terça-feira, 25 de maio de 2010

A energia renovável de Belo Monte, por Paulo Costa

Para este espaço interessa olhar Belo Monte sob o ponto de vista de geração de energia elétrica, aliás a energia de fonte mais limpa possível. O projeto de Belo Monte, que  concluída sua construção vai estabelecer a terceira maior usina hidrelétrica do mundo (depois de Três Gargantas na China e Itaipu – foto ao lado), remonta à década de 1970. Desde lá foram centenas de estudos de todo tipo e diversas interrupções por conta de variadas formas de pressão, inclusive internacional. Agora que a licitação foi realizada e o resultado anunciado, em meio a liminares judiciais concedidas e suspensão delas por tribunais superiores, o projeto vai – inevitavelmente – ganhar vida como obra.
Os fatores favoráveis a Belo Monte bem como os interesses contrariados, que vão desde as comunidades indígenas que serão afetadas até ONGs ambientais passando por considerações técnicas que dizem que o projeto não tem todo o potencial anunciado, já foram debatidos e descritos em todos os meios de comunicação. O que pretendemos dizer aqui é que tudo na vida tem um custo, absolutamente tudo. Nas questões de desenvolvimento da infraestrutura de um país este custo aparece com facilidade. Seja a construção de uma rodovia, de um duto para transporte de combustíveis ou a expansão de um terminal marítimo, as considerações ambientais, ecológicas e sociais são sempre evidentes, em particular no mundo de hoje que se preocupa – corretamente – com o futuro de nosso planeta.
Mas precisamos nos mover, necessitamos consolidar as bases para acomodar o desenvolvimento de nossa economia, o bem estar da população crescente, o equilíbrio nas fontes de energia. Não se constroi uma usina hidrelétrica deste porte em qualquer lugar. Considerações técnicas de variados matizes levaram à decisão de se acomodar este projeto em uma região como Altamira em nosso histórico rio Xingu. No ponto em que estamos cria-se em todos a obrigação de sermos vigilantes para que a obra se desenvolva com os menores impactos possíveis ao ambiente e em particular às pessoas que serão afetadas. Isto feito poderemos ver uma situação em que, ao longo do tempo, o custo deste movimento desenvolvimentista seja compensado por vantagens futuras que satisfaçam a todos.
 Construída com respeito às normas impostas pelo edital e sob nossos olhares atentos poderemos não só ter um aumento importantíssimo de nossa segurança energética bem como uma obra que sirva de orgulho para o Brasil.

quarta-feira, 21 de abril de 2010 - 21:20


fonte: http://portalexame.abril.com.br/rede-de-blogs/bioagroenergia/2010/04/21/a-energia-limpa-de-belo-monte/

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