quinta-feira, 20 de junho de 2013

FÓRUM MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE

In The International Year for Cooperation on Water, the World Environment Forum brings together business and political leaders, researchers and environmental organizations for discussing issues that strengthen the concept of sustainability in the management of water resources. The event will be held in Foz do Iguaçu, the site of the majestic Iguaçu Falls, a Natural Heritage of Humanity.

No Ano Internacional da Cooperação pela Água, o FÓRUM MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE reúne lideranças empresariais, políticas, pesquisadores e organizações socioambientais para debater questões que fortaleçam o conceito de sustentabilidade na gestão de recursos hídricos. O evento será realizado em Foz do Iguaçu, berço das majestosas Cataratas do Iguaçu, Patrimônio Natural da Humanidade.

EVENTO

O FÓRUM MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE, promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais em 21 e 22 de junho no Hotel Mabu, em Foz do Iguaçu, discutirá o tema“2013: Ano internacional da cooperação pela água”. Cerca de 400 lideranças empresariais, políticas, pesquisadores e organizações socioambientais trocarão experiências de gestão durante o evento, que irá fortalecer o conceito de sustentabilidade para a preservação socioambiental e fomentar parcerias, diálogo e cooperação pela água como prioridades máximas.
Durante os dois dias serão debatidos temas como crise global da água, energia, transposições, controle de enchentes, despoluição e a interdependência global entre economia e ecologia.
Paralelo às palestras, o FÓRUM MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE trará cinco workshops, com exposições sobre “Gestão de recursos hídricos: participação da sociedade civil na gestão”; “Gestão de unidades de conservação: o Parque Nacional do Iguaçu, um exemplo brasileiro de sucesso”; “Água e saneamento: o papel da parceria público-privada”; “Restauração de ecossistemas: a nova legislação brasileira e o pagamento por serviços ambientais – PSA” e “Oceanos: ações em prol da sua conservação”.

fonte: http://www.forummundialmeioambiente.com.br/index.html

segunda-feira, 27 de maio de 2013

27 de maio - Dia da Mata Atlantica

Dia da Mata Atlântica marca desafio de proteger o que ainda resta É impossível falar da Mata
 
Atlântica, uma das florestas mais exuberantes do mundo, sem usar superlativos para dimensionar sua importância e evidenciar sua urgente proteção. Restam apenas 7% do bioma em seu estado natural e 60% dos animais ameaçados de extinção do país dependem desse ambiente para sobreviver. Hoje, comemora-se o Dia da Mata Atlântica. A data marca a necessidade de barrar o desmatamento, recuperar o que foi degradado, ampliar o número de áreas protegidas, públicas e privadas, e melhorar a gestão daquelas que já existem. Assista ao vídeo para saber como o WWF-Brasil trabalha para conservar a Mata Atlântica:

http://www.youtube.com/watch?v=uJn-baQzEhk&feature=player_embedded



fonte:
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/mata_atlantica/dia_da_mata_atlantica/

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Quer uma vida criativa? Conecte-se à natureza!

por Giuliana Capello - 14/05/2013 Remédio para todos os males? Seu nome é natureza, mato, cachoeira, terra, chuva, som de passarinho. Pessoas que vivem mais próximas à natureza e conseguem estabelecer uma conexão profunda com o meio ambiente natural são mais felizes, já notou? Elas têm um entusiasmo espontâneo e, de quebra, ainda levam a vida de um jeito mais saudável. Lembro-me da minha infância e adolescência no interior. Eu passava quase o dia todo fora de casa, brincando ao ar livre, fazendo esportes, sentindo a brisa e o sol no rosto, feliz da vida. Chega a ser triste pensar nisso, mas hoje em dia muita gente sofre de falta de natureza. É só pensar rápido: quantas vezes por semana você vai a um parque ou área verde na sua cidade? Com que frequência contempla um pôr do sol, uma noite de Lua? Quantas vezes por mês você senta sob a sombra de uma grande árvore para descansar, relaxar por alguns instantes? Quando fui morar em São Paulo, o trabalho consumia todo o meu dia: ou eu estava sentada na frente de um computador, ou sentada no ônibus e no metrô, em trânsito. Natureza era aquilo distante, bem longe, com que eu sonhava para minhas férias e, com sorte, alguns fins de semana… Hoje mesmo li uma pesquisa feita nos EUA que concluiu que passar quatro dias em imersão na natureza e sem equipamentos eletrônicos aumenta a capacidade criativa em 50%. E está lá no texto também: em média, crianças de 8 a 18 anos passam mais de 7,5 horas por dia no computador e, no máximo, apenas 25 minutos diários em atividades externas. O resultado, além daqueles que até a medicina mais careta já listou (obesidade, sedentarismo, problemas de coluna, entre outros), é que as pessoas estão ficando apáticas, desanimadas, pálidas, com cara de doentes. Conexão virou palavra restrita ao contexto da cibercultura. Mas, quero compartilhar com você: é de conexão com a natureza que todos nós precisamos! Tempos atrás, escrevi aqui sobre termos “menos iPad e mais Aipim”. Agora levanto a bandeira da conexão com a natureza real, palpável, sensorial, em substituição àquela conexão fria com o mundo virtual: menos internet, mais natureza! Passar horas na frente de uma tela, lendo e-mails e trabalhando de maneira automatizada, sem muito espaço para a criação atrofia – pode acreditar! – nossa capacidade criativa. Como diz a pesquisa, mergulhar na natureza, entrar em sintonia fina com o ritmo do planeta, ao contrário, inspira a nossa alma inventiva. Ontem passei a tarde me deliciando com esses pequenos (e essenciais) prazeres que a natureza nos oferece diariamente. A tarde aqui na ecovila estava linda e não resisti: me desconectei da internet e saí para dar um passeio pelos pastos vizinhos, acompanhada das minhas cachorras. Tudo era lindo: as grandes pedras no topo do morro pareciam ter sido colocadas ali como convite para assistir ao espetáculo de cores do entardecer; o som do sininho do gado, lá longe, produzia uma atmosfera nostálgica, de algo perdido no tempo e no espaço. Havia flores pelo caminho, pedras de todos os tamanhos e, quando me dei conta, uma sensação de liberdade e plenitude havia me invadido por dentro, tomando conta de tudo. Nem o site mais interessante da web ou a rede social mais bacana seriam capazes de mudar meu estado de espírito como fez aquele banho de natureza de pouca mais de uma hora… Nesse mundo de estímulos constantes, a natureza é nossa grande aliada, porque ajuda a purificar o organismo e a mente, elimina os excessos, descomprime, relaxa, liberta. Lembra-se da sensação gostosa que você sentiu quando entrou naquela cachoeira gelada? E de como foi inesquecível fazer aquela trilha na mata fechada? Esses momentos na natureza são condição fundamental para uma vida mais criativa. Agora, com todo respeito, está na minha hora de curtir isso na prática…

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os mascotes da Mata Atlântica


São seis animais característicos, chamados de “espécies bandeira”

Em sua aventura pelo Grande Livro Ecológico dos Biomas Brasileiros, Alê, Bia,Isa e Rafa aprenderam muitas coisas sobre a Mata Atlântica.




sábado, 18 de maio de 2013

O QUE É PERMACULTURA?


“Permanent Agriculture” em inglês – nasceu na cabeça de Bill Mollison, ex-professor universitário australiano, na década de 1970. Refugiado das loucuras da sociedade de consumo, Mollison percebeu que nem os cantos remotos do interior australiano onde morava seria poupado do colapso planetário iminente – a flora e a fauna estavam diminuindo sensivelmente…
“Resolvi”, falou Mollison na sua passagem pelo Brasil em junho de 1992, “que, se voltasse para o mundo, voltaria com uma coisa muito positiva”.
Foi assim que nasceu a idéia de criar sistemas de florestas produtivas para substituir as monoculturas de trigo e soja, responsáveis pelo desmatamento mundial. Observando e imitando as formas de florestas naturais do lugar, revelou-se possível a criação de sistemas altamente produtivos, estáveis e recuperadores dos ecossistemas locais.
Depois de dez anos implantando, com grande sucesso, tais sistemas em todos os continentes, Mollison e seus colaboradores perceberam que não adianta concentrar-se em sistemas naturais sem considerar os outros sistemas tão vitais para a sobrevivência humana: sistemas monetários, urbanos (arquitetura, reciclagem de lixo e águas), sociais e de crenças. A “Permanent Culture”.
Hoje a permacultura conta com mais de 10.000 praticantes em todos os continentes e mais de 220 professores trabalhando em tempo integral. A permacultura chegou no Brasil através do primeiro curso dado por Bill Mollison, em Porto Alegre. Hoje existe uma equipe de profissionais – agrônomos, engenheiros, arquitetos, etc. – que estão se aprofundando nestas idéias e que já fundaram o primeiro sistema LETS de troca de serviços da América Latina.
Baseada na prática de “Cuidar da Terra, cuidar dos homens e compartilhar os excedentes” (quer sejam dinheiro, tempo ou informações), a permacultura ousa acreditar na possibilidade da abundância para toda a humanidade através do uso intensivo de todos os espaços, através do aproveitamento e geração de energia, da reciclagem de todos os produtos (acabando assim com a poluição) e através dacooperação entre os homens para resolver os grandes e perigosos problemas que hoje assolam o planeta.
Princípios da Permacultura
Princípios Éticos:
Cuidados com o planeta
Cuidados com as pessoas
Compartilhar excedentes (inclusive conhecimentos)
Limites ao consumo
Quanto mais se aproxima da natureza, menos se trabalha.
Quando criamos sistemas auto-sustentados, não precisamos trabalhar para alimentar e proteger os elementos do sistema. Uma floresta produtiva, uma vez estabelecida, exige muito pouco cuidado para se manter, Comparados com as monoculturas, sistemas altamente artificiais que nunca ocorrerão na natureza, sistemas permaculturais que se aproximam da natureza não precisam de adubo, irrigação nem defensivos. Produzem séculos a fio e melhoram cada vez mais o solo, recuperando também o regime das águas da região.
Podemos incorporar animais nestes sistemas se criarmos condições de vida parecidas com aquelas do habitat natural do animal. Tomando o exemplo da galinha, percebemos que é a natureza da galinha de pastar e de ciscar, de comer uma grande variedade de verduras, grãos (pode ser sementes de capins) e insetos. Elas vivem em bandos e sempre dormem no mesmo lugar, no alto. São relativamente resistentes ao frio, mas temem o calor, exigindo sombra. Sofrem predações de gaviões e raposas, precisando de uma boa proteção.
Analisando estas necessidades do animal, podemos muito bem criar uma floresta forrageira para galinhas, incorporando árvores frutíferas (amora, goiaba, acerola, etc.), com verduras rasteiras e grãos (milhetos, capins, etc.), criando um pasto equilibrado onde a galinha se alimenta e se protege. O único trabalho que sobra para o homem nestas condições é de coletar os ovos e vigiar o estado do pasto e dos animais. Uma vez estabelecido, este sistema dura muitos anos com o mínimo de investimento, dando lucro maior do que as granjas industrializadas que exigem altos investimentos em insumos e medicamentos. E, obviamente, a qualidade dos produtos será muito maior.
Substituir altos investimentos e trabalho por planejamento e criatividade.
ou
“Se o sistema está lhe dando muito trabalho, você ainda não pensou o suficiente”
Scott Pittman
O homem está longe de aproveitar plenamente os seus dons criativos. No planejamento de uma propriedade, reflexão e observação podem mostrar soluções engenhosas para os problemas, evitando gastos e trabalho. Podemos aproveitar ao máximo a força da gravidade, por exemplo, para a distribuição da água, colocando áreas de captação no alto da propriedade em vez de colocá-las, como muitos fazem nas baixas, e depois depender de bombas, Ou podemos observar que os animais de modo geral depositam mais esterco de noite do que de dia. O gado pode pastar nas áreas ricas das baixadas durante o dia e dormir em estábulos no alto da propriedade, retransportando assim os nutriente para o alto da propriedade, de onde, com a ajuda da força da gravidade, a distribuição se torna mais fácil.
Precisamos ter a coragem de criar soluções totalmente diferentes dos vizinhos. E precisamos perceber que nenhum sistema é perfeito: sempre tem espaço para mais um elemento, para mais uma função, muitas vezes simplesmente conectando dois elementos já existentes. O limite do sistema é a nossa criatividade.
O problema é a solução
Problemas apontam situações especiais que podem ter uma função única. Se uma área é árida, por exemplo, pode-se especializar em plantas da família dos cactos, como o Figo da Índia ou a cochonilha, um inseto que produz uma tinta valiosa e que se desenvolve no cactos Opuntia. Se uma encosta é pedregosa, ela pode oferecer condições especiais para certas plantas que não de adaptariam em outra áreas mais férteis da propriedade. Se as lavouras sofrem ataques de caracóis, sinal que esta região se presta para a criação destes. Todo problema aponta para uma oportunidade. É questão de enfoque.
A diversificação garante a estabilidade
A estabilidade de uma propriedade ou de uma comunidade depende da disponibilidade de uma gama de produtos espalhados ao longo do ano. Isto protege contra desastres climáticos, porque no caso de qualquer emergência (seca, tempestade), alguns dos produtos vão escapar, devido a uma resistência maior, ou devido ao fato de crescer em épocas diferentes. Deve-se sempre cogitar culturas de emergência, garantidas de dar alguma produção mesmo sob condições adversas. Os povos antigos fazem policulturas por este motivo. Policulturas que incorporam árvores no sistema são as mais estáveis do todas. Uma floresta produtiva dificilmente se abate com a seca ou com o granizo.
A estabilidade vem quando se fecham os ciclos
Quando uma parte do sistema sustenta outra, evita-se a necessidade de procurar insumos fora da propriedade, fortalecendo assim todo o sistema. Da mesma maneira, uma comunidade inteira ganha estabilidade quando os produtos circulam localmente, evitando assim perdas por desperdício ou sangria para uma metrópole central. Considerando, por exemplo, que um terão dos produtos agrícolas no Brasil se perdem antes de chegar à mesa do consumidor, podemos ver a importância do consumo local, que assegura que o que se produz não se perde no processo de transporte e distribuição.
Da mesma maneira, se numa comunidade o mesmo dinheiro troca de mãos muitas vezes, isto tem o mesmo efeito de ter uma quantidade muito maior de dinheiro disponível. Se este dinheiro vai embora para o centro urbano, a comunidade local se empobrece.
Um dos maiores perigos para a estabilidade de uma propriedade rural ou de uma comunidade¸ a poluição. A vida não se mantém onde não há água limpa, por exemplo. Visto que a poluição provém de produtos ainda não utilizados, podemos vê-la como uma fonte de renda em potencial quando se trata de esgotos, ou mesmo de sub-produtos industriais. Os agrotóxicos obviamente nunca oferecem um potencial para reciclagem (e deveriam ser banidos da face do planeta).
Precisamos responsabilizar-nos pelos nossos netos
Tivemos o privilégio de poder ainda desfrutar de florestas, de beber água limpa , de contemplar paisagens belas. Os nossos netos também têm este direito, e cabe a nós a responsabilidade de assegurar que estes direitos sejam respeitados. Isto pode sugerir muitas frentes de ação: conservação de áreas naturais ainda pouco modificadas pelo homem; desenvolvimento de uma forma de agricultura não devastadora; proteção das águas, especialmente do lençol freático. (Um rio pode-se limpar em poucos anos. Um lençol freático, uma vez poluído, dificilmente se limpa de novo). Em termos práticos, uma floresta desmatada leva entre doze a vinte anos para se recompor, e leva entre sessenta e duzentos anos para chegar a um estágio parecido ao original. Se colhermos somente as árvores no final do seus ciclos e plantarmos culturas adaptadas a estas condições de mata, podemos manter a cobertura vegetal e mesmo assim ter uma boa renda. Cada tipo de árvore tem as suas utilidades. Hoje, nos desmatamentos, a grande massa de madeira (com exceção das árvores mais conhecidas como o mogno) é desperdiçada.
Um agricultor pode muito bem plantar uma parte de sua propriedade com madeiras nobres, criando assim um patrimônio inabalável. Não importa se estas madeiras começarem a dar uma colheita daqui a vinte ou trinta anos: o agricultor, nesta época, já vai estar velho e as árvores podem garantir sua velhice, uma forma de aposentadoria particular. E como se pode colher as madeiras gradativamente, replantando ao mesmo tempo que colhe, ele cria um patrimônio para muitas gerações futuras.
Os problemas são basicamente domésticos e podem ser resolvidos no nível doméstico
Não há soluções em grande escala para problemas locais. Não há soluções tecnológicas para problemas que são basicamente sociais. Cada vez que uma família consegue se auto-sustentar, produzindo os seus próprios alimentos e reciclando os seus dejetos, esta deixa de participar da agricultura devastadora e deixa de poluir. Cada propriedade, mesmo bem pequena, pode captar água e produzir alimentos. As possibilidades são infinitas: podemos usar toda parede e até telhados das construções para produzir alimentos. Podemos captar água numa variedade de maneiras e reciclar toda água que utilizamos, fazendo-a render muito mais. Tomando como exemplo a perigosa falta de água potável: poucas pessoas se dão conta de que a descarga doméstica gasta 40% de toda a água consumida. Isto representa 100 litros de água por pessoa por dia! Pode-se imaginar a gravidade desta situação numa cidade de milhares ou milhões de pessoas. Podemos dar descarga com a água servida das pias ou do chuveiro, evitando assim este desperdício desastroso para toda a humanidade. Em áreas mais suburbanas ou rurais, podemos desenvolver privadas secas, das quais existem muitos modelos eficazes hoje. Lembrando que os esgotos são também grandes fatores de poluição de lagos, de rios e do mar, vemos a importância do tratamento doméstico dos efluentes através de filtros ou de sistemas com plantas. Uma aldeia (ou bairro) de 300 pessoas tem a capacidade humana de preencher todas as necessidades das pessoas do lugar. Mesmo numa situação urbana, pode-se aproveitar os espaços baldios para produzir alimentos e pequenos animais. Cada vez que isto ocorre, economiza-se petróleo e espaços naturais que hoje estão sendo desmatados para produzir alimentos em grande escala. Plantações pequenas e intensivas são muito mais produtivas em qualquer lugar do mundo. O pavor de falta de terras agrícolas é um mito: toda terra pode ser agrícola! O que se chama “agrícola” hoje são aquelas onde pode-se entrar com máquinas pesadas, comprovadamente destruidoras da estrutura do solo. De fato, as terras mais “agrícolas”, em termos de produção, são aquelas frente à porta da cozinha! (é claro que o grande problema é o fato da agricultura se industrializar e ser vista como produtora de dinheiro. Isto levanta grandes problemas práticos, já que se destrói para ganhar a curto tempo. Isto vai acabar de fato somente quando houver ou uma pressão pública em massa ou quando tais sistemas não forem mais viáveis economicamente. Há sinais de que os dois processo estão acontecendo. O aumento de custos em petróleo e agrotóxicos faz com que a agricultura intensiva e orgânica hoje se torne muito mais lucrativa. Se os problemas são basicamente domésticos e podem ser resolvidos a nível doméstico, isto implica que nós podemos resolver os nossos problemas, não precisando de algum engenheiro ou outro especialista, ou o governo, etc. para dar as soluções. O poder da ação volta para as mãos do indivíduo, da família, ou da comunidade local.
Todo sistema deve produzir mais energia do que consome
Quando falamos em “energia”, podemos pensar em calorias. Vários levantamentos tem mostrado que a agricultura industrializada é, em muitos casos, deficitária energeticamente: para cada caloria de alimento produzida, gastam-se duas a oito (ou mais!) calorias na forma de petróleo (transporte, insumos, máquinas agrícolas, etc.). Qualquer sistema deficitário, que seja em termos monetários ou energéticos, é fadado a falir, cedo ou tarde. Os sistemas permaculturais se tornam produtores energéticos de várias maneiras:
a) Produção intensiva em relação ao trabalho. Sistemas permanentes exigem poucas ou nenhuma máquina e pouco ou nenhum insumo, consumindo menos calorias do que produzem;
b) Produção para consumo local. Evitam-se assim gastos em transporte;
c) Utilização das energias do lugar (gravidade, transporte animal, sol, vento, etc.);
d) Reciclagem dos dejetos. Os fertilizantes industrializados são produzidos a partir do petróleo e exigem muitos gastos em transporte. Quando os insumos são produzidos localmente, evitam-se todos estes gastos;
e) Utilizando energias alternativas captadas no lugar: cozinhado com fogões solares e a lenha, biogás, painéis solares, etc.
Visa-se cooperação em vez de competição, integração em vez de fragmentação
O espírito de cooperação é a grande chave para a recuperação da qualidade de vida no planeta. Vista em termos sociais, a cooperação nos leva a ver todo estranho como amigo em potencial, enquanto a competição nos ensina a ver todo estranho com adversário em potencial. Esta mudança de atitude traz mudanças de comportamento fundamentais. Na cooperação, a energia é gasta de uma maneira mais construtiva, somando a energia de uns com os outros, em vez de se anularem mutuamente, como é o caso da competição. Na agricultura, esta mudança de atitude também transforma o comportamento. Se uma praga ataca a lavoura, um agricultor que se baseia em cooperação com a natureza procurará compreender o porque deste ataque. A planta está enfraquecida? O inseto está com fome por falta de um posto natural? Chega-se até a plantar alimentos para o inseto considerado ‘praga’, reconhecendo que este, como todo ser natural, merece viver. Este convívio pacífico com a natureza faz com que o agricultor não precise mais declarar guerra química na sua propriedade, produzindo assim alimentos de qualidade e limpos, sem comprometer a qualidade da água nem do solo. A cooperação nos leva a ver tudo como sendo interligado. Não é: “eu contra você”, mas “eu junto com você”. Não é: eu contra a praga, mas eu trabalhando em conjunto com a natureza, dentro de um contexto. Desaparece o sentido da fragmentação, de ver um mundo como formado de peças separadas, passando a ver o mundo como um todo integrado, onde mudanças em um elemento dentro do sistema (agrícola ou social), modifica a situação de muitos outros elementos que estão interligados com este. Isto é o que transforma o sistema todo.
A permacultura não é apenas uma técnica ou muito menos um pacote. É muito mais complexo que uma simples agricultura sem agrotóxicos, mais complexo que uma agricultura ecológica, ou sustentável, ou biodinâmica. É uma forma de viver que pode ou não envolver essas e outras técnicas. Ao mesmo tempo é muito mais simples por ser a conduta natural das coisas. Necessita apenas de uma observação sem máscaras, da natureza, sem pressa e com atenção. Sem preconceitos.
Grupo de Permacultura Centro de Ciências Agrárias da UFSC
http://www.cca.ufsc.br/permacultura/

domingo, 21 de abril de 2013

Quase 40% da água tratada no Brasil é desperdiçada, aponta estudo

Edição do dia 20/03/2013 , por Renata Ribeiro , São Paulo, SP
 Quase 40% da água tratada no Brasil é desperdiçada, aponta estudo. Em São Paulo, R$ 250 milhões são investidos todos os anos para diminuir as perdas, mas o problema continua. A situação é mais crítica na Região Norte, onde mais da metade do faturamento é perdido.
Além da falta d'água, tem o desperdício. Um estudo mostra que quase 40% da água tratada no Brasil é desperdiçada. Só em São Paulo, R$ 250 milhões são investidos todos os anos para diminuir as perdas, mas o problema continua.
 A rede que distribui a água na cidade é considerada velha e muitos trechos precisam passar por manutenção. Os vazamentos são o maior problema, e podem causar um estrago bilionário.
 Veja na reportagem as principais conclusões do estudo, que analisou o desperdício de água no país e o impacto dele no faturamento das concessionárias.
Água que corre solta nos canos sem manutenção, nas ligações clandestinas. No Brasil, desce pelo ralo quase 40% do faturamento das empresas operadoras por causa das perdas de água. A situação é mais crítica na Região Norte, onde mais da metade do faturamento é perdido. A média de perda da Europa é 15%, do Japão, 3%.
“É uma perda enorme de recursos financeiros que poderia estar voltando para o sistema de saneamento para que mais pessoas tivessem água ou coleta e tratamento de esgoto”, afirma Edson Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.
 O estudo do Instituto Trata Brasil mostra que uma redução de apenas 10% das perdas do país representaria uma receita de R$ 1,3 bilhão, quase a metade do investimento feito em abastecimento de água no ano de 2010.
 Reduzir perdas é importante também para não faltar água. O estudo mostra que um terço das cem maiores cidades do país precisa de um novo manancial para atender a população.
 A capital paulista é um exemplo. A Região Metropolitana de São Paulo tem 50 mil quilômetros de tubulações enterradas, daria para dar uma volta e meia no planeta. A extensão e a idade da rede são os maiores desafios.
 Todos os anos a empresa que abastece a região investe R$ 250 milhões para diminuir as perdas, com reforma nas instalações hídricas e busca minuciosa por vazamentos. O investimento já rendeu um índice de perda abaixo da média do estado: 26%. A meta é chegar a 15% até 2020.
 Neste ano, o investimento na rede de água de São Paulo deve subir para R$ 370 milhões, uma alta de quase 50% em relação a 2012. O aumento dos recursos é resultado de uma parceria com o Japão.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

19 de Abril - dia do Indio

 
Nós os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

"Nem lobos, nem cães. Nas esquecidas estradas com um ancião índio."

Kent Nerburn

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

agua potavel para todos

http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Brasilia/brz_water_year_infographic_pt_2013.JPG



Em defesa da amazonia


por Lucas Tolentino, do MMA
Governo define estratégia nacional para reduzir emissões por desmatamento.

O governo federal deve concluir, até o fim do ano, a estratégia nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). A medida tem o objetivo de incentivar projetos e ações de proteção da Floresta Amazônica, como forma de conter a liberação de gases de efeito estufa. A expectativa é que a construção dos aspectos relacionados ao tema esteja definida a tempo da Conferência das Partes (COP) de Mudanças Climáticas, marcada para o fim de novembro, em Varsóvia, capital da Polônia.

A previsão é realizar uma consulta pública aos envolvidos no assunto e concentrar os esforços do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na finalização de procedimentos legais que garantirão a adoção de novos projetos de preservação da Amazônia. O diretor de Políticas para o Combate ao Desmatamento, Francisco Oliveira, explica que a estratégia será fundamental para as negociações internacionais. “Este é o ano em que vamos fazer a diferença para chegar à próxima COP com uma posição forte”, afirma.


Recorde

Entre as principais iniciativas do MMA voltadas para o combate à devastação florestal, está o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Com a instituição do programa, o Brasil alcançou, no ano passado, taxa recorde de redução do desflorestamento do bioma. Entre agosto de 2011 e julho de 2012, o país registrou queda de 27% da degradação da Amazônia.

Instituído em 2004, o PPCDAm é dividido em três eixos: ordenamento territorial, monitoramento e fomento a atividades sustentáveis. De acordo com Francisco Oliveira, o plano se encontra na terceira fase, em que a fiscalização e o acompanhamento por imagens de satélite ocorrem ininterruptamente. “É preciso levar a população a uma mudança de comportamento”, alerta.

O caminho para conter a destruição da Amazônia e evitar as emissões de gases de efeito estufa, segundo o diretor, é aliar o comando e o controle com o incentivo a ações sustentáveis, como os projetos de REDD+. “Serão feitas parcerias para implantar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Isso representará um marco e ajudará a catalisar o processo”, acrescenta.

* Publicado originalmente no site do Ministério do Meio Ambiente



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