segunda-feira, 12 de julho de 2010

Oceano Invadido

O público poderá interagir manualmente com a estrutura que simula a ondulação do oceano

Oceano Invadido é uma instalação imersiva que busca recriar um ambiente marinho em estado de desintegração. A exposição patrocinada pela Caixa Econômica Federal acontece de 17 de julho a 29 de agosto de 2010, no centro da cidade de São Paulo, com entrada gratuita.
Instalada no vão octogonal do mezanino da Caixa Cultural São Paulo (Sé), uma cobertura mecânico-cinética será construída em madeira, tubos de PVC e retalhos plásticos translúcidos reproduzindo a ondulação da superfície dos oceanos.
A escultura de uma enorme baleia Jubarte construída com arames e recobertas com retalhos plásticos flutua no centro do espaço térreo se misturando a anêmonas-plásticas convertidas em pufes para o público descansar e apreciar a instalação.
Por fim, uma projeção de vídeo sobre uma esfera mostrará, por meio de animações, o ciclo percorrido pelos dejetos plásticos nos oceanos e sua interferência no cotidiano dos seres humanos.

Curiosidades:
Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais remotas.
Segundo estimativas de oceanógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas sim, a alarmante escalada das agressões infligidas aos oceanos pela ação humana. E dentre as diversas formas de agressão, a poluição através de resíduos plásticos se mostra uma das mais devastadoras.
O plástico, por suas características - durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração – causa um impacto de proporções globais e que se perpetua por gerações. Segundo o Programa Ambiental da ONU, existem 46.000 fragmentos de plástico para cada 2,5 km², tornando-o responsável por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos. E as principais vítimas são as diversas espécies de vida animal, entre répteis, pássaros, mamíferos e peixes.
A relevância deste tema torna obrigatória uma reflexão e uma mudança de atitude em relação ao uso do plástico no cotidiano, além de alterações profundas no sistema de descarte para embalagens plásticas. Governo, sociedade e ONG’s devem se unir em busca de políticas para a redução do uso e a implementação de programas de logística reversa.

Criação e Produção:
Estúdio Bijari - www.bijari.com.br
Contato: Maurício Brandão
mauricio@bijari.com.br
11 3815-7229 e  11 3814-0815
SERVIÇO:
Projeto de instalação ‘OCEANO INVADIDO’
Abertura para convidados e imprensa: dia 17 de julho de 2010, às 11h
Visitação: de 17 de julho a 29 de agosto de 2010
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Sé) - Galeria Octogonal - Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca
Recomendação etária: Livre
Patrocínio: Caixa Econômica Federal
Assessoria de imprensa do evento:
Fernando Henrique - (11) 7028-0834 - fernando@bijari.com.br
30/06/2010
Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal
www.caixa.gov.br

http://www1.caixa.gov.br/imprensa/noticias/asp/popup.asp?codigo=6610823

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sua cozinha vai ficar mais limpa. E sua consciência também.

http://prazeresdamesa.uol.com.br/mesasustentavel/

Reciclar, reutilizar e economizar
A revista Prazeres da Mesa vai abrir as portas da sua cozinha para a responsabilidade ambiental. É a campanha Mesa Sustentável: chefs renomados contarão dicas e atitudes a favor de uma gastronomia sustentável, saudável e cheia de sabor.
Participe desse movimento você também, acompanhe as matérias nas próximas edições da revista, acesse o conteúdo on-line e aproveite. Sustente esse ideia.

Regras para resíduos sólidos são aprovadas no Senado

Autor (es): Mauro Zanatta, de Brasilia

Valor Econômico - 08/07/2010

Depois de 21 anos de lenta tramitação, o projeto de lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovado pela manhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), foi aprovado pelo plenário ontem em votação simbólica, rápida, sem qualquer discussão. Vai à sanção presidencial.
O texto final, que ainda passaria pelo plenário do Senado antes de ir à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, evitou a concessão de benefícios fiscais e incentivos de crédito à indústria da reciclagem por pressão do governo. "Essa aprovação é também um estímulo para a geração de renda, porque prevê incentivos a cooperativas de catadores e outros tipos de organizações de trabalhadores que trabalham com processos de resíduos", disse o senador Cícero Lucena (PSDB-PB).
O projeto obriga a indústria a recolher pilhas, baterias, agrotóxicos, pneus, lubrificantes e embalagens. Mas os empresários conseguiram evitar a adoção imediata da chamada logística reversa de produtos eletroeletrônicos e lâmpadas fluorescentes. Pelo texto, haverá um cronograma de adaptação e a regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
"Com a aprovação, o Brasil passa a ter um conjunto de instrumentos inovadores para a solução dos problemas do lixo no país", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, presente à votação nas comissões. Também haverá a "responsabilidade pós-consumo" da indústria e da cadeia varejista.
Um dos principais avanços do texto, segundo os especialistas, foi estabelecer a responsabilidade compartilhada entre governo, indústria, comércio e consumidores sobre os resíduos. As normas serão aplicadas a pessoas físicas e empresas, de direito público ou privado, que sejam responsáveis pela geração de resíduos, "direta ou indiretamente". Os planos de gerenciamento desses setores farão diagnóstico sobre resíduos gerados, procedimentos e responsabilidade do gerador, metas para reduzir a geração e medidas corretivas a danos ambientais.
O poder público poderá cobrar se tiver que realizar alguma etapa. Quem fizer o produto, por exemplo, terá total responsabilidade sobre ele. A nova lei servirá não apenas para sancionar os desvios, mas para premiar boas práticas.
O texto, originado do agrupamento de 140 propostas de lei no Congresso, também instituiu, pela primeira vez, uma referência explícita aos termos de compromisso de ajuste de conduta (TACs), o que pode dar mais amparo legal ao instrumento em acordos promovidos pelo Ministério Público. O capítulo de instrumentos econômicos, que previa medidas de incentivos, juros menores e novas linhas de crédito para reutilização e aquisição de equipamentos de reciclagem, usou a expressão "poderá instituir", em vez de instituir concretamente os benefícios.
O projeto do Plano Nacional de Resíduos Sólidos também estabeleceu um prazo máximo de quatro anos para a regularização dos chamados lixões em todos os municípios brasileiros. Os municípios e o Distrito Federal terão responsabilidades sobre o tema.
As lideranças governistas na Câmara dos Deputados também conseguiram concessões no texto para reduzir o alcance do conceito de aproveitamento energético com a incineração de resíduos. Apoiado pelo governo, o movimento de catadores temia uma redução na oferta de matérias-primas com a aplicação mais ampla do conceito.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aquecimento Global: países não cumprirão metas

Aquecimento Global: países não cumprirão metas
Marco Leonel Caetano*

Todo mundo deve ter uma meta, um objetivo na vida a ser seguido. Criar metas faz parte de toda pessoa responsável e preocupada com seu futuro. Países também criam metas mas na grande maioria dos casos são esquecidas. Claro, existem alguns exemplos de sucesso, como metas de inflação do BC brasileiro, metas de crescimento do governo Chinês e metas de redução de emissão de dióxido de carbono da Alemanha. E todo sucesso no respeito à metas se dá pela vigilância ao cumprimento pré-estabelecido, pela seriedade e controle dos atos e sobretudo pela vontade de atingir as metas.

Nos últimos meses a imprensa vem noticiando sobre as decisões políticas que envolvem tecnologias limpas no combate as emissões de CO2. O Brasil se comprometeu a reduzir algo em torno de 36,1% a 39,8% das emissões de 2020 em relação a 2005. A China se comprometeu a reduzir as emissões por produto fabricado (que por projeção poderia chegar a 47% em 2020) e os EU A 17% de redução em 2020. Parabéns aos governos, excelente a inciativa. Só uma pergunta não foi colocada em lugar algum: Quanto isso vai custar ao mundo? Quem vai pagar por isso? O mundo realmente está disposto a gastar para uma vida melhor?

Em nosso artigo cientifico em Julho desse ano Reduction of CO2 emission by optimally tracking a pre-defined target , resolvemos (Marco A.L. Caetano; Douglas F.M. Gherardi, Gustavo de Paula; Takashi Yoneyama) colocar essa pergunta e responder com base em números (dados dos países europeus). Muitos repórteres e comentaristas de televisão estão dizendo que as metas são complicadas de entender. É que ecologia é uma ciência, e como tal existem disciplinas certas, técnicas certas e filosofia certa para essa discussão e não apenas achar que porque entende de "ambientalismo" pode enteder de ecologia. Aliás, diga-se de passagem, existem excelentes ambientalistas que entedem muito de Ecologia. Não é a toa que dentr o do curso de Ecologia existem duas disciplinas de 6 meses somente para se estudar a dinâmica da população. Então, comentaristas não vão conseguir entender dinâmica da população, se isso leva 1 ano para ser estudado.

Bem, construímos um modelo baseado em sistemas dinâmicos, com apenas três variáveis: emissão de CO2, quantidade de florestas e PIB (produto interno bruto) dos países europeus. Esse modelo também inédito e publicado no ano passado nos proporcionou a possibilidade de criar cenários de emissões futuras. Isso é que faz um modelo matemático baseado em sistemas dinâmicos. Possibilita rodar o futuro e sua certeza nos resultados vai depender do entendimento do fenômeno e dos dados passados. Na figura ao lado, os pontos são dados reais da Europa e a linha a simulação do modelo. O primeiro gráfico é a trajetória das emissões de CO2 da Europa desde 1960 até 2000, o segundo da área de floresta e o terceiro o GDP europeu. Observem a p recisão do resultado.

Com isso, foi possível colocar custos e "criar" duas espécies de possíveis controles das emissões. Uma delas nós chamamos de investimento em tecnologia limpa e a outra de investimento em reflorestamento. Então utilizamos da "teoria de controle ótimo" para encontrar formas possíveis de se atingir algumas metas.

A estratégia ótima mostrou-se bem interessante. Primeiro todo governo deveria incentivar o reflorestamento, com leis de combate ao corte ilegal, contra as queimadas ilegais e plantar novas regiões de florestas. Isso seria o primeiro passo para cortar emissões de forma ótima. Mas não é só isso. Na figura a seguir, mostra que a segunda forma de controle, e de forma paralela à primeira seria começar com investimentos baixos em tecnologia limpa e ir gradativamente, a medida que a área de floresta for consolidando, aumentando o incentivo à leis, ao desenvolvimento de novas fábricas baseadas e m tecnologia limpa.

E quanto irá custar a Europa? Bem, primeiro o que é medida de custo? Pouco está sendo dito sobre o que se mede em termos de custo. Diversos estudos acadêmicos monitoram e medem custos da emissão de CO2 por toneladas. Cenários podem variar de US$ 50 a US$ 200 por toneladas/por ano. Segundo fato que pouco se diz: Qual tipo de emissão vai se medir? A emissão total, a medida baseada em ppm (particulas por milhão) e qual o custo? Bem, tivemos essa preocupação também e só para resumir aí vem a parte que nem governo, nem imprensa comenta:

(1)Se o custo para a tonelada de CO2 for US$48/ano, o custo anual para a Europa para reduzir 5% das emissões a níveis de 1990 (protocolo de Kiotto) será de 5 trilhões de dólares.

(2) Se o custo para a tonelada de CO2 for US$20/ano, o custo anual é de 4,7 trilhões de dólares para a redução de apenas 5%.

(3) E se tivermos uma crise grande com recessão, e o cu sto cair para US$12/ano por tonelada de CO2, a Europa terá que desenbolsar 1,5 tilhão de dólares todo ano.

Bem, considerando que a atual crise financeira, se estima que foram gastos 10 trilhões de dólares ao redor do mundo, será que os países vão gastar esse montate de recursos para atingir metas?

É só tragédia? Não, o que deve ser feito é uma discussão séria sobre formas de controle e atuação, pessoas atuando severamente em cada nível de combate ao desmatamento, incentivos verdadeiros para pequenas empresas produzirem novos tipos de células de energia, novos tipos de aquecimento solar, novos tipos de carros, um novo tipo de vida. Os governos vão querer?

*Marco Leonel Caetano é professor do Insper e autor do site: www.mudancasabruptas.com.br

ECO FORMAÇÃO

terça-feira, 6 de julho de 2010

SOS Mata Atlântica convida as crianças a passar uma tard

Casa aberta para crianças ainda tem vagas. Participe!
Julho é mês de férias escolares e a Fundação SOS Mata Atlântica convida as crianças a passar uma tarde conhecendo mais sobre a Mata Atlântica e brincando. A 5ª edição da “Casa Aberta para Crianças” receberá os pequenos e seus pais (ou responsáveis) a partir das 14h no dia 15 de julho, na sede da ONG, em São Paulo. Desta vez, o encontro terá como tema “Biodiversidade na Mata Atlântica”, que será abordado com jogos e brincadeiras. A participação é gratuita, mas é necessário se inscrever. Podem participar crianças de 6 a 12 anos acompanhas por um responsável (que também irá participar de atividades!). Para se inscrever escrevam para info@sosma.org.br ou liguem para (11) 3055-7896.
“Xixi no Banho” recebe prêmios em Cannes e traz troféu inédito para o Brasil
Os filmes da campanha “Xixi no Banho” da SOS Mata Atlântica, produzidos pela agência F/Nazca ganharam três prêmios no Festival de Publicidade de Cannes. Um deles, o Leão de prata na categoria Integrated Lions é uma conquista inédita para o Brasil. O filme “Convocação” recebeu o ouro na categoria estreante Film Crafts. A outra premiação foi mais uma prata na categoria PR Lions. A Fundação tem grande orgulho deste trabalho e parabeniza todos os profissionais envolvidos em sua realização! Para conferir os vídeos da campanha “Xixi no Banho”, acesse nosso canal no YouTube.

Código Florestal Brasileiro

Relatório do deputado Aldo Rebelo é aprovado pela Comissão Especial 
Com o placar de 13 votos a favor do relatório do deputado Aldo Rebelo e cinco votos contra, a Comissão Especial sobre o Código Florestal Brasileiro aprovou hoje a proposta a favor do agronegócio e em detrimento da qualidade de vida de milhões de brasileiros. Agora o novo Código Florestal segue para votação na Câmara dos Deputados. A Fundação SOS Mata Atlântica, diversas ONGs ambientais, movimentos sociais e a Frente Parlamentar Ambientalista realizam amanhã (07/07), às 08h30, no gramado em frente à Câmara dos Deputados, uma vigília para chamar a atenção sobre a possível aprovação de mudanças na legislação ambiental brasileira, retrocessos que colocam em risco todo o patrimônio natural do país. A manifestação contará com caixões, carros de som, coroas de flores, cruzes, faixas de luto e a bandeira da SOS Mata Atlântica, que simboliza a bandeira nacional sem parte do seu verde. A ação representa a morte do Código Florestal e também de bens fundamentais para nossa sobrevivência, como a água, as florestas, a biodiversidade e a regulação do clima. “Estamos fazendo essa manifestação para mostrar para a população o que está acontecendo em Brasília e como alguns deputados vêm destruindo o meio ambiente e ameaçando nosso futuro”, afirma Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica. Se você quiser registrar suas condolências, entre na www.conexaososma.org.br e para mais informações acesse www.sosma.org.br/exterminadores .O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, com o apoio de diversas outras instituições, enviou para o presidente Luis Inácio Lula da Silva carta em que expõe suas preocupações para com o cumprimento de metas na redução dos gases do efeito estufa. Leia o texto na íntegra no Portal da SOS Mata Atlântica.

domingo, 4 de julho de 2010

Municípios buscam reciclar suas árvores

Karina Ninni - O Estado de S.Paulo - 30-junho-2010

Na capital paulista, subprefeituras desenvolvem parcerias para usar a madeira de podas e gerar novos produtos; na Lapa, por ano são 4,5 mil t


As cidades brasileiras guardam um tesouro pouco explorado em suas ruas, avenidas e parques: as árvores. Estima-se que só na capital paulista sejam recolhidos mais de 4 mil toneladas de resíduos de podas de árvores por mês.

Aprovada em 2008, uma lei municipal ainda não regulamentada começa a fazer com que as subprefeituras tomem atitudes para reutilizar esses resíduos, até então enviados para aterros sanitários.

A primeira subprefeitura a tentar aproveitar essas sobras valiosas foi Santo Amaro, onde um triturador transforma cerca de 4 mil toneladas de resíduos recolhidos anualmente em húmus. Recentemente, a Subprefeitura da Lapa assinou uma parceria com uma cooperativa credenciada no sistema de coleta seletiva da cidade para gerar renda com resíduos de podas.

"A cooperativa instalou em um galpão da Prefeitura uma máquina para processar esses resíduos. Eles fornecem a mão de obra e nós entramos com os resíduos", diz o subprefeito Carlos Fernandes. Só na Subprefeitura da Lapa são recolhidas 4,5 mil toneladas por ano entre resíduos de podas e caixaria da região do entorno da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

"Por enquanto, a ideia é produzir composto orgânico, cavaco e placa de fibra de madeira comprimida (MDF). O projeto tem menos de dois meses, então, é possível que, com o passar do tempo, consigamos dar uma destinação até mais nobre para os resíduos maiores", acrescenta.

Destino nobre. Leis para regulamentar a destinação de resíduos de poda urbana já estão sendo discutidas em vários municípios do Estado de São Paulo, como Campinas, Santa Bárbara d"Oeste e São Carlos. Mas, de acordo com a engenheira florestal Ana Maria de Meira, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), boa parte dos municípios não tem sequer políticas para arborização urbana, quanto mais para o reaproveitamento dos resíduos gerados por ela. Ana defendeu recentemente a tese Gestão de Resíduos da Arborização Urbana, orientada pela professora Adriana Nolasco, da Esalq.

"Na maioria dos municípios esses resíduos vão parar em mananciais, onde geram risco de incêndio e degradação da paisagem, além de ser um desperdício imenso de matéria-prima", afirma Ana.

Em levantamento realizado pela professora Adriana Nolasco com 73 municípios do interior de São Paulo foi constatado que, entre os que realizam algum tipo de aproveitamento dos resíduos de poda e remoção, as principais iniciativas de valorização dos resíduos referem-se à produção de composto orgânico (23%), à aplicação em infraestrutura como mata-burros e estradas (17%), ao controle de erosão (12%) e produção de cerâmicas (9%).

"Nos municípios pequenos a situação é mais complicada, pois muitas vezes os próprios cidadãos se encarregam de podar e dar destino ao que foi podado. Nas cidades de médio porte, as prefeituras já assumiram essa responsabilidade, fazendo a poda e a remoção. Em alguns casos essa poda é terceirizada oor meio de licitação e a empresa prestadora do serviço é que dá destino aos resíduos", afirma Adriana, da Esalq. Segundo ela, nestes casos, ou o material vai para um depósito, ou é doado como lenha para padarias, pizzarias e olarias.

O aproveitamento dos resíduos de poda e até mesmo de queda (ventanias e chuvas fortes costumam deixar para trás um rastro de árvores caídas) depende de vários fatores. Folhas, frutos, sementes, galhos e flores são aproveitados de diferentes maneiras.

"No caso dos galhos, aqueles com um diâmetro à altura do peito (DAP) de 0 a 8 centímetros praticamente só servem para a compostagem (transformação em adubo). Agora, troncos e galhos mais grossos podem ter uma infinidade de utilidades, desde mobiliário urbano até cabos para ferramentas, brinquedos, utensílios domésticos e até lenha e carvão."

Em Jacareí, interior de São Paulo, são recolhidas 100 toneladas por mês de resíduo de poda. "Desse total, 40% mandamos para uma empresa que tritura e produz biomassa. Eles pagam R$ 20 por tonelada de resíduo e o valor é transferido para a cooperativa Jacareí Recicla", afirma o secretário de Meio Ambiente, José Roberto Fernandes da Silva.

Conforto. Os serviços prestados pela arborização urbana são inúmeros e é preciso pensar neles antes de planejar o espaço das cidades. "Uma tipuana adulta consegue interceptar entre 40% e 60% da água da chuva que cai sobre ela", afirma Demóstenes Ferreira da Silva Filho, especialista em silvicultura urbana na Esalq. Segundo ele, as árvores, além de colaborarem para condicionar o clima, reduzem a poluição e provêm conforto para o cidadão - em forma de sombra e até beleza paisagística. Isso sem contar o que se pode aproveitar delas depois da poda.

Nas cidades
Algumas espécies são muito utilizadas nos municípios por suas características físicas. Conheça as principais:

Sibipiruna
Caesalpinia peltophoroides
Espécie original da Mata Atlântica, pode atingir altura máxima de 18 metros, com tronco de 30 a 40 cm de
diâmetro. Costuma viver por mais de um século.

Tipuana
Tipuana tipu
Árvore de clima tropical e subtropical que, quando
jovem, cresce até 1 metro
por ano, atingindo a altura máxima aproximada de
12 metros.

Ipê
Tabebuia impetiginosa
Tem crescimento moderado a rápido e flores em forma
de trombeta. A floração atrai
polinizadores, como
beija-flores e abelhas.

Oiti
Licania tomentosa
Ocorre mais na Região
Nordeste, e floresce
principalmente entre agosto e setembro. Pode atingir
entre 8 e 15 metros.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CooperAção recicla 414 m³ de madeira

Com um mês de operação, a unidade de pré-beneficiamento de sucata de madeira da CooperAção comercializou 414 metros cúbicos de cavacos produzidos a partir de caixarias e paletes de madeira. O material é destinado a empresas que o usam como combustível para fornos, informou a cooperativa.

Por meio de uma parceria com a Subprefeitura da Lapa, a unidade foi instalada em uma área de 750 metros quadrados da Coordenadoria de Infraestrutura Urbana e Obras, na qual reciclará a madeira de caixarias e de podas de árvores recolhidas pela prefeitura e pela própria cooperativa.

"A partir deste mês estamos recebendo podas de árvores da prefeitura e provavelmente comercializaremos um volume maior, já que esse material é úmido e pesa mais", afirmou Neilton César Polido, secretário da cooperativa.

O equipamento tritura a madeira e, com as lascas, são produzidos os cavacos. O material tem grande valor para as empresas que usam fornos, pois oferece baixo custo e alto poder calorífico.

Além de proporcionar o reaproveitamento de material descartado, diminuindo a pressão sobre áreas florestais, a iniciativa reduz o volume de material orgânico destinado aos aterros sanitários o que, consequentemente, diminui as emissões de gases de efeito estufa e o custo do transporte de resíduos realizado pela prefeitura.

O valor dos cavacos da CooperAção varia entre R$20,00 a R$23,00, dependendo do tipo de madeira e de seu poder calorífico.

Fonte: Revista Sustentabilidade

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