segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

agua potavel para todos

http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Brasilia/brz_water_year_infographic_pt_2013.JPG



Em defesa da amazonia


por Lucas Tolentino, do MMA
Governo define estratégia nacional para reduzir emissões por desmatamento.

O governo federal deve concluir, até o fim do ano, a estratégia nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). A medida tem o objetivo de incentivar projetos e ações de proteção da Floresta Amazônica, como forma de conter a liberação de gases de efeito estufa. A expectativa é que a construção dos aspectos relacionados ao tema esteja definida a tempo da Conferência das Partes (COP) de Mudanças Climáticas, marcada para o fim de novembro, em Varsóvia, capital da Polônia.

A previsão é realizar uma consulta pública aos envolvidos no assunto e concentrar os esforços do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na finalização de procedimentos legais que garantirão a adoção de novos projetos de preservação da Amazônia. O diretor de Políticas para o Combate ao Desmatamento, Francisco Oliveira, explica que a estratégia será fundamental para as negociações internacionais. “Este é o ano em que vamos fazer a diferença para chegar à próxima COP com uma posição forte”, afirma.


Recorde

Entre as principais iniciativas do MMA voltadas para o combate à devastação florestal, está o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Com a instituição do programa, o Brasil alcançou, no ano passado, taxa recorde de redução do desflorestamento do bioma. Entre agosto de 2011 e julho de 2012, o país registrou queda de 27% da degradação da Amazônia.

Instituído em 2004, o PPCDAm é dividido em três eixos: ordenamento territorial, monitoramento e fomento a atividades sustentáveis. De acordo com Francisco Oliveira, o plano se encontra na terceira fase, em que a fiscalização e o acompanhamento por imagens de satélite ocorrem ininterruptamente. “É preciso levar a população a uma mudança de comportamento”, alerta.

O caminho para conter a destruição da Amazônia e evitar as emissões de gases de efeito estufa, segundo o diretor, é aliar o comando e o controle com o incentivo a ações sustentáveis, como os projetos de REDD+. “Serão feitas parcerias para implantar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Isso representará um marco e ajudará a catalisar o processo”, acrescenta.

* Publicado originalmente no site do Ministério do Meio Ambiente



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

World Water Day 2013: Water Cooperation

Unesco - 2013 - Ano Internacional da Agua

About World Water Day

The United Nations General Assembly adopted resolution A/RES/47/193 of 22 December 1992 by which 22 March of each year was declared World Day for Water, to be observed starting in 1993, in conformity with the recommendations of the United Nations Conference on Environment and Development (UNCED) contained in Chapter 18 (Fresh Water Resources) of Agenda 21. States were invited to devote the Day, as appropriate in the national context, to concrete activities such as the promotion of public awareness through the publication and diffusion of documentaries and the organization of conferences, round tables, seminars and expositions related to the conservation and development of water resources and the implementation of the recommendations of Agenda 21.
World Water Day 2013 will be celebrated under the theme Water Cooperation, within the framwork of the United Nations International Year of Water Cooperation 2013, coordinated by UNESCO on behalf of UN Water.

World Water Day 2013: Water Cooperation

http://www.unesco.org/new/en/natural-sciences/environment/water/world-water-day/

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Novo Código florestal: para o STJ vale a Lei da época do desmatamento ilegal

por Andre Lima *

Decisão do Superior Tribunal de Justiça publicada em 19/12/2012 fortalece a tese de que os Programas de Regularização Ambiental sob a responsabilidade dos Estados devem ser monitorados de perto pela sociedade que deve exigir transparência e rigor totais.
Proprietário rural do Paraná alegou perante o STJ que, de acordo com o novo código florestal, seus atos (desmatamento ilegal) perpetrados antes de julho de 2008 contra uma área de preservação permanente ciliar (Rio Santo Antônio) não mais constituem crime, tampouco infração ambiental de sorte que as multas do Ibama e a obrigação em reparar o dano devem ser anuladas.
Em decisão relatada pelo Ministro Herman Benjamin, acolhida por unanimidade pela 2a Turma, o acórdão do STJ determina que as multas e a obrigação em reparar os danos ambientais florestais não devem ser canceladas ou anuladas até que sejam definidas as medidas de regularização que serão exigidas pelo Programa de Regularização Ambiental (PRA’s) que deve ser aprovado até maio deste ano pelo respectivo Órgão Estadual de Meio Ambiente.
A decisão lastreia-se juridicamente em alguns pressupostos constitucionais. O primeiro deles é que a multa e os termos de ajustamento de conduta devidamente conduzidos nos termos da legislação vigente constituem atos jurídicos perfeitos que não podem ser atingidos por lei superveniente. De acordo com a Constituição Federal (art. 5º, XXXVI) a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Se foi segurança jurídica que o legislador quis alcançar ao aprovar o Novo Código florestal, a nova Lei não pode desconstituir todos os atos jurídicos perfeitos realizados regularmente até a entrada em vigor da Lei. Dentre estes atos estão as multas, os termos de ajustamento de conduta, os embargos administrativos ou mesmo a averbação de reserva legal.
Há inclusive precedente do STJ que faz valer, no campo ambiental-urbanístico, a norma mais rigorosa vigente à época dos fatos, e não a contemporânea ao julgamento da causa, menos protetora da Natureza. Neste caso a Lei n. 6.766/79, art. 4º, III, que determinava, em sua redação original, a 'faixa non aedificandi de 15 (quinze) metros de cada lado' do arroio" foi alterada para 5 metros mas a decisão judicial foi a de que deve ser considerada a metragem definida por lei quando da ocupação (REsp 980.709/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 2.12.2008).
Ainda de acordo com o voto do Ministro Herman, “ao contrário, o art. 59 mostra-se claríssimo no sentido de que a recuperação do meio ambiente degradado nas chamadas áreas rurais consolidadas continua de rigor. Para tanto, ordena que essa prescrição se realize por meio de procedimento administrativo no âmbito de Programa de Regularização Ambiental – PRA, após a inscrição do imóvel no Cadastro Ambiental Rural – CAR (§ 2°) e a assinatura de Termo de Compromisso (TC), valendo este como título extrajudicial (§3°). Apenas a partir daí "serão suspensas " as sanções aplicadas ou aplicáveis (§ 5°, grifo acrescentado). Por ocasião do cumprimento integral das obrigações previstas no PRA ou no TC, "as multas" (e só elas), resultado da repristinação ecológica da área e das medidas de mitigação e compensação exigidas, "serão consideradas convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente".
Para o Ministro Herman e todos os demais ministros da 2ª Turma que o acompanharam em seus votos, “...a regra geral é que os autos de infração lavrados continuam plenamente válidos, intangíveis e blindados, como ato jurídico perfeito que são - apenas sua exigibilidade monetária fica suspensa na esfera administrativa , no aguardo do cumprimento integral das obrigações estabelecidas no PRA ou no TC. Tal basta para bem demonstrar que se mantém incólume o interesse de agir nas demandas judiciais em curso, não ocorrendo perda de objeto e extinção do processo sem resolução de mérito (CPC, art. 267, VI).”
Continua o voto: “Note-se que, conforme a Lei 12.651/2012, a regularização ambiental (“ambiental”, e não simplesmente “florestal”, o que implica o diálogo das fontes entre o novo Código, a Constituição Federal, a Constituição Estadual, e as demais leis que regem a proteção do meio ambiente) deve ocorrer na esfera administrativa , denotando inconveniência, para não dizer despropósito, pretender que o Poder Judiciário substitua a autoridade ambiental e passe a verificar, em cada processo, e a acompanhar por anos a fio (no lapso temporal do cumprimento das medidas de repristinamento ecológico, mitigação e compensação) a plena recuperação dos ecossistemas degradados e o cumprimento das obrigações instituídas no PRA. Aí estão providências intrincadas que devem ser técnica e previamente avaliadas e avalizadas, e depois fiscalizadas, pelo órgão ambiental, e não pelo juiz de demanda em curso. Saliente-se, em acréscimo, que no presente caso inexiste comprovação de adesão a tais programas, condição sine qua non para o requerente obter eventuais benefícios previstos na lei, muito embora, como já frisado, isso não seja capaz de mudar o julgamento dos autos.
Essa primeira decisão judicial mostra que é fundamental que o CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente como instância democrática e participativa máxima do Sistema Nacional de Meio Ambiente e os Conselhos Estaduais devem monitorar de perto e imprimir a maior transparência possível aos Programas de Regularização Ambiental nos Estados como forma de garantir que tais programas não consistam em meras peças burocráticas a confirmar na prática a tese da anistia.
Os PRA’s devem se constituir na salvaguarda da sociedade de que o que deve ser recuperado será recuperado e que a regularização ambiental dos imóveis rurais deve acontecer dentro dos princípios do interesse público, da precaução, da sustentabilidade ecológica e da função social da propriedade rural.
Neste sentido foi encaminhado pelo IPAM e pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde proposta de criação de um Grupo Assessor no CONAMA para monitorar, integrar e dar visibilidade nacional e controle social aos Planos de Regularização Ambiental em curso nos Estados.
O Ministério de Meio Ambiente ainda não deu resposta oficial à demanda já apresentada e negociada na ultima reunião plenária do CONAMA, em novembro de 2012. A próxima Plenária do CONAMA quando o assunto deverá voltar à pauta está agendada para os dias 21 e 22 de março.

* Em 31/01/2013, por André Lima, advogado, Assessor de Políticas Públicas do IPAM, Sócio-fundador do Instituto Democracia e Sustentabilidade, Diretor de Assuntos Legislativos do Instituto O Direito por um Planeta Verde e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Humanidade ultrapassa "orçamento natural" para 2012


a informação é de ago´12 , mas mostra como já estamos defasados com a natureza.
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23/08/2012   -   Autor: Jeremy Hance   -   Fonte: Mongabay

A quarta-feira, 22 de agosto, marcou o momento em que consumimos nossa cota em recursos naturais para este ano. A informação é da Global Footprint Network, que monitora o consumo global relacionado com a disponibilidade e sustentabilidade de recursos naturais. A organização acompanha dados diversos, como cardumes, florestas, produção agrícola, mineração e emissão de gases do efeito estufa. 
Desde 1970, a humanidade vem consumindo recursos mais rapidamente do que os ecossistemas conseguem repor, levando a um déficit ecológico que cresce a cada ano.
“Vemos o endividamento das nações justamente  por causa do aumento dos custos dos recursos naturais. Nossas economias estão confrontando a realidade de anos gastando mais do que poderíamos”, afirmou  Mathis Wackernagel, presidente da  Global Footprint Network.
“Se quisermos manter sociedades estáveis e vidas produtivas, precisamos parar de extrapolar o que a natureza é capaz de fornecer para manter nossa infraestrutura, economia e modo de vida.”
Atualmente estamos consumindo 150% da produção ecológica da Terra todos os anos. Algumas nações, é claro, consomem mais do que outras. Por exemplo, se todos consumissem como o norte-americano padrão, seriam necessárias cinco Terras para sermos sustentáveis.
“Agora é a hora de criar maneiras para garantir que nossas economias continuem a funcionar no futuro”, disse  Wackernagel, relacionando a atual crise financeira com a grande crise ecológica que é amplamente ignorada. “Uma recuperação só vai acontecer com a redução sistemática de nossa demanda por recursos e serviços ecossistêmicos.” 
Traduzido por Fabiano Ávila
Leia o original no Mongabay (inglês)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Educação Ambiental é imprescindível


por David Suzuki*

Faça este teste com qualquer menor de 18 anos. Dê a eles exatamente um minuto para listar suas marcas favoritas numa folha de papel e desenhar os respectivos logotipos. Posteriormente solicite a eles listar diferentes tipos de árvores e desenhar as folhas de cada uma delas. Provavelmente, você poderá adivinhar qual listagem será mais comprida.

Sabemos que os nossos filhos herdarão a Terra, porém a maioria de jovens está totalmente desconectada do mundo natural. As crianças citadinas frequentemente não sabem de onde provém a eletricidade, a água ou os alimentos. Não têm nem ideia sobre o que acontece depois que os vasos sanitários são descarregados ou o lixo é descartado. Muitas crianças não sabem que as árvores ajudam a limpar nosso ar, ou que o Sol proporciona a energia que cultiva a nossa comida.

Quando estamos tão radicalmente separados dos recursos e dos sistemas naturais que nos fazem viver, é muito simples pensar que a nossa própria indústria e tecnologia nos proporciona tudo o que necessitamos. Mas, olhe ao seu redor. Tudo o que necessitamos para a sobrevivência – desde a água que bebemos até o silício dos nossos computadores, operados por microchips, vêm da terra.

Como sociedade, estamos falhando com os nossos filhos quando permitimos que eles cresçam sabendo tão pouco sobre o mundo natural que provê o que necessitamos para viver. Ao invés, indiretamente, estamos ensinando a serem consumidores acreditando que podem comprar todos os seus desejos e necessidades nos shoppings centers. Estudos da indústria de mercado realizados nos EUA demonstram que a fidelidade de uma pessoa à marca pode começar cedo, aos dois anos de idade. E de acordo com a rede de televisão jovem do Canadá, YTV, o nosso país (Canadá) tem aproximadamente 2,5 milhões de pré-adolescentes – crianças entre 8 e 14 anos – que gastam anualmente US$1.7 bilhão de dólares de seu próprio dinheiro. Através de um talento único que os vendedores denominam “poder de persuasão”, eles também influem em US$ 20 bilhões de dólares em compras domésticas de custo elevado, tais como os carros familiares, que têm um tremendo impacto na natureza. As despesas dos pré-adolescentes não passam despercebidas.

Os quiosques de revistas estão cheios de versões infantis de revistas para adultos, tais como Teen People, Teen Vogue, CosmoGirl, e Fashion 18, que anunciam os mais recentes filmes, moda, e CDs. Canais de televisão e sítios web especialmente desenhados para essas crianças entretêm e fomentam a ética do consumismo. Criar um exército de jovens consumidores terá um tremendo impacto no mundo natural. O melhor dos videogames não evitará que as crianças bebam água contaminada, e a roupa de moda não lhes impedirá desenvolver doenças como a asma. Então, o que podemos fazer? Mudanças nos planos curriculares tornaram mais difícil o ensino da conservação do meio ambiente, sobretudo porque esta não é a informação contida na maioria dos currículos estabelecidos.

Os orçamentos para a educação, hoje da grossura de uma corda de piano, criaram oportunidades para as empresas produzirem materiais sofisticados que promovem seus produtos nas escolas. Em todas as direções que os nossos filhos olhem, estão recebendo a mesma mensagem: compre, compre, compre.

Em lugar de ensinar aos nossos filhos a consumir, é tempo de ensinar a conservar e reaproveitar. Não somente pelo bem da Terra, mas por eles mesmos. Nosso excesso de consumo está afetando a saúde de nossos filhos. Por exemplo, a asma provocada pela poluição do ar gerada pelos carros, e a obesidade resultante de alimento inadequado e dos estilos de vida sedentários, se aproximam aos níveis de epidemia entre as crianças. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, duas terças partes de todas as doenças preveníveis ocasionadas pelas condições ambientais afetam as crianças, principalmente.

Se os nossos filhos mudarão o mundo, eles necessitam aprender como. É preciso começar por dar um bom exemplo. As crianças têm uma curiosidade inerente sobre o mundo. Vejam juntos, pais e filhos, programas de ciência e natureza; falem sobre suas lembranças favoritas ao ar livre; diga a eles como era seu bairro quando você estava crescendo. Leve-os a explorar o exterior para que possam experimentar a magia do mundo natural por eles mesmos. Aprenda sobre o meio ambiente e compartilhe com eles o que aprendeu.

Muito mais importante é mostrar a eles que não é necessário entrar na ética do consumismo com a finalidade de ser “cool”. Apesar da gigantesca pressão dos meios de comunicação, podemos ajudar aos jovens a se dar conta de que eles são muito mais do que as marcas que compram. Façam que suas escolas organizem uma feira de produtos realizados pelos estudantes. Ensine a eles as habilidades que necessitam para criar, por exemplo, como tocar um instrumento ou utilizar uma máquina de costura. Mostre a eles que experiências como acampar e explorar novos lugares podem ser mais interessantes e valiosas que os objetos comprados nas lojas.

Ao trabalhar com os jovens, temos enorme influência em suas vidas. Não conheço uma única pessoa cuja vida não tivesse melhorado de alguma forma por um professor. Frequentemente, encontro adultos que tiveram que mudar seus hábitos porque seus filhos estão aprendendo sobre os resíduos sólidos, o esgoto e o lixo. É por isso que aplaudo professores e líderes de grupos comunitários que educam crianças e jovens com respeito à natureza Ao mostrar a fragilidade e a maravilha do mundo natural e ensinar as formas de conservá-lo, estão inculcando valores para toda a vida que ajudarão a ser melhores cidadãos.

Nas próximas décadas, os jovens de hoje influenciarão a Terra de forma que nem sequer podemos imaginar. Somos responsáveis por legar a eles a oportunidade de fazer do mundo um lugar melhor.

* David Suzuki é cientista e ecologista.  Publicado originalmente no site Eco21.

Como envenenar crianças



por Frei Betto*

Muito além do peso, documentário de Estela Renner e produção de Marcos Nisti, é obrigatório ser visto em escolas e famílias. Jamais tive conhecimento de um filme tão pedagógico quanto à alimentação infantil.

Nossas crianças estão sendo silenciosamente envenenadas por ingerirem bebidas e comidas nocivas. Todas amplamente anunciadas na TV e na internet, de modo a criar hábitos perenes de consumo.

Embora a legislação de muitos países já proíba publicidade de alimentos prejudiciais à saúde das crianças, como são os casos do Chile, da França e do Reino Unido, o governo brasileiro teima em ficar submisso à pressão das empresas produtoras. Reluta em assegurar qualidade de vida à nossa população. Enquanto a Vigilância Sanitária libera, o Ministério da Saúde arca com os bilhões de reais gastos em doenças evitáveis.

Pesquisas indicam que os produtos expostos à publicidade chegam a ter suas vendas aumentadas em 134%.

No Brasil, 30% das crianças apresentam sobrepeso e 15% delas já são obesas. Cresce de modo alarmante a incidência de obesidade infantil, colesterol alto, distúrbios glandulares, diabetes tipo 2, cânceres, sem que se consiga dar um basta à indústria do envenenamento saboroso.

Há escolas que, inclusive, abrem suas portas aos atrativos de redes de lanchonetes, sem consciência de que a qualidade do alimento oferecido equivale a deixar entrar um assassino portando armas. A diferença é que o alimento nocivo mata lentamente e causa maior e mais longo sofrimento.

Estes dados falam por si: uma embalagem de 300g de sucrilhos contém 120g de açúcar. Ou seja, 40% do produto é puro açúcar. Uma garrafa de 1 litro de bebida láctea contém 165g de açúcar. É como ingerir um copo americano repleto de açúcar.

Uma lata de 350ml de refrigerante cor da roupa do Papai Noel contém 37g de açúcar, o que equivale a 7 saquinhos de açúcar, desses oferecidos nos bares para adoçar o cafezinho. Se a criança toma uma lata por dia, em uma semana serão 259g de açúcar. Em um mês, pouco mais de 1kg de açúcar.

O brasileiro consome 51kg de açúcar por ano. São mais de 4kg por pessoa a cada mês. No mundo, 35 milhões de pessoas morrem por ano devido ao consumo excessivo de açúcar.

Uma caixa de 355ml de suco de uva contém 48g de açúcar, o que equivale a 9 saquinhos de açúcar.

Um pacote de 200g de batatas fritas contém 77g de gordura. Ou seja, 38,5% do produto são pura gordura. É como ingerir meio copo americano de óleo para frituras.

Um pacote de 154g de bolachas contém 30g de gordura e 50g de açúcar. Ou seja, 50% do produto são de substâncias prejudiciais à saúde.

Um tubo de biscoito recheado contém 30g de gordura e 50g de açúcar, o que equivale ao consumo de 8 pãezinhos franceses.

Uma caixa de 200ml de achocolatado e um pacote de 400g de vitamina instantânea contêm, cada um, 29g de açúcar. O que equivale a 6 saquinhos de açúcar.

Um pote de 400g de farinha láctea contém 146g de açúcar. Ou seja, 36,5% são puro açúcar. Uma garrafa de 2 litros de suco de uva contém 270g de açúcar (equivalente a ingerir 1 copo e ½ de açúcar) e apenas 10% de sumo de uva. A caixa de 1 litro do mesmo suco contém 145g de açúcar, equivalente a um copo repleto de açúcar.

Um pacote de 35g de suco em pó contém 28g de açúcar e 1% de fruta. Ou seja, 80% do produto são puro açúcar.

Nas embalagens quase nunca aparece a palavra “açúcar”. É substituída por carboidrato.

Há crianças que consomem, por dia, 250 calorias em produtos açucarados. Basta ingerir 100 calorias para engordar 4 quilos por ano. E é bom lembrar que, hoje em dia, as crianças são mais sedentárias, pulam e brincam menos, o que favorece a engorda.

Nossas escolas ensinam quase tudo, menos educação nutricional. Ninguém recorre todos os dias a seus conhecimentos de história ou química, faz operações algébricas ou fala em idioma estrangeiro. No entanto, todos nós comemos várias vezes ao dia. E, em geral, o fazemos sem critério e noção de como o organismo reage aos alimentos, e em que medida são benéficos ou prejudiciais à nossa saúde.

Em 18 de dezembro, a Assembleia Legislativa de SP aprovou dois importantes projetos de lei: proibir a venda de lanches associados a oferta de brindes ou brinquedos, e a publicidade de alimentos e bebidas não saudáveis (pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio) em TVs e rádios das 6h às 21h, e em qualquer horário nas escolas públicas e particulares. Espera-se que o governador Geraldo Alckmin sancione os dois projetos pioneiros para o combate à obesidade infantil no Brasil.

Nota da Redação: No dia 30 de janeiro, o governador Geraldo Alckmin vetou o projeto de lei que limitava a publicidade de alimentos e bebidas não saudáveis. O outro projeto, que proíbe a venda de alimentos associados a ofertas de brindes, ainda não foi apreciado pelo governador.

* Frei Betto é escritor, autor de Alfabetto – Autobiografia Escolar (Ática), entre outros –http://www.freibetto.org – twitter:@freibetto.

** Publicado originalmente no site Brasil de Fato.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Como manter as Verduras sempre Fresquinha​s na Geladeira

Você sabia que é  possível manter as verduras mais fresquinhas por mais tempo na geladeira? Pois é cada dia que passa, vemos mais e mais notícias sobre o desperdício de alimentos pelo mundo afora. Esse exercício de não jogarmos alimentos no lixo que ajuda a não produzir o Chorume  e gazes do efeito estufa. Para evitarmos o desperdício constante, segue uma ótima dica de como mantê-las na geladeira por mais tempo.   As verduras estão sempre lindas ao comprarmos na feira ou no mercado. E quando levamos para casa elas estão fresquinhas, crocantes e firmes. e logo após deixarmos por apenas algumas horas na geladeira elas não estão mais com aquela cara de alface do comercial da lanchonete do Tio Sam, e então o que aconteceu? Bom, a primeira dica é:
  • Nunca deixa a verdura fora da embalagem. Na geladeira normalmente é um foco imenso de bactérias. Então quando mais tempo embalada haverá menor possibilidade de contaminação;
  • Não deixe as verduras molhadas dentro da sacola (depois de comprá-las). O ideal é depois que você chega em casa, é lave-as e deixe escorrer a água. Após isso coloque-as em uma embalagem limpa. Uma dica é usar uma toalha limpa ou pano de prato e fazer um rocambole com as verduras. Depois de secas, guarde-as.
como conservar verduras em um toalha Como manter as Verduras sempre Fresquinhas na Geladeira
  • Retire as pontinhas marrons das folhas e as que estão muito amassadas e feitas. Enterre-as no seu jardim no vasinho de planta ou na composteira.
  • Mesmo que você não tenha conseguido preservá-las não jogue as verduras no lixo. Faça como disse antes, enterre-as!
Após essas dicas acredito que você conseguirá manter as sua salada muito mais saborosa e com isso vai evitar o desperdício do seu dinheirinho suado e do alface que veio lindão lá do produtor que a produziu com tanto carinho para você jogá-la sem dó nem piedade no lixo. icon biggrin Como manter as Verduras sempre Fresquinhas na Geladeira


fontes: 
Via > Decorando e Reciclando & Receitas de Minuto
http://www.dicasverdes.com/2013/01/como-manter-as-verduras-sempre-fresquinhas-na-geladeira/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+DicasVerdescom+%28Dicas+Verdes%29

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