23/03/2011 06h30 - Atualizado em 23/03/2011 06h30
Febrace reúne mais de 300 projetos na maior feira de ciências do país.
Participantes são alunos dos ensinos fundamental, médio e técnico.
Estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico estão apresentando nesta semana, em São Paulo, projetos de ciência e tecnologia que desenvolveram em suas escolas. A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), organizada pela USP, é a maior do país. Esta edição conta com 301 projetos de 670 estudantes de todo o país – e um da Colômbia.
O principal objetivo da feira é incentivar a ciência desde cedo e estimular os jovens a seguir carreira científica. Contudo, mostra resultados práticos com projetos que revelam a criatividade dos alunos e professores que os conduzem.
Em geral, os projetos selecionados apontam soluções de baixo custo, tendo em vista o cuidado com o meio ambiente e a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, entre outros temas.
Palmilhas ecológicas são feitas à base de casca
de arroz (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
de arroz (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
Palmilha ecológica
O projeto dos alunos Lana Pousa, Paulo Henrique Cerqueira e Nilcélia de Freitas, do Senai Geraldo Vieira Martins, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), uniu duas das principais atividades econômicas da cidade, que fica a 315 km de São Paulo, no Oeste do estado: a plantação de arroz e a produção de calçados.
O projeto dos alunos Lana Pousa, Paulo Henrique Cerqueira e Nilcélia de Freitas, do Senai Geraldo Vieira Martins, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), uniu duas das principais atividades econômicas da cidade, que fica a 315 km de São Paulo, no Oeste do estado: a plantação de arroz e a produção de calçados.
A partir de cascas de arroz que seriam jogadas fora, estão sendo produzidas palmilhas para sapatos. O processo é simples: as cascas são unidas com cola branca e formam um material bastante resistente. Depois, são cortadas no formato do molde. Quando o calçado é confeccionado, a palmilha é revestida como outra qualquer.
Cadeira acionada pelo sopro foi pensada para
tetraplégicos (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
tetraplégicos (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
Cadeira de rodas acionada pelo sopro
Três projetos diferentes buscaram ajudar os tetraplégicos. Eles desenvolveram cadeiras de rodas movidas a motor que podem ser acionadas sem as mãos – pela voz, por exemplo.
Três projetos diferentes buscaram ajudar os tetraplégicos. Eles desenvolveram cadeiras de rodas movidas a motor que podem ser acionadas sem as mãos – pela voz, por exemplo.
Pensando em pacientes que têm também limitações na fala, alunos da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa, em Santa Rita do Sapucaí (MG), elaboraram uma cadeira controlada pelo sopro. Um sensor fica à altura da boca de quem está sentado. Com diferentes tipos de sopros, o portador escolhe a direção para onde quer ir e dá o comando para se movimentar. O projeto é assinado pelos estudantes Joaquim Eduardo de Oliveira, Wellington Rodrigues e Nixon Teixeira.
Destilador caseiro torna potável a água do mar
(Foto: Tadeu Meniconi/G1)
(Foto: Tadeu Meniconi/G1)
Destilador caseiro
O conhecimento da realidade de cada lugar também influenciou na escolha dos temas. Pensando nas comunidades de pescadores do litoral de Pernambuco, Maria Esther Marinho, Bianca Tavares e Lucas Jansen, alunos do Colégio Damas, de Recife, montaram um destilador caseiro para filtrar a água do mar e torná-la potável.
O conhecimento da realidade de cada lugar também influenciou na escolha dos temas. Pensando nas comunidades de pescadores do litoral de Pernambuco, Maria Esther Marinho, Bianca Tavares e Lucas Jansen, alunos do Colégio Damas, de Recife, montaram um destilador caseiro para filtrar a água do mar e torná-la potável.
Eles usaram ferramentas facilmente encontradas no comércio e gastaram R$ 30,60 para montar o destilador. A água do mar é aquecida numa panela de pressão e o vapor sai por uma mangueira de silicone. Depois, passa por uma serpentina de cobre imersa num recipiente cheio d’água – o metal foi escolhido porque ajuda a matar as bactérias. Condensada, a água sai pelo outro lado em condições de ser consumida – os estudantes fizeram análises laboratoriais e os indicadores estavam de acordo com o que o Ministério da Saúde recomenda.
Por dentro do tapete, fios acionam circuito que ativa
alarme (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
alarme (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
Tapete sonoro
Simples na concepção científica, o tapete sonoro é uma ideia criativa para ajudar a tomar conta de crianças. Por dentro dele, há fios que se cruzam sem se encostarem. Quando alguém pisa, os fios se tocam, acionam o circuito elétrico e ele emite um som.
Simples na concepção científica, o tapete sonoro é uma ideia criativa para ajudar a tomar conta de crianças. Por dentro dele, há fios que se cruzam sem se encostarem. Quando alguém pisa, os fios se tocam, acionam o circuito elétrico e ele emite um som.
Posicionando o tapete perto de lugares que podem oferecer riscos às crianças – fogões e escadas, por exemplo – os pais seriam avisados a cada vez em que o filho se aproximasse desses pontos, o que pode evitar acidentes domésticos.
O projeto é assinado por Amanda Balbinotti, Juliane Cristina dos Santos e Monize Picinini, alunas da Escola Técnica Estadual Trajano Camargo, de Limeira (SP).
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