do
programa e a utilização dos rios para o transporte beneficiará o meio ambiente.
"A expectativa do governo do Estado com este investimento na hidrovia é
promover equilíbrio para a matriz de transportes paulista, que é
predominantemente rodoviária. Além de colaborar para desafogar o trânsito nas
estradas, diminuirá a quantidade de acidentes e roubos de carga e promoverá
economia na manutenção das rodovias e custos de pedágio e de combustível",
explica Casemiro Tércio, diretor do DH. As intervenções reduzirão ainda a
emissão expressiva de dióxido de carbono CO2 (gás que colabora com o efeito
estufa), contribuindo para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
A Hidrovia
Tietê-Paraná conecta cinco dos maiores estados produtores de grãos, (Goiás,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná). Os investimentos beneficiarão a economia brasileira e a
agroindústria.
Ainda nesta terça, no
Palácio dos Bandeirantes, o governador e a presidenta assinam termo de
compromisso que permitirá a liberação de R$ 1,72 bilhão para a construção do
trecho Norte do Rodoanel Mario Covas.
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