quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Acidente na Bacia de Campos

Chevron fala ao blog sobre vazamento de óleo
O blog entrou em contato com a petroleira Chevron Brasil para saber, entre outras coisas, que providências que estão sendo tomadas para resolver o sério problema ambiental que completa hoje uma semana: o vazamento de petróleo no campo de Frade, na Bacia de Campos, que será investigado pela Polícia Federal. Demorou horas e respondeu por escrito. A empresa tem 51,74% de participação no campo, portanto é a principal responsável. O campo fica a 370 quilometros a Nordeste da costa do Rio. A Petrobras é sócia: tem 30% e a Frade Japão Petróleo Limitada é dona do resto.
A Chevron garante que o vazamento de óleo do fundo do mar está diminuindo e disse que trabalhará para que isso pare completamente.É o mínimo que poderia dizer.

- Seguimos trabalhando com as autoridades governamentais para investigar a origem e a causa dessas exsudações (bolhas de petróleo que emergem do fundo do oceano). A Chevron tomou a precaução de fechar o poço na superfície, como medida de segurança, e agora está no processo de vedar e abandonar o mesmo. Em função do sucesso das operações de controle do poço, a quantidade de óleo proveniente das linhas de exsudação próximas do fundo do mar, diminuiu significativamente - diz a empresa, afirmando que continuará monitorando a situação.
No ano passado, no Golfo do México, a BP teve de pagar multa de 75 milhões de dólares. O blog perguntou sobre as compensações ambientais, e a Chevron disse que "respeita as leis dos países onde opera e está mantendo um diálogo com as agências competentes do governo brasileiro". Se dissesse o contrário seria esquisito, a frase não diz nada.
- No domingo, dia 13, Magda Chambriard, diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), visitou nosso escritório do Rio. Também estamos, regularmente, mantendo outros órgãos do governo brasileiro, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e a Marinha informados; nossos parceiros no Projeto Frade, Petrobras e Frade Japão; além de outras partes interessadas. De acordo com o monitoramento que estamos fazendo, podemos dizer que o óleo não deve atingir a costa - afirmou a empresa.
A Chevron continua dizendo que a mancha de óleo é estimada em um volume de até 650 barris, apesar de a ANP ter falado em 200 a 330 barris/dia, como mostrou matéria do jornal O Globo publicada hoje.
- As nossas estimativas se baseiam nas imagens regulares em infravermelho obtidas pelo satélite, nos dois sobrevôos diários do helicóptero, nas observações durante nosso trabalho de resposta direta e na metodologia aprovada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) para tais eventos - diz a empresa.
Uma frota de 17 embarcações está dando suporte a operação, de acordo com a companhia. Segundo a Chevron, a produção do campo de Frade está em torno de 79 mil barris diários de óleo cru e gás natural líquido. Suas reservas estão estimadas em aproximadamente 200 a 300 milhões de barris de óleo recuperável.
As empresasa de petróleo deveriam aprender como responder em casos de vazamento. Elas sempre demoram, não dão transparência, têm respostas burocráticas. Cabe portanto às autoridades brasileiras exigir que a empresa se explique, resolva e faça as devidas compensações pelo estrago.

por: Enviado por Valéria Maniero - 16.11.2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...