Este lindo Planeta Azul, nossa querida GAIA, é possuidora de uma força e beleza tão intensa e abrangente que é impossível não sentirmos UNO com TODOS.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Brazil: A Hungry Planet and Brazilian Agriculture
english
http://www.youtube.com/watch?v=FhiEJOC_-kc
portugues
http://www.youtube.com/watch?v=aoiP-WK3V8
Video is a BASF's tribute to the Brazilian farmer. With hard data and didactic comparisons, shows the evolution of the crop yield, highlighting Brazil's vocation for agricultural production. Brazil can help feed the world while preserving their forests.
http://www.youtube.com/watch?v=FhiEJOC_-kc
portugues
http://www.youtube.com/watch?v=aoiP-WK3V8
Video is a BASF's tribute to the Brazilian farmer. With hard data and didactic comparisons, shows the evolution of the crop yield, highlighting Brazil's vocation for agricultural production. Brazil can help feed the world while preserving their forests.
Câmara aprova Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro
Flavia Loureiro NAB Núcleo dos Amigos do Brooklin
"INFORMAÇÃO" Direito e Dever de todos Art.5ºXIV,CF/Cap.40 Agenda 21
com.br/index.php/camara- aprova-sistema-de-protecao-ao- programa-nuclear-brasileiro/
--
"INFORMAÇÃO" Direito e Dever de todos Art.5ºXIV,CF/Cap.40 Agenda 21
Da Redação - 21/11/10 - 16:55
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, na Câmara Federal, aprovou em caráter conclusivo o Projeto de Lei 2881/04, do Executivo, que institui o Sipron (Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro), que responderá pela proteção das atividades, instalações e projetos ligados à produção de energia nuclear no País.
O relator na comissão, deputado Carlos Willian (PTC-MG), votou pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da proposta, que segue agora para análise pelo Senado.
Modificações
O projeto revoga as denominações dos órgãos ligados ao Sipron previstas no Decreto-Lei 1809/80, que instituiu o sistema. O texto aprovado estabelece que os órgãos integrantes do Sipron serão definidos com base em suas responsabilidades sobre as atividades desenvolvidas, e não mais por suas denominações.
A justificativa do governo, acolhida pelos parlamentares, baseia-se no fato de que as inúmeras reformas administrativas promovidas desde a edição do decreto-lei, em 1980, extinguiram alguns órgãos e alteraram a competência de outros, prejudicando o funcionamento do Sipron.
Ainda de acordo com a proposta, a regulamentação do sistema será estabelecida por decreto, enquanto a estrutura organizacional e as atribuições dos órgãos, instituições e empresas que o compõem serão definidas por regulamento.
Estrutura
O Sipron terá um órgão central, vinculado ao governo federal, encarregado de planejar, coordenar e supervisionar as atividades. Haverá também coordenações setoriais integradas por instituições da administração pública federal, que serão responsáveis pelas atividades nucleares de proteção da população, da saúde do trabalhador, do meio ambiente, do material e das instalações.
O sistema contará ainda com unidades operacionais compostas por órgãos e empresas federais, estaduais e municipais responsáveis pela operação e administração de instalações nucleares. Caberá a essas unidades assegurar que sejam adotadas todas as medidas necessárias à segurança dos programas. Com informações da Câmara Federal.
http://www.observatorioeco.--
sábado, 18 de dezembro de 2010
Projeto: Escola sustentável
Objetivos
- Geral Implantar práticas sustentáveis na escola.
- Para a direção, a coordenação pedagógica, os professores e os funcionários Identificar e promover atitudes sustentáveis no coletivo e, individualmente, agir coerentemente com elas.
- Para os alunos Desenvolver atitudes diárias de respeito ao ambiente e à sustentabilidade, apoiadas nos conteúdos trabalhados em sala de aula.
- Para a comunidade do entorno Ampliar o interesse por projetos ambientais e se integrar em sua organização e implantação.
Conteúdos de Gestão Escolar
- Administrativo Levantamento da demanda dos recursos naturais que entram na escola (água, energia, materiais e alimentos), dos resíduos e da situação estrutural do edifício (instalações elétricas e hidráulicas).
- Comunidade Envolvimento na questão ambiental, com construção de novas práticas e valores e a realização de interferências na paisagem.
- Aprendizagem Desenvolvimento de habilidades que contemplem a preocupação ambiental nos âmbitos de energia, água, resíduos e biodiversidade.
Tempo estimado
O ano todo.
Material necessário
Contas de luz e água, plantas do projeto da escola, planilhas para a anotação de dados sobre o consumo de recursos naturais, cartazes de papel reciclado para a confecção de avisos sobre desperdício, papeis para mapas e croquis e material escolar em geral.
Desenvolvimento
1ª etapa Planejamento em equipe
Reúna os funcionários e inicie uma conversa sobre a importância de criar um ambiente voltado à sustentabilidade ambiental. Proponha a formação de grupos que avaliarão como a escola lida com os recursos naturais, o descarte de resíduos e a manutenção de áreas verdes ou livres de construção. É importante que a composição das equipes esteja acordada por todos, assim haverá motivação e interesse. Você, gestor, pode organizar a formação dos grupos, estimar os tempos e objetivos das tarefas e sugerir parcerias. Por exemplo, funcionários da secretaria que cuidam da compra de alimentos podem atuar com a equipe da cozinha.
2ª etapa Diagnóstico inicial
Oriente cada grupo a fazer uma avaliação atenta do assunto escolhido. Por exemplo, a equipe que analisará o uso da energia deve levantar informações sobre a distribuição de luz natural, os períodos e locais em que a energia artificial fica ligada, as luminárias usadas e a sobrecarga de tomadas. Já o grupo que cuidará da água levantará o consumo médio na escola e verificará as condições de caixas- d’água, canos e mangueiras. No fim, os resultados devem ser compartilhados com a comunidade escolar.
3ª etapa Implantação
Com base no diagnóstico inicial, monte com os grupos um projeto que contemple os principais pontos a serem trabalhados. Algumas soluções são:
- Energia Incentivar a todos, com conversas e avisos perto de interruptores, a desligar a energia quando houver luz natural ou o ambiente estiver vazio; efetuar a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, mais econômicas e eficientes, e fazer a manutenção periódica de equipamentos como geladeiras e freezers.
- Água Providenciar o conserto de vazamentos e disseminar, com lembretes nas paredes, a prática de fechar torneiras durante a lavagem da louça, a escovação dos dentes e a limpeza do edifício. Se houver espaço e recursos, construir cisternas é uma boa opção para coletar a água da chuva, que pode servir para lavar o chão e regar áreas verdes.
- Resíduos Caso não haja coleta seletiva pelo serviço público, deve-se buscar parcerias com cooperativas de catadores. Além disso, é possível substituir, sempre que possível, sulfite, cartolina, isopor e EVA por papel craft reciclado e trocar o cimento pela terra prensada na construção de alguns equipamentos, como bancos no jardim. Outras iniciativas: manter composteiras para a destinação do lixo orgânico e a produção de adubo, implantar programas contra o desperdício de comida e promover o uso e o descarte corretos dos produtos de limpeza.
- Biodiversidade Investir no aumento da superfície permeável e de áreas verdes cria espaços para o desenvolvimento de espécies animais e vegetais, além de refrescar o ambiente, diminuir a poeira e aumentar a absorção de água da chuva.
4ª etapa Definição de conteúdos disciplinares
Em reuniões com coordenadores e professores, levante os conteúdos pedagógicos que podem receber o apoio do projeto ao ser trabalhados em sala, como:
- A importância da água para a vida na Terra;
- O desenvolvimento dos vegetais;
- A dinâmica da atmosfera terrestre;
- As transformações químicas;
- Os tipos de poluição;
- Os combustíveis renováveis e não-renováveis;
- As cadeias alimentares;
- Os ciclos do carbono e do nitrogênio;
- A importância dos aquíferos;
- O estudo das populações, entre outros.
5ª etapa Sensibilização da comunidade
Para aproximar as famílias e permitir que elas também apliquem as ações sustentáveis do projeto em seu dia a dia, é preciso envolvê-las desde o início. Nesse sentido, o diretor pode convocá-las a participar de reuniões e eventos sobre o tema, expor as mudanças implantadas na escola em painéis, apresentar as reduções nas contas de água e de luz e convidá-las a ver de perto a preocupação ambiental aplicada nos diferentes locais da escola.
6ª etapa Manutenção permanente das ações
Acompanhe o andamento das mudanças, anotando os resultados e as pendências. Reúna os envolvidos para fazer as avaliações coletivas das medidas adotadas. Não hesite em reforçar os princípios do projeto sempre que julgar necessário e procure levar em consideração novas sugestões e soluções propostas por alunos, educadores ou famílias. É importante ter em mente que essa manutenção deve ser permanente e não apenas parte isolada do projeto.
Avaliação
Retome os objetivos do projeto, recordando o que a escola espera alcançar, e questione se eles foram atingidos, total ou parcialmente. Monte uma pauta de avaliação sobre cada item trabalhado e retome aqueles que merecem mais aprofundamento. Avalie também o envolvimento da equipe e dos alunos, se todos estão interessados na questão ambiental e se eles mudaram as atitudes cotidianas em relação ao desperdício e ao consumo.
- Geral Implantar práticas sustentáveis na escola.
- Para a direção, a coordenação pedagógica, os professores e os funcionários Identificar e promover atitudes sustentáveis no coletivo e, individualmente, agir coerentemente com elas.
- Para os alunos Desenvolver atitudes diárias de respeito ao ambiente e à sustentabilidade, apoiadas nos conteúdos trabalhados em sala de aula.
- Para a comunidade do entorno Ampliar o interesse por projetos ambientais e se integrar em sua organização e implantação.
Conteúdos de Gestão Escolar
- Administrativo Levantamento da demanda dos recursos naturais que entram na escola (água, energia, materiais e alimentos), dos resíduos e da situação estrutural do edifício (instalações elétricas e hidráulicas).
- Comunidade Envolvimento na questão ambiental, com construção de novas práticas e valores e a realização de interferências na paisagem.
- Aprendizagem Desenvolvimento de habilidades que contemplem a preocupação ambiental nos âmbitos de energia, água, resíduos e biodiversidade.
Tempo estimado
O ano todo.
Material necessário
Contas de luz e água, plantas do projeto da escola, planilhas para a anotação de dados sobre o consumo de recursos naturais, cartazes de papel reciclado para a confecção de avisos sobre desperdício, papeis para mapas e croquis e material escolar em geral.
Desenvolvimento
1ª etapa Planejamento em equipe
Reúna os funcionários e inicie uma conversa sobre a importância de criar um ambiente voltado à sustentabilidade ambiental. Proponha a formação de grupos que avaliarão como a escola lida com os recursos naturais, o descarte de resíduos e a manutenção de áreas verdes ou livres de construção. É importante que a composição das equipes esteja acordada por todos, assim haverá motivação e interesse. Você, gestor, pode organizar a formação dos grupos, estimar os tempos e objetivos das tarefas e sugerir parcerias. Por exemplo, funcionários da secretaria que cuidam da compra de alimentos podem atuar com a equipe da cozinha.
2ª etapa Diagnóstico inicial
Oriente cada grupo a fazer uma avaliação atenta do assunto escolhido. Por exemplo, a equipe que analisará o uso da energia deve levantar informações sobre a distribuição de luz natural, os períodos e locais em que a energia artificial fica ligada, as luminárias usadas e a sobrecarga de tomadas. Já o grupo que cuidará da água levantará o consumo médio na escola e verificará as condições de caixas- d’água, canos e mangueiras. No fim, os resultados devem ser compartilhados com a comunidade escolar.
3ª etapa Implantação
Com base no diagnóstico inicial, monte com os grupos um projeto que contemple os principais pontos a serem trabalhados. Algumas soluções são:
- Energia Incentivar a todos, com conversas e avisos perto de interruptores, a desligar a energia quando houver luz natural ou o ambiente estiver vazio; efetuar a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, mais econômicas e eficientes, e fazer a manutenção periódica de equipamentos como geladeiras e freezers.
- Água Providenciar o conserto de vazamentos e disseminar, com lembretes nas paredes, a prática de fechar torneiras durante a lavagem da louça, a escovação dos dentes e a limpeza do edifício. Se houver espaço e recursos, construir cisternas é uma boa opção para coletar a água da chuva, que pode servir para lavar o chão e regar áreas verdes.
- Resíduos Caso não haja coleta seletiva pelo serviço público, deve-se buscar parcerias com cooperativas de catadores. Além disso, é possível substituir, sempre que possível, sulfite, cartolina, isopor e EVA por papel craft reciclado e trocar o cimento pela terra prensada na construção de alguns equipamentos, como bancos no jardim. Outras iniciativas: manter composteiras para a destinação do lixo orgânico e a produção de adubo, implantar programas contra o desperdício de comida e promover o uso e o descarte corretos dos produtos de limpeza.
- Biodiversidade Investir no aumento da superfície permeável e de áreas verdes cria espaços para o desenvolvimento de espécies animais e vegetais, além de refrescar o ambiente, diminuir a poeira e aumentar a absorção de água da chuva.
4ª etapa Definição de conteúdos disciplinares
Em reuniões com coordenadores e professores, levante os conteúdos pedagógicos que podem receber o apoio do projeto ao ser trabalhados em sala, como:
- A importância da água para a vida na Terra;
- O desenvolvimento dos vegetais;
- A dinâmica da atmosfera terrestre;
- As transformações químicas;
- Os tipos de poluição;
- Os combustíveis renováveis e não-renováveis;
- As cadeias alimentares;
- Os ciclos do carbono e do nitrogênio;
- A importância dos aquíferos;
- O estudo das populações, entre outros.
5ª etapa Sensibilização da comunidade
Para aproximar as famílias e permitir que elas também apliquem as ações sustentáveis do projeto em seu dia a dia, é preciso envolvê-las desde o início. Nesse sentido, o diretor pode convocá-las a participar de reuniões e eventos sobre o tema, expor as mudanças implantadas na escola em painéis, apresentar as reduções nas contas de água e de luz e convidá-las a ver de perto a preocupação ambiental aplicada nos diferentes locais da escola.
6ª etapa Manutenção permanente das ações
Acompanhe o andamento das mudanças, anotando os resultados e as pendências. Reúna os envolvidos para fazer as avaliações coletivas das medidas adotadas. Não hesite em reforçar os princípios do projeto sempre que julgar necessário e procure levar em consideração novas sugestões e soluções propostas por alunos, educadores ou famílias. É importante ter em mente que essa manutenção deve ser permanente e não apenas parte isolada do projeto.
Avaliação
Retome os objetivos do projeto, recordando o que a escola espera alcançar, e questione se eles foram atingidos, total ou parcialmente. Monte uma pauta de avaliação sobre cada item trabalhado e retome aqueles que merecem mais aprofundamento. Avalie também o envolvimento da equipe e dos alunos, se todos estão interessados na questão ambiental e se eles mudaram as atitudes cotidianas em relação ao desperdício e ao consumo.
Coordenadora do programa de educação ambiental do Cedac, em São Paulo.
Sueli Angelo Furlan
Selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Como fazer uma escola sustentável
Atitudes como combater o desperdício e consumir de forma consciente são bons caminhos para a preservação da natureza
Quando o assunto é trabalhar meio ambiente e fazer da escola um espaço sustentável, é comum achar que isso implica em reformas na estrutura física do prédio e altos investimentos. Não é bem assim. O fundamental é permitir que os alunos incorporem ao cotidiano atitudes voltadas à preservação dos recursos naturais.
"As crianças precisam iniciar esse processo desde cedo. Não basta falar e ensinar apenas com livros", diz Lucia Legan, autora do livro A Escola Sustentável, pedagoga e diretora do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ecocentro Ipec), em Pirenópolis, a 120 quilômetros de Goiânia. Também não adianta fazer um projeto de combate ao desperdício da água e deixar torneiras vazando e mangueiras abertas no jardim da escola.
Ser ecologicamente sustentável significa apostar num desenvolvimento que não desrespeite o planeta no presente e satisfaça as necessidades humanas sem comprometer o futuro da Terra e das próximas gerações. Tal postura se enquadra no conceito de permacultura, criado em 1970 e segundo o qual o homem deve se integrar permanentemente à dinâmica da natureza, retirando o que precisa e devolvendo o que ela requer para seguir viva. Parece complicado, mas pode ser posto em prática com ações simples, como não desperdiçar água, cultivar áreas verdes e preferir produtos recicláveis (saiba como implantar essas e outras medidas neste projeto).
Sabe-se que, em pequena escala, tais procedimentos não revertem os danos causados ao meio ambiente, porém têm grande impacto na rotina escolar. "Temos consciência de que as iniciativas da escola são fundamentais para promover a conscientização dos alunos, os futuros adultos que tomarão conta do planeta", afirma Neide Nogueira, coordenadora do programa de Educação Ambiental do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo.
"As crianças precisam iniciar esse processo desde cedo. Não basta falar e ensinar apenas com livros", diz Lucia Legan, autora do livro A Escola Sustentável, pedagoga e diretora do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ecocentro Ipec), em Pirenópolis, a 120 quilômetros de Goiânia. Também não adianta fazer um projeto de combate ao desperdício da água e deixar torneiras vazando e mangueiras abertas no jardim da escola.
Ser ecologicamente sustentável significa apostar num desenvolvimento que não desrespeite o planeta no presente e satisfaça as necessidades humanas sem comprometer o futuro da Terra e das próximas gerações. Tal postura se enquadra no conceito de permacultura, criado em 1970 e segundo o qual o homem deve se integrar permanentemente à dinâmica da natureza, retirando o que precisa e devolvendo o que ela requer para seguir viva. Parece complicado, mas pode ser posto em prática com ações simples, como não desperdiçar água, cultivar áreas verdes e preferir produtos recicláveis (saiba como implantar essas e outras medidas neste projeto).
Sabe-se que, em pequena escala, tais procedimentos não revertem os danos causados ao meio ambiente, porém têm grande impacto na rotina escolar. "Temos consciência de que as iniciativas da escola são fundamentais para promover a conscientização dos alunos, os futuros adultos que tomarão conta do planeta", afirma Neide Nogueira, coordenadora do programa de Educação Ambiental do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo.
ECOALFABETIZAÇÃO Na EE Comendador Joaquim Alves, todos cuidam da natureza com atitudes simples. Fotos: Carlos Costa
fonte: revista escola , por Noemia Lopes
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
GT MUDANÇAS CLIMÁTICAS E POBREZA / GT CLIMATE CHANGE AND POVERTY
No Brasil, assim como na maior parte dos países, a interface entre mudanças climáticas e desigualdades sociais é, ainda, um campo extenso a ser pesquisado, conjugado à necessidade de sensibilização e envolvimento da sociedade como um todo para essa temática e, em particular, das populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica e ambiental.
Com o objetivo de incluir essa questão no debate nacional, foi criado, em abril de 2009, no âmbito do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, o Grupo de Trabalho “Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdades”, coordenado pelo COEP.
Além de contribuir para a constituição de uma ampla rede especializada em mudanças climáticas e seus impactos sobre populações vulneráveis, os trabalhos do GT tem por objetivos:
Frentes de Ação:
Desenvolvimento da pesquisa “Mudanças Climáticas, Desigualdades Sociais e Populações Vulneráveis no Brasil: Construindo Capacidades”.
Contribuição do GT e entidades parceiras ao posicionamento do Brasil em fóruns nacionais e internacionais.
Iniciativas de mobilização no âmbito da Rede Nacional de Mobilização Social em complemento às atividades do GT.
fonte: coepbrasil
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In order to cover this issue in the national debate, was created in April 2009 under the Brazilian Forum on Climate Change, the Working Group on Climate Change, Poverty and Inequality ", coordinated by the COEP.
Besides contributing to the formation of a broad network of expertise on climate change and its impacts on vulnerable populations, the work of the Working Group aims to:
Com o objetivo de incluir essa questão no debate nacional, foi criado, em abril de 2009, no âmbito do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, o Grupo de Trabalho “Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdades”, coordenado pelo COEP.
Além de contribuir para a constituição de uma ampla rede especializada em mudanças climáticas e seus impactos sobre populações vulneráveis, os trabalhos do GT tem por objetivos:
- Contribuir para os debates sobre mudanças de clima que vêm sendo realizados em espaços públicos no Brasil.
- Desenvolver tecnologia social que promova a capacidade de prontidão e de reação de comunidades vulneráveis a eventos climáticos extremos.
- Correlacionar o tema das mudanças do clima e das desigualdades sociais.
- Traçar um perfil das práticas, propostas de ação, desafios e dificuldades das organizações brasileiras sobre mudanças climáticas em associação com o combate à pobreza.
- Sensibilizar a sociedade como um todo para o tema.
Frentes de Ação:
Desenvolvimento da pesquisa “Mudanças Climáticas, Desigualdades Sociais e Populações Vulneráveis no Brasil: Construindo Capacidades”.
Contribuição do GT e entidades parceiras ao posicionamento do Brasil em fóruns nacionais e internacionais.
Iniciativas de mobilização no âmbito da Rede Nacional de Mobilização Social em complemento às atividades do GT.
fonte: coepbrasil
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GT CLIMATE CHANGE AND POVERTY
In Brazil, as in most countries, the interface between climate change and social inequality is still a vast field to be searched, coupled with the need for awareness and involvement of society as a whole for that matter and, In particular, populations in vulnerable situations and socioeconomic environment.In order to cover this issue in the national debate, was created in April 2009 under the Brazilian Forum on Climate Change, the Working Group on Climate Change, Poverty and Inequality ", coordinated by the COEP.
Besides contributing to the formation of a broad network of expertise on climate change and its impacts on vulnerable populations, the work of the Working Group aims to:
- contribute to debates about climate change that have been conducted in public spaces in Brazil.
- develop technology that promotes social readiness and capacity of reaction of communities vulnerable to extreme weather events.
- correlate the theme of climate change and social inequality.
- Draw a profile of practices, action proposals, challenges and difficulties of Brazilian organizations on climate change in association with the fight against poverty.
- raise awareness in society as a whole for the theme.
Fronts Action:
Research Development "Climate Change, Social Inequalities and Vulnerable Populations in Brazil: Building Capacities.
Contribution of Working Group and partner organizations to the position of Brazil in national and international forums.
Mobilization initiatives under the National Network for Social Mobilization in addition to the activities of the WG.
Cooperativa de Catadores ganha equipamento - Foz do Iguaçu
Foram investidos R$ 221 mil na aquisição das máquinas, entre elas uma
fragmentadora de papel, três prensas verticais com capacidade para
30 toneladas
fragmentadora de papel, três prensas verticais com capacidade para
30 toneladas
fonte: Notícias de Foz do Iguaçu: Foz do Iguaçu, PR
Representantes do Programa Desperdício Zero da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos e Associação Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins entregaram, nesta segunda-feira (13-dez), em Foz do Iguaçu, 80 equipamentos que foram doados a Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu.
Foram investidos R$ 221 mil na aquisição das máquinas, entre elas, uma fragmentadora de papel, três prensas verticais com capacidade para 30 toneladas, três prensas horizontais com capacidade para 25 toneladas, três elevadores de carga, três balanças de 1000 kg, três carrinhos de fardo, 16 mesas (módulo 3m) e 48 carrinhos Big Bag.
A entrega dos equipamentos faz parte da parceria do Programa Desperdício Zero, da Secretaria do Meio Ambiente, com a ABIHPEC e ABIPLA e que resultou no projeto “Dê as mãos para o Futuro”. O projeto tem como meta aumentar em no mínimo 20% a renda média dos cooperados e 30% no volume de recuperação de materiais recicláveis, dando destinação correta especialmente às embalagens pós-consumo.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, explica que para fazer parte do projeto os municípios devem desenvolver ações de reciclagem e coleta seletiva ou contar com o trabalho de agentes ambientais organizados em sistema de cooperativa.
Para ele, a ação representa a responsabilidade compartilhada dos grandes geradores, governo e sociedade. “As cooperativas vão auxiliar na destinação correta de resíduos, evitando sobrecarga no aterro sanitário, fazendo com que os resíduos retornem a cadeia produtiva e gerando renda”, completou o secretário.
Conquista - Desde 19 de abril deste ano, técnicos filiados à ABIHPEC e ABIPLA estão percorrendo os municípios integrantes do G22+1- municípios que mais geram resíduos no Estado- para diagnosticar qual a demanda necessária a cada associação de coletores locais. A primeira cidade a receber os equipamentos foi Londrina, e Foz do Iguaçu será a última deste ano.
O coordenador do Programa Desperdício Zero, Laerty Dudas, conta que os equipamentos doados irão ampliar a capacidade de gerenciamento dos resíduos sólidos, tornando a atividade das cooperativas de catadores de recicláveis em uma tarefa mais produtiva e auto-sustentável.
“É uma ação compartilhada entre os grandes geradores de recicláveis, o governo e a sociedade. O projeto estimula a população também a fazer sua parte separando embalagens pós-consumo de suas casas e destinando-as corretamente”, relata Dudas.
A Cooperativa de Foz do Iguaçu conta 150 famílias cooperadas. Hoje são coletados 120 toneladas/mês de recicláveis, número que poderá dobrar com as novas centrais e equipamentos. A cooperativa só vende seus materiais reciclados para empresas devidamente regularizadas e que possuem licença ambiental.
A responsável legal pela COAAFI, Viviane Mertig, ressalta a importância da ação da SEMA, com a ABIHPEC e a ABIPLA: “Com estes equipamentos poderemos ampliar o número de cooperados, pois serão abertas mais três centrais de triagem de reciclados”, conta Viviane. Outra contribuição dos equipamentos está relacionada à saúde aos trabalhadores.
“As mesas e os elevadores vão poupar a saúde das pessoas que antes tinham que trabalhar agachados e carregar o peso dos fardos de resíduos de forma braçal. Vamos ganhar tempo, saúde e dinheiro”, ressalta Viviane.
A diretora do Departamento de Coleta Seletiva do município, Patrícia Catelan, disse que o apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, através do programa Desperdício Zero e demais organizações, vem desafogar e dar subsídios para o município que sozinho não consegue cumprir todas as suas responsabilidades. “O trabalhador cooperado sai da informalidade e recebe todos os benefícios da lei”, finaliza Patrícia.
Foram investidos R$ 221 mil na aquisição das máquinas, entre elas, uma fragmentadora de papel, três prensas verticais com capacidade para 30 toneladas, três prensas horizontais com capacidade para 25 toneladas, três elevadores de carga, três balanças de 1000 kg, três carrinhos de fardo, 16 mesas (módulo 3m) e 48 carrinhos Big Bag.
A entrega dos equipamentos faz parte da parceria do Programa Desperdício Zero, da Secretaria do Meio Ambiente, com a ABIHPEC e ABIPLA e que resultou no projeto “Dê as mãos para o Futuro”. O projeto tem como meta aumentar em no mínimo 20% a renda média dos cooperados e 30% no volume de recuperação de materiais recicláveis, dando destinação correta especialmente às embalagens pós-consumo.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, explica que para fazer parte do projeto os municípios devem desenvolver ações de reciclagem e coleta seletiva ou contar com o trabalho de agentes ambientais organizados em sistema de cooperativa.
Para ele, a ação representa a responsabilidade compartilhada dos grandes geradores, governo e sociedade. “As cooperativas vão auxiliar na destinação correta de resíduos, evitando sobrecarga no aterro sanitário, fazendo com que os resíduos retornem a cadeia produtiva e gerando renda”, completou o secretário.
Conquista - Desde 19 de abril deste ano, técnicos filiados à ABIHPEC e ABIPLA estão percorrendo os municípios integrantes do G22+1- municípios que mais geram resíduos no Estado- para diagnosticar qual a demanda necessária a cada associação de coletores locais. A primeira cidade a receber os equipamentos foi Londrina, e Foz do Iguaçu será a última deste ano.
O coordenador do Programa Desperdício Zero, Laerty Dudas, conta que os equipamentos doados irão ampliar a capacidade de gerenciamento dos resíduos sólidos, tornando a atividade das cooperativas de catadores de recicláveis em uma tarefa mais produtiva e auto-sustentável.
“É uma ação compartilhada entre os grandes geradores de recicláveis, o governo e a sociedade. O projeto estimula a população também a fazer sua parte separando embalagens pós-consumo de suas casas e destinando-as corretamente”, relata Dudas.
A Cooperativa de Foz do Iguaçu conta 150 famílias cooperadas. Hoje são coletados 120 toneladas/mês de recicláveis, número que poderá dobrar com as novas centrais e equipamentos. A cooperativa só vende seus materiais reciclados para empresas devidamente regularizadas e que possuem licença ambiental.
A responsável legal pela COAAFI, Viviane Mertig, ressalta a importância da ação da SEMA, com a ABIHPEC e a ABIPLA: “Com estes equipamentos poderemos ampliar o número de cooperados, pois serão abertas mais três centrais de triagem de reciclados”, conta Viviane. Outra contribuição dos equipamentos está relacionada à saúde aos trabalhadores.
“As mesas e os elevadores vão poupar a saúde das pessoas que antes tinham que trabalhar agachados e carregar o peso dos fardos de resíduos de forma braçal. Vamos ganhar tempo, saúde e dinheiro”, ressalta Viviane.
A diretora do Departamento de Coleta Seletiva do município, Patrícia Catelan, disse que o apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, através do programa Desperdício Zero e demais organizações, vem desafogar e dar subsídios para o município que sozinho não consegue cumprir todas as suas responsabilidades. “O trabalhador cooperado sai da informalidade e recebe todos os benefícios da lei”, finaliza Patrícia.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Reforma do Codigo Florestal reduzir estoques de carbono
Brasilia, 23 de novembro de 2010
Dados preliminares de estudo do Observatório do Clima estimam que, se forem aprovadas as alterações no Código Florestal conforme o substitutivo proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), há um risco potencial de quase 7 bilhões de toneladas de carbono acumuladas em diversos tipos de vegetação nativa a serem lançadas na atmosfera. Isto representaria 25,5 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, mais de 13 vezes as emissões do Brasil no ano de 2007.
Um dos dispositivos propostos no Projeto de Lei 1876/99 que altera o Código Florestal trata da isenção de manter e recuperar a reserva legal em pequenas propriedades rurais (até quatro módulos fiscais). A isenção também se aplica ao equivalente a quatro módulos em grandes e médias propriedades. Tal medida é a que tem maior impacto potencial nas emissões de gases do efeito estufa e deixaria uma área total de 69,2 milhões hectares sem proteção da reserva legal, área maior que o estado de Minas Gerais. Segundo o levantamento do Observatório do Clima, o estoque potencial estimado de carbono nestas áreas é de 6,8 bilhões de toneladas, correspondendo a um volume de gases do efeito estufa de 25 bilhões de toneladas de CO2eq (gás carbônico equivalente).
Uma segunda modificação importante prevê a redução de 30 metros para 15 metros na área de preservação de matas ciliares em rios com até 5 metros de largura. Esta mudança faria com que os seis biomas brasileiros deixassem de estocar 156 milhões de toneladas de carbono, correspondendo a mais de 570 milhões de toneladas de CO2eq, numa área de 1,8 milhão de hectares, o equivalente a mais de 2 milhões de campos de futebol.
De acordo com André Ferretti, coordenador do Observatório do Clima, o estudo contempla apenas uma das diversas facetas das propostas de modificação do Código Florestal. “Com a aprovação do texto, a meta do Brasil de reduzir as emissões nacionais de gases causadores do aquecimento global viraria pó, além dos inúmeros impactos causados à biodiversidade”, avalia.
As modificações podem comprometer gravemente a meta brasileira de redução de emissões estipulada na Política Nacional de Mudanças Climáticas. O Brasil assumiu ano passado, em Copenhague, o compromisso de cortar aproximadamente 1 bilhão de toneladas de suas emissões de gases no ano de 2020.
Metodologia
O estudo foi elaborado conforme as metodologias do Good Practice Guidance for Land Use, Land-Use Change and Forestry, do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima – IPCC (IPCC, 2003) e também de acordo com o Segundo Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, divulgado em outubro pelo ministério da Ciência e Tecnologia.
O território nacional foi subdividido em unidades espaciais na forma de polígonos que resultaram da integração das seguintes fontes de dados sobre Bioma (IBGE, 2004), Limites municipais (Malha Municipal Digital 2005 do IBGE), Fisionomia vegetal (IBGE, 2004) e Tipo de solo (EMBRAPA/IBGE, 2003).
Conheça o Observatório do Clima: www.oc.org.br
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Mais informações e entrevistas: Jaime Gesisky – 61 8230 0733/62 81161200 – jaimegesisky@gmail.com
Sudao - disputa por petroleo
Um referendo em 9 de janeiro pode concretizar a separação do sul do Sudão, e reiniciar o conflito mais sangrento desde o fim da Segunda Guerra Mundial
por José Antonio Lima, revista epoca
No início de outubro, o astro de Hollywood George Clooney passou uma semana no maior país da África, o Sudão, visitando a região do sul e conversando com líderes locais. Ao voltar para os Estados Unidos, o ator dialogou com políticos americanos, entre eles o presidente Barack Obama. Seu recado era claro. “Estávamos atrasados no Congo, estávamos atrasados em Ruanda, estávamos atrasados em Darfur. Essa é uma oportunidade para evitar o massacre antes que ele ocorra”, disse o galã. O temor de Clooney, e de boa parte da comunidade internacional, é que o resultado do referendo programado para 9 de janeiro, no qual o sul do Sudão pode conseguir a secessão do norte, provoque a retomada de uma guerra civil que tem o nada nobre posto de maior matança desde a Segunda Guerra Mundial.
O medo da guerra é provocado por uma equação simples. O governo central, baseado em Cartum, a capital do Sudão, não quer a separação. Enquanto isso, há uma clara indicação de que os sudaneses do sul vão votar pela separação. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, cuja função exige parcimônia nas palavras, declarou em setembro ser “inevitável” a separação, e chamou o Sudão de “bomba-relógio”. Por trás do movimento separatista está o medo dos habitantes do sul, majoritariamente negros, cristãos e animistas, de permanecerem como cidadãos de segunda classe diante do norte, de maioria árabe e muçulmana. A dominação política, econômica e social do norte gerou a primeira guerra civil do Sudão, entre 1955 – um ano antes da independência da Inglaterra – e 1972. Dez anos de armistício acabaram em 1983, quando Cartum decidiu rever o acordo de paz e implantar a sharia – a lei islâmica – em todo o território. A revolta separatista do sul foi contida com violência, e o número estimado de mortes passa de dois milhões. Os refugiados seriam quatro milhões. A frágil paz que vigora hoje é baseada no Acordo de Paz Abrangente (CPA, na sigla em inglês), assinado em 2005, que deu autonomia ao sul por cinco anos e programou o referendo para janeiro.
O medo da guerra é provocado por uma equação simples. O governo central, baseado em Cartum, a capital do Sudão, não quer a separação. Enquanto isso, há uma clara indicação de que os sudaneses do sul vão votar pela separação. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, cuja função exige parcimônia nas palavras, declarou em setembro ser “inevitável” a separação, e chamou o Sudão de “bomba-relógio”. Por trás do movimento separatista está o medo dos habitantes do sul, majoritariamente negros, cristãos e animistas, de permanecerem como cidadãos de segunda classe diante do norte, de maioria árabe e muçulmana. A dominação política, econômica e social do norte gerou a primeira guerra civil do Sudão, entre 1955 – um ano antes da independência da Inglaterra – e 1972. Dez anos de armistício acabaram em 1983, quando Cartum decidiu rever o acordo de paz e implantar a sharia – a lei islâmica – em todo o território. A revolta separatista do sul foi contida com violência, e o número estimado de mortes passa de dois milhões. Os refugiados seriam quatro milhões. A frágil paz que vigora hoje é baseada no Acordo de Paz Abrangente (CPA, na sigla em inglês), assinado em 2005, que deu autonomia ao sul por cinco anos e programou o referendo para janeiro.
O comportamento do governo de Cartum, chefiado por Omar al-Bashir, é o principal fator de preocupação. Bashir, que chegou ao poder em um golpe militar aplicado em 1989 com a ajuda de grupos islâmicos fundamentalistas, tem contra si um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional, órgão da ONU, por conta de crimes de guerra e contra a humanidade. As sete acusações dizem respeito ao conflito de Darfur, uma região do tamanho da França no oeste do Sudão, cujos líderes também pegaram em armas para lutar contra a opressão árabe. Outro motivo que torna Bashir alvo de desconfiança da comunidade internacional é sua aliança com o Irã. Nos últimos anos, o Sudão teria se tornado um distribuidor de terrorismo, abrindo espaço para treinamentos do Hamas e servindo de base para o tráfico de armas para extremistas na Somália, no Iêmen, no Líbano e nos territórios palestinos ocupados. Uma denúncia recente feita pela oposição diz que o Irã teria uma fábrica de armas na periferia de Cartum. Verdadeira ou não a acusação, é fato conhecido que, no início de 2009, a Força Aérea de Israel fez três ataques em território sudanês a veículos que levavam armas iranianas para o Hamas.
“Pelo histórico do Sudão, é bastante difícil acreditar, primeiro, que o referendo vai ocorrer na data e, segundo, que o desfecho se dará sem violência”, diz Claudio Oliveira Ribeiro, especialista em África da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. “A população não tem o hábito do voto, da escolha, e a militarização e a guerra são as práticas normais no Sudão”, diz.
“Pelo histórico do Sudão, é bastante difícil acreditar, primeiro, que o referendo vai ocorrer na data e, segundo, que o desfecho se dará sem violência”, diz Claudio Oliveira Ribeiro, especialista em África da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. “A população não tem o hábito do voto, da escolha, e a militarização e a guerra são as práticas normais no Sudão”, diz.
A disputa pelo petróleo do Sudão
O ceticismo de Ribeiro encontra base em fatos recentes ocorridos no país. O acordo de paz de 2005 prevê que a região de Abyei, na divisa entre o norte e o sul, realize um referendo especial para decidir com qual dos lados ficará. Nesta semana, as autoridades sudanesas confirmaram que a consulta à população de Abyei está adiada por tempo indeterminado. Uma comissão de referendo ainda não foi formada e não há acordo nem sobre qual parte da população deve votar. Em dois outros Estados da divisa – Nilo Azul e Cordofão do Sul – consultas populares sem valor de referendo estavam previstas no acordo de paz, mas elas não vão ocorrer. Como as populações de ambos são majoritariamente ligadas ao sul, elas temem ser alvos de ataques uma vez que o sul se separe. Ribeiro lembra ainda que o presidente Omar al-Bashir vem dando “sinais confusos” sobre qual será sua postura diante do resultado do referendo e que as tensões têm crescido na região. Em 14 de novembro e 8 de dezembro, Cartum bombardeou o território do sul. Na primeira oportunidade, o governo disse que errou o alvo ao perseguir rebeldes de Darfur. Depois, negou o ataque.
Estatística da falta de amor
Despoluir o Tietê? Pra quê, se as praias da Floripa imaginária que nos aguarda estão limpas? Esquema de segurança pública? Lá no condomínio em Indaiatuba não tem perigo nenhum
por Rodrigo LeãoO número não sai de minha cabeça: 57% dos paulistanos, se pudessem, mudariam de cidade. Outros dados da pesquisa Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem), feita pelo Ibope a pedido da ONG Movimento Nossa São Paulo, foram analisados na última edição da época são paulo, mas quero voltar aos tais 57%. Mesmo trabalhando com publicidade e, portanto, tendo sido vacinado contra as “verdades” que aparecem em pesquisas de opinião, fiquei um pouco chocado. Será que, de cada dez pessoas que eu vejo na fila do cinema, seis estão pensando em picar a mula?
Essa é uma estatística muito constrangedora. Como quando um amigo avisa a você que vai terminar com a namorada antes de contar a ela. E você se pega jantando com eles, olhando pra ela com pesar e pensando “pode pedir o filé com alho, tonta, ele vai largar você mesmo...”. Afinal, se toda essa gente está esperando a primeira oportunidade pra zarpar, que tipo de relação estaríamos construindo com nossa cidade? E, pior ainda, que cidade vai emergir dessa relação?
Meu trabalho consiste basicamente em fazer você achar um sabonete mais legal do que o outro. E pode parecer estranho, mas o segredo não está no sabonete, mas em você. Afinal, sabonetes são objetos inanimados cujo valor só existe quando enxergado por alguém. O trabalho do publicitário é abrir seus olhos para a riqueza que já existe em você e que o torna capaz de criar valores como lealdade e fidelidade até mesmo com um sabonete. Ou seja, é da beleza que já existe em você que nasce a beleza das coisas ao seu redor. É da riqueza que você empresta que nasce a riqueza do mundo. E com uma cidade não é diferente. É do amor que existe em seus cidadãos que nascem os motivos para amá-la.
No ano passado estive em Berlim, na Alemanha, onde me apaixonei pelas faixas exclusivas para ônibus, táxis e bicicletas. Quem mora em Berlim dá valor à ecologia, à simplicidade e a sua própria saúde. E você percebe isso só de olhar para a cidade. A faixa de bicicletas reflete aquelas pessoas que se organizaram para tê-la.
E o Rio de Janeiro, então? Uma cidade com uma guerra urbana conflagrada, mas que, movida pela inquebrantável autoestima de seus moradores, conquista o direito de sediar a próxima Olimpíada. Os cariocas querem ver a beleza que o Rio teve um dia e que só restou dentro deles. E, aos poucos, estão conseguindo.
E o que nós vamos conseguir se 57% dos paulistanos acham que a saída para os problemas da cidade é o aeroporto? Despoluir o Tietê? Pra quê, se as praias da Floripa imaginária que nos aguarda estão limpas? Melhorar o transporte público? Ora, o da Curitiba onírica pra onde vamos já funciona. Já sei! Desenvolver um esquema de segurança pública que funcione? Nããão... Lá no condomínio em Indaiatuba pra onde a gente vai mudar não tem perigo nenhum. Nos envolver na educação de nossos filhos, cuidando nós mesmos das escolas públicas? Nada disso. Vamos todos pra Orlando vestindo orelhas de Mickey.
Uma vez, vi uma palestra do Jaime Lerner, o urbanista e prefeito que pôs Curitiba no mapa. Ele pediu que alguém desenhasse um mapa de São Paulo na lousa. Ninguém se ofereceu. Aí ele perguntou: “Como é que a gente pode amar alguma coisa ou cuidar dela se nem sabemos como ela se parece?” E hoje eu pergunto: como é que a gente pode esperar algo de bom de uma cidade quando o que a maioria quer dela é apenas distância?
Essa é uma estatística muito constrangedora. Como quando um amigo avisa a você que vai terminar com a namorada antes de contar a ela. E você se pega jantando com eles, olhando pra ela com pesar e pensando “pode pedir o filé com alho, tonta, ele vai largar você mesmo...”. Afinal, se toda essa gente está esperando a primeira oportunidade pra zarpar, que tipo de relação estaríamos construindo com nossa cidade? E, pior ainda, que cidade vai emergir dessa relação?
Meu trabalho consiste basicamente em fazer você achar um sabonete mais legal do que o outro. E pode parecer estranho, mas o segredo não está no sabonete, mas em você. Afinal, sabonetes são objetos inanimados cujo valor só existe quando enxergado por alguém. O trabalho do publicitário é abrir seus olhos para a riqueza que já existe em você e que o torna capaz de criar valores como lealdade e fidelidade até mesmo com um sabonete. Ou seja, é da beleza que já existe em você que nasce a beleza das coisas ao seu redor. É da riqueza que você empresta que nasce a riqueza do mundo. E com uma cidade não é diferente. É do amor que existe em seus cidadãos que nascem os motivos para amá-la.
No ano passado estive em Berlim, na Alemanha, onde me apaixonei pelas faixas exclusivas para ônibus, táxis e bicicletas. Quem mora em Berlim dá valor à ecologia, à simplicidade e a sua própria saúde. E você percebe isso só de olhar para a cidade. A faixa de bicicletas reflete aquelas pessoas que se organizaram para tê-la.
E o Rio de Janeiro, então? Uma cidade com uma guerra urbana conflagrada, mas que, movida pela inquebrantável autoestima de seus moradores, conquista o direito de sediar a próxima Olimpíada. Os cariocas querem ver a beleza que o Rio teve um dia e que só restou dentro deles. E, aos poucos, estão conseguindo.
E o que nós vamos conseguir se 57% dos paulistanos acham que a saída para os problemas da cidade é o aeroporto? Despoluir o Tietê? Pra quê, se as praias da Floripa imaginária que nos aguarda estão limpas? Melhorar o transporte público? Ora, o da Curitiba onírica pra onde vamos já funciona. Já sei! Desenvolver um esquema de segurança pública que funcione? Nããão... Lá no condomínio em Indaiatuba pra onde a gente vai mudar não tem perigo nenhum. Nos envolver na educação de nossos filhos, cuidando nós mesmos das escolas públicas? Nada disso. Vamos todos pra Orlando vestindo orelhas de Mickey.
Uma vez, vi uma palestra do Jaime Lerner, o urbanista e prefeito que pôs Curitiba no mapa. Ele pediu que alguém desenhasse um mapa de São Paulo na lousa. Ninguém se ofereceu. Aí ele perguntou: “Como é que a gente pode amar alguma coisa ou cuidar dela se nem sabemos como ela se parece?” E hoje eu pergunto: como é que a gente pode esperar algo de bom de uma cidade quando o que a maioria quer dela é apenas distância?
fonte: revista epoca
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