segunda-feira, 7 de março de 2011

Hamburgo, na Alemanha, é escolhida a capital verde europeia de 2011

Postado em 03/03/2011 ás 14h59
A cidade pretende reduzir 40% de suas emissões até 2020 e 80% até 2050 l Imagem: Guia TimeOut
 
A cidade alemã de Hamburgo foi escolhida a capital verde europeia de 2011. A estrutura de transportes e a meta ambiciosa de redução nas emissões de carbono foram fatores importantes que motivaram a escolha.
O condado, localizado no norte da Alemanha, pretende reduzir 40% de suas emissões até 2020 e 80% até 2050, comparado à quantidade que era emitida em 1990. Atualmente a cidade já alcançou níveis respeitáveis, com redução de 15%.
Para que essa eficiência fosse alcançada foi feito um replanejamento na estrutura dos edifícios e mudança na matriz energética nos meios de transporte. Os veículos pesados passaram a contar com motores híbridos e existe um estudo de mudança nos combustíveis dos barcos, para que as transformações sejam ainda mais efetivas ambientalmente. O governo também pretende encontrar uma maneira de usar gás natural no transporte marítimo.
O transporte público em Hamburgo é totalmente eficiente. Existe um ponto de ônibus a cada 300 metros de qualquer habitante. A cidade utiliza dois ônibus híbridos e outros oito estão em fase de testes. Outro coletivo de destaque é o S-Bahn, espécie de trem elétrico alemão, que tem como fonte energética a hidroenergia.
A cidade também é exemplo na preservação das áreas verdes, que ocupam 28% de seu território. As terras cultivadas, parques e áreas verdes públicas compõem 41% da área municipal, que possui 240 mil árvores. Todos esses fatores colaboram para que a qualidade do ar seja considerada muito boa.
O local é um alvo bastante escolhido por cientistas e pesquisadores para os estudos climáticos. A Universidade de Hamburgo abriga atualmente mais de 450 cientistas no Centro de Ciências Marinhas e Atmosféricas, que também é conhecido como campus do clima.
Redação CicloVivo

BNDES coopera para o desenvolvimento da energia eólica no Brasil

Postado em 04/03/2011 ás 12h07
Atualmente o Brasil conta com 51 parques eólicos em funcionamento e 18 outros projetos em fase de construção. (Imagem:gtz.de)
O desenvolvimento da energia eólica em território nacional já pode contar com um financiamento de R$ 790,3 milhões de reais, liberados recentemente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).
A verba disponibilizada pelo banco estatal será utilizada para a construção de nove parques de geração de energia eólica. Somente o estado do Ceará receberá oito dessas estruturas, com capacidade para gerar até 211,5 megawatts. A outra fazenda será construída no Rio Grande do Sul, com potência instalada de 70 MW.
Os investimentos em energia eólica não param por aí. Segundo o banco, existem outros 51 contratos de financiamentos diretos e indiretos, que somam R$ 4,1 bilhões em investimentos. Outros pedidos estão em processo de análise, para que o BNDES decida sobre a liberação de mais R$ 3,3 bilhões em créditos.
O apoio do BNDES é de extrema importância par ao desenvolvimento da energia eólica no Brasil. Atualmente o país conta com 51 parques eólicos em funcionamento, produzindo 937 MW, 18 outros projetos estão em fase de construção e devem iniciar suas operações ainda neste ano.
Além do benefício ambiental, que a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis traz, os projetos são responsáveis pelo desenvolvimento social das áreas em que estão construídos. Nos oito novos projetos que serão construídos no nordeste a expectativa é de que sejam gerados 1,2 mil empregos, durante a fase de construção. No Rio Grande do Sul, deverão surgir diretamente novos 535 empregos. Com informações da Agência Estado.
Redação CicloVivo

Primeira escola de garrafas PET é construída na Ásia

Postado em 28/12/2010 ás 11h46
A escola foi construída com milhares de garrafas de 1,5 e 2 litros de refrigerante e água. (Imagens:Kristel Gonzales)
 
Construída em San Pablo, nas Filipinas,  a escola feita com garrafas plásticas descartadas é a primeira deste tipo na Ásia. O projeto foi concebido por Illac Diaz, juntamente com a MyShelter Foundation (Fundação Meu Abrigo).
Quando Diaz percebeu a falta de escolas em pequenas províncias das Filipinas, pensou em uma maneira de resolver isso e criou o Bottle School Project (Projeto de Escolas de Garrafa). O objetivo do projeto é conscientizar a população sobre a importância da construção de novas escolas, além de dar novo uso a um material com descarte considerado problemático nos dias de hoje.
“É muito gratificante porque o que costumava ser um problema, hoje é considerado uma nova solução”comenta Diaz sobre o uso de garrafas na construção.
Illac Diaz já é conhecido mundialmente por seus projetos sociais inovadores. Em 2008, Diaz foi nomeado como “Jovem Líder Global” pelo Fórum Mundial Econômico em Genebra, na Suíça.
A escola foi construída com milhares de garrafas de 1,5 e 2 litros de refrigerante e água. As garrafas PET foram preenchidas com adobe líquido, que é constituído basicamente de terra crua, água, palha ou fibras naturais. A combinação, que é relativamente barata, chega a ser três vezes mais forte que o concreto.
Em Junho, a Fundação MyShelter organizou uma corrida para coletar as garrafas PET, a campanha foi considerada um sucesso. A escola foi construída com a ajuda de dezenas de voluntários. O terreno foi doado pelo governo local de San Plabo.
A escola é apenas a primeira de muitas, já que Diaz pretende continuar com seu projeto e disseminar a ideia para outros países.

fonte:  http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/1724/primeira_escola_de_garrafas_pet_e_construida_na_asia/

Rio de Janeiro ganha primeira escola pública sustentável do país

Postado em 07/03/2011 ás 08h30
Colégio Estadual Erich Walter (Imagem:Divulgação)
 
Localizado em Santa Cruz, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, o Colégio Estadual Erich Walter foi escolhido para ser o primeiro de outros 40 possíveis projetos de escolas verde no país. A obra é uma iniciativa do SEEDUC do Rio de Janeiro (Secretaria de Estado de Educação), em parceria com a empresa ThyssenKrup CSA.
A arquiteta responsável pela certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) da obra, Luiza Junqueira, diz que "esta não é  apenas a primeira escola a buscar a certificação LEED no país (registrada oficialmente como LEED Schools), é a primeira escola pública no mundo a tomar esta iniciativa".
A escola tem como foco principal a formação técnica profissionalizante e o ensino médio. O projeto possui 3.700 m² e custou de 11 milhões de reais, financiados pela ThyssenKrup CSA. "Um projeto certificado LEED normalmente já sai mais caro em função da qualidade das instalações e outras considerações que normalmente não são considerados em um projeto comum", aponta Luiza.
Além do custo mais elevado o desafio em construir um colégio sustentável é superior a qualquer outra obra. "O LEED Schools têm pré-requisitos específicos que não são considerados em outras certificações, como a apresentação de um relatório ambiental da qualidade do solo e a especificação de forros acústicos em todas as áreas de core-learning, questões estas que normalmente não são consideradas nem em escolas particulares de alto padrão", adiciona.
A escola contará com a instalação de bicicletários, vagas especiais para veículos de baixa emissão, aumento de áreas verdes e pavimentação permeável, telhado verde (com acesso à visitação), reaproveitamento das quadras existentes (antigamente o local funcionava como uma praça pública), reaproveitamento de materiais de pavimentação, área para reciclagem, reaproveitamento de água de chuva, metais de baixo consumo de água e válvulas de duplo acionamento, revestimentos com baixos índices de compostos orgânicos voláteis, forros acústicos, toda iluminação em lâmpadas LED, equipamentos de ar condicionado eficientes e painéis solares para aquecimento de água. "Além disso, o time pedagógico já vem trabalhando fortemente para fazer da escola uma ferramenta de ensino e conscientização de práticas sustentáveis", declarou.
Inicialmente o projeto modelo estava focado apenas em formar profissionais para trabalhar na própria Thyssen. A ideia da certificação nasceu posteriormente por iniciativa dos funcionários da secretaria da escola, que apresentaram a ideia à Thyssen. As obras estão em fase de acabamento no prédio principal e as áreas externas, como as quadras e piscinas, serão entregues no próximo semestre.

Com “carnaval sustentável”, São Luiz do Paraitinga busca preservação

Uma cidade que me orgulha de ser brasileira..... exemplo de superação após uma grande enchente

Postado em 07/03/2011 ás 08h00
São Luiz do Paraitinga volta a receber foliões no Carnaval 2011 (Imagem: VNews / G1)
 
Um dos mais conhecidos do estado de São Paulo - passou por modificações neste ano para se tornar mais sustentável. A festa mudou de local e foi redimensionada para que não ameaçasse os prédios do centro histórico parcialmente destruídos por uma enchente no ano passado.
Neste ano, o carnaval foi levado para uma praça ao lado da rodoviária, onde foram montados o palco e quiosques e instalados dezenas de banheiros químicos.
O público da festa também foi reduzido para facilitar a segurança das pessoas e do patrimônio arquitetônico da cidade. Tradicionalmente, cerca de 50 mil turistas participavam dos quatro dias de folia em São Luiz do Paraitinga, a 182 quilômetros (km) de São Paulo. Isso é quase cinco vezes o número de habitantes do município. Já neste ano, são esperados na cidade 10 mil foliões.
“A proposta é fazer um carnaval sustentável, compatível com uma cidade que está em reconstrução”, disse a assessora de Planejamento de São Luiz do Paraitinga, Cristiane Bittencourt, uma das responsáveis pela revitalização da cidade após a enchente de 2010.
Segundo ela, neste ano a chuva, mesmo indesejada, acabou ajudando a reduzir o número de foliões na cidade. Nesta semana, o nível do Rio Paraitinga subiu novamente, encobriu ruas e acabou assustando alguns turistas que planejavam passar o carnaval em São Luiz.
No entanto, nem a chuva nem as mudanças diminuíram a animação dos foliões que compareceram ao retorno do carnaval luizense. No último sábado (5), segundo dia da festa, milhares de pessoas lotaram à avenida em frente à rodoviária, que faz parte do novo percurso dos blocos da cidade.
“Para mim, o carnaval está até melhor assim”, afirmou a atriz Francine Lobato. “Não tem tanta falta de respeito quanto tinha antes.”
Nas ruas do centro histórico, o cenário é de desolação para os visitantes que frequentam há anos o carnaval de Paraitinga. “Dá um dó olhar para estes casarões históricos todos destruídos. Este ano está fraco o público. Só quem vinha para cá sempre voltou neste ano de novo. Muita gente nem sabe que tem carnaval”, afirmou o estudante Sérgio Caninello, de 24 anos.
A prefeita de São Luiz do Paraitinga, Ana Lúcia Bilard, disse hoje que espera que no ano que vem, após as obras de revitalização dos prédios da cidade, o carnaval volte ao centro histórico. O projeto dela, porém, é manter a festa com menos pessoas para garantir a preservação do município.
O carnaval de São Luiz do Paraitinga deste anoestá sendo definido pelo público como “uma festa de família"- “Me lembro do carnaval de Paraitinga há 25 anos, quando eu encontrava alguém caído bêbado na sarjeta, sabia quem ele era e levava-o até a sua casa. Agora está assim de novo. Todo mundo se conhece, se cumprimenta. Um carnaval de família”, disse ao G1 o comerciante Carlos Alberto de Andrade, de 44 anos, que nasceu na cidade e perdeu a casa na inundação do ano passado.
Comerciantes reclamam de pouca procura
Quem não gostou do “carnaval familiar” de 2011 foram os comerciantes, que reclamam que a prefeitura limitou a divulgação do primeiro carnaval após a enchente para impedir a invasão dos turistas e não atrapalhar a reconstrução. Isso porque, nos bares e restaurantes, havia cadeiras vazias e pouca procura.
“Moro há 65 anos em Paraitinga e nunca vi um carnaval tão fraco. A preocupação da prefeitura é com a segurança da estrutura da cidade, mas deixa de lado o turismo, que não lucra com o pouco público da festa”, reclamava Santo Lobo, proprietário de um bar no centro histórico.
Entre as medidas tomadas pela prefeitura está a criação de um pedágio na entrada de Paraitinga que limita a 1.500 o número de carros que entram na festa. Quem fica de fora tem que entrar a pé. A assessoria de imprensa da prefeitura diz que as medidas são para que não haja uma invasão de turistas à cidade em um momento delicado de reconstrução.
Fonte: Agência Brasil e G1

Australiano cria temporizador para controlar a duração do banho

Postado em 07/03/2011 ás 09h50
Projetado para lidar com o problema da falta de água. O temporizador controla a quantidade de tempo que uma pessoa passa no chuveiro, cortando o fluxo de água quando um determinado período de tempo decorre. (Imagem:Divulgação)
 
A água doce é um recurso cada vez mais precioso e países como a Austrália estão caminhando para a escassez. Isto levou o governo e o público a um desejo crescente de redução no consumo. Por isso, o  australiano David Sharples, estudante de designer, foi convidado a criar um método eficiente para reduzir a duração do banho de uma pessoa. 
Para conseguir isso, ele projetou um temporizador de chuveiro mecânico e ajustável, que é capaz de reduzir o consumo de água, controlando a quantidade de tempo que uma pessoa passa no chuveiro. O equipamento corta o fluxo de água quando o período estabelecido chega ao seu limite. 
A invenção foi desenvolvida para uma competição conhecida como Australian Design Award. Quando Sharples foi questionado sobre a eficiência dos produtos, ele apenas respondeu “o produto é de uso simples e ambientalmente correto. Projetado para ajudar a lidar com este grande problema nacional que está por afetar a viabilidade da Austrália como uma área adequada para a habitação humana”. Usando este timer, o usuário pode controlar a duração do banho, ajudando a economizar água gastando apenas o tempo suficiente para tomar a ducha. 
O dispositivo foi projetado com a sustentabilidade em mente. O temporizador opera 100% mecanicamente, por isso não requer pilhas descartáveis para funcionar, poupando o meio ambiente de mais resíduos não biodegradáveis e toxinas. O timer é moldado a partir de um polipropileno homopolímero natural. Este material foi escolhido porque é reciclável e forte o suficiente para resistir ao impacto caso caia em um piso de ladrilho e também para resistir à pressão e ao calor gerado por um chuveiro quente. Isto também tem a vantagem de dar ao temporizador uma vida útil de pelo menos dez anos, ou seja, o fabricante não vai precisar fabricar muitos temporizadores ao mesmo tempo, reduzindo a quantidade de subprodutos gerados durante a produção, fabricação e material, que serão lançados no meio ambiente. Partes do timer são conectados por uma série de parafusos e encaixes. Isso serve para que, no final da vida útil do produto, as peças do temporizador do chuveiro possam ser removidas para serem recicladas ou reutilizadas em uma nova geração do produto, em vez de ter de comprar ou fazer novas peças. 
Este produto é seguro para uso em um ambiente de banho. Como o temporizador opera mecanicamente, não existe possibilidade de um mau funcionamento elétrico, se exposto à água. Além disso, as bordas exteriores têm circunferência de 0,5 milímetros sobre eles, para evitar lesões. Os gráficos de controle consistem em linhas de indicador simples e de grande porte. Os números em negrito são inequívocos e facilmente identificáveis para aqueles com baixa visão, evitando erros do utilizador.
O temporizador harmoniza com o banheiro do usuário. O formato cilíndrico, as bordas arredondadas e a coloração branca são encontrados em muitos aspectos de produtos de banho. A limpeza do dispositivo também é fácil; pode ser limpo com um pano úmido sem necessidade da utilização de produtos químicos ajudando ainda mais o meio ambiente. 
Redação CicloVivo

Especialistas debatem metas e gastos para redução nas emissões brasileiras

Postado em 23/02/2011 ás 10h40
Para os transportes, a solução apresentada na discussão sobre o estudo foi a ampliação das malhas ferroviárias. l Foto: Márcio Rogério / Campos Online
Para que o Brasil alcance resultados expressivos na redução das emissões dos gases de efeito estufa o país deverá investir quase 700 bilhões de reais. A estimativa foi apresentada no Estudo de Baixo Carbono para o Brasil, em junho de 2010 e se tornou alvo de discussões entre especialistas na última segunda-feira (21).
A pesquisa, iniciada em 2007, foi feita pelo Banco Mundial, parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e universidades públicas. O estudo analisou diferentes cenários para que chegasse à estimativa de valor apresentada. A quantia específica de R$ 665,5 bilhões inclui investimentos realizados em quatro áreas responsáveis pela poluição do ar: solo, resíduos, energia e transporte. As mudanças em cada uma das áreas deveriam ser feitas nos próximos anos vinte anos, para que o alvo de redução seja alcançado até 2030.
A área que merece maior atenção e que necessita de mais mudanças, segundo o estudo, é o cuidado com a terra. Atualmente, o desmatamento, a agricultura e a pecuária representam 75% das emissões nacionais de CO2. Se for instituída uma nova dinâmica para redução do desmatamento, o Brasil conseguiria reduzir 68% das emissões dentro do prazo estabelecido.
Ao contrário de outros países, os setores de transporte e energia brasileiros não são os maiores poluidores nacionais. Isto ocorre porque grande parte da matriz energética utilizada aqui é proveniente de fontes renováveis como os biocombustíveis e as hidrelétricas.
Os gastos calculados pelos especialistas incluem novas tecnologias para as quatro áreas analisadas. Algumas possuem soluções mais práticas, como o transporte, e outras ainda são desafios para o país, como a terra. A pecuária coloca o Brasil como um dos maiores emissores mundiais de gás metano, que chega a ser até 72 vezes mais poluidor que o CO2, segundo pesquisas realizadas pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos.
Para os transportes, a solução apresentada na discussão sobre o estudo foi a ampliação das malhas ferroviárias. O setor de energia teve como solução o investimento nas fontes limpas e renováveis, principalmente a energia eólica, obtida a partir da força dos ventos.
Além do desafio de desenvolver nos projetos e tecnologias, o Brasil também precisa estudar a fonte desse grande investimento. O especialista Christophe de Gouvello, do Banco Mundial, explicou que o dinheiro poderia ser proveniente de negociações internacionais ou o país poderia buscar apoio na ONU, através do fundo que destinará anualmente US$ 100 bilhões para tecnologias limpas. Com informações da Folha e da Embrapa.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Projeto ensina crianças a respeitarem as diferenças

Postado em 23/02/2011 ás 11h39
 
É normal termos curiosidade por algo que não conhecemos e que nos chama a atenção. E as crianças então, que sabem tão pouco da vida, têm mais pelo que sentir curiosidade do que os adultos. Claro que quando veem pela primeira vez alguém em cadeira de rodas, ou muito obeso, ou de cabelos verdes, elas podem não se conter e fazer um comentário indiscreto, sem maldade, expressando sua “descoberta”.
O importante é mostrar a elas que existe um limite entre a curiosidade e a chacota. “É preciso fazê-los entender que a diferença não pode ser motivo de piada”, afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano. Afinal, ninguém é igual a ninguém e, portanto, convivemos diariamente com as diferenças, sejam ela sutis ou evidentes.
Sotaque, óculos, aparelhos ortodônticos, raça, altura... São muitos os fatores que podem virar piadas. Algumas vezes, as crianças são influenciadas pelos preconceitos dos pais que, mesmo que não digam diretamente aos filhos, acabam fazendo comentários ou brincadeiras jocosas perto deles. O suficiente para dar às crianças subsídio para fazer gozações.
“Ser diferente não inferioriza ninguém”, diz Ana Cássia. “Desde cedo é preciso aprender que cada um tem suas características particulares, e nem por isso um é melhor do que o outro”.
Para a especialista, a melhor maneira de mostrar isso é através do convívio com outras pessoas sob o mesmo tratamento. Uma sala de aula, por exemplo. “Não é preciso fazer apologia nem forçar o convívio como tentativas de ensinar o respeito às diferenças”, exemplifica Ana Cássia. “Mas é interessante que os educadores aproveitem as oportunidades que surgirem para mostrar a importância da tolerância”.
Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, no Morumbi, corrobora a opinião de Ana Cássia. Na escola, o assunto é tratado com sutileza. Em vez de destacar as diferenças, as professoras buscam valorizar as particularidades. “A professora deve tratar, através da linguagem, as características de cada aluno”, ensina Maria. Dessa maneira, a identidade e o respeito às diferenças são desenvolvidos desde cedo.
Conforme as crianças crescem, a abordagem muda. A partir dos quatro anos de idade, quando a criança começa a perceber o ambiente a seu redor e fazer comparações, é hora de desenvolver o respeito à opinião alheia. O Colégio Ápice desenvolve um projeto chamado “Preferências”, no qual cada aluno expõe sua opinião, que é devidamente registrada pela professora e exposta aos colegas. Maria explica que “a intenção é fazer o aluno perceber que nem todo mundo pensa igual”.
Apesar dos esforços, às vezes a criança mantém uma postura de desrespeito às diferenças físicas e de opinião. Nestes casos, afirma Maria, é preciso uma abordagem direta do assunto. A partir dos seis anos de idade, uma sugestão de Maria é fazer uma roda filosófica, ilustrando o caso de discriminação com uma história similar à que tem ocorrido na escola. A educadora alerta que os nomes não podem remeter a nenhum dos envolvidos no episódio de preconceito. “Sem o envolvimento emocional, a criança consegue se distanciar e perceber que seu comportamento é inadequado”.

fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2077

Governo libera retomada nas construções de Belo Monte

Decisão em plena epoca de carnaval.... é facil autorizar qualquer coisa.... quem está interessado?
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Governo libera retomada nas construções de Belo Monte

Postado em 03/03/2011 ás 17h23
A liminar que impedia a continuidade das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte foi derrubada nesta quinta-feira (3). (Imagem: O Globo)
A liminar que impedia a continuidade das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte foi derrubada nesta quinta-feira (3) pelo governo brasileiro. Na última semana a Justiça Federal havia ordenado que as obras parassem até que todas as normas fossem cumpridas.
A liberação para a continuidade das obras foi decidida pelo desembargador Olindo Menezes, presidente do Tribunal Regional Federal (TRF). Segundo ele, a empresa Norte Energia, responsável pelas obras, não precisa cumprir todas as exigências ambientais impostas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).
A paralisação havia sido feita justamente pelo fato de a liberação parcial concedida anteriormente pelo Ibama não condizer com os procedimentos previstos na legislação brasileira. Com informações da Agência Estado.
Redação CicloVivo

quinta-feira, 3 de março de 2011

A sustentabilidade e o medo de ser feliz

SEXTA-FEIRA, 5 DE JUNHO DE 2009



Autor de A Revolução Decisiva – Como Indivíduos e Organizações Trabalham em Parceria para Criar um Mundo Sustentável, Peter Senge não gosta do termo sustentabilidade. Isso ele fez questão de deixar claro em palestra ministrada para 500 pessoas, a convite do Grupo Santander, na última segunda-feira, em São Paulo.
    Sua aversão á essa palavra, que tem sido utilizada como remédio para nove entre dez males da atualidade, não se deve ao desgaste provocado por excesso de uso nem pelo consequente esvaziamento do seu significado. Deve-se sim a uma conotação negativa. Na opinião do professor do MIT, a sustentabilidade desperta medo nas pessoas. Não por acaso, a expressão tomou impulso após o anúncio do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, no final de 2006, quando cientistas convocados pelas Nações Unidas advertiram sobre o aquecimento global, a responsabilidade humana e o risco para a vida na terra.
  
Na análise de Senge, o medo assusta e imobiliza. Mas não necessariamente induz à mudança. Para mudar, os indivíduos precisam se sentir emocionalmente parte do processo. E a conexão será tanto mais forte quanto mais intensos e claros forem os sentimentos positivos envolvidos. Parece retórico, mas não é. A mudança  para um modelo mental sustentável não advém da racionalização provocada pelo medo. As pessoas devem senti-la e vivenciá-la, fazendo emergir novos processos, produtos, hábitos e estilos de vida não a partir da análise do passado, mas da ousadia de criar o futuro, algo que só pode surgir das profundezas de mentes abertas e livres de condicionamentos.
   
 No lugar de sustentabilidade, Senge prefere utilizar em seus treinamentos a expressão “ampliação do sistema”. Normal para alguém a quem se atribui a iniciação das corporações ao pensamento sistêmico (seu livro A Quinta Disciplina ainda repousa na cabeceira de muitos executivos em todo o mundo). Na prática, o que ele propõe, com outro nome, é que os líderes aprendam a reconhecer, no desenho de suas estratégias e na tomada de decisões de negócio, a interdependência entre os sistemas econômico, social e ambiental.
   
 Há pouco mais de uma década –lembra – as empresas reagiam ás questões socioambientais como elas não fizessem parte do seu mundo. Era normal pensar e agir assim. Ninguém se sentia constrangido por tratar como externalidades os  impactos provocados no meio ambiente e nas comunidades. Nos últimos anos, no entanto, essa posição conveniente teve que ser revista ante à maior pressão da sociedade por novos compromissos e responsabilidades, mas principalmente, à constatação de que o esgotamento dos sistemas social e ambiental pode impor limites severos ao desempenho do sistema econômico.
   
   O que deve motivar uma empresa a ser sustentável  não é o medo de viver num mundo insustentável. Mas a alegria de inventar a melhor solução, de se antecipar á concorrência  e de participar da criação de um futuro sustentável. Segundo Senge, a alegria produz ambiente favorável ao engajamento, à colaboração e à criatividade.

Veja mais sobre esse assunto em www.ideiasustentavel.com.br


Publicado por Voltolini às 10:47

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