segunda-feira, 12 de maio de 2014

How Plants Help Each Other Grow By Near-Telepathic Communication

on 17 March, 2014 at 22:46

Plants have scientifically been show to draw alternative sources of energy from other plants. Plants influence each other in many ways and they communicate through “nanomechanical oscillations” vibrations on the tiniest atomic or molecular scale or as close as you can get to telepathic communication.

Members of Professor Dr. Olaf Kruse’s biological research team have previously shown that green algae not only engages in photosynthesis, but also has an alternative source of energy: it can draw it from other plants. His research findings were released in the online journal Nature Communications.

Other research published last year, showed that young corn roots made clicking sounds, and that when suspended in water they would lean towards sounds made in the same frequency range (about 220 Hz). So it seemed that plants do emit and react to sound, and the researchers wanted to delve into this idea further.

Working with chili plants in their most recent study, specifically Capsicum annuum, they first grew chili seeds on their own and then in the presence of other chili plants, basil and fennel, and recorded their rates of germination and growth. Fennel is considered an aggressive plant that hinders the germination of other plants around it, while basil is generally considered to be a beneficial plant for gardening and an ideal companion for chili plants.

Germination rates were fairly low when the seeds were grown on their own, lower when grown in the presence of fennel (as expected). Germination rates were better with other chili plants around, and even better with basil.

Since plants are already known to ‘talk’ through chemical signals and to react to light, the researchers separated newly planted seeds from the other plants using black plastic, to block any other kind of ‘signaling’ other than through sound. When fennel was on the other side of the plastic, the chemical effects of its presence, which would have inhibited germination of the chili seeds, were blocked. The chili seeds grew much quicker than normal though, possibly because they still ‘knew’ the fennel was there, ‘knew’ it had the potential to have a negative effect on their germination, and so they quickly got past the stage where they were vulnerable.

If even bacteria can signal one another with vibrations, why not plants, said Monica Gagliano, a plant physiologist at the University of Western Australia in Crawley.

Gagliano imagines that root-to-root alerts could transform a forest into an organic switchboard. “Considering that entire forests are all interconnected by networks of fungi, maybe plants are using fungi the way we use the Internet and sending acoustic signals through this Web. From here, who knows,” she said.

As with other life, if plants do send messages with sound, it is one of many communication tools. More work is needed to bear out Gagliano’s claims, but there are many ways that listening to plants already bears fruit.

According to the study: “This demonstrated that plants were able to sense their neighbours even when all known communication channels are blocked (i.e. light, chemicals and touch) and most importantly, recognize the potential for the interfering presence of a ‘bad neighbour’ and modify their growth accordingly.”

Then, to test if they could see similar effects with a ‘good neighbour’, they tried the same experiment with other chili plants and then with basil. When there were fully-grown chili plants in their presence blocked by the plastic, the seeds showed some improved germination (“partial response”). When basil was on the other side of the plastic, they found that the seeds grew just as well as when the plastic wasn’t there.

“Our results show that plants are able to positively influence growth of seeds by some as yet unknown mechanism,” said Dr. Monica Gagliano, an evolutionary biologist at UWA and co-author of the study, according to BioMed Central. “Bad neighbors, such as fennel, prevent chili seed germination in the same way. We believe that the answer may involve acoustic signals generated using nanomechanical oscillations from inside the cell which allow rapid communication between nearby plants.”

WHAT CAN HUMANS LEARN?

Flowers need water and light to grow and people are no different. Our physical bodies are like sponges, soaking up the environment. “This is exactly why there are certain people who feel uncomfortable in specific group settings where there is a mix of energy and emotions,” said psychologist and energy healer Dr. Olivia Bader-Lee.

“When energy studies become more advanced in the coming years, we will eventually see this translated to human beings as well,“ stated Bader-Lee. “The human organism is very much like a plant, it draws needed energy to feed emotional states and this can essentially energize cells or cause increases in cortisol and catabolize cells depending on the emotional trigger.”

Bader-Lee suggests that the field of bio-energy is now ever evolving and that studies on the plant and animal world will soon translate and demonstrate what energy metaphysicians have known all along — that humans can heal each other simply through energy transfer just as plants do. “Human can absorb and heal through other humans, animals, and any part of nature. That’s why being around nature is often uplifting and energizing for so many people,” she concluded.

Michael Forrester is a spiritual counselor and is a practicing motivational speaker for corporations in Japan, Canada and the United States.

Credits: PreventDisease
http://themindunleashed.org/2014/03/plants-help-grow-near-telepathic-communication.html

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Seu futuro sapato poderá ser feito com fibra de coco

por Vanessa Daraya - Info.com - 24/04/2014

Nem todo mundo sabe, mas os sapatos também agridem - e muito - o meio ambiente. O setor calçadista é muito poluente e a questão ambiental costuma ser deixada de lado pelos designers e fabricantes. Cientistas estão preocupados com isso e já buscam alternativas. No futuro, por exemplo, seu sapato poderá ser feito com fibra de coco.

O consumo de água de coco no Brasil é intenso e, apesar de ter potencial para ser reutilizado, seu descarte indevido gera problemas ambientais. Além de poluir o ar seus restos podem virar foco de animais e parasitas, quando descartados de forma irregular. Uma forma de reutilizar esse material e ainda ajudar o setor calçadista é usar a fibra do coco no solado dos sapatos.

A ideia é de Célia Regina da Costa, bacharel em têxtil e moda pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP. "Como a fibra usada é oriunda do descarte do produto após o consumo da água do coco, a matéria-prima não é retirada direto de fontes como florestas, o que causaria o desmatamento", disse a INFO.

Para provar que seu projeto é viável, Célia analisou em seu mestrado a história do setor calçadista, a anatomia do pé, os tipos de sapatos usados pela humanidade, entre outros fatores. Um estudo aprofundado da fibra vegetal (fibra do coco verde) permitiu que Célia criasse um sistema para separar as fibras do coco verde e depois empregasse o material na fabricação de um solado de sapato.

A fabricação desse solado começa na coleta nos postos de vendas de água de coco. Os cocos são abertos e a parte externa (onde estão as fibras) é separada da interna (onde fica a parte comestível).

As partes com a fibra são colocadas em tanques de água por alguns dias. Depois, passam por uma máquina específica para uma melhor separação das fibras, que são lavadas em água para a remoção das impurezas.

Depois de secas, as fibras são misturadas com uma resina. Essa "mistura" vai, então, para a forma do solado que se deseja fabricar e deve secar a temperatura ambiente. O resultado é um solado de fibra de coco que pode reduzir a quantidade de matéria-prima usada nos sapatos responsável por causar danos ao planeta.

"Também colaboramos com a redução e a diminuição do lixo gerado pelo comércio da água de coco e a aglomeração e proliferação de animais como os roedores", disse. Segundo Célia, a decomposição do coco verde gasta em torno de 10 a 12 anos na natureza. Além disso, as cascas do coco verde são de origem orgânica, logo, sofrem um processo de decomposição pela ação de micro-organismos. Esse processo gera o gás metano (CH4), que contribui para o efeito estufa.

Mas os benefícios não se restringem apenas ao meio ambiente. Dar um uso ao coco verde descartado também pode gerar oportunidades no mercado de trabalho e fonte de renda para a sociedade local, como nas beiras de regiões praieiras. "A população pode se envolver na coleta e seleção ou até mesmo na elaboração das fibras e produção das partes do calçado feitas com a fibra do coco verde", afirmou.

A técnica também evita a poluição visual e ajuda a reeducar a população a dar um melhor descarte ao coco verde. "As pessoas pensam melhor na hora do descarte desse tipo de lixo orgânico quando sabem que ele pode ter um uso específico", disse.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Tecnologias evitarão emissões de poluentes?

mais uma preciosidade de Washington Novaes*

Por onde vamos caminhar? Cientistas que se têm dedicado à área do clima não se cansam de advertir que é preciso mudar radicalmente, e com urgência, nossos modos de consumir energia (e emitir poluentes). Os mais céticos, entretanto, lembram que o país mais empenhado nessa direção, a Alemanha, não tem conseguido mudar o quadro – pois, embora esteja fechando usinas movidas pela queima de carvão e estimule formatos alternativos de energia, ainda assim o consumo desse combustível fóssil bateu o recorde de duas décadas em 2013. Na China – país que mais investe hoje em energias renoveis – também o consumo de carvão continua a bater recordes. O Painel do Clima discutiu esse assunto na última reunião, em Berlim.

Por isso cresce também o número dos que acreditam que os caminhos para reduzir emissões estejam em novas tecnologias, que permitam continuar a usar as fontes poluentes, mas impedindo ao mesmo tempo que os gases cheguem à atmosfera. Como há quem acredite que novas tecnologias permitirão reduzir o fluxo de rios e evitar grandes inundações, desviando para afluentes os resíduos que assoreiam os cursos d’água ou criando lagos artificiais às margens.

Os adeptos de novas tecnologias começam a entusiasmar-se. Como, por exemplo, os que propõem e já estão testando tecnologias para usar energia excedente de usinas eólicas ou solares, que custaria muito caro estocar em baterias, estocando-a em blocos de lama gelados nos períodos em que as usinas estejam paradas por falta de ventos ou de sol. Outro caminho é o de empresas que vão usar baterias de lítio para abastecer carros elétricos – uma tecnologia que já foi testada com êxito em carros elétricos esportivos, mas não nos veículos comuns (New Scientist, 8/3). Outra empresa ainda trabalha com a tecnologia de estocar energia num tipo de vidro quase líquido, viscoso, produzido especialmente para isso – e que pode ser bombeado para onde for necessário. O projeto piloto será numa fábrica de alumínio.

Quase 150 anos depois do livro Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, desenvolvem-se ainda projetos para converter a energia térmica do mar em formatos utilizáveis e que substituam os atuais poluentes. Segundo a New Scientist, é um caminho em desenvolvimento numa das grandes empresas do setor, a Lockheed Martin, que afirma poder prover até 4 mil vezes a energia consumida em um ano no mundo. Basicamente, trata-se de bombear água de temperaturas mais profundas e mais frias para camadas a 100 metros da superfície, mais quentes. E através de um sistema que usa amônia, o vapor trazido de maior profundidade, com temperaturas 20 graus inferiores, aciona uma turbina que gera eletricidade.

O sistema poderia operar durante as 24 horas do dia. Seria adequado para regiões tropicais e subtropicais. Uma usina de 100 MW custaria US$ 790 milhões para implantar. E a energia produzida custaria US$ 0,18 por quilowatt/hora (hoje as usinas a carvão têm custo de US$ 0,14 e as solares, de US$ 0,14 a US$ 0,26). Já há projetos em Okinawa (Japão), no Havaí, na Holanda e em Curaçau (Caribe). Em parte deles a energia solar é usada para aquecer a água mais profunda. Mas têm sido criticado por cientistas conceituados, segundo os quais se corre o risco de proliferação de algas com sua transposição para áreas mais ricas em nutrientes e livres de bactérias. Já os donos da tecnologia asseguram que não; e que a tecnologia pode gerar 50% da energia consumida no mundo, sem contribuir para o aumento da temperatura planetária.

No Canadá vai entrar em atividade um projeto que captura o dióxido de carbono de uma usina movida a carvão, a maior do país, antes que ele se dissipe na atmosfera: 90% de 1,1 milhão de toneladas será levado por encanamentos para um aquífero salino, de modo a ser sepultado quilômetros abaixo do solo. É um caminho que também já mereceu críticas fortes de cientistas, para quem o sepultamento da poluição pode contaminar aquíferos e provocar abalos sísmicos. Mas para outros é esperança de continuar utilizando o carvão.

Por isso mesmo, continua de pé ainda a tecnologia de sequestrar gases da queima do carvão e utilizá-los na geração de energia – e isso seria suficiente para atender às necessidades de várias gerações à frente. Um dos caminhos seria a gaseificação subterrânea do carvão, a 300 metros da superfície, como se faz na Rússia desde a era de Stalin. Bombas especiais conduziriam os gases para a profundidade, onde seriam queimados, e outras trariam o produto para a superfície, onde seria utilizado como combustível, depurado da poeira do carvão, resfriado, comprimido e levado por tubulações para os locais de consumo. O relato na New Scientist (15/1) é do respeitado articulista Fred Pearce, segundo quem esse processo, se chegar à escala desejada, poderá permitir a utilização de “trilhões de toneladas de carvão”, hoje condenadas por causa das emissões. E por isso já há testes também na China, na África do Sul e no Canadá, que têm grandes estoques de carvão.

Na mesma direção de evitar emissões estão as experiências com veículos elétricos – como as que permitem utilizar baterias sem fio, que recarregam de energia o veículo quando ele estaciona para receber passageiro. Nas baterias utilizadas até aqui é preciso encontrar um posto de reabastecimento e ali permanecer durante horas, com o veículo conectado por cabo à fonte de energia. A nova tecnologia foi desenvolvida há décadas, mas a baixa eficiência não permitia sua utilização em escala maior. Agora, baseia-se em indução eletromagnética, com as próprias baterias do veículo, que transfere a energia com 90% de eficiência. E justamente por essa razão já está chegando a vários países.

Serão as tecnologias que tornam viáveis fontes condenadas capazes de substituí-las a tempo de evitar o agravamento dos problemas do clima?

* Washington Novaes é jornalista,  Publicado originalmente no site O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

A cidade que temos. A cidade que queremos

Professora de Geografia em uma escola de Rondônia, Telma Oliveira Medeiros incentivou os alunos a elaborarem propostas de melhoria para o município de Ariquemes, onde vivem. O trabalho escolar foi um sucesso e acabou sendo apresentado à comunidade no auditório do Ministério Público Municipal

Paula Peres/Bruna Nicolielo - Nova Escola - 11/2013

Ilustração: Melissa Lagôa/Foto: Mateus Andrade-Imagem News




 

















Refletir sobre o desenvolvimento sustentável na prática era o objetivo da professora Telma Oliveira Medeiros quando propôs ao 9º ano da EE Heitor Villa-Lobos, em Ariquemes, a 198 quilômetros de Porto Velho, que elaborasse propostas de melhoria para o município. Assim, ela trabalhou os conteúdos previstos para essa etapa, como turismo ecológico, cidades e hábitos de consumo mundializados, além dos objetivos de desenvolvimento do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) com base na geografia local. Também discutiu dois conceitos indissociáveis – economia e meio ambiente. “Fala-se muito sobre a importância de desenvolver o planeta do ponto de vista econômico, mas ao mesmo tempo colocamos na cabeça das crianças que é preciso preservá-lo. Isso cria um nó. A solução é apresentar o conceito de sustentabilidade”, explica André Mascaro Peres, professor de Geografia do Colégio Ítaca, em São Paulo.

A professora iniciou o projeto apresentando vídeos da coleção Patrimônios da Humanidade, da Unesco, que retratam iniciativas sustentáveis realizadas por algumas cidades europeias. Assim, ela pretendia mostrar possibilidades reais de mudança, fazendo com que os alunos percebessem que se trata de algo que depende de pequenas e grandes ações. Após a apresentação, eles discutiram sobre o que tinham observado. “A ideia era sair dos exemplos europeus que vimos nos vídeos e começar a pensar no nosso entorno”, diz Telma. 

Refletir sobre o desenvolvimento sustentável na prática era o objetivo da professora Telma Oliveira Medeiros quando propôs ao 9º ano da EE Heitor Villa-Lobos, em Ariquemes, a 198 quilômetros de Porto Velho, que elaborasse propostas de melhoria para o município. Assim, ela trabalhou os conteúdos previstos para essa etapa, como turismo ecológico, cidades e hábitos de consumo mundializados, além dos objetivos de desenvolvimento do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) com base na geografia local. Também discutiu dois conceitos indissociáveis – economia e meio ambiente. “Fala-se muito sobre a importância de desenvolver o planeta do ponto de vista econômico, mas ao mesmo tempo colocamos na cabeça das crianças que é preciso preservá-lo. Isso cria um nó. A solução é apresentar o conceito de sustentabilidade”, explica André Mascaro Peres, professor de Geografia do Colégio Ítaca, em São Paulo.

A professora iniciou o projeto apresentando vídeos da coleção Patrimônios da Humanidade, da Unesco, que retratam iniciativas sustentáveis realizadas por algumas cidades europeias. Assim, ela pretendia mostrar possibilidades reais de mudança, fazendo com que os alunos percebessem que se trata de algo que depende de pequenas e grandes ações. Após a apresentação, eles discutiram sobre o que tinham observado. “A ideia era sair dos exemplos europeus que vimos nos vídeos e começar a pensar no nosso entorno”, diz Telma. 

A princípio, os jovens não acreditavam na possibilidade de adaptar os modelos a Ariquemes. “Ela nunca vai ficar assim!” ou “Ninguém gostaria de conhecê-la”, lamentavam.

Em seguida, Telma levou os estudantes ao laboratório de informática, onde tiveram acesso a textos sobre desenvolvimento sustentável, turismo ecológico e os objetivos de desenvolvimento do milênio da ONU. Também leram trechos do livro didático. Com base nas pesquisas, todos fizeram anotações e produziram textos individuais sobre o que tinham entendido a respeito do conceito de sustentabilidade.

Na próxima etapa, a classe fez uma mesa-redonda para socializar suas descobertas. À medida que todos apresentavam as informações e discutiam, Telma estimulava paralelos entre o que tinha sido visto e a cidade, levando-os a refletir sobre os problemas locais. Ela perguntou, por exemplo, qual era a relação dos temas presentes nos textos, como coleta de lixo, tratamento da água, reciclagem e saúde, com a cidade. 

A turma concordou que os assuntos tratados tinham tudo a ver com Ariquemes. Também ficou encantada com as possibilidades do turismo ecológico. “Quando os estudantes leram um artigo a respeito, começaram a pensar em alternativas. Algumas difíceis, mas possíveis”, explica a docente.

Nesse momento, é importante problematizar a viabilidade das ideias. “É possível fazer isso?”, “Como?” e “Que recursos financiariam nossas propostas?”. Essas perguntas levam a garotada a refletir sobre suas sugestões, considerando que as soluções nem sempre são simples ou dependem apenas da boa vontade das pessoas, mas também exigem a participação de outros agentes, como o governo.

segunda-feira, 31 de março de 2014

A inteligência das plantas revelada

Pesquisas recentes mostram que as plantas têm linguagem, memória, cognição e são capazes de fazer escolhas. Ao site de VEJA, pesquisadores desvendam o mecanismo da inteligência vegetal e mostram como as plantas passaram a dividir com os animais o status de criaturas autônomas e sensíveis
Rita Loiola - Veja.com - 08/03/2014

Em 1880, o naturalista britânico Charles Darwin foi o primeiro a escrever que as extremidades das raízes vegetais "agem como o cérebro de animais inferiores". Desde então, cientistas descobriram que as plantas atuam também como se tivessem linguagem, memória, visão, audição, defesas e cognição. Percebem-se como indivíduos e são capazes de fazer escolhas. Em outras palavras, elas têm o que Darwin previa no último parágrafo de seu livro O Poder do Movimento nas Plantas: inteligência.

As evidências para isso vêm de diversos países ao redor do globo, em instituições de pesquisa como a Universidade da Califórnia e a Universidade de Washington, nos Estados Unidos, o Instituto Max Planck e a Universidade de Bonn, na Alemanha, a Universidade de Lausanne, na Suíça, além de institutos de pesquisa no México, França, Itália e Japão.
Nos últimos meses, diversos estudos, publicados em revistas científicas como Nature, Science ou Plos One têm demonstrando o funcionamento dessas até então desconhecidas habilidades vegetais. E provado que as plantas estão longe de ser criaturas passivas, como se acreditava. Um dos estudos mais recentes, divulgado no fim do ano passado na revista Ecology Letters, mostrou como as plantas se comunicam por meio de compostos voláteis. Viajando pelo ar, eles avisam outras árvores sobre a presença de herbívoros potencialmente perigosos — as folhas recebem a mensagem e tornam-se mais resistentes às pragas.

"As plantas são capazes de comportamentos muitíssimo mais sofisticados do que imaginávamos", afirma o biólogo Rick Karban, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo sobre comunicação vegetal. "Elas passaram por uma seleção em que tiveram de lidar com os mesmos desafios que os animais e desenvolveram soluções que, às vezes, guardam semelhanças com as deles." É o avanço dos estudos em biologia e fisiologia vegetal, aliado a tecnologias mais potentes para conduzir experimentos e recolher dados, que está fazendo com que os cientistas percebam que árvores e arbustos são criaturas sensíveis, que dividem o mesmo espaço com os animais na escala evolutiva.

História

A LÍNGUA DAS PLANTAS
Quem está mostrando as evidências mais contundentes de uma cara característica animal — a linguagem — nos vegetais são pequenas artemísias. Há mais de uma década, Karban cuida do cultivo de quase cem delas em um campo aberto na Califórnia. Regularmente, suas folhas ganham pequenos cortes que imitam dentadas de insetos para que emitam os compostos orgânicos voláteis, conhecidos pela sigla VOC. O objetivo é entender o papel desses elementos perfumados na natureza, que parecem enviar mensagens muito precisas de uma planta para outra.

Com seu campo californiano, Karban não só provou que esses compostos existem, como percebeu que eles viajam a até 60 centímetros de distância e são percebidos por outros ramos da planta, por pés vizinhos da mesma espécie e, por vezes, por outras espécies que estão ao lado. "As plantas coordenam suas defesas e as de seus parentes", afirma Karban, que estuda o tema há mais de trinta anos. "Esse e outros trabalhos indicam que a comunicação entre os vegetais é um fenômeno real que ocorre na natureza."

Pelas contas do pesquisador, outros 48 estudos de comunicação vegetal confirmam que as plantas detectam esses sinais aéreos. E dominam mais de uma língua: algumas conseguem também enviar mensagens para predadores de herbívoros que, atraídos pelos compostos emitidos, evitam que as folhas sejam comidas. "Plantas reconhecem os herbívoros que as atacam, às vezes até antes que eles cheguem", diz o pesquisador. "Descobrir essa linguagem das plantas, além de ser muito interessante, pode nos mostrar como manipular a defesa de safras inteiras."

SINAPSES VEGETAIS
Afora as mensagens voláteis, as plantas emitem sinais elétricos — semelhantes a sinapses dos neurônios — para enviar informações entre uma célula e outra. Edward Farmer, o biólogo pioneiro em pesquisas sobre comunicação vegetal da Universidade de Lausanne, na Suíça, descobriu, há alguns meses, uma maneira até então inédita de transmissão de sinais elétricos vegetais, com pulsos que seguem por longas distâncias entre as membranas da planta. É como um rudimento das sinapses animais.

sábado, 29 de março de 2014

Rio e São Paulo não têm nenhum rio com boa qualidade

Fundação SOS Mata Atlântica analisou a qualidade da água de 96 rios, córregos e lagos que passam pelo bioma Mata Atlântica, em sete diferentes estados do Brasil. Apenas 11% apresentam boa qualidade e nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro nenhum passou no teste. Principal fonte de poluição é o despejo de esgoto doméstico

por Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável - 20/03/2014 - Planeta Sustentável


Na Semana Mundial da Água, a necessidade de cuidar melhor dos cursos d’água do Brasil urge. Levantamento divulgado nesta quarta-feira (19) pela Fundação SOS Mata Atlântica revelou que a maioria dos rios, córregos e lagos brasileiros apresenta baixa qualidade. 

O estudo analisou a água de 96 cursos que correm por sete estados do sul e sudeste do Brasil, no bioma Mata Atlântica. O resultado? 40% deles têm qualidade ruim ou péssima, 49% estão em situação regular e, apenas, 11% podem ser considerados de boa qualidade. Não por coincidência, todos os rios e mananciais que foram aprovados no teste estão localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas. 

"Notamos na prática a importância de recuperar a floresta. Em seis pontos que monitoramos, por exemplo, nos Córregos São José e da Concórdia e no Rio Ingazinho, na Bacia do Rio Piraí, em SP, a qualidade da água passou de regular a boa após trabalho de reflorestamento", conta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas, da SOS Mata Atlântica, e coordenadora do estudo. Ela conclui: "Isso comprova que para garantir água em qualidade e quantidade é preciso recompor matas ciliares e manter as florestas". 

Mas não é só de mais verde que o Brasil precisa. Melhor coleta e tratamento de esgoto, bons planos diretores e um trabalho de conscientização dos cidadãos também são fundamentais. Isso porque o estudo da SOS Mata Atlântica apontou que as principais fontes de poluição e contaminação nos cursos d’água analisados são a falta de saneamento básico, o lançamento de produtos químicos nas redes públicas de tratamento e a poluição proveniente do lixo, respectivamente. 

SÃO PAULO E RIO PASSARAM VERGONHA 
Em análise inédita feita em rios das 32 subprefeituras da capital paulista e de 15 pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro, a SOS Mata Atlântica concluiu que nenhum curso d’água desses dois municípios tem água de boa qualidade. 

Em São Paulo, o levantamento feito em fevereiro deste ano revelou que 23,53% dos rios têm qualidade péssima, 58,82% apresentam qualidade ruim e 17,65% possuem qualidade regular. Entre eles, estão o Lago do Ibirapuera e a Represa Billings. Em ambos os casos, a água foi considerada "ruim". 

Já no Rio de Janeiro, análise feita no mesmo período concluiu: 40% dos cursos d’água estão em situação regular e 60% em situação ruim - como é o caso dos rios do canal do Jockey, no Jardim Botânico, e do canal do Mangue, na Vila Isabel. 

VAMOS ÀS BOAS NOTÍCIAS 
O estudo da SOS Mata Atlântica ainda comparou a situação de 88 cursos d’água, localizados nas cidades de São Paulo e Minas Gerais, em 2010 e 2014. De acordo com o relatório, o número de rios de péssima qualidade caiu de 15 para 17, assim como os de qualidade regular - eram 50 em 2010 e são 37 em 2014. 

E mais: a quantidade de rios classificados como bons subiu de 5 para 15, assim como a de rios ruins, que foram de 18 para 29. "Mas isso não significa que aumentou o ruim. Tivemos a diminuição da quantidade de classificações péssima", explica Gustavo Veronesi, um dos organizadores do levantamento. 

Confira o relatório Observando os Rios, da SOS Mata Atlântica, na íntegra.


quinta-feira, 27 de março de 2014

Brasil nega proposta para proibir testes em animais

ê o fim... como  o Brasil  pode fazer isso!!!!
--------------------------------------------------------------------------

A União Europeia, Índia e Israel já baniram a realização de testes de cosméticos em animais e, recentemente, EUA, Austrália e Nova Zelândia criaram propostas legislativas para proibir a prática na indústria da beleza. Mas o Brasil parece estar indo na contramão desse movimento mundial

por Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável - 26/03/2014

Em reunião em Brasília, na última quinta-feira (20), o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), que pertence ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), negou proposta apresentada pela ONG Humane Society International (HSI) para acabar, de uma vez por todas, com os testes de cosméticos em animais. 

De acordo com a organização, esse tipo de procedimento em bichos é antiético, uma vez que causa dor aos animais em nome do consumo de produtos dispensáveis, e pode ser substituído por outras técnicas, que já são adotadas por empresas da indústria da beleza que se desassociaram desse tipo de prática. 

No entanto, apesar do parecer técnico que provava a viabilidade da proibição e de petição com dezenas de milhares de assinaturas, o Concea não aprovou a proposta, cuja votação havia sido prometida para outubro. 

O Conselho preferiu propor novo regulamento geral que obriga os laboratórios a utilizar alternativas para testes em animais, cinco anos depois de serem validadas pelo governo. Segundo a HSI, a medida é um retrocesso, uma vez que essa regra já existe no Brasil desde 1998, com uma diferença: antes da nova decisão do Concea, ela deveria ser cumprida pelos laboratórios imediatamente após a validação do método alternativo, e não no prazo de cinco anos. 

"Dois terços dos brasileiros apoiam a proibição dos testes e 170 membros do Congresso Federal também defendem a ideia. É uma vergonha que os reguladores brasileiros não consigam respeitar a opinião da população e de seus representantes, que manifestaram de forma consistente sua forte oposição aos testes em animais para a indústria da beleza", diz Helder Constantino, porta-voz brasileiro da campanha Liberte-se da Crueldade, da HSI. Agora, a organização pede apoio ao ministro da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina Diniz, para intervir na decisão do Concea. 

Enquanto o governo não bane a prática, as atitudes dos consumidores têm grande peso. Assista, abaixo, à animação em português que a HSI fez para conscientizar as pessoas a respeito das crueldades que podem estar por trás dos produtos de beleza que são levados para casa. A organização ainda possui campanhas parecidas em outros países, como Austrália, China, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Rússia. 

http://www.youtube.com/watch?v=CKteahxI5W8

SP, RJ e MG terão a maior guerra por água na América do Sul, alerta S.O.S. Mata Atlântica

Crise da água pode fomentar conflito ainda maior na região Sudeste do Brasil. É isso o que afirma a ambientalista Malu Ribeiro, coordenadora da ONG. Leia, abaixo, a entrevista

por Thiago de Araújo - Brasil Post - 24/03/2014

Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais vão disputar de maneira cada vez mais feroz o "ouro do século 21": a água. É o que afirma a ambientalista Malu Ribeiro, coordenadora da ONG S.O.S. Mata Atlântica. Com base em dados levantados pela Organização das Nações Unidas (ONU), ela mostra que a atual crise de água no sistema Cantareira, em São Paulo, é apenas a ponta do iceberg do que pode vir por aí se não houver uma mudança na política de gestão dos recursos hídricos.

"Esse conceito pelo uso da água entre essas metrópoles e os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro é apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como de maior potencial de conflito por uso da água na América do Sul. Não é exagero. A gente só não chega ao extremo de uma guerra pela água porque temos esse sistema de gestão, para gerenciamento de conflitos", afirmou Malu, em entrevista ao Brasil Post.
A recente proposta do governador de SP, Geraldo Alckmin, de captar água também na Bacia do Rio Paraíba do Sul, que nasce em solo paulista mas também percorre Minas Gerais e Rio de Janeiro, acirrou o debate na última semana. A seguir, a entrevista completa com a coordenadora da ONG S.O.S. Mata Atlântica.

Como você está vendo esse plano de São Paulo captar água no Rio Paraíba do Sul?
Olha, o governador (Geraldo Alckmin) está dando essas declarações que eu também vi pela imprensa, e ele está se baseando em um estudo que há oito anos o Estado de São Paulo vem desenvolvendo que é aquele da macrometrópole, com aproveitamento da água da macrometrópole paulista, pegando as regiões de São Paulo, Campinas, Sorocaba e Baixada Santista. Esses estudos que vêm sendo desenvolvidos para a gestão da água até 2018 contemplam essas alternativas, de captação da Bacia do Paraíba do Sul, ou essa que já começou em São Lourenço, a construção de novos reservatórios, mais dois em Piracicaba, entre outros. Então não é novidade isso aí.


Quer dizer, com base nisso que ele está falando com tanta segurança e buscando essa alternativa que, do ponto de vista locacional, é próxima e em tese seria mais barata que outras. Mas, esse estudo ele vinha sendo feito há oito anos sem essa crise, então o que se fizer agora será uma medida emergencial. Portanto, você tem vários municípios, várias regiões, imaginando que o Cantareira chegue ao colapso total, que não chova o suficiente no inverno, vai gerar um estado de calamidade pública, não tem água. Esse estado de calamidade ou de emergência que a gente já se encontra, ele dispensa algumas questões como licenciamento ambiental, ou audiências públicas, justamente por ser emergencial. Apesar disso, o governador já afirmou, a gente já fez essas ponderações, que quem decida isso seja o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). O conselho nacional tem essa competência legal de, quando o interesse do uso da água extrapola mais de uma bacia, que é o caso aí que vai interferir em várias bacias, ele deve acompanhar, promover discussões e estabelecer critérios. Temos que levar (o assunto) primeiro a esse colegiado, que tem a competência legal para isso, e depois promover a avaliação ambiental estratégica, apesar da escala de emergência.

Agora não é novidade, esses estudos não caíram do céu no lugar da chuva, eles já vê sendo apontados há bastante tempo. Por que eles não foram implementados antes? Já se sabia, estão sendo produzidos há oito anos.

sábado, 22 de março de 2014

Apetite global por energia aumenta pressão sobre água

A produção de energia é responsável por 15% de retirada de água do planeta, número que deve aumentar até 2035 com incremento da demanda energética

Vanessa Barbosa , Planeta Sustentável - 24/03/2014


Os recursos hídricos estão sob pressão para atender a crescente demanda global por energia. O alerta vem de um novo relatório da ONU, lançado na última sexta-feira (21), em Tóquio, por ocasião do Dia Mundial da Água. O documento analisa criticamente a falta de coordenação e planejamento entre os dois domínios, e insta a melhorias para evitar a escassez de energia, o desabastecimento de água e a deterioração dos recursos naturais.

No total, a produção de energia é responsável por 15% de retirada de água do planeta. Mas esse número está aumentando e, em 2035, o crescimento populacional, a urbanização e o aumento do consumo prometem empurrar o consumo de água para geração de energia até 20%.

A demanda por energia elétrica deve aumentar em 70% até 2035, com mais de metade deste crescimento vindo da China e da Índia.

Recursos hídricos em declínio já estão afetando muitas partes do mundo e 20% de todos os aquíferos já são considerados sobreexplorados.

Em 2050, 2,3 bilhões de pessoas estarão vivendo em regiões sujeitas a estresse hídrico severo, especialmente na África do Norte, Central e Sul da Ásia.

De acordo com o estudo, o desafio de atender a demanda por energia pode muito bem vir às custas dos recursos hídricos. Como a preocupação com o meio ambiente e os impactos sociais das térmicas e das usinas nucleares aumenta, os países estão tentando diversificar suas fontes de energia, visando reduzir a dependência externa e mitigar os efeitos da flutuação dos preços. Mas todos as opções têm seus limites, diz a ONU.
O cultivo de biocombustíveis, que requer uma grande quantidade de água, aumentou em grande escala desde 2000. Extração de gás de xisto também se espalhou nos últimos anos, particularmente nos Estados Unidos. Mas esta energia fóssil só pode ser extraída através de fraturamento hidráulico, que requer grandes quantidades de água e apresenta o risco de contaminar os lençóis freáticos.

Fontes de energia renováveis parecem menos prejudicial para o abastecimento de água, sugere o relatório. A hidroeletricidade atualmente atende 16% da demanda de energia em todo o mundo e seu potencial ainda é pouco explorado. No entanto, a construção de barragens pode ter um impacto negativo sobre a biodiversidade e as comunidades humanas.

Outras energias alternativas estão ganhando terreno. Entre 2000 e 2010, a energia eólica e a energia solar cresceram 27% e 42%, respectivamente, em todo o mundo. Mas, embora essas tecnologias exijam muito pouca água, eles fornecem energia de forma intermitente e precisa ser combinado com outras fontes que não necessitam de água.

Assim, pondera o relatório, apesar dos progressos na área das energias renováveis, o combustível fóssil deve manter a sua liderança nos próximos anos. Pelas previsões da Agência Internacional de Energia, os combustíveis fósseis devem manter sua liderança na matriz mundial até 2035, seguido das energias renováveis.

COMO ENFRENTAR O DESAFIO DA ENERGIA
O relatório destaca a necessidade de coordenar as políticas de água e de gestão de energia para enfrentar os desafios futuros. Isto inclui a revisão de práticas de preços para garantir que a água e a energia são vendidas a preços que reflitam seu custo real e impacto ambiental com mais precisão.

Sistemas que permitem a produção combinada de água e energia elétrica, provavelmente serão a chave para o futuro, diz o estudo.

É o caso das usinas de Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, e Shoaiba, na Arábia Saudita, que servem tanto para a dessalinização da água do mar como para a produção de energia.

Outa solução que vem ganhando força é reciclagem de água para geração de energia. A matéria orgânica serve para a produção de biogás rico em metano.

No Chile, a central de Farafana trata 50% do esgoto de Santiago e produz perto de 24 milhões de metros cúbicos de biogás. Cem mil moradores usam essa energia, em vez de gás natural.

Em Estocolmo, na Suécia, carros e táxis usam biogás produzido a partir de águas residuais. O interesse por esta tecnologia também está crescendo em países em desenvolvimento.

ÁGUA E ENERGIA: UMA RELAÇÃO DELICADA
O relatório mostra que os lugares onde as pessoas não têm acesso adequado à água coincidem, em grande parte, com aqueles onde as pessoas não têm energia elétrica, evidenciando o quão interligados são esses dois setores.

Em pleno século 21, 768 milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso a uma fonte de água tratada, 2,5 bilhões de pessoas não têm saneamento adequado, enquanto 1,3 bilhão de pessoas não possuem acesso a energia elétrica.

A coleta, o transporte e o tratamento de água necessitam de energia, enquanto a água é utilizada na produção de energia e para a extração de combustíveis fósseis. Usinas de geração elétrica, que produzem 80% da eletricidade no mundo, utilizam grandes quantidades de água para o processo de resfriamento.

Segundo a ONU, essas relações evidenciam que as escolhas estratégicas feitas em um domínio têm repercussões sobre o outro.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...