Separação de lixo é lei, mas poucos seguem -11/01/201
No dia 1º de janeiro, entrou em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que, entre outras coisas, exige que a população separe os lixos recicláveis de acordo com o tipo de material. No Condomínio Guanabara, em Joinville, as cestinhas de lixo identificadas e com cores diferentes já existem há dois anos.— Nosso objetivo sempre foi criar uma consciência ambiental entre os nossos moradores, mas nem todos fazem a separação —, afirma o síndico Carlos Roberto da Silva.
Segundo ele, muita gente não tem ainda nem a consciência da importância de reciclar.
— Além das lixeiras coloridas, temos locais para colocar todo tipo de material reciclável, para facilitar. Agora, temos de conhecer essa nova lei para saber como fazer —, afirmou Silva.
A dúvida do síndico é a mesma de muitos moradores, que mal conhecem a nova lei. Até mesmo a Engepasa, empresa responsável pela coleta seletiva em Joinville, não sabe todas as questões em que a lei precisa ser aplicada.
— Nosso departamento jurídico ainda está analisando cada ponto do documento. Não posso dizer em quais Joinville já está atuando de forma adequada, mas acredito que a maioria nós já atendemos —, ressalta o gerente-geral da Engepasa, Luiz Antônio Weinert.
Os dois acreditam que não basta apenas uma lei para regularizar. É preciso, antes de tudo, a conscientização.
— Em nosso prédio, alguns moradores pediram para tirar as lixeiras de alguns pontos porque as pessoas misturavam o reciclado com material orgânico e o cheiro incomodava —, disse Silva.
— Não acredito que essa lei consiga mudar a cultura da população —, afirma Weinert.
Segundo a Engepasa, são recolhidas 520 toneladas de lixo reciclado por mês, o equivalente a 6% do lixo produzido na cidade. O ideal, conforme a empresa, seriam 30%.
— Outra questão que precisa mudar é sobre o lixo orgânico, que hoje soma 60% do total. Tem muito resto de comida, coisas que poderiam ser melhor aproveitas. Nossa cidade está em uma situação favorável, com aterro para alguns anos. Mas e daqui a 20 anos como vai ser? —, pergunta Weinert.
Fonte: Diário Catarinense
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