segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Carta da Terra

Carta da Terra
http://www.cartadaterra.com.br/ctoriginal.htm

Carta da Terra para crianças
http://www.cartadaterra.com.br/ctcriancas.htm

A CARTA DA TERRA  - Unesco (*)

Preâmbulo
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

Terra, Nosso Lar
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e é causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

Desafios Para o Futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não, ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções includentes.

Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos ao mesmo tempo cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um comparte responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem estar da família humana e do grande mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo presente da vida, e com humildade considerando o lugar que ocupa o ser humano na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à emergente comunidade mundial. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas de negócios, governos e instituições transnacionais será guiada e avaliada.

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente do uso humano.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
a. Aceitar que com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger o direito das pessoas.
b. Afirmar que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder comporta responsabilidade na promoção do bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e dar a cada uma a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
b. Promover a justiça econômica propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Garantir a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, a longo termo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

Para poder cumprir estes quatro extensos compromissos, é necessário:

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
a. Adotar planos e regulações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas em perigo.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como a água, solo, produtos florestais e a vida marinha com maneiras que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.
f. Manejar a extração e uso de recursos não renováveis como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminua a exaustão e não cause sério dano ambiental.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e quando o conhecimento for limitado, tomar o caminho da prudência.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica seja incompleta ou não conclusiva.
b. Impôr o ônus da prova àqueles que afirmam que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas conseqüências humanas globais, cumulativas, de longo termo, indiretas e de longa distância.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de sustâncias readioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis como a energia solar e a do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência equitativa de tecnologias ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar aos consumidores identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal ao cuidado da saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e o suficiente material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e uma ampla aplicação do conhecimento adquirido.
a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social, econômico e ambiental.
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e dar seguro social [médico] e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se a si mesmos.
c. Reconhecer ao ignorado, proteger o vulnerável, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.

10. Garantir que as atividades econômicas e instituições em todos os níveis promovam o desenvolvimeto humano de forma eqüitativa e sustentável.
a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro e entre nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e aliviar as dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas laborais progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, ao cuidado da saúde e às oportunidades econômicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiros plenos e paritários, tomadores de decisão, líderes e beneficiários.
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a criação amorosa de todos os membros da família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, dando especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas na raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os para comprir seu papel essencial na criação de sociedades sutentáveis.
d. Proteger e restaurar lugares notáveis, de significado cultural e espiritual.

IV. DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, a participação inclusiva na tomada de decisões e no acesso à justiça.
a. Defender o direito a todas as pessoas de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tivessem interesse.
b. Apoiar sociedades locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na toma de decisões.
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição [ou discordância].
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo mediação e retificação dos danos ambientais e da ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes e designar responsabilidades ambientais a nível governamental onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar na educação formal e aprendizagem ao longo da vida os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que os habilite a contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades assim como das ciências na educação sustentável.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massas no sentido de aumentar a conscientização dos desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e diminuir seus sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento externo, prolongado ou evitável.
c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies que não são o alvo [ou objetivo].

16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
a. Estimular e apoiar os entendimentos mútuos, a soliedariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro e entre nações.
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição de massa.
e. Asegurar que o uso de espaços orbitais e exteriores mantenham a proteção ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz é a integridade criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com o grande Todo do qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na história o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que comprometer-nos a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de de um modo de vida sustentável a nível local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender da continuada busca de verdade e de sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresa é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra junto com um instrumento internacional legalmente vinculante com referência ao ambiente e ao desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz e pela alegre celebração da vida.

NOTA

(*) No dia 14 de março de 2000, na Unesco em Paris, foi aprovada depois de 8 anos de discussões em todos os continentes, envolvendo 46 países e mais de cem mil pessoas, desde escolas primárias, esquimós, indígenas da Austrália,do Canadá e do Brasil, entidades da sociedade civil, até grandes centros de pesquisa, universidades e empresas e religiões a Carta da Terra. Ela deverá ser apresentada e assumida pela ONU no ano 2002 com o mesmo valor da Declaração dos Direitos Humanos. Por ela poder-se-ão agarrar os agressores da dignidade da Terra, os Pinochets anti-ecológicos em qualquer parte do mundo e levá-los aos tribunais. Na Comissão de Redação estavam Mikhail Gorbachev, Maurice Strong, Steven Rockfeller, Mercedes Sosa, Leonardo Boff e outros.

Fonte: http://www.dataterra.org.br
Link do site de Leonardo Boff: http://www.leonardoboff.com/

Notícias SOS Mata Atlantica

Confirmados data e local do Viva a Mata 2010


A sexta edição do “Viva a Mata – mostra de iniciativas e projetos em prol da Mata Atlântica” já tem data marcada: acontecerá entre os dias 21 e 23 de maio no Parque Ibirapuera, em São Paulo. O evento reúne diversas instituições que trabalham pela floresta e é promovido desde 2005 pela Fundação para comemorar o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio), convidando o público para saber mais sobre o Bioma por meio de atividades gratuitas. Em 2009, 80 mil pessoas aprenderam mais com os estandes temáticos, palestras, oficinas e diversas iniciativas de cerca de 100 instituições que lutam pela conservação da floresta.

Fundação participa do Verão Alpha FM com distribuição de mudas nos parques paulistanos

A SOS Mata Atlântica aproveita o verão para apoiar a rádio Alpha FM em ações realizadas nos parques de São Paulo desde o último sábado (9 de janeiro). A programação oferecida pela rádio inclui aulas de atividades esportivas, yoga, shows e palestras sobre temas como bem-estar, cidadania e sustentabilidade. A colaboração da SOS Mata Atlântica garante a distribuição de cerca de 2 mil mudas de jacarandá mimoso durante os dias de evento. A programação se estende até 7 de fevereiro, nos parques Ibirapuera, Independência, Aclimação e do Carmo. Confira o calendário completo no site da Alpha FM.

SOS Mata Atlântica recebe crianças e adultos para conhecer sua sede paulistana

Uma vez por mês a SOS Mata Atlântica promove o evento “Casa Aberta”, recebendo em sua sede, em São Paulo, interessados pelo Bioma, que nesta visita podem conhecer os projetos mantidos pela ONG e os profissionais responsáveis por cada um deles. Janeiro é mês de férias escolares, por isso a Fundação realiza duas edições do encontro. A primeira, dia 21 de janeiro, a partir das 14h30, é preparada especialmente para as crianças de 7 a 12 anos, acompanhadas de um responsável. Estão programadas atividades e brincadeiras, como a Roda das Sensações, o Jogo da Reciclagem e o Jogo da Cidadania. A segunda Casa Aberta, no formato usual para adultos, será dia 29 de janeiro, a partir das 14h. As vagas são limitadas nos dois encontros, por isso é necessário se inscrever com antecedência pelo email info@sosma.org.br ou pelo telefone (11) 3055-7896.

domingo, 17 de janeiro de 2010

exemplo de um agente modificador da sociedade - Dra. Zilda Arns

Montagem sobre fotos de Rodolfo Buhrer e Yhony Belizaire/AFP


A ÚLTIMA PREGAÇÃO: Escombros da Igreja Sacré Coeur de Tugeau, em cuja casa paroquial Zilda Arns proferiu uma palestra antes de morrer.

Nascer mulher em Forquilhinha, Santa Catarina, nas primeiras décadas do século passado significava ser, no futuro, professora ou religiosa. Zilda Arns, 13ª filha de uma família descendente de alemães, contrariou esse destino por amor. Aos 21 anos de idade, apaixonou-se pelo futuro marido, o então marceneiro Aloysio Neumann, que, chamado para um conserto na casa dos Arns, encantou-se com a jovem que viu na sala tocando piano. Foi também em nome de outra forma de amor, aquele mais sublime que se devota ao próximo, que Zilda enfrentou a resistência paterna e insistiu em estudar medicina, num tempo em que ser doutor era coisa de homem. O apoio do irmão, o hoje arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, foi fundamental para dobrar a família. "Ele havia estudado na Sorbonne e convenceu o pai de que estavam começando a formar mulheres médicas lá fora", conta Rogerio Arns Neumann, de 39 anos, um dos seis filhos que Zilda teve com Neumann, morto em um acidente no mar aos 46 anos de idade. Desde que alterou o curso do próprio destino, Zilda Arns não parou mais de mudar o dos outros, a começar por aqueles que a miséria e a ignorância haviam fadado a ter curta duração.
Nos anos 80, por sugestão de dom Paulo, a pediatra e sanitarista aceitou formular um projeto para disseminar o uso do recém-criado soro caseiro, aproveitando a imensa influência da Igreja Católica entre os pobres, e com isso combater o flagelo da mortalidade infantil. Assim nasceu a Pastoral da Criança, um projeto tão singelo na sua concepção quanto na execução. Consistia em identificar, nas paróquias e comunidades católicas, lideranças que treinariam voluntárias para ensinar mães pobres a adotar o soro. Essa e outras medidas igualmente simples ajudariam a evitar que seus filhos morressem de diarreia, desidratação, contaminação e outros males fáceis de vencer com quase nada de dinheiro e um pouco de informação. O local escolhido para iniciar o trabalho foi a pequena Florestópolis, no Paraná. Lá, a mortalidade infantil era tão alta que, no único cemitério existente, o número de cruzes de tamanho pequeno, que sinalizavam os túmulos de crianças, superava em muito o de cruzes grandes. Depois do trabalho da Pastoral, a taxa de mortalidade baixou de 127 óbitos em cada 1 000 crianças nascidas vivas para 28. A partir daí, o programa foi sendo exponencialmente replicado até alcançar 72% do território nacional, além de vinte países na América Latina, África e Ásia.
Ao longo dos 25 anos em que esteve à frente da Pastoral da Criança, Zilda Arns visitou os cantos mais remotos do Brasil. Aterrissou em um sem-fim de aeroportos, fez travessias em barcos precários e sacolejou de ônibus por estradas que eram mais buraco do que chão. Seus olhinhos azuis sempre radiantes se acostumaram a ver a pobreza extrema e seu corpo forte se habituou à contenção e à precariedade. Três meses atrás, ela esteve no Timor Leste, um dos países em que a Pastoral fincou suas bases e onde auxilia cerca de 6 000 crianças. Lá, como quase sempre, faltava quase tudo, incluindo água corrente na casa em que Zilda se hospedou com Rúbia Pappini, voluntária da Pastoral há vinte anos. "Para lavar os cabelos, mergulhávamos a cabeça debaixo da pia e reaproveitávamos a água que escorria para tomar banho de caneca", lembra Rúbia.

Na noite do último domingo, Zilda Arns interrompeu as férias de família para começar mais um pinga-pinga por aeroportos. De Curitiba, onde morava, fez escala em São Paulo e, da capital paulista, seguiu para Miami, nos Estados Unidos, onde pegou outro avião que a levou até o Haiti. Chegou a Porto Príncipe ao meio-dia da segunda-feira. No dia seguinte, ela faria uma palestra sobre o trabalho da Pastoral para um grupo de religiosos haitianos, num edifício de três andares em frente à igreja Sacré Coeur de Tugeau. Foi ao fim dessa palestra que se deu o terremoto. Quem descreve o ocorrido é o tenente Paulo Cézar Acebedo Strapazzon, que havia sido convocado para traduzir para o francês a fala da médica, esperada no 3º andar do prédio por 120 sacerdotes. Zilda chegou com quarenta minutos de atraso por causa de um engarrafamento no trânsito. A tradução acabou sendo feita por um civil haitiano que viera com o tenente e falava o crioulo, dialeto local, de compreensão mais fácil para a plateia.
Faltavam quinze minutos para as 5 horas quando a médica terminou sua palestra. A plateia deixou a sala, mas alguns padres se aproximaram de Zilda para fazer-lhe perguntas. Nesse momento, o tenente perguntou à médica se ainda poderia ser útil. Ela respondeu que mais tarde precisaria de ajuda para traduzir alguns manuais, o militar aquiesceu e os dois se despediram. Strapazzon desceu os lances de escada até o térreo, entrou em seu jipe, deu a partida e então viu todos os prédios desabar ao seu redor. Os três andares do prédio transformaram-se em um amontoado de pedras e vigas de metal. Zilda Arns morreu na hora, atingida na cabeça por uma viga do teto que desabou. Outros quinze religiosos que estavam na sala morreram também.
O corpo da médica chegou na sexta-feira a Curitiba, onde foi transportado em carro aberto – e aplaudido por pedestres que paravam à sua passagem. Zilda Arns tinha 75 anos, um terço dos quais consagrados aos despossuídos e à tarefa de celebrar o caráter sagrado da vida – o que ela fez em cada uma das infinitas vezes em que ajudou a evitar seu desperdício. Com gestos miúdos, persistência de formiga e fé colossal, construiu uma epopeia silenciosa que mudou a face do Brasil e o destino de milhões de pessoas. Sua vida teve a grandeza da de uma santa – e à sua obra pode-se dar o nome de milagre.


O extraordinário sucesso do programa criado por Zilda Arns, em conjunto com o arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella, é inversamente proporcional à complexidade de seus métodos. O trabalho da Pastoral da Criança, pelo qual ela recebeu uma indicação ao Prêmio Nobel, se baseia na adoção, por parte das mães, de medidas simples, mas que podem salvar a vida de seus filhos. A aplicação do soro caseiro (duas colheres de sopa de açúcar e uma de sal dissolvidas em 1 litro de água limpa) em crianças desidratadas e a ingestão da multimistura (farinha que aproveita folhas e grãos) para combater a desnutrição, por exemplo, são métodos de eficácia comprovada há muito tempo. O mérito da Pastoral foi fazer com que chegassem a quem precisa. Para isso, o programa se vale do trabalho voluntário – que elimina a logística e os gastos envolvidos em pagamentos e outras burocracias – e de uma metodologia antiassistencialista, que ensina as mães a cuidar melhor do desenvolvimento dos filhos em vez de torná-las dependentes de uma organização que o faça. O baixo custo da ação é outro dado surpreendente. O gasto mensal com cada criança da Pastoral é de apenas 1,70 real. A representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, avalia: "O Brasil foi um dos países que tiveram maior redução na mortalidade infantil nos últimos vinte anos. O trabalho da Pastoral da Criança foi fundamental para tanto".

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Dicas de Livros

  1. Práticas de Educação Ambiental, Estevão Keglevich e Ivonete Parreira, editora Deescubra - 2004;
  2. 40 Contribuições pessoais para a sustentabilidade, Geraldo Freire dias, editora Gaia - 2005;
  3. Alfabetização Ecológica, Fritjof Capra e outros, Editora cultrix - 2006

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Balão mostra o tamanho de uma tonelada de CO2 na atmosfera

Ele está montado perto da sede da COP 15.
  • Cada brasileiro é responsável por dois balões desses em emissões de gases-estufa, a cada ano;
  • já um americano emite 20
(Foto: Dennis Barbosa/G1)

Um balão instalado perto da sede da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas mostra o espaço ocupado por uma tonelada de gás carbônico na atmosfera.
Segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) referentes a 2006, um brasileiro emite aproximadamente o equivalente a dois desses balões, enquanto um americano emite quase vinte.
Essa discrepância é o que faz os países em desenvolvimento argumentarem que o principal montante do financiamento das ações de combate e adaptação ao efeito estufa deve vir das nações ricas.

fonte: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1414517-17816,00-BALAO+MOSTRA+O+TAMANHO+DE+UMA+TONELADA+DE+CO+NA+ATMOSFERA.html

Copenhague - COP15


China reclama de 'promessas vazias' em Copenhague

O chefe da delegação da China sobre assuntos climáticos em Copenhague, Xie Zhenhua, disse hoje acusou os países ricos de fazerem "promessas vazias" sobre a formação de um fundo para ajudar países em desenvolvimento a combater as mudanças climáticas.
"Eles apenas apresentaram palavras bonitas sobre a ajuda a países em desenvolvimento por meio de recursos e transferência de tecnologia, mas não querem tomar qualquer medida real", disse. Tais comentários destacam a grande divisão entre países desenvolvidos e emergentes a apenas dois dias da chegada de mais de 100 líderes mundiais que devem participar das negociações na capital dinamarquesa.
Perguntado se ele achava que alguma resolução com poder legal pode surgir da conferência de Copenhague, Xie disse: "Neste estágio das negociações, há muitas possibilidades".
Xie havia reiterado, mais cedo, durante uma coletiva de imprensa com representantes da Índia, Brasil e África do Sul, que os países ricos devem ampliar sua provisões sob o Protocolo de Kyoto e o mapa de Bali para que se alcance um novo acordo na conferência de clima da ONU.
Os países ricos não deveriam reescrever princípios já existentes (no novo acordo)", disse Xie.
fonte: As informações são da Dow Jones.
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

COP-15: Agora é a hora!

A 15ª Conferência das Partes (COP-15) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima é considerada o encontro mais importante do mundo desde o final da Segunda Guerra Mundial. Nele, os governos tentarão chegar a um acordo sobre o que precisa ser feito em relação ao clima do planeta, que está mudando rapidamente.

A COP-15 será realizada de 7 a 18 de dezembro´09. Durante um período de 12 dias, será preciso alcançar um Acordo do Clima que seja justo e com força de lei, ou seja, cujo cumprimento seja juridicamente obrigatório: um Acordo Global. Um esforço comum que enfrente, de forma substancial, as causas por trás das mudanças climáticas e que reduza os impactos potencialmente devastadores dessas mudanças.

Integrante da Rede WWF, que instigou uma grande cruzada para reunir especialistas, informações e argumentos necessários para obter os resultados que se busca em termos de políticas globais para o clima, o WWF-Brasil acompanha ao vivo, por intermédio de sua equipe, as discussões na Dinamarca. Durante todo esse ano, a instituição contribuiu para conscientizar as pessoas sobre os impactos e as consequências das mudanças climáticas, além de apoiar diversas iniciativas para ajudar os cidadãos a chamar a atenção dos líderes mundiais para o que está em jogo nesse encontro internacional.

"Estamos diante de uma oportunidade única para mostrar que política e ciência podem andar juntas. A despeito das dificuldades e dos imensos desafios ao multilateralismo, esperamos que as negociações possam indicar o caminho para uma economia global de baixo carbono, mais harmoniosa com o meio ambiente e justa às necessidades das populações", enfatiza Denise Hamú, Secretária Geral do WWF-Brasil.

 
Expectativas e Compromissos

Mais de cem chefes de Estado já confirmaram sua presença na COP15. Brasil, China e Índia trouxeram para a mesa de negociação um elemento novo e importante ao anunciarem metas para limitar suas emissões de gases de efeito estufa. Isto deu um impulso importante e os colocou os países em condição de cobrar das nações mais ricas sua responsabilidade, “A presença de tantos líderes mundiais cria em Copenhague o ambiente necessário para decisões firmes. Todos os países precisam estar engajados na definição de um acordo ambicioso e juridicamente vinculante, ou seja, que permita a cobrança legal pelos compromissos assumidos”, afirma desde Copenhague Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de Conservação do WWF-Brasil. “Mas ainda há países que não querem tomar estas decisões agora. Esperamos, então, que o presidente Lula exija dos países ricos que assumam compromissos firmes de corte em suas emissões e de apoio financeiro e tecnológico aos países em desenvolvimento. E que as nações desenvolvidas efetivamente contribuam para chegarmos a um acordo. É uma excelente oportunidade para o Presidente mostrar a liderança internacional que a sociedade brasileira vem cobrando há tempos”, conclui o superintendente.

O Brasil levará a Copenhague uma das maiores delegações da Conferência, incluindo os negociadores do Itamaraty, Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério do Meio Ambiente, além de observadores de vários outros ministérios, de governos estaduais, municipais, empresas, organizações não governamentais e movimentos sociais.

“Os brasileiros tem muito interesse pelo tema das mudanças climáticas. A maioria de nosso povo se preocupa com o assunto, sabe que somos vulneráveis e espera ações firmes do governo brasileiro”, reforça Scaramuzza. “É fundamental que os governantes sensibilizem-se definitivamente com o tema das mudanças climáticas e incorporem a sustentabilidade ambiental e as ações para redução de emissões de gases de efeito estufa em cada plano e ação de governo”, acrescenta. “Zerar o desmatamento, investir em energias renováveis e reduzir nossas emissões em todos os setores não é apenas importante para o clima do Planeta. Trata-se de uma obrigação com futuro de nosso país e com as gerações futuras”, conclui o superintendente de Conservação.

 Veja o que a Rede WWF e o WWF-Brasil defendem:

  •  Reduzir as emissões mundiais de carbono em 80% até 2050
  • Facilitar a transição para uma economia de baixo carbono
  • Fazer com que as economias emergentes e outros países em desenvolvimento tenham acesso a tecnologias limpas
  • Apoiar a adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento
  • Apoiar a meta de desmatamento zero da Rede WWF

Copenhague apagará suas luzes contra mudanças climáticas

O evento acontecerá às 19h do dia 16 de dezembro´09, quando todos os cidadãos de Copenhague deverão desligar suas luzes para a “Earth Hour”, conhecida como a “Hora do Planeta”, em português. Trata-se de um lembrete aos líderes de todo o mundo de que a possibilidade de um acordo global que proteja o planeta está em suas mãos.
A Hora do Planeta é um movimento global liderado pela Rede WWF para mobilizar a sociedade em torno da luta contra o aquecimento global, realizada desde 2007. A ideia é aproveitar o momento em que todo o mundo está voltado para o tema, com a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-15) e replicar, neste mês, na Dinamarca, esse movimento que normalmente ocorre em março em cidades do mundo todo.
“A Hora do Planeta surgiu com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre as mudanças climáticas e de promover a eficiência energética, portanto, não poderia deixar de acontecer também em Copenhague”, afirma Denise Hamú, secretária geral do WWF-Brasil.
A organização da Hora do Planeta entende que existem grandes esperanças para a COP15. No entanto, acredita que é necessário que o movimento continue ainda com mais força em 2010 de modo a reforçar uma ação global e contínua contra as mudanças climáticas e assegurar que um instrumento com vínculos legais seja cumprido.
Em março de 2009, mais de 4.100 cidades em 88 países participaram da Hora do Planeta, um símbolo extraordinário de esperança das pessoas para o futuro e de sua vontade e motivação para proteger nosso planeta. Esses números representam uma grande expansão do movimento, já que no ano anterior participaram apenas 371 cidades ao redor do mundo.
No Brasil, a Hora do Planeta deste ano teve a adesão de 113 cidades 1.167 empresas 527 organizações. O WWF-Brasil já está se preparando para a Hora do Planeta de 2010 que, segundo Denise Hamú, promete ser um evento ainda mais expressivo do que no ano passado.

fonte: http://www.wwf.org.br/?23360/Copenhague-apagar-suas-luzes-contra-mudanas-climticas

No dia de início da COP15, o Brasil ganha uma importante iniciativa para auxiliar no combate ao desmatamento e na redução da emissão de gases de efeito estufa.

Com a presença do ministro do meio ambiente, Carlos Minc, a Associação Brasileira dos Supermercados, Abras, lançou hoje o programa “Certificação de Produção Responsável na Cadeia Bovina. O programa promete criar condições para que os supermercados participantes ofereçam ao consumidor apenas produtos de frigoríficos que estejam comprometidos com o fim do desmatamento na Amazônia.
O programa também inclui o respeito ás leis trabalhistas, indigenistas, de saúde, á legislação ambiental e o não uso de trabalho infantil. Após a adesão ao programa, que deverá ser realizado num prazo máximo de 60 dias, os frigoríficos terão suas unidades de abate avaliadas, e deverão implementar o programa de forma continuada em todos os seus fornecedores, incluindo fazendas de cria e recria de animais. Após 1 ano, devem comprovar que pelo menos 50% dos critérios exigidos encontram-se em algum estágio de implementação. As avaliações serão conduzidas por equipes de auditores externos.
A ABRAS anuncia que os casos identificados como de não conformidade com o programa sofrerão punições que vão desde a assinatura de um TAC (termo de ajustamento de conduta) até a suspensão do fornecimento. Os frigoríficos que apresentarem boa avaliação receberão um certificado válido por 3 anos.
A iniciativa acontece seis meses após o lançamento do relatório do Greenpeace “A Farra do boi na Amazônia”, que aponta o setor pecuário como principal vetor de desmatamento da floresta. O Brasil ocupa a quarta posição de maior emissor de gases de efeito estufa no mundo e a principal fonte de emissão brasileira é a destruição da Amazônia.
Em outubro, grandes frigoríficos como a Marfrig, Bertin, Minerva e JBS assumiram publicamente o compromisso de desmatamento zero na Amazônia. ¨Com o lançamento deste programa, a ABRAS também entra nessa briga¨ - disse Marcio Astrini, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.
O programa também tem o potencial de criar uma espécie de guia de consulta aos consumidores, diferenciando os supermercados que assinam o programa dos que não o assinam. Essa lista, segundo a ABRAS, estará publicada em seu site.

fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/amazonia/noticias/abras-adere-desmatamento-zero

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