Paula Peres/Bruna Nicolielo - Nova Escola - 11/2013
Ilustração: Melissa Lagôa/Foto: Mateus Andrade-Imagem News
Refletir sobre o desenvolvimento sustentável na prática era o objetivo da professora Telma Oliveira Medeiros quando propôs ao 9º ano da EE Heitor Villa-Lobos, em Ariquemes, a 198 quilômetros de Porto Velho, que elaborasse propostas de melhoria para o município. Assim, ela trabalhou os conteúdos previstos para essa etapa, como turismo ecológico, cidades e hábitos de consumo mundializados, além dos objetivos de desenvolvimento do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) com base na geografia local. Também discutiu dois conceitos indissociáveis – economia e meio ambiente. “Fala-se muito sobre a importância de desenvolver o planeta do ponto de vista econômico, mas ao mesmo tempo colocamos na cabeça das crianças que é preciso preservá-lo. Isso cria um nó. A solução é apresentar o conceito de sustentabilidade”, explica André Mascaro Peres, professor de Geografia do Colégio Ítaca, em São Paulo.
A professora iniciou o projeto apresentando vídeos da coleção Patrimônios da Humanidade, da Unesco, que retratam iniciativas sustentáveis realizadas por algumas cidades europeias. Assim, ela pretendia mostrar possibilidades reais de mudança, fazendo com que os alunos percebessem que se trata de algo que depende de pequenas e grandes ações. Após a apresentação, eles discutiram sobre o que tinham observado. “A ideia era sair dos exemplos europeus que vimos nos vídeos e começar a pensar no nosso entorno”, diz Telma.
Refletir sobre o desenvolvimento sustentável na prática era o objetivo da professora Telma Oliveira Medeiros quando propôs ao 9º ano da EE Heitor Villa-Lobos, em Ariquemes, a 198 quilômetros de Porto Velho, que elaborasse propostas de melhoria para o município. Assim, ela trabalhou os conteúdos previstos para essa etapa, como turismo ecológico, cidades e hábitos de consumo mundializados, além dos objetivos de desenvolvimento do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) com base na geografia local. Também discutiu dois conceitos indissociáveis – economia e meio ambiente. “Fala-se muito sobre a importância de desenvolver o planeta do ponto de vista econômico, mas ao mesmo tempo colocamos na cabeça das crianças que é preciso preservá-lo. Isso cria um nó. A solução é apresentar o conceito de sustentabilidade”, explica André Mascaro Peres, professor de Geografia do Colégio Ítaca, em São Paulo.
A professora iniciou o projeto apresentando vídeos da coleção Patrimônios da Humanidade, da Unesco, que retratam iniciativas sustentáveis realizadas por algumas cidades europeias. Assim, ela pretendia mostrar possibilidades reais de mudança, fazendo com que os alunos percebessem que se trata de algo que depende de pequenas e grandes ações. Após a apresentação, eles discutiram sobre o que tinham observado. “A ideia era sair dos exemplos europeus que vimos nos vídeos e começar a pensar no nosso entorno”, diz Telma.
A princípio, os jovens não acreditavam na possibilidade de adaptar os modelos a Ariquemes. “Ela nunca vai ficar assim!” ou “Ninguém gostaria de conhecê-la”, lamentavam.
Em seguida, Telma levou os estudantes ao laboratório de informática, onde tiveram acesso a textos sobre desenvolvimento sustentável, turismo ecológico e os objetivos de desenvolvimento do milênio da ONU. Também leram trechos do livro didático. Com base nas pesquisas, todos fizeram anotações e produziram textos individuais sobre o que tinham entendido a respeito do conceito de sustentabilidade.
Na próxima etapa, a classe fez uma mesa-redonda para socializar suas descobertas. À medida que todos apresentavam as informações e discutiam, Telma estimulava paralelos entre o que tinha sido visto e a cidade, levando-os a refletir sobre os problemas locais. Ela perguntou, por exemplo, qual era a relação dos temas presentes nos textos, como coleta de lixo, tratamento da água, reciclagem e saúde, com a cidade.
A turma concordou que os assuntos tratados tinham tudo a ver com Ariquemes. Também ficou encantada com as possibilidades do turismo ecológico. “Quando os estudantes leram um artigo a respeito, começaram a pensar em alternativas. Algumas difíceis, mas possíveis”, explica a docente.
Nesse momento, é importante problematizar a viabilidade das ideias. “É possível fazer isso?”, “Como?” e “Que recursos financiariam nossas propostas?”. Essas perguntas levam a garotada a refletir sobre suas sugestões, considerando que as soluções nem sempre são simples ou dependem apenas da boa vontade das pessoas, mas também exigem a participação de outros agentes, como o governo.
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