Debater a padronização das metodologias de cálculo de emissões de gases de efeito estufa e ratificar 24 indicadores que poderão ser utilizados para referencial de sustentabilidade do setor são os principais objetivos da reunião da Parceria Global de Bioenergia (GBEP, em inglês), que será realizada de 15 a 16 de novembro, em Tóquio (Japão).
Os aspectos econômicos, sociais e ambientais terão pesos iguais na formulação dos indicadores, segundo informou a Agência Estado.
O GBEP foi criado em 2005 com objetivo de promover a produção e uso sustentável da bioenergia. A iniciativa nasceu no âmbito do G-8 (França, Itália, Alemanha, Inglaterra, Japão, Estados Unidos e Canadá, acrescidos da Rússia) para o mapeamento da bioenergia dentro do próprio grupo e outros cinco países em desenvolvimento (África do Sul, México, China, Índia e Brasil).
Brasil tem papel de destaque
O Brasil ingressou no GBEP em 2007 e assumiu a co-presidência do grupo, que conta com a participação de várias organizações internacionais, como Banco Mundial, Agência Internacional de Energia, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e Fundação das Nações Unidas. Ao todo são 23 países e 13 organizações.
O diretor interino do departamento de cana-de-açúcar e agroenergia do Ministério da Agricultura, José Nilton de Souza Viera, que integrará a delegação brasileira, afirmou que os indicadores de sustentabilidade serão disponibilizados gratuitamente para os formuladores de políticas públicas dos países interessados.
O próximo passo a ser dado pela organização será o fortalecimento das operações de cooperação, principalmente com os países menos desenvolvidos.
Além do representante do Ministério da Agricultura, participam da delegação brasileira a embaixadora Mariângela Rebuá, diretora do departamento de energia do Itamaraty, e o pesquisador Joaquim Seabra, do Centro de Tecnologia do Bioetanol, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
* Publicado originalmente no site EcoD.
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