Postado em 23/02/2011 ás 10h40
Para os transportes, a solução apresentada na discussão sobre o estudo foi a ampliação das malhas ferroviárias. l Foto: Márcio Rogério / Campos Online
A pesquisa, iniciada em 2007, foi feita pelo Banco Mundial, parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e universidades públicas. O estudo analisou diferentes cenários para que chegasse à estimativa de valor apresentada. A quantia específica de R$ 665,5 bilhões inclui investimentos realizados em quatro áreas responsáveis pela poluição do ar: solo, resíduos, energia e transporte. As mudanças em cada uma das áreas deveriam ser feitas nos próximos anos vinte anos, para que o alvo de redução seja alcançado até 2030.
A área que merece maior atenção e que necessita de mais mudanças, segundo o estudo, é o cuidado com a terra. Atualmente, o desmatamento, a agricultura e a pecuária representam 75% das emissões nacionais de CO2. Se for instituída uma nova dinâmica para redução do desmatamento, o Brasil conseguiria reduzir 68% das emissões dentro do prazo estabelecido.
Ao contrário de outros países, os setores de transporte e energia brasileiros não são os maiores poluidores nacionais. Isto ocorre porque grande parte da matriz energética utilizada aqui é proveniente de fontes renováveis como os biocombustíveis e as hidrelétricas.
Os gastos calculados pelos especialistas incluem novas tecnologias para as quatro áreas analisadas. Algumas possuem soluções mais práticas, como o transporte, e outras ainda são desafios para o país, como a terra. A pecuária coloca o Brasil como um dos maiores emissores mundiais de gás metano, que chega a ser até 72 vezes mais poluidor que o CO2, segundo pesquisas realizadas pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos.
Para os transportes, a solução apresentada na discussão sobre o estudo foi a ampliação das malhas ferroviárias. O setor de energia teve como solução o investimento nas fontes limpas e renováveis, principalmente a energia eólica, obtida a partir da força dos ventos.
Além do desafio de desenvolver nos projetos e tecnologias, o Brasil também precisa estudar a fonte desse grande investimento. O especialista Christophe de Gouvello, do Banco Mundial, explicou que o dinheiro poderia ser proveniente de negociações internacionais ou o país poderia buscar apoio na ONU, através do fundo que destinará anualmente US$ 100 bilhões para tecnologias limpas. Com informações da Folha e da Embrapa.
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