http://www.youtube.com/watch?v=cPsHGpXpI-U
Este lindo Planeta Azul, nossa querida GAIA, é possuidora de uma força e beleza tão intensa e abrangente que é impossível não sentirmos UNO com TODOS.
sábado, 31 de março de 2012
videos: Earthlings, Home and the cove
http://veg-tv.info/Earthlings
choose the language and whatch! escolha o idioma, e assista!
Watch the movie now on YouTube: em espanhol
http://www.youtube.com/homeprojectES
http://www.thecovemovie.com/
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LUZ
luz para cada ser deste planeta,
luz no coração de cada ser humano,
luz para flora, fauna.....
luz para buscar o respeito com cada UM
luz para encontrar a harmonia , o equilibrio
luz para encontrar o amor dentro de nós...
Eliane Sena (27-dez-2008)
Não gosto destas imagens, mas vamos mudá-las..tenho certeza disso.
sexta-feira, 30 de março de 2012
Cadernos da Biodiversidade e Pegada Ecológica no Fórum de Educação Ambiental
O WWF-Brasil e o Instituto Supereco realizam
nesta quinta-feira (29), no VII Fórum
Brasileiro de Educação Ambiental, em Salvador (BA), a oficina Biodiversidade,
educação e conservação na sua prática e ambiente de atuação.
A oficina será ministrada por Andree Vieira
(Supereco) e Terezinha Martins ( WWF-Brasil) com base na publicação
Investigando a Biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil, uma
publicação conjunta do WWF-Brasil, Conservação Internacional e Supereco.
A publicação, lançada em 2010, tem por objetivo
apoiar o trabalho de educadores que têm o desafio de desenvolver ações e
atividades pedagógicas envolvendo professores, crianças e jovens sobre o
significado e a importância da nossa biodiversidade e como devemos conservá-la.
A obra é uma adaptação brasileira para o material “Exploring Biodiversity”, uma
copublicação da Conservação Internacional e do WWF.
Fórum - O VII
Fórum Brasileiro de Educação Ambiental começou hoje no Centro de
Convenções de Salvador e tem a participação de
educadores de todo o país. O fórum deste ano será um evento preparatório
para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – Rio +
20.
Um dos principais objetivos do evento será o de avançar no diálogo com os diversos
segmentos sociais envolvidos com o licenciamento ambiental, gestão dos resíduos
sólidos, mudanças climáticas, educação formal, gestão de recursos hídricos,
conservação da biodiversidade e gestão das unidades de conservação, produção
agropecuária.
Pegada Ecológica – O WWF-Brasil e o Supereco estarão com um stand
durante todo o evento para divulgar as suas ações de educação ambiental. Entre
os projetos apresentados está o estudo da Pegada Ecológica de Campo Grande, uma
experiência pioneira realizada no Brasil em uma cidade.
A pegada ecológica é uma metodologia de
contabilidade ambiental que avalia de um lado o consumo e do outro a capacidade
de recursos naturais disponíveis no planeta. É possível traduzir a pegada
ecológica em quantos e quais recursos são usados pela população e em quanto
isso excede a capacidade de recuperação natural dos ecossistemas. O cálculo já
era realizado de maneira individual, mas
foi feito pela primeira vez em uma cidade.
O trabalho foi realizado pelo WWF-Brasil em
parceria com a prefeitura da capital do Mato Grosso do Sul, Global Footprint
Network (GFN), a empresa social Ecossistemas e a Universidade Privada
Anhanguera. O objetivo foi ter uma ferramenta de gestão para ajudar no
planejamento e na gestão pública, mobilizar a população para rever seus hábitos
de consumo e escolher produtos mais sustentáveis, além de estimular empresas a
melhorarem suas cadeias produtivas.
Cientistas chamam atenção para futuro dos oceanos
Aumento das temperaturas médias dos mares pode
levar à extinção de entre 20% e 50% das espécies do planeta, 24 de fevereiro de 2012 | 8h 01, Estadão
A conferência anual da Associação Americana
para o Progresso da Ciência (AAAS) foi realizada de 16 a 20 de fevereiro em
Vancouver, cidade à beira-mar no Canadá. Não por acaso, diversos relatos de
pesquisas relevantes sobre a vida e o futuro dos oceanos foram apresentados
durante o encontro e chamaram a atenção do público em geral e especialmente da
comunidade local.
Uma das exposições de grande repercussão foi a
de James Hansen, do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da Nasa, a agência
espacial norte-americana. Segundo Hansen, o uso intensivo de combustíveis
fósseis e o consequente aumento das temperaturas médias dos oceanos (já
bastante superiores às do Holoceno) podem levar, entre outras consequências, a
elevações de vários metros do nível dos oceanos e à extinção de entre 20% e 50%
das espécies do planeta.
A elevação do nível dos mares coloca em risco a
própria existência física de cidades em áreas costeiras de baixa altitude, como
é o caso de Vancouver, entre muitas outras. O fenômeno é intensificado pelo
derretimento de parte das calotas polares, também decorrente do aquecimento
global, especialmente em regiões mais próximos dos polos, como também é o caso
da cidade canadense.
O alerta de Hansen, uma das grandes estrelas da
reunião da AAAS, teve, portanto, grande impacto na opinião pública da cidade
anfitriã da conferência, inclusive porque suas autoridades públicas tomaram
recentes decisões que seguem na contramão das advertências do cientista.
Por exemplo, há planos para dobrar a produção
de carvão metalúrgico e fazer crescer significativamente a de gás natural
liquefeito, não só para atender à demanda local por energia, mas também para
exportação.
Menos célebre do que Hansen, mas também muito
respeitado na comunidade científica internacional, Villy Christensen, professor
da Universidade da Colúmbia Britânica, apresentou resultados iniciais, mas
impressionantes, de seu projeto Nereus, cujo nome homenageia o deus grego que
previa o futuro e morava no mar Egeu.
Segundo Christensen, as melhores estimativas
atuais são de que há nos oceanos cerca de 2 bilhões de toneladas de peixe, ou
seja, cerca de 300 quilos para cada habitante do planeta. No entanto, pelo
menos metade disso está em zonas muito profundas dos mares, é constituída de
espécies pequenas demais em tamanho e, por isso, é inviável para exploração
comercial e consumo humano.
E na outra metade, de peixes que medem pelo
menos 90 centímetros e são apropriados para alimentação de pessoas, houve um
declínio da biomassa de 55% de 1970 até agora. “É uma mudança dramática e
global”, disse.
Christensen defendeu que se invista mais em
pesquisa sobre a vida marinha e especialmente sobre o impacto do aquecimento
global sobre ela para que decisões políticas apropriadas possam ser tomadas,
mas - apesar da necessidade de mais estudos - ele acha que o que já se sabe é
suficiente para muita preocupação com o futuro.
Por exemplo, há a previsão de que o aumento da
temperatura das águas vai fazer com que muitas espécies de animais marinhos
procurem as águas mais frias das regiões mais próximas dos polos, o que poderia
beneficiar os habitantes dessas áreas.
Mas William Cheung, que trabalha no mesmo
projeto Nereus, argumenta que essa conclusão otimista pode ser apressada e
errada: diferenças de quantidade de oxigênio em águas frias e quente e a
crescente acidificação dos oceanos, outra consequência das mudanças climáticas,
também comprometem negativamente a produtividade marítima.
Lisa Levin, do Instituto de Oceanografia
Scripps, da Califórnia, em outra atividade da conferência da AAAS, corroborou
indiretamente a fala de Cheung. Levin mostrou conclusões de sua pesquisa,
segundo as quais o aquecimento dos oceanos produzidos pelas mudanças climáticas
está causando a expansão de zonas submarinas de baixo oxigênio, o que afeta
negativamente a produção pesqueira de diversas regiões, inclusive as da costa
da Colúmbia Britânica.
Levin chama o fenômeno de “compressão de
habitat” e disse que ele afeta áreas que se estendem por mais de 150 mil
quilômetros em torno das beiradas dos oceanos. Segundo suas previsões, até o
ano de 2050, peixes que habitam nessas regiões podem perder 50% na variação da
profundidade em que vivem.
Os canadenses são bastante sensíveis para este
tipo de problema por já terem visto como podem ser socialmente dramáticos os
seus efeitos. Há cerca de 20 anos, a escassez da produção de bacalhau na região
de Newfoudland, na costa leste do país, provocou o fim de 40 mil empregos.
Diversas espécies de peixe - como o do bacalhau atlântico daquela cidade -
estão sendo consideradas como ameaçadas de extinção e sua pesca está sendo
restringida ou totalmente proibida.
Patentes genéticas
Os efeitos dos problemas dos oceanos são
percebidos em vários países. O professor Rashid Sumaila, também da Universidade
da Colúmbia Britânica, apresentou aos participantes da conferência da AAAS
estudos que conduziu no México que apontam redução de até 20% em poucos anos na
produção de pesca de diversas espécies de peixes e moluscos.
Os efeitos de mudanças nos oceanos na vida do
planeta discutidos na reunião da AAAS em Vancouver não se limitaram aos atuais
e aos do futuro.
Peter DeMonocal, biólogo marinho da
Universidade Columbia de Nova York, mostrou sua pesquisa, de acordo com a qual
grandes diferenças de temperatura nos oceanos Índico e Pacífico que ocorreram
há 2 milhões de anos foram responsáveis por alterações de padrões de chuva na
África oriental que desertificaram vastas áreas daquele pedaço do mundo.
Mesmo quando as notícias sobre a exploração, a
atividade e as mudanças nos oceanos apresentadas no encontro da AAAS são
inegavelmente positivas, elas não deixaram de trazer junto com elas algum tipo
de preocupação.
Por exemplo, Carlos Duarte, diretor do
Instituto de Oceanos da Universidade da Austrália Ocidental, relatou como um
grande tesouro de recursos genéticos está sendo descoberto e permitirá
aplicações em diversos setores da economia, como medicamentos para combater dores,
câncer, regenerar tecidos e ossos ou para gerar biocombustíveis.
De acordo com Duarte, desde 2009 cerca de 5 mil
patentes genéticas de organismos marinhos foram requeridas e é previsto um
aumento de 12% ao ano desta quantidade. Duarte também afirmou que a vida
marinha tem uma diversidade muito superior à da terrestre e que pode levar até
mil anos para que todas as suas espécies sejam descobertas e catalogadas.
Tudo isso pode ser ótimo, mas também pode
provocar ainda mais problemas se não houver uma regulamentação bem concebida e
cumprida rigorosamente para evitar excessos na pesquisa e exploração desses
recursos, que agravariam ainda mais os efeitos das mudanças climáticas.
Além disso, há a questão de quem vai usufruir
materialmente dessas descobertas. Apenas dez países têm 90% dos pedidos de
patentes genéticas de organismos marinhos e três deles (Estados Unidos,
Alemanha e Japão) têm 70%.
Isso pode fazer com que o fosso entre países
ricos e pobres aumente ainda mais, com as inevitáveis tensões sociais
decorrentes, e causar atritos diplomáticos capazes de prejudicar eventuais
compromissos em decisões sobre problemas críticos, como os das mudanças
climáticas.
Hora do Planeta
31 de março de 2012, as 20h30min.
vamos apagar as luzes!!!!
http://www.wwf.org.br/participe/hora_do_planeta_2012/
quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
Revista Nova Escola traz “A árvore do consumo consciente”
Os educadores devem ficar atentos, pois será publicado na revista Nova Escola, da editora Abril, o capítulo número 1 do material didático “A árvore do consumo consciente”. Esse material foi desenvolvido pelo Instituto Akatu, em parceria com a Fundação Itaú Social, especialmente para que educadores pudessem trabalhar em sala de aula o tema do consumo consciente. Para a publicação do projeto, o Instituto Akatu contou também com o apoio da Fundação Victor Civita, braço de responsabilidade social do Grupo Abril, parceiro institucional do Akatu.
A cartilha didática “A árvore do consumo consciente”, lançada originalmente em 2005, está dividida em oito capítulos que ajudam educadores e alunos a refletirem sobre algumas questões abrangidas pelo consumo consciente.
A analogia feita entre uma castanheira e situações comuns do cotidiano contribui para que os alunos entendam de forma fácil e divertida a interdependência que existe entre todos os seres vivos e os recursos naturais, percebam que pequenas atitudes podem fazer a diferença e que consumo consciente está intimamente relacionado à cidadania.
Entre os meses de agosto e novembro deste ano, serão publicados de forma contínua os quatro capítulos da cartilha. Além da cartilha, faz parte do kit “A árvore do consumidor consciente” o pôster de uma castanheira. O pôster possibilita ao educador trabalhar ilustrativamente com seus alunos a idéia do ciclo da árvore como analogia para o ciclo da vida no planeta. O material completo (guia e pôster) está disponível para download aqui.
A revista Nova Escola alcança cerca de 1,5 milhões de leitores e tem circulação de 640 mil exemplares. Segundo Cláudia Costin, vice-presidente da Fundação Victor Civita – instituição cuja principal iniciativa é a publicação da revista –, é importante que as pessoas estejam conscientes de que tomar a iniciativa e começar a agir é uma valiosa alternativa para transformar uma realidade injusta e melhorar seu entorno. “Por isso, muito nos orgulha trabalhar em parceria com o Instituto Akatu e a Fundação Itaú Social, para uma educação de qualidade por meio da prática da boa cidadania corporativa”, completa ela.
Para Andrea Pereira, da Fundação Itaú Social, ao estabelecer parceria com o Akatu, a fundação apostou na importância deste projeto para a formação das crianças e jovens. “Buscando contribuir para a melhor qualidade da educação pública no Brasil, acreditamos que “A Árvore” é um excelente material de apoio para educadores comprometidos com a formação de cidadãos responsáveis. Esperamos que este material, associado à criatividade e ao compromisso dos educadores desperte nas crianças e nos jovens o compromisso com os valores do consumidor consciente”, ressaltou ela.
Para Leonardo Almeida da ANAUÊ Design Estratégico, empresa que apoiou o Akatu no projeto gráficoda “Árvore do Consumidor Consciente”, o engajamento foi muito recompensador. “Disseminação do consumo consciente e práticas sustentáveis são temas ligados aos valores da ANAUÊ. Contribuir com o Instituto Akatu foi uma forma de reforçar esses pilares”, ressaltou ele.
www.akatu.org.br/central/noticias_akatu/2006/08/1558/?searchterm=pilares%20da%20sus*
http://revistaescola.abril.com.br/planos-de-aula/
segunda-feira, 26 de março de 2012
As enchentes e a cultura da impermeabilização
Valério Igor P. Victorino, Sociólogo, Docente UMAPAZ,Janeiro 2010
São Paulo não é mais a terra da garoa há muito tempo. Um novo grupo musical que quisesse representar no nome o clima da cidade deveria se chamar Demônios da Tempestade e fazer um estilo bem pesado, talvez um heavy metal inspirado no estrondo dos trovões e na fúria das tormentas tropicais que insistem em nos afligir nos últimos meses.
Do Jardim Pantanal ao Jardim Paulista há muito prejuízo sendo contabilizado; desde horas de trabalho até vidas humanas, passando pelo sofrimento de quem perde tudo o que tem, mesmo quando este tudo é quase nada. Dentro em breve os ricos e temerosos irão encomendar carros não somente a prova de balas, mas a prova de água também.
O governo do estado já anunciou a compra de carros anfíbios para realizar os atendimentos de emergência. Tempos molhados.
Pois bem o que nós, habitantes da cidade mais rica, cosmopolita, moderna e dinâmica da América Latina podemos fazer diante destes fenômenos climáticos extremos e de alto risco social? Inicialmente entender as causas. Sim, é uma ótima oportunidade para ampliarmos nossos conhecimentos sobre o meio que nos cerca. A necessidade é mãe da invenção e da ciência.
Diferentemente do aquecimento global, quando se trata de enchentes nas cidades não há polêmica, pois são reconhecidos dois tipos:
a) naturais, decorrentes da expansão dos rios sobre as várzeas;
b) antrópicas: decorrentes do impacto do modo de ocupação do solo com usos residenciais, comerciais e industriais.
Constata-se que o processo de urbanização transforma a superfície natural pela impermeabilização da bacia hidrográfica e pela criação de condutos para o escoamento pluvial provocando efeitos que modificam os componentes do ciclo hidrológico:
1) Ocorre a redução da infiltração no solo;
2) O volume que deixa de infiltrar fica na superfície, aumentando o escoamento superficial;
3) As águas se deslocam mais rapidamente, devido á construção de condutos superficiais para o escoamento das chuvas;
4) Com a redução da infiltração tende a diminuir o nível do lençol freático por falta de alimentação, reduzindo o escoamento subterrâneo;
5) Devido à diminuição da cobertura vegetal ocorre uma redução da evapotranspiração.
O aumento da freqüência e da magnitude das tormentas e das decorrentes enchentes tem várias explicações. Com certeza a construção das duas represas e a retificação dos dois principais rios que cortam a cidade interferiu no ciclo hidrológico e modificou as condições climáticas da bacia hidrográfica do Alto Tietê. Por outro lado, as superfícies impermeáveis absorvem parte da energia solar, aumentando a temperatura ambiente e produzindo ilhas de calor na parte central da cidade, onde predomina concreto e asfalto. Devido à sua cor o asfalto absorve mais energia solar e à medida que a superfície de concreto envelhece e vai escurecendo, tende a aumentar a absorção de radiação solar. Com isso ocorre o aumento da radiação térmica, que volta para o ambiente gerando calor. Segundo Carlos Tucci, “A elevação de temperatura também cria condições de movimento de ar ascendente, podendo aumentar as precipitações.” Como, na área urbana, as precipitações críticas de baixa duração são as mais intensas, essas condições contribuem para agravar as enchentes urbanas.
Como se enfrenta o problema das enchentes?
As medidas de controle de inundações podem ser estruturais, que são aquelas que modificam o sistema fluvial com grandes obras de engenharia que:
a) aceleram o escoamento das águas (canalização);
b) retardam o escoamento (reservatórios);
c) desviam o escoamento das águas. Sempre tem custos elevados e podem criar a falsa sensação de segurança, permitindo a ocupação de áreas inundáveis, o que, futuramente, pode resultar em danos significativos. Também existem as medidas não-estruturais, que são aquelas que modificam a atividade antrópicas por zoneamento das áreas de inundação, regulamentação do uso do solo com risco de inundação, indução de novas formas de ocupação com áreas de lazer, seguro contra inundação, sistemas de alerta etc. As medidas de controle do escoamento das águas variam também de acordo com o tipo de ação:
Ação na bacia:
a) na fonte: é o tipo de controle que atua sobre o lote, praças e passeios;
b) na microdrenagem: é o controle sobre as área de loteamentos;
c) na macrodrenagem: é o controle sobre os principais riachos urbanos.
Ação sobre o hidrograma:
a) Infiltração e percolação: cria espaço para que a água tenha maior infiltração e percolação (velocidade do fluxo da água através da camada não-saturada até o lençol freático - zona saturada);
b) Armazenamento: através de grandes reservatórios, cujo efeito é reter parte do volume do escoamento superficial, reduzindo seu pico e distribuindo a vazão no tempo;
c) Aumento da eficiência do escoamento: através de condutos e canais, drenando áreas inundadas;
d) Barragens e estações de bombeamento: solução tradicional de controle localizado de enchentes em áreas urbanas que não possuem espaço para amortecimento da inundação.
Os governantes, municipal e estadual, têm optado quase que exclusivamente por medidas estruturais de combate às enchentes, sendo que até o inadequado neologismo “piscinão” entrou para o linguajar técnico-jurídico do Plano Diretor de São Paulo como ação estratégica de combate às enchentes. O planos diretores de macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê, tiveram orçamentos bilionários para construção de “piscinões”, para o rebaixamento da calha do rio Tietê, canalização de rios e construção de barragens. Enfim, são bilhões de reais gastos em obras de combate às enchentes que sempre estão aquém das necessidades que a metrópole apresenta. Sem dúvida que grandes obras estruturais são necessárias, mas evidentemente insuficientes, e muitas vezes apresentando problemas adicionais.
Se a questão das enchentes é tratada simplesmente como um problema hidráulico, de engenharia, as soluções estruturais ofuscam qualquer alternativa ou complementaridade. Mas se o drama das enchentes for, e deve ser, tratado como um problema urbano, uma amplitude maior de opções emergirá em decorrência da compreensão das características e da dinâmica do processo de urbanização da bacia hidrográfica.
A urbanização é a marca humana sobre o meio físico e a essência do processo de intervenção antrópica sobre a bacia hidrográfica do Alto Tietê revela um modo de uso e ocupação do solo que pode ser caracterizado, para fins da compreensão do fenômeno das enchentes, como cultura de impermeabilização. Pois é, enchente também é cultura. Estima-se que a taxa de impermeabilização do município seja de 45%, conforme a Resolução CADES 66/2001.
Enfrentando a impermeabilização
Reverter esta cultura de impermeabilização e aumentar a eficiência do sistema de drenagem é o desafio que se apresenta para o poder público e para a cidadania. O aumento da infiltração e percolação das águas precipitadas significa criar condições o mais próximo possível das condições naturais da bacia, considerando que foi a impermeabilização do solo que aumentou o escoamento para os canais e condutos que não suportaram a vazão.
Dentre as medidas não-estruturais de combate às enchentes a desimpermeabilização emerge enquanto diretriz da Política Ambiental do Município no Plano diretor, conforme o Art. 56:
II - o estabelecimento do zoneamento ambiental compatível com as diretrizes para ocupação do solo;
III - o controle do uso e da ocupação de fundos de vale, áreas sujeitas à inundação, mananciais, áreas de alta declividade e cabeceiras de drenagem;
IV - a ampliação das áreas permeáveis no território do Município. Em seu capítulo do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Urbano, o Art. 67 apresenta entre os objetivos para o Sistema de Drenagem Urbana: III - interromper o processo de impermeabilização do solo;
IV - conscientizar a população quanto à importância do escoamento das águas pluviais. Enquanto ação estratégica do sistema de drenagem urbana o Art. 69 é explicito:
XI - adotar, nos programas de pavimentação de vias locais e passeios de pedestres, pisos drenantes e criar mecanismos legais para que as áreas descobertas sejam pavimentadas com pisos drenantes.
O programa de pavimentação também apresenta a demanda: Art. 98 - São ações estratégicas dos Programas de Pavimentação:
III - criar mecanismos legais para que os passeios e as áreas externas pavimentadas implantem pisos drenantes; IV - adotar nos programas de pavimentação de vias locais pisos que permitam a drenagem das águas pluviais para o solo.
Enfim, o aumento das áreas de infiltração e percolação nos lotes, nas ruas de pouco tráfego, nos estacionamentos, nos parques, nos passeios, nas quadras esportivas etc. pode se dar pela utilização de pavimentos permeáveis (asfalto ou concreto drenante).
Como há pouca experiência com estes novos materiais no Brasil, a SIURB (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana) em convênio com a USP está testando concreto e asfalto permeáveis para serem aplicados em pontos crônicos de enchente. Foram desenvolvidos dois materiais: o pavimento drenante asfáltico e o concreto intertravado drenante, este último composto por blocos de concreto poroso. A aplicação dessas soluções é semelhante à do piso asfáltico e do concreto intertravado, respectivamente, que são os produtos usualmente utilizados.
São Paulo necessita elaborar e implantar o Plano Diretor de Drenagem do Município de São Paulo (PDDMSP) integrado com o Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (PDMAT), conforme item I do artigo 69 do Plano Diretor Estratégico. Esta é uma prioridade a ser construída mesclando medidas estruturais e não-estruturais de combate às enchentes.
Como se vê, o Plano Diretor contempla, em tese, como plano, tudo que é necessário para o enfrentamento do problema. Trata-se de tornar real estes mecanismos e proposições por meio de regulamentações e detalhamento de ações, que somente podem emergir com a pressão da sociedade, que poderá se revelar no entrelaçamento entre os planos regionais e o plano diretor de drenagem do município, com cada plano regional contendo o seu plano diretor de drenagem, reforçando adoção de medidas não-estruturais.
A questão mais grave é que quando as chuvas passarem, e elas passarão, e o Sol voltar a brilhar, venhamos a nos esquecer do problema das enchentes. De fato, o cidadão comum vai querer esquecer todo sofrimento e prejuízo deixado pelas tormentas. Contudo, se os dirigentes técnicos e políticos não priorizarem a mitigação do problema por meio de políticas públicas para o aumento da permeabilidade do solo urbano – objetivando o resgate das condições naturais da bacia hidrográfica -, as tragédias voltarão a acontecer.
fonte: http://www.blogumapaz.blogspot.com/
São Paulo não é mais a terra da garoa há muito tempo. Um novo grupo musical que quisesse representar no nome o clima da cidade deveria se chamar Demônios da Tempestade e fazer um estilo bem pesado, talvez um heavy metal inspirado no estrondo dos trovões e na fúria das tormentas tropicais que insistem em nos afligir nos últimos meses.
Do Jardim Pantanal ao Jardim Paulista há muito prejuízo sendo contabilizado; desde horas de trabalho até vidas humanas, passando pelo sofrimento de quem perde tudo o que tem, mesmo quando este tudo é quase nada. Dentro em breve os ricos e temerosos irão encomendar carros não somente a prova de balas, mas a prova de água também.
O governo do estado já anunciou a compra de carros anfíbios para realizar os atendimentos de emergência. Tempos molhados.
Pois bem o que nós, habitantes da cidade mais rica, cosmopolita, moderna e dinâmica da América Latina podemos fazer diante destes fenômenos climáticos extremos e de alto risco social? Inicialmente entender as causas. Sim, é uma ótima oportunidade para ampliarmos nossos conhecimentos sobre o meio que nos cerca. A necessidade é mãe da invenção e da ciência.
Diferentemente do aquecimento global, quando se trata de enchentes nas cidades não há polêmica, pois são reconhecidos dois tipos:
a) naturais, decorrentes da expansão dos rios sobre as várzeas;
b) antrópicas: decorrentes do impacto do modo de ocupação do solo com usos residenciais, comerciais e industriais.
Constata-se que o processo de urbanização transforma a superfície natural pela impermeabilização da bacia hidrográfica e pela criação de condutos para o escoamento pluvial provocando efeitos que modificam os componentes do ciclo hidrológico:
1) Ocorre a redução da infiltração no solo;
2) O volume que deixa de infiltrar fica na superfície, aumentando o escoamento superficial;
3) As águas se deslocam mais rapidamente, devido á construção de condutos superficiais para o escoamento das chuvas;
4) Com a redução da infiltração tende a diminuir o nível do lençol freático por falta de alimentação, reduzindo o escoamento subterrâneo;
5) Devido à diminuição da cobertura vegetal ocorre uma redução da evapotranspiração.
O aumento da freqüência e da magnitude das tormentas e das decorrentes enchentes tem várias explicações. Com certeza a construção das duas represas e a retificação dos dois principais rios que cortam a cidade interferiu no ciclo hidrológico e modificou as condições climáticas da bacia hidrográfica do Alto Tietê. Por outro lado, as superfícies impermeáveis absorvem parte da energia solar, aumentando a temperatura ambiente e produzindo ilhas de calor na parte central da cidade, onde predomina concreto e asfalto. Devido à sua cor o asfalto absorve mais energia solar e à medida que a superfície de concreto envelhece e vai escurecendo, tende a aumentar a absorção de radiação solar. Com isso ocorre o aumento da radiação térmica, que volta para o ambiente gerando calor. Segundo Carlos Tucci, “A elevação de temperatura também cria condições de movimento de ar ascendente, podendo aumentar as precipitações.” Como, na área urbana, as precipitações críticas de baixa duração são as mais intensas, essas condições contribuem para agravar as enchentes urbanas.
Como se enfrenta o problema das enchentes?
As medidas de controle de inundações podem ser estruturais, que são aquelas que modificam o sistema fluvial com grandes obras de engenharia que:
a) aceleram o escoamento das águas (canalização);
b) retardam o escoamento (reservatórios);
c) desviam o escoamento das águas. Sempre tem custos elevados e podem criar a falsa sensação de segurança, permitindo a ocupação de áreas inundáveis, o que, futuramente, pode resultar em danos significativos. Também existem as medidas não-estruturais, que são aquelas que modificam a atividade antrópicas por zoneamento das áreas de inundação, regulamentação do uso do solo com risco de inundação, indução de novas formas de ocupação com áreas de lazer, seguro contra inundação, sistemas de alerta etc. As medidas de controle do escoamento das águas variam também de acordo com o tipo de ação:
Ação na bacia:
a) na fonte: é o tipo de controle que atua sobre o lote, praças e passeios;
b) na microdrenagem: é o controle sobre as área de loteamentos;
c) na macrodrenagem: é o controle sobre os principais riachos urbanos.
Ação sobre o hidrograma:
a) Infiltração e percolação: cria espaço para que a água tenha maior infiltração e percolação (velocidade do fluxo da água através da camada não-saturada até o lençol freático - zona saturada);
b) Armazenamento: através de grandes reservatórios, cujo efeito é reter parte do volume do escoamento superficial, reduzindo seu pico e distribuindo a vazão no tempo;
c) Aumento da eficiência do escoamento: através de condutos e canais, drenando áreas inundadas;
d) Barragens e estações de bombeamento: solução tradicional de controle localizado de enchentes em áreas urbanas que não possuem espaço para amortecimento da inundação.
Os governantes, municipal e estadual, têm optado quase que exclusivamente por medidas estruturais de combate às enchentes, sendo que até o inadequado neologismo “piscinão” entrou para o linguajar técnico-jurídico do Plano Diretor de São Paulo como ação estratégica de combate às enchentes. O planos diretores de macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê, tiveram orçamentos bilionários para construção de “piscinões”, para o rebaixamento da calha do rio Tietê, canalização de rios e construção de barragens. Enfim, são bilhões de reais gastos em obras de combate às enchentes que sempre estão aquém das necessidades que a metrópole apresenta. Sem dúvida que grandes obras estruturais são necessárias, mas evidentemente insuficientes, e muitas vezes apresentando problemas adicionais.
Se a questão das enchentes é tratada simplesmente como um problema hidráulico, de engenharia, as soluções estruturais ofuscam qualquer alternativa ou complementaridade. Mas se o drama das enchentes for, e deve ser, tratado como um problema urbano, uma amplitude maior de opções emergirá em decorrência da compreensão das características e da dinâmica do processo de urbanização da bacia hidrográfica.
A urbanização é a marca humana sobre o meio físico e a essência do processo de intervenção antrópica sobre a bacia hidrográfica do Alto Tietê revela um modo de uso e ocupação do solo que pode ser caracterizado, para fins da compreensão do fenômeno das enchentes, como cultura de impermeabilização. Pois é, enchente também é cultura. Estima-se que a taxa de impermeabilização do município seja de 45%, conforme a Resolução CADES 66/2001.
Enfrentando a impermeabilização
Reverter esta cultura de impermeabilização e aumentar a eficiência do sistema de drenagem é o desafio que se apresenta para o poder público e para a cidadania. O aumento da infiltração e percolação das águas precipitadas significa criar condições o mais próximo possível das condições naturais da bacia, considerando que foi a impermeabilização do solo que aumentou o escoamento para os canais e condutos que não suportaram a vazão.
Dentre as medidas não-estruturais de combate às enchentes a desimpermeabilização emerge enquanto diretriz da Política Ambiental do Município no Plano diretor, conforme o Art. 56:
II - o estabelecimento do zoneamento ambiental compatível com as diretrizes para ocupação do solo;
III - o controle do uso e da ocupação de fundos de vale, áreas sujeitas à inundação, mananciais, áreas de alta declividade e cabeceiras de drenagem;
IV - a ampliação das áreas permeáveis no território do Município. Em seu capítulo do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Urbano, o Art. 67 apresenta entre os objetivos para o Sistema de Drenagem Urbana: III - interromper o processo de impermeabilização do solo;
IV - conscientizar a população quanto à importância do escoamento das águas pluviais. Enquanto ação estratégica do sistema de drenagem urbana o Art. 69 é explicito:
XI - adotar, nos programas de pavimentação de vias locais e passeios de pedestres, pisos drenantes e criar mecanismos legais para que as áreas descobertas sejam pavimentadas com pisos drenantes.
O programa de pavimentação também apresenta a demanda: Art. 98 - São ações estratégicas dos Programas de Pavimentação:
III - criar mecanismos legais para que os passeios e as áreas externas pavimentadas implantem pisos drenantes; IV - adotar nos programas de pavimentação de vias locais pisos que permitam a drenagem das águas pluviais para o solo.
Enfim, o aumento das áreas de infiltração e percolação nos lotes, nas ruas de pouco tráfego, nos estacionamentos, nos parques, nos passeios, nas quadras esportivas etc. pode se dar pela utilização de pavimentos permeáveis (asfalto ou concreto drenante).
Como há pouca experiência com estes novos materiais no Brasil, a SIURB (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana) em convênio com a USP está testando concreto e asfalto permeáveis para serem aplicados em pontos crônicos de enchente. Foram desenvolvidos dois materiais: o pavimento drenante asfáltico e o concreto intertravado drenante, este último composto por blocos de concreto poroso. A aplicação dessas soluções é semelhante à do piso asfáltico e do concreto intertravado, respectivamente, que são os produtos usualmente utilizados.
São Paulo necessita elaborar e implantar o Plano Diretor de Drenagem do Município de São Paulo (PDDMSP) integrado com o Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (PDMAT), conforme item I do artigo 69 do Plano Diretor Estratégico. Esta é uma prioridade a ser construída mesclando medidas estruturais e não-estruturais de combate às enchentes.
Como se vê, o Plano Diretor contempla, em tese, como plano, tudo que é necessário para o enfrentamento do problema. Trata-se de tornar real estes mecanismos e proposições por meio de regulamentações e detalhamento de ações, que somente podem emergir com a pressão da sociedade, que poderá se revelar no entrelaçamento entre os planos regionais e o plano diretor de drenagem do município, com cada plano regional contendo o seu plano diretor de drenagem, reforçando adoção de medidas não-estruturais.
A questão mais grave é que quando as chuvas passarem, e elas passarão, e o Sol voltar a brilhar, venhamos a nos esquecer do problema das enchentes. De fato, o cidadão comum vai querer esquecer todo sofrimento e prejuízo deixado pelas tormentas. Contudo, se os dirigentes técnicos e políticos não priorizarem a mitigação do problema por meio de políticas públicas para o aumento da permeabilidade do solo urbano – objetivando o resgate das condições naturais da bacia hidrográfica -, as tragédias voltarão a acontecer.
fonte: http://www.blogumapaz.blogspot.com/
Verde desbotado, por Por Felipe Pontes
A propaganda “verde” cresceu cerca de 10 vezes nos últimos 20 anos, e triplicou desde 2006, de acordo com consultoria de marketing ambiental TerraChoice. Sinal de que o discurso sustentável está em alta – o que não significa, necessariamente, que a ação ecológica também está.
Algumas empresas tentam tirar vantagem dessa onda verde, dizendo ao consumidor que seu produto é sustentável, quando não é. Essa malandragem ganhou o nome de greenwash (“lavagem verde”, em inglês). Em 2009, a TerraChoice analisou 2.219 produtos ecológicos nos Estados Unidos, e 98% deles apresentavam ao menos um problema de informação sobre suas características e qualidades. Por isso, é bom abrir o olho e checar se, de fato, os produtos são sustentáveis. Verdade Inconveniente separou algumas propagandas que ficaram conhecidas mundialmente pela distorção das características ecológicas. Confira:
ilustração:Daniel das Neves
fonte: revista galileu on line
http://colunas.galileu.globo.com/verdadeinconveniente/2010/04/23/verde-desbotado/
Algumas empresas tentam tirar vantagem dessa onda verde, dizendo ao consumidor que seu produto é sustentável, quando não é. Essa malandragem ganhou o nome de greenwash (“lavagem verde”, em inglês). Em 2009, a TerraChoice analisou 2.219 produtos ecológicos nos Estados Unidos, e 98% deles apresentavam ao menos um problema de informação sobre suas características e qualidades. Por isso, é bom abrir o olho e checar se, de fato, os produtos são sustentáveis. Verdade Inconveniente separou algumas propagandas que ficaram conhecidas mundialmente pela distorção das características ecológicas. Confira:
ilustração:Daniel das Neves
fonte: revista galileu on line
http://colunas.galileu.globo.com/verdadeinconveniente/2010/04/23/verde-desbotado/
Fórum Mundial de Sustentabiliade publica "A Carta do Amazonas"
http://www.forumdesustentabilidade.com.br/
Neste ano de
2012, em que a atenção do planeta está focada no Brasil devido à Rio+20, o LIDE
firma o compromisso de mobilizar a sociedade brasileira pela aprovação de uma
legislação nacional de pagamentos por serviços ambientais, reconhecendo este
mecanismo como fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável.
Destacamos também, através do FÓRUM MUNDIAL DE SUSTENTABILIDADE, outros temas
que merecem especial atenção da sociedade brasileira e mundial. São
eles:
CARTA DO
AMAZONAS
<!--[if !supportLists]-->1
<!--[endif]-->A aprovação de
um acordo internacional para implementar o REDD+ como mecanismo de conservação
das florestas nativas.
<!--[if !supportLists]-->2
<!--[endif]-->Estabelecimento
de metas para a universalização do acesso à energia limpa até o ano de
2030.
<!--[if !supportLists]-->3
<!--[endif]-->O apoio à
maior cooperação Sul-Sul, na base de benefícios mútuos que não repitam os erros
cometidos no passado.
<!--[if !supportLists]-->4
<!--[endif]-->A importância
de repensar as estruturas atuais da ONU para aumentar a eficácia dos processos
de governança internacional.
<!--[if !supportLists]-->5
<!--[endif]-->A formulação
de um programa de governança dos oceanos, que permita a conservação e
recuperação dos ecossistemas marinhos e estoques pesqueiros, incluindo a criação
de áreas marinhas protegidas em águas territoriais nacionais e
internacionais.
<!--[if !supportLists]-->6
<!--[endif]-->O
reconhecimento de que a atmosfera é um bem comum, compartilhado por todos, e
cuja contaminação por gases do efeito estufa e outros poluentes precisa ser
drasticamente reduzida, através de um cronograma mundial de metas firmes e
compatíveis com a ciência.
<!--[if !supportLists]-->7
<!--[endif]-->O
desenvolvimento de uma plataforma ambiental a nível municipal como prioridade,
que explicite compromissos a serem assumidos por governantes locais, com
especial atenção à universalização do saneamento básico, ao incentivo à
construção sustentável e à promoção da educação ambiental e do consumo
consciente.
<!--[if !supportLists]-->8
<!--[endif]-->A
regulamentação e efetivo cumprimento do Plano Nacional de Resíduos Sólidos,
dando atenção à possibilidade de geração de empregos, através da valorização da
cadeia de reciclagem do PET.
<!--[if !supportLists]-->9
<!--[endif]-->O uso das
cadeias de valor de produtos da floresta para promover o comércio justo e o
desenvolvimento sustentável na base da economia.
<!--[if !supportLists]-->10
<!--[endif]-->A incorporação
clara e explícita nas metas de desenvolvimento e respeito aos direitos de
futuras gerações a um meio ambiente mais limpo e sadio.
Manaus, 24 de
Março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
22 de Março - Dia Mundial da Agua
Nosso planeta tem cerca de dois terços só de água. Pela lógica, parece haver água sobrando para a população, não é? Parece um absurdo falar em crise da água?
Vamos aos fatos: 97% da água do planeta são água do mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra.
Some-se a isto o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios - o que é fatal para os peixes. A pouca água que existe fica ainda mais comprometida. Isto exige a construção de estações de tratamento de esgoto e dessalinização, por exemplo. E exige conscientização para que se evite o desperdício e a poluição, principalmente nas grandes cidades.
Com o objetivo de chamar a atenção para a questão da escassez da água e, conseqüentemente, buscar soluções para o problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1992 o Dia Mundial da Água: 22 de março.
Por conta disso, a ONU também elaborou um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água", que trata desse líquido como a seiva do nosso planeta.
A água limpa é um direito nem sempre ao alcance de todos no planeta.
No mundo em que vivemos, um bilhão de pessoas têm acesso a fontes de águas melhoradas, enquanto 2,5 bilhões vivem sem saneamento básico. Estas últimas figuram entre as mais pobres do mundo e também como as mais propensas a adquirir doenças. De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), a falta de abastecimento de água potável é responsável por 80% das mortes nos países em desenvolvimento.
No Brasil, segundo pesquisa do Censo 2000, 5,9% dos domicílios brasileiros lançam seus esgotos em valas, rios, lagos ou mar. Dessa proporção, a maior parte ocorre nas áreas rurais (10%) do que nas urbanas (5%). Já os domicílios que não possuem instalações sanitárias chegam a 8,3% do total do país, sendo mais freqüentes nas regiões rurais (35,3%). Essa situação torna-se gritante na área rural da Região Nordeste (60,5%), num contraste brutal com as áreas rurais da Região Sul (7,4%).
fonte: IBGE
Rios de 11 Estados do País estão poluídos
Por Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo,
estadao.com.br, Atualizado:
22/3/2012 7:07
Análise feita em 49 rios de 11 Estados brasileiros traz uma má
notícia para o Dia Mundial da Água, comemorado hoje: nenhum deles apresentava
uma situação considerada boa ou ótima. Em termos de contaminação, 75,5% foram
classificados como 'regular' e 24,5% com nível 'ruim', de acordo com
levantamento conduzido pela SOS Mata Atlântica em localidades que, no passado,
foram cobertas pela floresta.
As avaliações foram feitas entre janeiro de 2011 e o início de
março deste ano durante visitas da expedição itinerante A Mata Atlântica é Aqui,
que busca a interação com as populações para alertá-las sobre o problema de
contaminação dos rios, riachos, córregos, lagos, etc.
No evento, as pessoas são convidadas a investigar as condições
de um ou mais corpos d'água por meio de um kit de análise da água. 'É feita
assim uma avaliação pontual, um retrato da situação naquele dia. E o resultado é
bastante preocupante. Não encontramos nenhum rio em situação satisfatória',
afirma Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS.
O kit classifica a qualidade das águas em cinco níveis de
pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27
a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos). Malu explica
que os níveis de pontuação são compostos pelo Índice de Qualidade da Água (IQA),
padrão definido no Brasil por resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente
(Conama), obtido pela soma da pontuação de 14 parâmetros físico-químicos,
biológicos (como temperatura, vermes, coliformes fecais e oxigênio dissolvido) e
de percepção, como odor, turbidez e presença de espumas, de lixo, de peixes.
Segundo a pesquisadora, os dois principais responsáveis pela
contaminação são a agricultura irrigada - que, segundo ela, 'capta grande volume
de água e devolve agrotóxicos e erosão' - e a falta de saneamento básico, que
permite que o esgoto doméstico seja jogado nos corpos d'água.
'Nossa campanha visa a população porque só com mobilização da
sociedade esse quadro vai mudar. Mas esse ainda não é visto como um problema
prioritário. Na última eleição presidencial, falta de saneamento era só a oitava
preocupação das pessoas', diz a pesquisadora.
Ao longo desse período foram avaliadas amostras nos Estados do
Ceará, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo,
Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Muitos dos rios
já tinham sido analisados na primeira expedição, entre maio de 2009 e dezembro
de 2010. Em geral, o quadro não melhorou.
No primeiro levantamento foram feitas 70 análises: 69% dos rios
ficaram no nível regular, 27% ruim e 4% péssimo. Alguns passaram de ruim a
regular, como o Rio Tietê, em Itu. Já outros caíram um degrau, como o Rio
Criciúma, na cidade catarinense do mesmo nome, que perdeu cinco pontos e ficou
ruim.
Reinvidicação pelo PARQUE AUGUSTA JÁ
Caros Amigo (a)s,
Reinvidicação pelo PARQUE AUGUSTA JÁ !
(Rua Augusta com Caio Prado)
10 mil m2 de vegetação nativa, originária da Mata Atlântica.
PROTESTO HOJE : 22 de março de 2012 Horário: 18 horas
Hotel Excelsior - Av. Ipiranga, nº 770 – 23º - Centro – SP
https://www.facebook.com/parqueaugustaAliados
Vários fatores determinam o nível de poluição nas cidades, dentre eles, o número de veículos circulando pelas ruas da região. A Região Metropolitana de SP é a que apresenta os maiores índices de poluição de ar no país, devido a três fatores principais. Sua assustadora frota de 7 milhões de veículos automotivos, responsável por 90% dos poluentes gasosos. Veja o comentário impressionante do Dr. Paulo Saldiva, “Temos hoje cerca de um carro para cada dois habitantes, indicando que o número de sapatos e pneus circulantes é aproximadamente igual em nossa cidade”. Além da frota, temos o fator dispersão dos poluentes, que ocorre graças aos ventos e precipitações e que é muito prejudicada por episódios de inversão térmica, muito comuns nos meses de inverno.. O terceiro fator é a sua topografia, em que uma serra ao norte da região prejudica a dispersão dos poluentes. O Dr. Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, e seu grupo estão entre os cinco que mais publicam sobre este tema no mundo, e, portanto, há mais conhecimento e dados sobre SP do que outras cidades. Este grupo realizou um estudo, juntamente com outras universidades, solicitado pelo Ministério do Meio Ambiente, sobre os níveis de poluição em 6 cidades do Brasil. O resultado revela: SP em 1º lugar, seguida pelo Rio de Janeiro; Porto Alegre e Belo Horizonte disputando o 3º lugar, seguem-se Recife e Curitiba. Pequenos e médios municípios sofrem bastante com a poluição atmosférica, por exemplo causada principalmente por terem veículos mais antigos e muitas motocicletas, que poluem muito mais, respectivamente 40 e 6 vezes mais que os modernos. Se há transporte coletivo, geralmente a frota é antiga, havendo emissão de mais poluentes em relação ao que ocorre em grandes municípios Outro fator no interior, por exemplo, é a queima de cana de açúcar. Foram realizados estudos em Araraquara e Piracicaba, onde a queima da palha de cana leva a um aumento da poluição atmosférica semelhante à produzida pelo uso de combustíveis fósseis nos grandes centros urbanos. Finalizando, vale lembrar que a poluição dentro das casas causada pelo uso do fogão a lenha (60% das casas do Nordeste), é maior que a do centro da cidade de São Paulo em períodos de pico de trânsito, sendo responsável pela morte de mais de 1 milhão de crianças no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.”
Evangelina Vormittag, médica, diretora presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade. contato@saudeesustentabilidade.org.br / www.saudeesustentabilidade.org.br
http://g1.globo.com/platb/globo-news-cidades-e-solucoes/?s=programa+de+maio+de+2011
II Seminario das Areas Verdes de São Paulo
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/programacao/index.php?p=7773
Abraços,
Eliane Sena
Educadora e Gestora Ambiental
http://elianesena-meioambiente.blogspot.com/
“Pense globalmente e aja
localmente.” John Lennon.
“A imaginação é mais importante que
o conhecimento.” Albert Einstein.
"Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome" (Mahatma Gandhi)
Participei do II SEMINÁRIO DE ÁREAS
VERDES: CONTRIBUIÇÕES À QUALIDADE AMBIENTAL DA CIDADE, realizando em 5 a 7 de
Novembro de 2009. Nele foi exposto pela Secretaria do Verde e do M. Ambiente de
São Paulo, que a cidade não disponha de áreas verdes para COMPRA com objetivo
de formação de parques ou praças, pois bem, então porque o “POUCO QUETEMOS” será "supostamente" vendido?
São Paulo apresenta um índice
péssimo de qualidade do ar, e é fácil vermos pessoas reclamando de dor de
cabeça, garganta e olhos, sem dizer na irritação....qualidade do ar....
Então, pelo AMOR AOS NOSSOS PULMÕES,
vamos reivindicar esta AREA VERDE :
10 mil m2 de vegetação nativa, originária da Mata Atlântica.
PROTESTO HOJE : 22 de março de 2012 Horário: 18 horas
Hotel Excelsior - Av. Ipiranga, nº 770 – 23º - Centro – SP
https://www.facebook.com/parqueaugustaAliados
Qualidade do ar - programa - Cidade
e Soluções
“A poluição atmosférica atinge
apenas a cidade de São Paulo? Grandes cidades ou capitais?Vários fatores determinam o nível de poluição nas cidades, dentre eles, o número de veículos circulando pelas ruas da região. A Região Metropolitana de SP é a que apresenta os maiores índices de poluição de ar no país, devido a três fatores principais. Sua assustadora frota de 7 milhões de veículos automotivos, responsável por 90% dos poluentes gasosos. Veja o comentário impressionante do Dr. Paulo Saldiva, “Temos hoje cerca de um carro para cada dois habitantes, indicando que o número de sapatos e pneus circulantes é aproximadamente igual em nossa cidade”. Além da frota, temos o fator dispersão dos poluentes, que ocorre graças aos ventos e precipitações e que é muito prejudicada por episódios de inversão térmica, muito comuns nos meses de inverno.. O terceiro fator é a sua topografia, em que uma serra ao norte da região prejudica a dispersão dos poluentes. O Dr. Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, e seu grupo estão entre os cinco que mais publicam sobre este tema no mundo, e, portanto, há mais conhecimento e dados sobre SP do que outras cidades. Este grupo realizou um estudo, juntamente com outras universidades, solicitado pelo Ministério do Meio Ambiente, sobre os níveis de poluição em 6 cidades do Brasil. O resultado revela: SP em 1º lugar, seguida pelo Rio de Janeiro; Porto Alegre e Belo Horizonte disputando o 3º lugar, seguem-se Recife e Curitiba. Pequenos e médios municípios sofrem bastante com a poluição atmosférica, por exemplo causada principalmente por terem veículos mais antigos e muitas motocicletas, que poluem muito mais, respectivamente 40 e 6 vezes mais que os modernos. Se há transporte coletivo, geralmente a frota é antiga, havendo emissão de mais poluentes em relação ao que ocorre em grandes municípios Outro fator no interior, por exemplo, é a queima de cana de açúcar. Foram realizados estudos em Araraquara e Piracicaba, onde a queima da palha de cana leva a um aumento da poluição atmosférica semelhante à produzida pelo uso de combustíveis fósseis nos grandes centros urbanos. Finalizando, vale lembrar que a poluição dentro das casas causada pelo uso do fogão a lenha (60% das casas do Nordeste), é maior que a do centro da cidade de São Paulo em períodos de pico de trânsito, sendo responsável pela morte de mais de 1 milhão de crianças no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.”
Evangelina Vormittag, médica, diretora presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade. contato@saudeesustentabilidade.org.br / www.saudeesustentabilidade.org.br
http://g1.globo.com/platb/globo-news-cidades-e-solucoes/?s=programa+de+maio+de+2011
Educadora e Gestora Ambiental
http://elianesena-meioambiente.blogspot.com/
"Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome" (Mahatma Gandhi)
quarta-feira, 21 de março de 2012
Declaração Universal dos Direitos da Água
De acordo com a Declaração Universal dos
Direitos da Água, ela é seiva do nosso planeta e condição essencial da vida na
terra. Confira os artigos:
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do
planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada
cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela
é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela
não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura
ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser
humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos
Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação
da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a
água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso
planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem
permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da
vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos
mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos
nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores.
Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do
homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da
natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas
vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do
mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem
poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com
consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de
esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no
respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem
ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo
homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio
entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica,
sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água
deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição
desigual sobre a Terra.
terça-feira, 20 de março de 2012
Dicas para ecomizar agua
Reduzir o consumo anual de água é uma preocupação que todos devemos ter no nosso dia-a-dia, pois trata-se de um dos bens mais precisos da terra e é urgente tomar medidas. Mudar hábitos e instalar dispositivos mais eficientes em torneiras, chuveiros e autoclismos permite poupar, por família, até 300 mil litros de água por ano e naturalmente reduzir a sua conta mensal, bastando para isso aplicar algumas simples dicas em casa.
Para poupar água em casa não é necessário deixar de a usar, mas sim racionalizar o seu consumo e não a desperdiçar em consumos inúteis a que muitos se foram habituando ao longo dos anos.
Veja como poupar água em casa de diversas maneiras, sem ser necessário grandes investimentos:
Na casa de banho
- Opte por tomar um duche em vez de um banho de imersão (gastará menos 50% de água) e, se possível, encurte a duração dos duches (menos 2 minutos debaixo do chuveiro implica uma poupança de 40 litros de água!) ou desligue a água enquanto se ensaboa e/ou aplica o champô.
- Tenha em atenção também ao chuveiro utilizado, poderá escolher um com opção de redução de fluxo ou botão stop para poupar ainda mais água!
- Ponha as torneiras todas a poupar, instale redutores de fluxo – uma pequena peça que se encaixa na torneira e que consegue reduzir o seu caudal em cerca de 50%. Outras sugestões incluem as torneiras electrónicas com sensores, activadas apenas com a passagem das mãos, ou as torneiras temporizadas, que desligam automaticamente após alguns segundos.
- Enquanto espera que a água na banheira ou duche aqueça, poderá colocar um balde ou uma bacia para recolher os primeiros litros de água, utilizando-a depois para regar plantas, para encher os bebedouros de animais de estimação, para lavar uma peça de roupa à mão ou o chão.
- Cada vez que descarrega o autoclismo gasta 10 a 15 litros de água. Possíveis sugestões: contenção nas vezes que descarrega, instalação de autoclismos duplos ou com botão de controlo e ainda o recurso ao método tradicional de colocar uma garrafa cheia de água no depósito do autoclismo. Na deite lixo desnecessário na sanita, vai obrigar a mais descargas.
- Certifique-se de que não tem fugas de água em nenhuma divisão da casa – podem parecer apenas alguns pingos, mas se estas não forem reparadas rapidamente, essas mesmas fugas podem custar-lhe mais 30 litros de água por dia!
Pode poupar água começando por actos tão simples como quando lava as mãos, os dentes ou se barbeia. Se mantiver a torneira fechada ou encher o lavatório para fazer a barba, pode poupar entre 10 a 30 litros de água por dia.
Na cozinha e lavagem da roupa
- Ainda em relação às máquinas de lavar loiça e às máquinas de lavar a roupa, ponha-as a funcionar apenas quando estiverem cheias, caso contrário o desperdício de H2O será elevadíssimo. Se não tiver alternativa, opte por um programa mais curto e/ou económico que lhe garanta algum nível de poupança.
- Quando lavar alimentos, como é o caso das frutas e legumes, aproveite essa água para regar as plantas que tiver em casa. O mesmo poderá ser feito quando muda a água de um aquário.
- Deixe sempre uma garrafa de água no frigorífico, assim quando lhe apetecer água fresca não precisará de deixar a torneira a correr até esta estar suficientemente fria.
- Quando tiver de cozinhar com água, reduza a quantidade que coloca na panela e cozinhe com a tampa. Além de poupar água, vai conservar muitos dos nutrientes e vitaminas dos alimentos cozinhados desta forma.
- Utilize água fria sempre que possível, poupando assim na água quente. No que toca a descongelar alimentos, evite estar com a torneira da água a correr, opte antes para um descongelamento natural ou com recurso ao microondas.
Evite deixar a torneira do lava louça a correr enquanto lava a loiça, opte por encher uma das bacias do lava-loiça com água limpa onde poderá depois retirar o detergente das peças já esfregadas. Se tiver máquina de lavar, evite também passar a loiça por água antes de a colocar na máquina, pois não contribui para a eficácia da lavagem e irá conseguir poupar até 75 litros de água!
Na rega do jardim, lavagem do carro e água da piscina
- Evite a todo o custo lavar o carro com uma mangueira, utilize antes um balde e uma esponja – assim, em vez de 500 litros de água, irá consumir apenas 50 litros – uma grande diferença para a sua carteira… e para o ambiente!
- Em relação à rega das plantas e jardins, esteja atento ao solo para saber quando é que os seus verdes precisam realmente de água. A maior parte das plantas morre de excesso e não por da falta de água! Se a jardinagem não for de todo a sua especialidade, existem medidores de humidade do solo para o ajudarem – e assim poderá poupar muita água com recurso a esta pequeno aparelho! Nos meses mais quentes, regue o jardim de manhã quando estiver mais fresco e se necessário à noite também pela fresca, para que a água não evapore muito depressa. Evite regar em dias ventosos. Regue devagar, para permitir que a água se infiltre bem no solo, o que vai implicar menos regas.
- Opte por um sistema de rega e teste a sua eficácia em termos de tempo necessário para uma boa rega, programe-o para de manhã e certifique-se que a água não está a ser lançada para zonas que não sejam verdes!
- Decorações de jardim, como as quedas de água, chafarizes ou fontes são para evitar, a não ser que essa água possa ser reciclada.
- Se tiver uma piscina procure trocar os filtros tradicionais por filtros específicos, que permitam poupar água. Aplique uma cobertura na piscina – ao fazê-lo irá reduzirá a evaporação da água em 90%, ou seja, poupará aproximadamente 3800 litros de água por mês!
- Sempre que possível aproveite a água da chuva, captando-a em baldes ou depósitos para depois a poder utilizar na rega de plantas e no jardim, ou para usar na lavagem de varandas, pátios e caminhos do exterior da casa, por exemplo. Caso contrário, evite utilizar a mangueira quando quiser limpar as zonas exteriores da casa, utilizando antes uma vassoura.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Dia Mundial da Água 2012: tema será “água e segurança alimentar”
O Dia Mundial da Água é celebrado anualmente no
dia 22 de março. A data tem como objetivo principal criar um momento de
reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para a
conservação dos recursos hídricos.A Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento de 1992 (Eco-92) recomendou a criação de um dia
internacional para celebrar a água. No ano seguinte, a Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), declarou que o 22 de março de cada ano
marcaria a data. Sendo assim, desde o dia 22 de março de 1993 é celebrado o Dia
Mundial da Água.
Com a instituição do Dia Mundial da Água, os
países foram convidados a aderir às recomendações da ONU relativas aos recursos
hídricos e a concretizar atividades apropriadas ao contexto de cada país. No
Brasil, a adesão partiu do Congresso Nacional. A Lei nº 10.670, de 14 de maio
de 2003, instituiu o Dia Nacional da Água, que também passou a ser comemorado
no dia 22 de março de cada ano.
A cada ano a ONU define um tema para abordar os
problemas relacionados aos recursos hídricos.
Em 2012 o tema é Água e segurança alimentar
Há sete bilhões de pessoas para alimentar no
mundo hoje. Estatísticas dizem que cada um de nós bebe de 2 a 4 litros de água
todos os dias, além da água utilizada para produzir o que comemos: produzir 1
kg de carne por exemplo consume 15 mil litros de água, enquanto 1 kg de trigo
consome 1.500 litros.
Um bilhão de pessoas no mundo já vive em
condições de fome crônica e os recursos hídricos estão sob pressão. Estes
problemas estão conectados. Lidar com o crescimento da população e assegurar o
acesso a alimentos nutritivos para todos requer uma série de medidas. E todos
podem contribuir:
- Consumir produtos que fazem uso menos
intensivo de água;
- Reduzir o desperdício de alimentos: 30% dos
alimentos produzidos no mundo inteiro nunca serão consumidos e a água usada
para produzi-los é perdida;
- Produzir mais alimentos, de melhor qualidade
com menos água;
- Ter uma dieta saudável.
E você?
A ONU, com o tema Água e Segurança Alimentar,
convida você a reduzir o desperdício de água e alimentos. O “Águas de Março” convida
você a participar dos eventos brasileiros no mês em que é comemorado o Dia
Mundial da Água.
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